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Filho de Mãe Bernadete teme ser a próxima vítima na comunidade quilombola: “não tem para onde correr”

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

“Foi um crime de mando, não tem para onde correr. O cara foi pago para executar. Isso é notório, foi um crime de execução. Executaram meu irmão em 2017, agora executam minha mãe. Isso me faz pensar que eu sou o próximo”, disse Jurandir Wellington Pacífico, filho da Mãe Bernadete e irmão do Flavio Gabriel Pacífico dos Santos, em entrevista à Folha de São Paulo, nesta sexta-feira (18).

Jurandir afirma que a mãe recebia ameaças há pelo menos seis anos, período em que a Yalorixá e liderança quilombola lutou por justiça pelo assassinato do outro filho, conhecido como ‘Binho do Quilombo’.

Ela fez parte do programa de proteção a testemunha do Governo na Bahia, devido às ameaças. Câmeras foram instaladas em sua casa, na comunidade Pitanga de Palmares, Região Metropolitana de Salvador, mas não havia vigilância constante, apenas visitas periódicas no local. 

A Polícia Federal assumiu a investigação no caso do assassinato do Flávio, mas o inquérito não foi concluído até hoje. “Como não elucidou, eles se sentiram no direito de agora voltar e matar a minha mãe. Se tivesse resolvido o gargalo de seis anos atrás, poderia ter evitado esse crime”, lamentou o irmão Jurandir.

Na manhã de hoje, a PF informou que irá investigar o assassinato da Mãe Bernadete e as informações ficarão sob sigilo. A Polícia Civil da Bahia também irá apurar o crime.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), dois homens usando capacetes, entraram no terreiro onde estava a Yalorixá, acompanhada dos 3 netos. Eles levaram os netos para um quarto e dispararam 14 tiros contra a quilombola.

Em julho deste ano, a Mãe Bernadete falou sobre as ameaças e violência contra as comunidades quilombolas em encontro com Rosa Weber, ministra do STF (Supremo Tribunal Federal). “Recentemente perdi outro amigo e uma amiga em um quilombo. É o que nós recebemos: ameaças, principalmente de fazendeiros, de pessoas da região”, lamentou. 

Entre 2017 e 2022, 428 pessoas foram vítimas de violência contra povos tradicionais na Bahia. Em 53,27% dos casos, as ameaças estão entre os principais tipos de violação. Lesões corporais e injúrias representam 22,66% e 12,15% do casos. Os dados foram divulgados pelo Levantamento Além da Floresta; crimes socioambientais nas periferias, da Rede de Observatórios de Segurança.

Em julho, Mãe Bernadete havia relatado para ministra do STF que sofria ameaças de fazendeiros

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Foto: Reprodução/TV Bahia

Após assassinato da Maria Bernadete Pacífico, de 72 anos, líder da Comunidade Remanescente de Quilombo Pitanga de Palmares, em seu terreiro de candomblé na cidade Simões Filho (BA), na noite desta quinta-feira (17), está viralizando na web um relato angustiante da Yalorixá durante encontro com a Rosa Weber, ministra do STF (Supremo Tribunal Federal). Em julho deste ano, elas se reuniram junto com outras lideranças para falar sobre a violência contra as comunidades quilombolas.

“Para a senhora ter uma ideia, até hoje não sei o resultado do assassinato de meu filho. Abalou todo mundo. Foi no mesmo período em que aconteceu a morte de Marielle (Franco). Inclusive, eu fui em diversos encontros com a mãe de Marielle. É injusto. Recentemente perdi outro amigo e uma amiga em um quilombo. É o que nós recebemos: ameaças, principalmente de fazendeiros, de pessoas da região. Hoje eu vivo que não posso sair, que estou sendo revistada, cercada de câmeras, me sinto até mal com um negócio desses”, relatou Mãe Bernadete.

Seu filho, Flavio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como ‘Binho do Quilombo’, também foi brutalmente assassinado em 2017, dentro de seu carro, nas proximidades da Escola Centro Comunitário Nova Esperança, situada em Pitanga dos Palmares.

https://www.instagram.com/p/CwF0Kh1MbxW/

Em nota, Rosa Weber diz que lamenta profundamente a morte da liderança e cobra esclarecimento urgente do caso. “Mãe Bernardete, que me falou sobre a violência a que os quilombolas estão expostos e revelou a dor de perder seu filho com 14 tiros dentro da comunidade, foi morta em circunstâncias ainda inexplicadas”.

