No próximo sábado, dia 07 de outubro, a praia de Pontal de Maracaípe, localizada em Ipojuca, Pernambuco, será o palco do aguardado Encontro Nacional de Surfistas Negras e Nordestinas 2023.
Organizado pelo Movimento Surfistas Negras, o evento aberto ao público tem como missão unir mulheres de diversas idades e modalidades em um dia repleto de atividades esportivas na praia. A programação abrangente inclui aulas de surfe, sessões de yoga, demonstrações de freesurf com atletas de renome, rodas de conversa, exposição de fotografias, exibições audiovisuais, apresentações musicais ao vivo e muito mais.
Encontro Nacional de Surfistas Negras e Nordestinas. Foto: Divulgação.
O principal objetivo do encontro é celebrar a riqueza da diversidade das mulheres negras e nordestinas, oferecendo um espaço seguro e acolhedor para a prática do surfe. “Esses encontros são oportunidades singulares de conexão com mulheres incríveis. Falamos e somos ouvidas e tudo acontece com afeto e acolhimento”, diz Érica Prado, idealizadora do evento.
O grande aulão de surfe será conduzido por ícones do esporte, como Nuala Costa, a primeira mulher negra a integrar o circuito brasileiro de surfe e fundadora do movimento TPM Todas para o Mar; Atalanta Batista, hexacampeã brasileira de Longboard; e Thati Gleise, uma das líderes do projeto Mina do Surf. A aula de yoga ficará sob a liderança de Cris Queiroz.
O Encontro Nacional de Surfistas Negras e Nordestinas conta com o co-patrocínio da Corona Brasil e da Rip Curl Brasil, além do apoio da Pousada Un Paso Del Mar, Positiva, Wave Grip e Hideways. O Movimento Surfistas Negras foi fundado em 2019 com o propósito de ampliar a visibilidade das mulheres negras e nordestinas na cena do surfe, demonstrando que o oceano pode ser um local de afeto e autoconfiança para todas.
“O segundo caso deste ano. [No] ano passado teve um, ano retrasado teve outro. São quatro casos de racismo, só com ele, nessa escola. O pior dessa vez não foi só a frase que ele ouviu. Ele estava se alimentando e o coleguinha disse para ele: ‘Nossa, Mateus, está comendo? Você nem parece africano’”, relata em vídeo publicado no Instagram.
“Nós não somos africanos, nós somos brasileiros, somos afrodescendentes, temos o direito de existir com os nossos corpos nessa sociedade racista. O colega que deve ter mais ou menos a mesma idade, ele sabe o que ele está falando. O problema dessa vez é que o meu filho está em sofrimento psíquico, ele chorou muito, revoltado, transtornado”, lamenta a mãe.
Em outro vídeo publicado pela Patrícia, com imagem de fundo abraçando seu filho, ela mostra os áudios recebidos pela criança após ter sido vítima de racismo novamente. “Por favor, mãe, me tira daquela escola, eu não aguento mais. Não importa para qual escola eu vá, só me tira do Peregrino. É muita dor de cabeça lá, é muito sofrimento. Eu não quero sofrer de novo. Eu preciso sair daquela escola”, desabafa em prantos.
Após a publicação desses vídeos, Patrícia reapareceu nos stories cerca de uma hora depois, informando que voltou à escola para tratar do assunto com equipe pedagógica. “A única professora negra da escola que idealizou um projeto para falar sobre cultura afro-brasileira, não tem consciência racial. É o totem que a escola usa pra dizer que está fazendo alguma coisa, mas não tem consistência o conteúdo. Eu pedi a transferência do meu filho para outra escola. A família inteira está desgastada”. Encerrando o vídeo, a executiva ainda relatou o que ouviu da assistente da direção durante a reunião. “Você acha que transferindo ele de escola, o problema vai mudar?”.
Diversas personalidades negras apoiaram a Patrícia e sua filha nas redes sociais. “Ahhh Pati! Eu lamento tanto pela dor do Mateus, minha irmã. Que tristeza ouvi-lo chorando. Que dor! Todo meu apoio e afeto pra vocês minha irmã. Que haja cura psíquica pro Mateus! Axé”, escreveu o Dr. Fred Nicácio.
