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Ressignificando a expressão, “Humor Negro” estreia com Tia Má e Jhordan Matheus no elenco e Rodrigo França na direção

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Foto: Globo

A comédia do Multishow vai ficar mais negra nos próximos dias. Nesta segunda-feira (21), a série inédita “Humor negro”, dirigida por Rodrigo França, estreia no GloboPlay e Multishow com o objetivo de ressignifcar. 

Após o especial em 2022, “Humor Negro” vem em formato de série com 10 episódios com esquetes e apresentações de stand-up que foram gravadas no Teatro Jorge Amado, em Salvador, por um time de peso, com Tia Má (Maíra Azevedo), Jhordan Matheus, Niny Magalhães, Sulivã Bispo, Evaldo Macarrão e Guilherme Junior.

Para o diretor, Rodrigo França, a série também é uma forma de mudar a visão sobre a expressão “humor negro”. “O humor sempre será político, porque escolhemos a forma e quem será o alvo do riso. O nosso intuito é fugir do humor que oprime e desqualifica. Estamos ressignificando o termo ‘humor negro’ e somando a uma forma responsável de fazer comédia. Vamos continuar com a ideia do especial do ano passado, um programa de humor que terá stand up e dramaturgia. A linha dramatúrgica é o encontro de comediantes negros que resolvem montar uma companhia de teatro. A proposta é rirmos das nossas subjetividades”, disse Rodrigo.

O diretor também também divulgou que além de ser gravada 100% em Salvador, a série também contou com uma equipe composta 98% por profissionais negros. “Um trabalho com 98% de profissionais negras e negros, filmado 100% em Salvador e com uma equipe majoritariamente do nordeste. Caminhos abertos por uma ancestralidade de artistas e técnicos que almejaram tanto tal conquista”, escreveu o diretor.

“Humor Negro” será transmitido de segunda a sexta, às 22h30, no Multishow. Já no GloboPlay, os episódios serão lançados em dois blocos, os primeiros episódios estarão disponíveis a partir das 18h e a segunda parte no dia 28 de agosto. Humor Negro também conta com a participação especial de Hélio de La Peña, Junior Chicó, Luana Xavier, Marcelo Magano e Patrick Sonata, Mateus Buente, Tiago Banha, Thamirys Borsan e Yas Fiorelo.

Com Alexandre Rodrigues revivendo papel de Buscapé, série “Cidade de Deus” inicia as gravações

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Foto: Reprodução.

A HBO Max anunciou hoje, 21 de agosto, o início das gravações da série “Cidade de Deus“. A série Max Original contará com seis episódios, dando continuidade a história de seus lendários personagens, tendo como ponto de partida as memórias de Buscapé. O enredo se passa no início dos anos 2000 e traz trechos do filme em flashbacks, para reconstrução de lembranças e memórias afetivas dos protagonistas.

O elenco da série traz personagens consagrados do filme, como o Alexandre Rodrigues revivendo papel de Buscapé, Kiko Marques como Reginaldo (Cabeção) e Edson Oliveira como Barbantinho. Roberta Rodrigues, Sabrina Rosa, Jefferson Brasil, Eli Ferreira, entre outros que também integraram o elenco do clássico de 2002, também estão confirmados na nova produção.

“Cidade de Deus é uma obra amada pelo público e trata de temas que, mesmo depois de 20 anos, ainda são extremamente relevantes, tanto para os brasileiros quanto para a audiência de qualquer lugar do mundo”, afirma Silvia Fu, diretora de produção de conteúdo da Warner Bros. Discovery (WBD). “Estamos muito animados em finalmente tirar essa produção do papel e dar continuidade a essa história e a personagens tão impactantes.”

Foto: Divulgação/HBO Max

A série será gravada em São Paulo, mas a produção anunciou o destaque de grandes talentos que vieram das comunidades do Rio de Janeiro, como Cidade de Deus, Vidigal, Mangueira, assim como ocorreu na escalação do filme. São eles: Demétrio Nascimento, Luellem de Castro, Carol Dall Farra, Aretha Sadick, Jurema da Matta, Eduardo BR, Shirley Cruz, Victor Andrade, Dhonata Augusto, Emilly Amaral e Manuela Dourado.

No longa, o ditado popular “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come” apresentava a Cidade de Deus como um lugar insolúvel. Na série, a comunidade assolada pela disputa entre traficantes, policiais e milicianos traz uma perspectiva de resistência coletiva.