“As autoridades locais devem adotar providências para o esclarecimento urgente e monitoramento do monitoramento, a fim de que sejam responsabilizados aqueles que patrocinaram o covarde enredo e imediatamente protegidos os familiares de Mãe Bernadete e outras lideranças locais”, continuou a presidente do STF.

“É absolutamente estarrecedor que os quilombolas, cujos pais lutaram com todas as forças e perderam as vidas para fugir da escravidão, ainda hoje vivem em situação de extrema vulnerabilidade em suas terras. Assim como é direito de todos os brasileiros, os quilombolas precisam viver em paz e ter seus direitos individuais respeitados”, finaliza.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O crime ocorreu ontem a noite, quando bandidos armados invadiram o terreiro, amarraram pessoas e a executaram, na frente dos seus netos, no sofá. Mãe Bernadete também era ex Secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial na cidade Simões Filhos, na Região Metropolitana de Salvador.

Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lamentou a violência contra a liderança quilombola e diz que os ministérios já estão com suas equipes no local trabalhando no caso. “Com pesar e preocupação soube do assassinato de Mãe Bernadete, liderança quilombola assassinada a tiros em Salvador. Bernadete Pacífico foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial na cidade de Simões Filho e cobrava justiça pelo assassinato do seu filho, também um líder quilombola. O governo federal, por meio dos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e Cidadania, mandou representantes e aguardamos a investigação rigorosa do caso. Meus sentimentos aos familiares e amigos de Mãe Bernadete”.

MST prepara jantar em apoio ao ministro Silvio Almeida assinado por Patty Durães

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Foto: Matheus W Alves/Futura Press/Estadão Conteúdo

Nesta sexta-feira (18), o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, será homenageado em um jantar do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Armazém do Campo, em São Paulo. A pesquisadora de culturas alimentares Patty Durães vai assinar o menu. 

Segundo os organizadores, o evento é um “reconhecimento pela atuação de Silvio Almeida em defesa do povo brasileiro” e um sinal de apoio após Almeida ser ameaçado a deixar o cargo com a reforma ministerial. O evento será fechado para convidados.

Patty Durães reuniu para o menu um compilado de receitas de algumas das suas referências na gastronomia. Ela se inspirou nas chefs Benê Ricardo (in memoriam), Cidinha Santiago, Zora Tikar, Ieda de Mattos e Solange Borges.

De entrada, será servido vinagrete de chuchu. Os pratos principais serão cuscuz à paulista e galinhada e doce de banana prata de sobremesa.

Além do MST, o jantar foi organizado pelo grupo Prerrogativas, formado por advogados e profissionais de Direito, a Associação de Juízes pela Democracia (AJD) e a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD).

Líder quilombola, Mãe Bernadete, é brutalmente assassinada a tiros em terreiro baiano

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Crédito: Reprodução/@oliviasantana65

Intolerância religiosa mata. Na noite de quinta-feira (17), Maria Bernadete Pacífico, líder da Comunidade Remanescente de Quilombo Pitanga de Palmares, em Simões Filho, foi assassinada a tiros em seu terreiro. A ação foi realizada por bandidos armados que invadiram o local, amarraram pessoas e executaram Mãe Bernadete. 

Em depoimento à polícia, uma residente do quilombo disse que  ao chegar ao terreiro, ouviu os disparos e se abrigou em um veículo nas proximidades. A quantidade exata de pessoas que estavam na propriedade durante o ataque ainda não foi divulgada.

Mãe Bernadete era ex Secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial  e líder da comunidade quilombola de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador,

A deputada estadual Olívia Santana confirmou a triste notícia e, através das redes sociais, demandou uma investigação minuciosa do crime, destacando que os responsáveis não podem escapar da justiça. Ela expressou sua solidariedade aos familiares e à comunidade que sofre com essa perda irreparável.

Mãe Bernadete era também mãe de Flavio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como ‘Binho do Quilombo’, vítima fatal de um assassinato em 2017, ocorrido dentro de seu carro, nas proximidades da Escola Centro Comunitário Nova Esperança, situada em Pitanga dos Palmares. 

GOVERNO FEDERAL SE POSICIONA 

Em nota, o Ministério da Igualdade Racial diz estar em contato com o governo baiano para ter mais informações sobre o crime. 

“O Ministério da Igualdade Racial está em contato com o Governo do Estado da Bahia, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e a Defensoria Pública do Estado para apurar melhor o caso. 