“Meu coração chega a doer. Fala pro Matheus que tia Luana ta de longe, mandando um abraço gigante pra ele e que ele não merece nenhum ataque nessa vida. Ele é lindo e um menino com futuro promissor. Esse sofrimento vai passar”, disse a apresentadora Luana Xavier.
Um caso de racismo ocorrido com uma criança negra brasileira em Portugal está repercutindo na imprensa. Na última quinta-feira, 28, durante Festival MIL, em Lisboa, uma criança paulista negra de apenas oito anos foi perseguida, acusada injustamente de roubo e arrastada a força por um homem branco, identificado como o produtor musical belga Marc Van Eyck. Os pais da criança procuraram a justiça.
O casal brasileiro, Viviane Rodrigues, de 37 anos, e Bruno Constante, de 38, que reside em Portugal há mais de um ano, estava participando de uma atividade de lazer no Hub Criativo do Beato, área reservada para os participantes do Festival MIL. O pai da menina, que trabalha com marketing digital, era um dos palestrantes do evento.
O incidente ocorreu enquanto duas crianças brincavam livremente pelas mesas da área de lazer. Em determinado momento, a mãe perdeu a filha de vista, e outra criança e um garçom informaram que um homem branco estava perseguindo a criança, acusando-a de roubo. Viviane começou imediatamente a procurar a filha e a encontrou num dos galpões do local, cercada por adultos, incluindo o agressor, que a acusava de ter roubado um cartão da sua mochila.
“Quando abri um dos galpões desse espaço estava lá com a minha filha do lado, e mais três ou quatro pessoas. Quando eu entro ele [Marc] estava dizendo que ela tinha roubado um cartão de dentro da carteira dele. Eu entrei e falei que ‘ela não mexeu em nada e, se tivesse mexido, você não poderia ter procurado a produção do evento, ou a pai e mãe da criança?’. Ele olhou para mim, e disse que iria chamar a polícia. Respondi ‘não é você que vai chamar a polícia sou eu, então pedi para a produção chamar a polícia”, contou a mãe da criança. Ela ainda questionou: Se fossem duas meninas ruivas correndo lá, ele teria essa atitude?”.
A mãe questionou por que o agressor confrontou a criança em vez de procurar os responsáveis ou a equipe do evento. A polícia foi chamada pela produção do festival, e cerca de 40 pessoas estavam presentes, todas indignadas com a situação. No entanto, a mãe da criança criticou a condução da polícia portuguesa, afirmando que o agressor recebeu escolta para deixar o local em segurança, enquanto a família não teve nenhum apoio ou direcionamento.
Ao site Bantumen, a organização do evento afirmou que: “Mal a equipe toda de produção e comunicação teve conhecimento do que estava a acontecer, parámos todas as nossas comunicações e ficámos a aguardar ordens, para termos também noção legal de como é que nos poderíamos posicionar e porque queríamos claramente nos posicionarmos”. Gonçalo Riscado, fundador e diretor da Cultural Trend Lisbon (CTL), empresa responsável pela produção do festival, também destacou: “O que não há dúvida nenhuma é que, de facto, uma criança foi perseguida, foi tocada, foi confrontada. E aquilo de que também não tenho dúvidas nenhumas é que foi uma atitude racista”.
O Festival MIL também emitiu uma nota sobre o caso nas redes sociais: “Nenhuma criança pode ser interpelada por um adulto e tratada com violência. É mais grave ainda quando existe motivação racial. Condenamos e repudiamos o ato a que essa criança foi lamentavelmente exposta. Os procedimentos legais possíveis estão em curso. As autoridades policiais foram chamadas e o MIL assume desde já a sua responsabilidade de apoiar os familiares neste acontecimento”
A mãe da vítima relatou a angústia que a família está vivenciando desde o ocorrido. “Minha filha está psicologicamente destroçada. Quando ela chegou em casa na quinta-feira perguntou ‘oh mamãe o que eu faço quando um próximo homem branco correr atrás de mim’. Isso mudou a forma dela de olhar o mundo, tirou a pureza de uma criança. É um abuso físico um homem grande ter puxado uma criança pelo braço, como ainda imprime traumas na vida de uma menina”.