Cidade de Deus é inspirada na obra de Paulo Lins e tem o roteiro assinado por Renata Di Carmo, Estevão Ribeiro, Rodrigo Felha, Sérgio Machado e Armando Praça. A série ainda não tem previsão de estreia.

Restaurante Simbaz celebra seus 6 anos com evento que promete uma jornada gastronômica pela África

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Foto: Reprodução

Brasília vai se tornar um pedaço da África no próximo sábado (26). Em comemoração aos seis anos de existência, o restaurante Simbaz Culinária Afro e Bar, localizado no Distrito Federal, vai promover sua “1ª Noite Africana”.

Com um menu e drinks exclusivos, os visitantes terão uma experiência gastronômica que vai levá-los até o continente africano.

“Preparamos meticulosamente uma jornada gastronômica pela África, com um menu e drinks exclusivos elaborados pelo nosso Chef. É uma ocasião para mergulhar na rica diversidade culinária do continente africano”, escreveu o restaurante nas redes sociais.

A noite africana acontece às 17h no próximo sábado e para a melhor experiência dos convidados o evento terá vagas limitadas. No momento, os ingressos cortesias já se esgotaram, mas serão abertas novas vagas durante a semana.

Comandado pelo chef nigeriano Chidera Ifeanyi, o Simbaz Culinária Afro e Bar é o primeiro restaurante de culinária africana de Brasília e é considerado uma referência na capital.

“O que eu fiz foi um ato de me amar”, disse Jojo Todynho sobre a cirurgia bariátrica

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Foto: Reprodução

Duas semanas após sua bariátrica, Jojo Todynho, 26 anos, falou sobre sua cirurgia em uma entrevista ao Fantástico, que foi ao ar nesse domingo (20). Jojo comentou as críticas por não ter falado sobre a cirurgia e disse que fez por amor a ela mesmo: “O que eu fiz foi um ato de me amar.”

A artista revelou que antes da cirurgia estava com 145 quilos e agora está com 10 quilos a menos, mas com a autoestima multiplicada. Ela fez a bariátrica no início de agosto, no dia 8, que removeu 90% do seu estômago. 

Jojo Todynho revelou que decidiu fazer a cirurgia após participar da Dança dos Famosos, da Globo. Ela chegou a se machucar nos ensaios por causa do sobrepeso e muitas vezes se sentiu insegura. Mas um dos maiores motivos foi a vontade de ser mãe. “Porque quando você ta acima do peso tem seus riscos”, comentou a cantora.

Jojo Todynho também disse que a cirurgia foi um ato de amor. “Nunca romantizei a obesidade. Jamais. Se amar e entender que o melhor ponto da vida é quando você entende que a vida é sua e você tem que lutar por ela. E eu estou lutando por saúde e qualidade de vida”, disse a cantora. “Fiz a bariátrica por amor a mim”, acrescentou.

Após a cirurgia, ela recebeu muitos comentários questionando os motivos dela ter escondido que ia fazer o procedimento e se seria medo das críticas, mas ela rebateu dizendo que não foi por cancelamento.

“Teve pessoas dizendo que eu estava com medo de ser cancelada. Cancelada por estar buscando saúde? Cancelada por estar buscando uma vida melhor? Eu quero ser mãe. Eu quero ter qualidade de vida para passar para os meus filhos. O que eu fiz foi um ato de me amar”, comentou Jojo. “Só quem me cancela, amores, é Deus e o banco”, rebateu.

Ela ainda está em busca de perder mais alguns quilos, mas não tem uma meta definida. Mas ela já adianta que está caminhando para sua melhor fase. “Eu tô muito feliz, eu acho que to entrando na melhor fase da minha vida”, finalizou.

Movimentos negros convocam ato nacional por justiça à Mãe Bernadete e contra aumento da violência policial

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Foto: Reprodução/Instagram

Movimentos negros irão às ruas do Brasil no próximo dia 24 de agosto, para manifestação contra o aumento das chacinas policiais e pedir justiça para os líderes quilombolas Yalorixá Bernadete e seu filho Binho.

A data escolhida coincide com o aniversário da passagem do grande abolicionista e advogado Luís Gama. Em São Paulo, ato será no Vão do MASP, na Avenida Paulista, a partir das 18h. Pelo menos 14 estados já estão confirmados na grande convocação, que iniciará uma série de atividades mensais até o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.