Amanhã irá presencialmente uma comitiva liderada pelo Ministério da Igualdade Racial, da Justiça e dos Direitos Humanos, para realizar reunião presencial junto aos órgãos do estado da Bahia e atendimento às vítimas e familiares e para garantir que seja garantida a proteção e defesa do território”.  O texto ainda diz que será convocada  “uma reunião extraordinária do GT de Enfrentamento ao Racismo Religioso para que providências sejam tomadas sobre o caso no âmbito interministerial”. 

O Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida também se manifestou sobre a tragédia.  “Recebo a informação de que Yalorixá Bernadete, defensora de DH e liderança do Quilombo Pitanga dos Palmares, foi assassinada. Determinei o imediato deslocamento das equipes do @mdhcbrasil até Simões Filho, na Bahia. Expresso minha solidariedade aos familiares e à comunidade”.

Dona Bernadete também era  coordenadora nacional da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombola (CONAQ). 

Com informações do Correio 24 horas

Ailton Graça prestigia primeiro papel como protagonista em Mussum, o filmis, no Festival de Gramado

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Fotos: AgNews/Dilson Silva e Divulgação

Mussum, o filmis” foi exibido pela primeira vez durante o 51° Festival de Cinema de Gramado, no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (17). O ator Ailton Graça, que deu vida ao humorista, passou pelo tapete vermelho para prestigiar além da estreia do longa, o seu primeiro papel como protagonista.

“Este filme é a realização de um projeto de vida. É o primeiro ‘pretagonista’ que eu faço, e, dentro do meu histórico como artista, eu sempre quis fazer esse trabalho, fosse no teatro ou em qualquer lugar. Sempre tive esse desejo de poder homenagear ele, virou um longa que me deu muita felicidade na construção deste personagem de vivenciar o Mussum no cinema, eu espero que todo mundo goste bastante”, comemorou Ailton.

Cacau Protásio, que interpreta a versão mais nova da Dona Malvina, mãe do Mussum, também esteve presente no evento com o grande elenco. Ela divide o papel da personagem com Neusa Borges, que interpreta a segunda fase da mãe no filme. Thawan Lucas Bandeira e Yuri Marçal também dão vida ao Mussum na infância e na adolescência respectivamente. Jeniffer Dias, Késia e Cinara Leal também integram a cinebiografia.

Ailton Graça e Cacau Protasio no Festival Gramado (Foto: AgNews/Dilson Silva)

O filme acompanha a história de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o icônico humorista de “Os Trapalhões” e cantor do grupo “Originais do Samba”, que ficou conhecido no Brasil como Mussum. A trama irá acompanhar além do que o grande público conhece: a infância pobre, a carreira militar, a relação com a Mangueira, o sucesso com o grupo de samba e o programa de humor. 

O longa dirigido por Silvio Guindane, está concorrendo ao prêmio Kikito na mostra competitiva de longas-metragens brasileiros. Os shows serão exibidos nesta sexta-feira (18), no Palácio dos Festivais, e, na noite de sábado (19), serão revelados os vencedores de cada categoria. A estreia nos cinemas brasileiro será no dia 2 de novembro. 

Preta Gil está em ‘bom estado geral’ após cirurgia para retirada de tumor, diz hospital

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Foto: Reprodução.

Nesta última quarta-feira (16), Preta Gil passou por um cirurgia para a retirada de um tumor no intestino. O Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, divulgou um boletim médico onde atualiza o estado de saúde da artista após o procedimento. “A cirurgia transcorreu sem intercorrências e, no momento, encontra-se acordada, em bom estado geral, com parâmetros clínicos normais em cuidados pós-operatórios em Unidade de Terapia Intensiva”, informou a nota.

Antes do procedimento, Preta publicou uma nota nas redes sociais. “Estou indo agora fazer a cirurgia para retirar o tumor. Estou aqui cercada de amor, com meu filho ao meu lado e tantos amigos e familiares. Estou grata e calma, muito confiante nos médicos, já Deus certo. Receberei a energia e vibrações positivas de vocês, orem por mim!”, escreveu ela na legenda.

Em janeiro deste ano, a artista revelou publicamente que havia sido diagnosticada com adenocarcinoma na porção final do intestino. Desde então, ela tem sido transparente com seus seguidores sobre o tratamento e a jornada de recuperação que está enfrentando.

A cantora enfrentou o tratamento inicial de radioterapia após a decisão médica de suspender a quimioterapia. Ela comunicou o início desta nova fase em sua luta, destacando sua confiança e força para superar os desafios que se apresentam. ““Eu tô muito muito confiante, cheia de fé, muita força pra lutar, pra vencer essa batalha”, disse ela em um vídeo compartilhado em suas redes sociais no mês de abril.