Ela ainda criticou a condução do caso pela polícia, apontando que os agentes ofereceram proteção para o agressor: “O estado português ainda fez escolta para ele sair de lá em segurança. Eu, minha filha e meu marido não tivemos escolta. Não direcionaram a gente se precisava fazer algum exame ou qualquer coisa”.
A família da criança também vai procurar a Embaixada em Portugal para denunciar o caso. “Qualquer brasileiro aqui passa por situações de preconceito. Infelizmente não é raro, não é difícil, mas eu nunca tinha presenciado uma situação assim, quanto menos com uma criança tão nova”, disse Viviane.
Pesquisas recentes revelaram que, quando se trata de câncer de colo de útero, existe uma preocupante disparidade na prevalência e na mortalidade entre diferentes grupos étnicos. Em janeiro de 2023, um estudo brasileiro publicado na revista científicaEthnic Health Disparitiestrouxe à tona informações sobre como as mulheres negras são mais afetadas por esse tipo de câncer, enquanto as indígenas são o grupo que mais morre em decorrência da doença.
Mulheres negras em risco elevado
O estudo, que analisou dados do Sistema Nacional de Informações sobre Mortalidade entre 2000 e 2020 e informações dos Registros Populacionais de Câncer (RBPC) brasileiros para entender as tendências de incidência entre 2010 e 2015, revelou que mulheres negras enfrentam um risco 44% maior de desenvolver câncer de colo do útero quando comparadas a outros grupos étnicos. Além disso, a chance de morte decorrente da doença é 27% maior para as mulheres negras e surpreendentemente 82% maior para as indígenas, em comparação com mulheres de outras etnias.
No final do ano passado, um outro estudo da info.oncollect, publicação da Fundação do Câncer, divulgado pela Agência Brasil, mostrou que mulheres negras, mulheres com baixa escolaridade e mulheres da Região Norte e Nordeste eram as mais acometidas por esse tipo de câncer. O estudo de 2022 trouxe dados que apontavam que a forma mais grave da doença acometia 49 a cada 100 mil mulheres no Brasil, além disso, mais de 60% dos casos analisados neste estudo eram de mulheres negras.
O estudo destaca também a urgência de estratégias eficazes de vacinação contra o HPV, aliadas a programas de rastreamento de Papanicolau bem implementados para prevenir e diagnosticar o câncer de colo do útero nas mulheres que pertencem a diferentes grupos étnicos. A vacina é distribuída gratuitamente na rede pública para adolescentes.
Fundada em 2015, a MOOC (Movimento Observador Criativo) , primeiro ecossistema de negócios criativos formado por profissionais negros no Brasil, cresceu, floresceu e consolidou-se como uma força de impulso para a representatividade e a autenticidade em diversos setores. Agora, em 2023, a vertical de comunicação passa a se denominar KeLe ag, sob a diretoria de Kevin David e Levis Novaes.
A mudança ocorre com o rebranding da antiga MOOC agency que agora existe somente como KeLe ag, mas o coletivista ecossistema MOOC segue existindo. Agora, com duas vertentes de negócios: KeLe ag, agência criativa parte da FLACGX, e a MOOC Studio, produtora audiovisual parte da CINE.
Nos últimos 3 anos, a KeLe foi responsável por trabalhos com grandes marcas, como Levi ‘s Brasil, Coca-Cola (Chás Leão), Nike, Dove e Nubank. Através de uma abordagem personalizada, a agência continuará com a sua curadoria proprietária, promovendo diálogos marcantes e com extrema relevância cultural.
Kevin David e Levis Novaes, diretores da Kele ag. Foto: Lucas Cordeiro.
Em entrevista para o MUNDO NEGRO, Levis Novaes explica o motivo do rebranding. “O MOOC cresceu e se tornou um ecossistema criativo. Nos últimos 3 anos, já vínhamos operando pelas principais unidades de negócio: a produtora audiovisual (MOOC Studios) e a agência criativa (MOOC Agency)”, diz ele. “Quando pensamos em termos de modelos de negócio, cada uma das verticais passou a ser desenhada em estruturas que possibilitem a constante expansão. Fugir de modelos engessados nos permite inovar. A ideia é que não restem mais dúvidas sobre a atuação específica de cada uma das unidades de negócio, assim como, a definição sobre os produtos e os serviços que são entregues”.