Cerca de 250 organizações estão articulando a jornada, incluindo a Uneafro Brasil, Movimento Negro Unificado (MNU), Geledés – Instituto da Mulher Negra, Unegro, Conen, entre outras.

Entre as pautas, está a reivindicação para que o Supremo Tribunal Federal (STF) proíba “operações policiais com caráter reativo” e “grandes operações invasivas em comunidades sob pretexto do combate ao tráfico”. Em três semanas, durante fim de julho e início de agosto, as chacinas policiais mataram cerca de 32 pessoas na Bahia, 18 em São Paulo e 10 no Rio de Janeiro.

Os ativistas também pedem uma Lei Federal que exija câmeras em uniformes de agentes armados (estatais e privados); um plano nacional de indenização e apoio aos familiares de vítimas do Estado, a federalização da investigação de chacinas policiais; a desmilitarização das polícias; e o fim da guerra às drogas. 

“Vidas Quilombolas Importam”

Os movimentos negros também saíram às ruas com um pedido de justiça pelo assassinato da Maria Bernadete Pacífico, líder da Comunidade Remanescente de Quilombo Pitanga de Palmares, em Simões Filho (BA), na quinta-feira (17).

“O assassinato brutal de uma líder política, quilombola, mulher negra e do candomblé mostra a face do Brasil real, violentamente racista, machista, misógino, que persegue lideranças negras e é intolerante com as religiões de matriz africana. Mãe Bernadete passou os últimos anos denunciando o assassinato de seu filho Binho, pelas mesmas motivações”, diz nota da Uneafro Brasil.

Ela estava sim sob risco e pedia proteção ao estado. Era uma situação amplamente conhecida. Porque não foi atendida? Onde está o Estado em seu papel de garantir a segurança e a vida das pessoas? No próximo dia 24 os movimentos negros tomarão as ruas em todo país contra a violência policial e também levará essa exigência: Quem mandou matar Mãe Bernadete e Binho?”, questiona.

O velório da liderança quilombola foi realizado na Igreja de São Gonçalo. No sábado (19), o corpo foi levado para Salvador, onde foi sepultado no Cemitério Quinta dos Lázaros, onde o filho Binho está enterrado.

Confira os locais já confirmados para os atos na próxima quinta-feira (24):

São Paulo (SP): 18h, MASP, av. Paulista

Limeira (SP): 18h, Praça Toledo de Barros, Centro

Belo Horizonte (MG): 17h30, Praça 7

Recife (PE): 16h30, Praça UR11, Ibura

Curitiba (PR): 18h, Praça Santos Andrada

Rio de Janeiro (RJ: 16h, Candelária

Aracaju (SE): 15h, Praça Camerino

Vitória (ES): 17h, Praça do Itararé

Brasília (DF): 15h, Museu nacional, caminhada até o Ministério da Justiça

Acre, Rio Grande do Sul, Pará, Piauí, Maranhão e Bahia ainda divulgarão os detalhes da manifestação.

Ludmilla realiza sonho da avó de ter uma casa própria: “foi despejada várias vezes”

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Foto: Reprodução/Instagram

A cantora Ludmilla realizou o sonho da avó, Vilma Salles, de ter uma casa própria e emociona família e web. “Cresci vendo a minha vó sair cedo pra trabalhar e mesmo sem saber do meu futuro, eu sempre falava que um dia daria um apartamento pra ela”, disse a artista, em publicação no Instagram, neste domingo (20).

Ludmilla ainda relata que a avó “foi despejada várias vezes” das casas que alugava. “Você cuidou tanto de mim vó, agora chegou a minha vez de cuidar de você do jeitinho que você merece”, declarou.

“Hoje estou aqui, realizando 2 sonhos em 1, o dela de ter a casa própria e poder dormir tranquila sem se preocupar se amanhã vai ter um teto pra morar, e o meu de realizar o sonho dela. Te amo”, se declarou Ludmilla.

No vídeo, a cantora aparece com a avó e a mãe, Silvana Oliveira, para mostrar o novo apartamento, próximo da praia. “Minha avó ama a praia e desde criança eu falava que ia dar um apartamento perto da praia”, relatou a cantora.