Velório da Léa Garcia será aberto ao público no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

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Foto: Reprodução/Instagram

O velório da Léa Garcia será aberto ao público no Foyer do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no próximo sábado (19), das 10h às 13h. Outra cerimônia será realizada às 14h, apenas para familiares e amigos na capela do Cemitério São João Batista. O sepultamento será às 15h30. A equipe revelou todos os detalhes no Instagram da atriz.

Léa Garcia faleceu na madrugada de terça-feira (15), aos 90 anos, devido a complicações cardiológicas, durante a sua viagem no Festival de Cinema de Gramado, no Rio Grande do Sul, onde seria homenageada pela sua carreira artística. O filho Marcelo Garcia recebeu o troféu Oscarito em nome da mãe.

A atriz estava na cidade desde sábado, curtindo desde o primeiro dia do festival e chegou a postar fotos em frente ao troféu Kikito e com amigos do cinema. 

Com mais de 70 anos de carreira, Léa é considerada a “Dama do teatro Negro”, com trabalhos marcantes no teatro, na TV e no cinema. A atriz estreou nos palcos em 1952, na peça “Rapsódia Negra”, de Abdias do Nascimento. Quatro anos depois, fez parte do elenco da montagem de “Orfeu da Conceição”, espetáculo que estreou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com cenários de Oscar Niemeyer. A partir da peça, foi feito o filme “Orfeu Negro” (1959), de Marcel Camus, que marcou a estreia de Léa no cinema. O longa venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pela França, e a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

A atriz também foi indicada ao prêmio de melhor atriz no festival francês. Na TV, participou de sucessos como “Selva de Pedra” e Escrava Isaura, obra em que viveu a marcante vilã Rosa.

Criadores da Dendezeiro, Hisan Silva e Pedro Batalha, se encontrarão com Naomi Capmbell em Salvador

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Foto: Elias Dantas/Alô Alô Bahia ; Vianney Cair/AP.

Os criadores da grife baiana Dendezeiro, Hisan Silva e Pedro Batalha, possuem um grande compromisso na agenda. Eles realizarão um bate papo com a super modelo Naomi Capmbell no Liberatum Brasil, evento global e multicultural que acontecerá entre os dias 3 a 5 de novembro em Salvador, Bahia. O trabalho da Dendezeiro também será exibido no evento.

Nas redes sociais, Hisan celebrou a novidade. “Estou muito feliz com isso, não só por fazer parte, mas por ser celebrado pelo festival da Liberatum aqui em Salvador por nossas criações“, publicou ele nas redes sociais.

A Liberatum, renomada empresa global especializada na concepção de conteúdos para festivais, está trazendo seu evento para o Brasil com foco na moda, cinema, fotografia e entretenimento. Além de destacar os talentos criativos negros do país, os organizadores têm o objetivo de lançar luz sobre a alarmante taxa de crimes que afeta de maneira desproporcional os membros da comunidade negra.

Dentre os participantes, a Alcione também será homenageada com o Prêmio Liberatum Cultural Honor durante a cerimônia de gala de abertura. Além dela, grandes nomes como a artista performática Debbie Harry, o consagrado vencedor do Oscar Lee Daniels, a atriz brasileira Taís Araújo e ator e cineasta brasileiro Lázaro Ramos também são aguardados n o Liberatum Brasil.

Em entrevista para a WWD, Pablo Ganguli, um dos criadores da Liberatum, celebrou a chegada do evento no Brasil. “Nos últimos anos sob um determinado chefe de estado, as coisas simplesmente se deterioraram. Portanto, sediar um evento como este fortalece ainda mais a identidade afro-brasileira, aumenta a confiança e o moral e dá esperança às pessoas. É um evento que permite que eles falem com suas vozes e que saibam que suas contribuições são valorizadas, respeitadas e admiradas”, destacou ele.

Estado de Oklahoma se recusa a discutir acordo com sobreviventes do Massacre de Tulsa, maior ataque racista dos EUA

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Foto: Polly Irungu / Reuters

O estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, se posicionou contra um acordo com os sobreviventes que buscam reparações pelo violento Massacre de Tulsa, que aconteceu em 1921. A decisão foi tomada após uma apelação realizada pelos sobreviventes depois que um juiz do condado de Tulsa rejeitou o caso no mês de julho. A Suprema Corte de Oklahoma concordou em considerar o recurso apresentado pelos sobreviventes, e a divisão de litígios do procurador-geral estadual emitiu sua resposta na última segunda-feira, 14.