De 2015 pra cá, muita coisa mudou no mercado criativo. Levis conta que o maior desafio era fazer com que profissionais negros fossem protagonistas de suas próprias histórias. “Marcar essa presença [negra] tanto em campanhas quanto dentro das estruturas de grandes marcas, agências, produtoras, ou até no desenvolvimento de seus negócios independentes. O MOOC acabou sendo pioneiro em diversas frentes dentro do mercado”, destaca o profissional. “Até chegar no desenvolvimento da KELE AG., como um modelo de negócios tão estruturado, nós tivemos que aprender a negociar, desenvolver e entregar com excelência, isso faz toda a diferença. Ensinamos para o mercado que profissionais negros desenvolvem projetos sobre todos tipos de assuntos e não apenas os padrões pressupostos. Já fomos subestimados, mas o melhor de tudo é ter conhecimento da potência do que estávamos realizando e agora vemos os frutos do movimento que começamos espalhados por todos os lugares”.
A MOOC já foi reconhecida pela indicação em Serviços de Marketing no Prêmio Caboré, na participação da edição Afrofuturo da Forbes Brasil e na GQ Brasil, como um dos 10 empreendimentos que melhor utilizam a tecnologia e a responsabilidade com o planeta como ferramenta nos negócios. Além de cases premiados com Emmy Awards, Effie Awards, Cannes Lions e Festival Clube de Criação. Ao MUNDO NEGRO, Levis também destaca o impacto da MOOC no cenário brasileiro, citando com o orgulho o trabalho de reivindicação de pessoas reais em campanhas publicitárias, equipes proporcionais na moda, sets de produção e agências de publicidade ou ainda a reconfiguração do imaginário e o direito de pessoas pretas falarem sobre todo tipo de assunto em todos os lugares.
Levis Novaes, diretor da Kele ag. Foto: Lucas Cordeiro.
Novembro é sempre um mês agitado para a publicidade negra. Levis conta que esse mercado vem crescendo significativamente nos últimos anos e essa movimentação acompanha a maior presença de profissionais negros pensando e criando estratégias de campanha. “A economia criativa negra é uma expressão cultural e econômica em larga escala”, diz ele. “Algumas marcas em diferentes etapas do processo, algumas com a pauta mais avançada no assunto e outras que estão começando. O principal ponto é entender que deve sim existir um forte investimento em Novembro, mas também precisa-se de uma inteligência para a aplicação de mais recursos distribuídos em um calendário anual trazendo retorno de investimentos significativos”.
Jodie Turner-Smith, 37, estrela do filme ‘Queen & Slim’, pede o divórcio de Joshua Jackson, 45, ator de ‘Atração Fatal’, com quem esteve casada desde 2019.
Segundo reportagem do TMZ, nesta segunda-feira (2), a modelo e atriz britânica cita “diferenças irreconciliáveis” como o motivo da separação. Além do divórcio, ela também pede a guarda conjunta da filha de 3 anos, Juno.
Ainda de acordo com o site, os documentos apresentados pela advogada Laura Wasser revelam que o casal tinha um acordo pré-nupcial e a separação foi em 13 de setembro.
Jodie e Joshua já haviam despertado rumores sobre crises no casamento, quando os fãs notaram que eles pararam de se seguir no Instagram, em setembro de 2022. Porém, eles foram vistos juntos na cerimônia do Oscar, em março deste ano, aparentemente felizes.
Os atores se conheceram em 2018, durante a festa de aniversário de 40 anos do cantor Usher, e o relacionamento começou logo em seguida. Turner-Smith já havia revelado para a revista People que era fã de Jackson desde a série ‘Dawson’s Creek’.
Em poucos meses, o casal já havia ficado noivo e se casaram no final de 2019. Jodie e Joshua foram ao tribunal de Beverly Hills para obter uma licença de casamento, antes que os fãs soubessem que eles estavam namorando. O relacionamento se tornou público apenas 10 dias após o casamento, ao publicarem uma foto romântica juntos pela primeira vez no Instagram. Em abril de 2020, eles deram boas-vindas à primeira filha.