Muito emocionada, Vilma agradeceu por um presente tão importante para vida dela.”Eu sofri muito na minha vida. Eu ficava num aluguel, devia e ia para outro. Um dia eu falei com Deus. Cê tem que me dar um destino e me deu essas duas bênçãos maravilhosas”, e abraçou a neta e a filha.

https://www.instagram.com/p/CwLyYN3NP8J/

Mais de 178 mil crianças não frequentam a sala de aula por dificuldade de acesso

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Foto: Reprodução

Texto: Kelly Baptista

Segundo o Todos Pela Educação mais de 178 mil crianças não frequentam a sala de aula por dificuldade de acesso, este número representa 42% das 425 mil crianças brasileiras de 4 a 5 anos que estão fora da pré-escola. Bom lembrar: a educação escolar é obrigatória nesta faixa etária.

Isso significa que essas crianças estão tendo seu direito negado, por razões como a ausência ou distância de uma escola; falta de vaga; e baixa oferta de ensino para a sua idade. E sabe quem sofre mais com esse cenário? As famílias mais pobres.

“Crianças pretas e pobres são, historicamente, mais vulnerabilizadas no Brasil e essa desigualdade no acesso à educação infantil privilegia alguns grupos em detrimento de outros, afinal as crianças pretas e pobres que não frequentam a pré-escola têm menos acesso a estímulos, interações, alimentação e segurança. Isso pode comprometer o desenvolvimento, impactar a progressão e a transição para as etapas de ensino sequentes, além de reproduzir desigualdades que atrasam o nosso país”, explica Maíra Souza, Oficial de Primeira Infância do UNICEF no Brasil.

É papel do poder público garantir atendimento pleno e de qualidade a todas as nossas crianças na pré-escola. Além disso, é preciso que toda a sociedade compreenda e reconheça a importância da Primeira Infância como etapa fundamental para a vida.

Para Bianca Dantas, professora e responsável pelos conteúdos da plataforma e do chatbot AprendiZAP, a fase da primeira infância é fundamental para o desenvolvimento da criança. É neste momento que ela é estimulada a desenvolver suas habilidades e a sua sociabilidade, aprendendo a ter responsabilidade sobre si, sua comunidade, e sua relação com o meio ambiente. “Negligenciar o acesso à educação nos primeiros anos impede que os estudantes cheguem mais preparados para o Ensino Fundamental (a partir dos 6 anos), podendo interferir no seu processo de alfabetização e por consequência na sua permanência na escola. Quanto antes inserimos as crianças no ambiente escolar, maiores são as chances delas permanecerem e de combatermos a evasão”, afirma a professora.

*Kelly Baptista Gestora Pública, diretora executiva da Fundação 1Bi, mentora, membro da Rede de Líderes Fundação Lemann e conselheira da Cruzando Histórias, Despertar  e CMOV.

Sucesso de bilheteria, ‘Creed III’, estrelado por Michael B. Jordan, já começou a campanha em busca do Oscar 2024

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Foto: MGM/Cortesia Everett Collection.

O Oscar 2024 só vai acontecer em março do ano que vem, mas algumas produções já começaram a realizar campanhas em busca de votos na maior premiação do mundo. ‘Creed III’, estrelado e dirigido por Michael B. Jordan, foi inserido na ‘Academy Screening Room’, uma espécie de sala virtual onde os votantes da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood podem acompanhar detalhes sobre a produção. A ação serve como uma pré-divulgação do filme para a temporada de premiações.

A estreia de Michael B. Jordan na direção foi um dos grandes sucessos do primeiro trimestre de 2023, arrecadando US$ 275 milhões com um orçamento de US$ 58 milhões. Com ótimas críticas, a expectativa é que os produtores de ‘Creed III’ lutem por indicações nas categorias de atuação e direção dentro do Oscar 2024.

Foto: Divulgação

De acordo com a sinopse, em ‘Creed III’, depois de dominar o mundo do boxe, Adonis Creed (Michael B. Jordan) vem prosperando tanto na carreira quanto na vida familiar. Quando um amigo de infância e ex-prodígio do boxe, Damian (Jonathan Majors), ressurge depois de cumprir uma longa sentença na prisão, ele está ansioso para provar que merece sua chance no ringue.

‘Creed III’ está disponível para streaming no Prime Video.

Com diretor e elenco negro, “Mussum, o filmis” é o grande destaque do Festival de Cinema de Gramado 2023

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Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto

Mussum, o Filmis“, dirigido por Silvio Guindane, foi o grande destaque do Festival de Cinema de Gramado 2023, neste sábado (19). A cinebiografia de um dos maiores humoristas e sambistas do Brasil, ganhou seis Kikitos, incluindo o de Melhor Filme.

