Começa neste sábado (26), o AFROPUNK Bahia 2022, versão brasileira do consagrado evento internacional, considerado como o maior festival negro do mundo. Historicamente, o termo ‘Afro-Punk’ se referia a pessoas negras que estavam em cena dentro do gênero punk. No passado, esses indivíduos eram frequentemente condenados ao fracasso musical, já que enfrentavam uma indústria marcada pelo embranquecimento e falta de oportunidades.

Em 2003, o cineasta Matthew Morgan produziu o filme independente ‘Afro-Punk’, documentário que destacava os punks negros dos Estados Unidos. O longa se concentrou em explorar a vida de quatro indivíduos e como eles lidavam com questões de raça, solidão, namoro inter-racial e poder negro. Rapidamente, o filme funcionou como uma faísca, uma plataforma foi dada a milhares de pessoas que passaram a se identificar com o estilo punk. Tempos depois, Morgan, que também era um executivo da indústria da música, compreendeu que era possível transformar as ideias do ‘Afro-Punk’ num evento único, unindo diferentes pessoas negras por meio da música e da moda.

Ainda em 2005, James Spooner e Matthew Morgan foram os curadores do primeiro festival Afro-Punk no Brooklyn, Estados Unidos. O festival celebrou, resistiu, ganhou novas formas e se tornou um marco cultural pelo mundo.

Hoje, o AFROPUNK se tornou muito mais que um filme, e evoluiu para um movimento cultural. Na Bahia, o festival une a roda de Samba, roda de Capoeira, roda do Punk e a roda do Xirê. “A nossa roda nunca deixou de girar, desde que chegamos aqui. Seguiremos girando, derrubando fronteiras, do punk à quebradeira, celebrando o encontro de gerações e expressões artísticas, exaltando protagonismos da negritude, unindo grandes talentos a um legado de história de luta e resistência“, celebra o evento, que este ano terá transmissão através da TV Globo e do Multishow.

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