Com o objetivo de fomentar a empregabilidade, formação e networking, o Pretahub, hub de criatividade, inventividade e tendências pretas anunciou hoje, 30 de setembro, o lançamento do Bioma Comunicação Ancestral. A iniciativa visa ofertar conteúdos educativos a fim de uma transformação territorial que catalisa e conecta os profissionais de comunicação negros, indígenas, periféricos e LGBTQIAPN+ com o mercado de trabalho.
Com dimensões on e offline, o Bioma busca uma mudança de cultura dentro da Comunicação que fortaleça narrativas diversas. Dentro de sua plataforma online, ele apresenta múltiplos benefícios de acordo com a segmentação do público. Para os profissionais, serão ofertados conteúdos educativos de forma gratuita, incluindo o curso que apresenta a Comunicação Ancestral enquanto metodologia inovadora. Além da possibilidade de participar de uma comunidade vocacionada ao fortalecimento de profissionais diversos. Já para as empresas, empreendedores, e marcas e organizações sociais, o benefício será ter acesso a profissionais com esse perfil diverso e que atuem de modo a mobilizar a comunicação em busca da ampliação do impacto social. Somado a possibilidade de realização de cursos para times internos de comunicação, formações, entre outros.
“O Bioma estimula o impacto, respeitando a dinâmica local e o protagonismo daqueles que vivem as demandas sociais do dia a dia. É uma estratégia baseada em valores e conhecimentos e protagonismo territorial, que constrói coletivamente, dissemina pedagogicamente e capacita as pessoas impactadas por ela – de forma eficaz e efetiva. Ele se envolve com aqueles que vivenciam as demandas da transformação diariamente”, afirma Adriana Barbosa, CEO do PretaHub e idealizador da iniciativa.
Para a construção do projeto, o hub realizou uma pesquisa que revelou as principais dificuldades e oportunidades da Comunicação feita a partir de organizações sociais. Com os dados em mãos, contou com um time de criativos e profissionais que por meio da Teoria da Mudança realizaram uma imersão a fim de elaborar premissas de uma outra forma de ver e fazer comunicação que gerasse impactos sociais mais amplos e constantes.
De acordo com o Relatório de Diagnóstico os principais desafios são: ter equipes de pequeno porte e trabalho sobrecarregado, não criar nem executar planos para projetos e marcas institucionais, conectar e ganhar relevância entre os públicos mais jovens, não utilizar métricas de rastreamento e automação devido ao fraco conhecimento de Search Engine Optimization (SEO), e não priorizar a comunicação como parte essencial da estratégia institucional.
Juliana Gonçalves, PMO do projeto Bioma Comunicação Ancestral, afirma que a plataforma espera influenciar todo o ecossistema dessa área que muitas vezes ignora saberes territoriais, inferioriza corpos racializados e que ignora a potência criativa que surge de corpos diversos. “O Bioma não reproduz a lógica desigual do mercado que ignora essa potência criativa e cria hierarquias de saberes, ele registra e sistematiza a memória e articula esse meio enquanto ferramenta estratégica de construção de legado. Esperamos contribuir com a inclusão de cada vez mais diversidade na área, pois temos plena ciência que a mudança de cultura ocorre também quando as decisões estratégicas passam a ser tomadas por outros corpos”, enfatiza a coordenadora do projeto.
O Bioma é um ecossistema vivo que contempla plataforma virtual com e-learning, banco de talentos, gestão de comunidade, consultorias e serviços. Além disso, contará com encontros estratégicos com times de comunicação e marcas/empresas empregadoras.
Os profissionais poderão se cadastrar a partir do dia 05 de outubro através do link que será disponibilizado nas redes sociais do Bioma e do PretaHub.
Na noite do último domingo, 1, a apresentadora Patrícia Ramos, publicou em seu X (ex-Twitter) um desabafo, declarando que na próxima situação de racismo que sofrer ia reagir fisicamente: “eu vou comer na porrada”, declarou ela sem dizer exatamente o que havia acontecido.
eu sei q é errado q o certo é ir até uma delegacia etc etc etc
mas a próxima situação de racismo *escancarado q eu sofrer eu vou comer na porrada mas eu vou tampar firme
tenho andando em oração, pedindo paz e harmonia a papai do céu pra isso n acontecer
“Eu sei que é errado. Que o certo é ir até uma delegacia, etc. etc. etc.”, começou Patrícia em seu texto. “Mas a próxima situação de racismo *escancarado que eu sofrer, eu vou comer na porrada. Mas eu vou tampar firme. Tenho andando em oração, pedindo paz e harmonia a papai do céu pra isso não acontecer”, disse.