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco a sociedade muda. Por ser um filme de um homem preto, a gente conseguiu tirar qualquer estereótipo. Foi um grande pai, um grande filho, um grande comediante, que não morreu de cirrose. Ele morreu de coração. Ele tinha um coração grande, literalmente. A gente teve a preocupação de tirar qualquer estereótipo do homem preto”, declarou Guindane ao receber o Kikito de Melhor Filme.

Diretor Silvio Guindane (Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto)

Ailton Graça, o protagonista que vive o Mussum na vida adulta, levou o prêmio de Melhor Ator; e Yuri Marçal (Mussum na juventude), levou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante e Neusa Borges (Dona Malvina), levou o de Melhor Atriz Coadjuvante.

Ailton Graça e Silvio Guindane (Foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto)

“Esse é o meu primeiro Kikito em um longa carreira de 66 anos com mais de 25 filmes feitos, nacionais e internacionais”, declarou a atriz no Instagram na manhã deste domingo (20).

“A carreira de atriz não é fácil, mas é o que eu ser fazer de melhor. Fico chateada muitas vezes pela falta de consideração e reconhecimento na arte, mas digo e repito: o MEU TALENTO é reconhecido pelo povo, e é por eles que eu trabalho com toda a dedicação”, escreveu. “Dedico esse prêmio a minha comadre, amiga e grande atriz Léa Garcia“, completou, lembrando da grande estrela que faleceu nesta semana, aos 90 anos. 

O longa também levou o prêmio de Melhor Trilha, assinada pelo músico Max de Castro, o Prêmio do Público, além da Menção Honrosa para o maquiador Martin Macias Trujillo.

“Mussum, o Filmis” estreia nos cinemas brasileiro no dia 2 de novembro. 

Bélizaire, o menino negro e escravizado apagado de uma obra histórica

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Foto: Reprodução

Texto: Nadja Pereira

Jeremy K. Simien, colecionador de arte e historiador, se deparou online com uma versão da pintura com o menino e a achou parecida com as obras do renomado artista holandês, Jacques Amans (1801-1888). No entanto, ao fazer outra busca, encontrou uma nova versão do quadro sem o menino e coberto de forma amadora, como se houvesse uma sombra ao seu redor. Isso o deixou intrigado. 

Imagem: Reprodução

A saga do quadro é bem complexa. O quadro estava em uma garagem da família Grasser que doou a obra para o Museu de New Orleans em 1972. Porém, a pintura continuou nos porões da história, desta vez dentro do museu que o deixou de lado por 32 anos. Depois, o NOMA adquiriu a obra e a vendeu por apenas 6 mil dólares para um colecionador que restaurou a obra e restaurou a presença do menino negro no quadro. Em 2021, Jeremy K. Simien adquiriu a pintura, mas não se sentiu satisfeito até restaurar novamente o quadro e descobrir a história do menino.

Imagem: Reprodução

Com a historiadora Katy Shannon, especialista na história de negros escravizados de Louisiana, ela encontrou o Bélizaire. Ele provavelmente era uma “criança de companhia” da família de Coralie D’Aunoy Frey, em 1830. A matriarca dona de escravos estava na árvore genealógica da família Grasser.  A partir destas informações, a historiadora descobriu que Bélizaire foi vendido com sua mãe, Sally, em 1828. Após a morte do patriarca da família, Bélizaire fora vendido para uma plantação em 1856. Possivelmente nesse momento da história, ele foi apagado do retrato da “família”, como relatou Craig Crawford, restaurador importante que trabalha no quadro.

Infelizmente, a história do Bélizaire acaba em 1861, ano do início da história civil americana e a sua trilha não é encontrada em nenhum registro do país – ao menos até agora. Mas como o Jeremy relata, “Agora sabemos o seu nome, a sua jornada, e isso é incrível”.  Apesar da saga, a história tem um final feliz, o quadro foi recentemente adquirido pelo MET, Metropolitan Museum of Art. 

E é por isso que o nome dele precisa ser ressaltado tantas vezes, assim como você viu no texto. Isso mostra a importância histórica de um registro dos negros escravizados, uma lição para o Brasil que queimou propositalmente parte do seu acervo. Mesmo com uma pintura de mais de 100 anos, Bélizaire agora tem um nome, uma imagem e uma história.  

Fontes:

As imagens são do jornal New York Times. 

O New York Times fez uma reportagem de 9 minutos contando a história. É possível ativar as legendas em português. 

Bélizaire and the Frey Children – Wikipedia 

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