O massacre de Tulsa, também conhecido como o Massacre de Greenwood, foi um dos episódios mais violentos e perturbadores da história dos Estados Unidos. O distrito negro próspero de Greenwood que também é chamado de “Wall Street Negra” foi destruído por grupos racistas, resultando em centenas de mortes e na destruição completa da comunidade, que teve casas e comércios queimados, além de ter sido bombardeada por aviões. Atualmente, apenas três sobreviventes conhecidos desse terrível ataque estão vivos, todos com mais de 100 anos de idade: Lessie Benningfield Randle, Viola Fletcher e Hughes Van Ellis.

Esses sobreviventes entraram com um processo buscando reparação por parte da cidade, do estado e de outros responsáveis pela destruição de Greenwood. No entanto, vários outros demandantes originais, que são descendentes de sobreviventes, foram excluídos do caso pelo juiz do tribunal no ano passado.

O advogado dos sobreviventes, Damario Solomon-Simmons, lamentou a recusa do estado em negociar um acordo e afirmou: “Não é nenhuma surpresa que o estado, que participou de um massacre sem lei de cidadãos americanos, tenha se recusado a fazer um acordo”. Ele destacou que os sobreviventes do massacre são heróis e que Oklahoma teve mais de 100 anos para agir em benefício deles. “Os esforços do estado para confundir os sobreviventes vivos, encobrir a história e mudar as metas para todos que buscam justiça em Oklahoma nos colocam em perigo, e é por isso que precisamos que a Suprema Corte de Oklahoma aplique o estado de direito.”, disse.

A ação judicial foi movida com base na lei de incômodo público de Oklahoma, alegando que as consequências do massacre continuam a afetar a comunidade negra de Tulsa. Argumenta-se que a história de divisão e tensão racial da cidade é em parte resultado do massacre. No entanto, o estado contesta essa visão, afirmando que o pedido de alívio dos queixosos não foi devidamente delineado e que a maioria das alegações se baseia em fatos históricos conflitantes de mais de 100 anos atrás.

Na resposta ao recurso, o procurador-geral adjunto Kevin McClure afirma que a Guarda Nacional do estado foi ativada apenas para reprimir o distúrbio e deixou Tulsa depois que a missão foi cumprida. Já o processo movido pelos sobreviventes alega que membros da Guarda Nacional participaram do massacre, reunindo sistematicamente afro-americanos e “chegando ao ponto de matar aqueles que não deixaram suas casas”.

Os defensores das vítimas argumentam que a necessidade de justiça restaurativa permanece válida, especialmente considerando a presença dos sobreviventes e dos responsáveis até hoje.

Com Tyler Perry e Diddy em disputa bilionária, Paramount desiste de vender participação majoritária na BET

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Fotos: AB-DM e Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic

A Paramount Global desistiu de vender uma participação majoritária em seu BET Media Group, conjunto de plataformas de televisão dos Estados Unidos voltado para o público afro-americano, revelou o Wall Street Journal.

Foram cerca de meses de deliberações que atraiu magnatas como Diddy, Tyler Perry, 50 Cent, Kenya Barris, Shaquille O’Neal e Byron Allen na disputa pela marca.

O processo para encerrar a licitação para a unidade foi anunciado nesta quarta-feira (16), – incluindo o canal BET, streamer BET+, VH1 e BET Studios, porque “uma venda não resultaria em nenhuma desalavancagem significativa de sua balanço patrimonial”, disseram as fontes ao WSJ. As ofertas oferecidas variam de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões.

Perry mantém uma parceria firmada com a Paramount em 2019 e possui uma participação minoritária na Black Entertainment Television, além de produzir grande parte da programação disponível no canal e streamer.

Em 7 de agosto, o CEO da Paramount, Bob Bakish, falou durante a última teleconferência sobre a venda da BET. “Estamos sempre procurando maneiras de maximizar o valor para o acionista. E, como dissemos antes, isso pode envolver o desinvestimento, aquisição ou possível parceria em ativos, tudo o que fizemos. Mas fora isso, não vou comentar nada especificamente”. A empresa comprou a BET em 2000, por US$ 2,3 bilhões em ações e US$ 570 milhões em dívidas. 

O empresário e rapper Diddy, chegou a comentar a importância da disputa pela BET em março deste ano. “A mídia é a indústria mais poderosa do mundo, mas é a indústria em que nós [negros] temos menos propriedade, influência e controle. É hora da BET ser propriedade de negros novamente, para que tenhamos o poder de contar nossas próprias histórias, controlar nossa própria narrativa! Isso não é sobre mim, é sobre nós!”.

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