Em outro tweet, ela afirmou que já ‘passou muito nervoso’ e que engoliu seco. [situações de racismo]. “Papo reto. Já passei mt nervoso. Fiquei com mt ódio. Mas engoli seco, sorri e acenei. Agora o bagulho vai ficar sério [sic]”, reforçou a artista.
Outras mulheres negras saíram em defesa de Patrícia Ramos, mostrando o racismo por trás das declarações de Madu. “A expectativa da mulher branca é que a mulher negra seja menos valorizada”, observou a pesquisadora Carla Akotirene. “As nossas ancestrais foram mutiladas por inveja, ressentimento e colonialidades das mulheres brancas”, relembrou ela.
Com o objetivo de reconhecer locais e sua relação com personalidades negras, a Prefeitura do Rio de Janeiro e Projeto Negro Muro lançaram o Circuito da Igualdade Racial. O projeto vai identificar locais relacionados à cultura da população negra com Placas de Patrimônio Cultural. A primeira placa foi instalada no último sábado (30) em Santa Teresa, onde morou a autora, antropóloga, filósofa e política Lélia Gonzalez (1935 – 1994).
Foto: João Victor Ramirez
Além da Placa de Patrimônio Cultural, a Ladeira de Santa Teresa, número 106, onde morou uma das maiores intelectuais da América Latina, recebeu um grafite em sua homenagem. “Um grito preso na garganta, uma inquietação pelo apagamento histórico racista que o povo preto no Brasil passa até hoje”, expressou Pedro Rajão, criador do “Negro Muro”, que deixa impressos, grafites e pinturas pelo Rio em homenagem a personalidades negras. “O Negro Muro são ocupações permanentes para resgatar histórias ou tornar o dia a dia mais leve”, complementou Rajão.
Foto: João Victor Ramirez
As placas de identificação de bens e locais de relevância começaram a ser instaladas em 1992 pela prefeitura do Rio, em busca de enaltecer arquiteturas da cidade. Em 2010, a prefeitura decidiu ampliar a proposta para temas voltados para a cultura carioca. As próximas três placas já estão confirmadas e serão do Maestro Anacleto de Medeiros (1866-1907), em Paquetá, GRANES Quilombo, em Acari, e a casa de Lima Barreto (1881 – 1922), em Todos os Santos.
Os fãs da Beyoncé podem comemorar, os visuais estão chegando. No último show da turnê Renaissance World Tour, que aconteceu neste domingo (01), Beyoncé anunciou o filme “Renaissance: A Film by Beyoncé”, baseado no último álbum e na turnê. O filme será lançado oficialmente no dia 01 de dezembro em colaboração com a Parkwood Entertainment e a AMC.
“Cuidado com o que pede, porque eu talvez obedeça”, escreveu Beyoncé na legenda do trailer em seu Instagram divulgado na madrugada desta segunda-feira (02). Segundo as informações da Variety, o filme terá “um escopo ambicioso” e vai contar com bastidores da turnê e os tão aguardados visuais do álbum lançado em 2022. O filme também terá um formato documentário com relatos da gravação do álbum e produção da turnê.
“Quando estou me apresentando, não sou nada além de livre”, diz Beyoncé em um trecho do trailer. “Meu objetivo para esta turnê era criar um lugar onde todos fossem livres e ninguém fosse julgado.”
Neste final de semana, a Variety também divulgou com exclusividade que a Parkwood Entertainment, empresa da Beyoncé, estava fechando negócios com a AMC para levar o filme para as telonas. Segundo as informações, o acordo fechado com a empresa é semelhante ao da Taylor Swift, que também vai lançar o filme “The Eras” baseado na sua turnê. Taylor autofinanciou seu filme e receberá mais de 50% da bilheteria.
Por coincidência (ou não), o filme Renaissance será lançado oficialmente nos EUA no dia 1 de dezembro, Dia Mundial do Combate a AIDS. Seu tio Johnny, a quem ela dedicou seu álbum, morreu por complicações do HIV.