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Thalyta atribui sua eliminação no ‘BBB 24’ pela falta de posicionamento: “as pessoas queriam treta”

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Foto: Globo/João Cotta

Neste domingo, dia 14, a advogada Thalyta deixou o ‘BBB 24’ com o menor percentual dentre os três emparedados, também membros do chamado ‘Puxadinho’: recebeu 22,71% dos votos para ficar, depois de protagonizar a primeira discussão da temporada e não ter aceitado um acordo com o grupo junto ao qual entrou no programa.

Em entrevista à Globo, Thalyta acredita que a falta de posicionamento culminou para que se tornasse a segunda eliminada do reality show. “As pessoas queriam treta e eu não estava disposta a passar por cima dos meus valores para isso”, diz.

“Tudo acontece no momento em que tem que acontecer. Eu não estava me adaptando ao jogo, foi muito difícil para mim. Mas acredito que se eu tivesse feito o pacto, eu não teria saído. Contudo, não adiantaria, porque eu iria contra aquilo que o meu coração estava pedindo. Agora eu estou aqui e está tudo certo. Antes estar aqui com as minhas verdades, com os meus valores, com a minha mãe orgulhosa de mim do que estar lá dentro concorrendo a milhões de reais, mas pisando nos outros, fazendo besteira e não sendo leal a mim. Dinheiro é bom, mas ter o orgulho dos nossos pais é muito melhor”, avalia a ex-sister.

A advogada também faz um balanço de sua passagem pelo ‘BBB 24’, revela os aprendizados que tira da experiência e conta que alianças teria feito se permanecesse por mais tempo no jogo.

Thalyta

O que a experiência de participar do ‘BBB 24’ significou para você?
Representou um sonho, apesar de muito curto. Eu vivi esse sonho e tentei dar o meu melhor; não foi o suficiente. Mas como todo sonho, a gente acorda e sonha outras coisas. Agora, com a visibilidade que eu ganhei, eu vou tentar realizar o que eu gostaria de ter conseguido no programa, conquistar por mérito meu e correr atrás aqui fora.

Embora tenha sido a segunda eliminada da temporada, você ficou menos de uma semana na casa. Na sua opinião, o que faltou para ir mais longe no jogo?
Posicionamento. As pessoas queriam treta e eu não estava disposta a passar por cima dos meus valores para isso.

Você entrou no BBB por meio da dinâmica que aconteceu por trás dos vidros na primeira noite da temporada. O que passou pela sua cabeça naquele momento em que precisava se apresentar para conseguir uma vaga no programa?
Passou pela minha cabeça que o meu sonho estava nas mãos de outras pessoas e eu tinha 30 segundos para fazê-las entenderem a importância daquele sonho e, consequentemente, o Brasil todo. Eu estava nervosa, não estava esperando entrar desse jeito. Quando me escolheram, eu me senti muito grata, muito feliz e falei ‘bora, bora’. Só que, quando entrei na casa, eu vi que essa escolha não foi 100% acolhida e exercida. Eu não me senti acolhida, porque só eu tinha que ir atrás, só eu que tinha que falar, só eu que tinha que me apresentar… Foram poucas horas de diferença [entre a nossa entrada e a do restante], mas parecia muito mais, parecia que eu estava de visita na casa dos outros. Mas não era a casa dos outros, era do Brasil todo. Eu acho que faltou deixarem eu me mostrar e me conhecer ali dentro.

Thalyta

Você, o Juninho e o Davi entraram no BBB juntos, após os outros 18 participantes, e depois se enfrentaram no paredão. O que levou a um rompimento com os membros do Puxadinho?
A falta de afinidade. A gente não tinha afinidade o suficiente para combinar de irmos todos em uma pessoa e não nos votarmos. A gente tanto não tinha afinidade, que foi proposto aquele plano de não se votar e nem foi cogitado em quem votar. Aí ficaram oito gatos pingados votando um em cada um, o que não daria em nada.

Por que você não quis combinar voto com o grupo nem formar uma aliança com eles?
Na verdade, eu não quis com o Juninho, porque ele era uma opção de voto minha. Com ele eu não poderia, porque ali a palavra é muito importante. Eu não poderia ter duas palavras.

O que mais te chateou naquela conversa com o Juninho que culminou na discussão?
Eu acho que ele ficou muito pilhado com o queridômetro, ele achou que tinha sido eu a dar “Planta” para ele. E não fui eu – o público viu. Ele queria se salvar, assim como o Davi – jogador para caramba, está super certo. Ali, eles queriam fazer um pacto de não nos votarmos e eu falei que não. Num primeiro momento, eu não havia entendido e, depois, não houve pacto. Quando ele cogitou que esse acordo existiria, eu juntei todos e falei: ‘Para mim não dá. Isso não faz parte de quem eu sou, não é a minha verdade. Eu não vou fazer isso’. Eu tinha outras prioridades lá dentro, tinha outras pessoas que eu queria conhecer ainda. Foi isso: eu dei um ‘tiro no pé’ e estou aqui.

Thalyta

Pouco tempo depois da briga, você votou no Juninho no confessionário, e ele te puxou no contragolpe para o paredão. Acredita que, se vocês dois tivessem se resolvido ali, poderia não ter sido eliminada?
Tudo acontece no momento em que tem que acontecer. Eu não estava me adaptando ao jogo, foi muito difícil para mim. Mas acredito que se eu tivesse feito o pacto, eu não teria saído. Contudo, não adiantaria, porque eu iria contra aquilo que o meu coração estava pedindo. Agora eu estou aqui e está tudo certo. Antes estar aqui com as minhas verdades, com os meus valores, com a minha mãe orgulhosa de mim do que estar lá dentro concorrendo a milhões de reais, mas pisando nos outros, fazendo besteira e não sendo leal a mim. Dinheiro é bom, mas ter o orgulho dos nossos pais é muito melhor.

Com quem buscaria fazer alianças se pudesse permanecer por mais tempo no reality?
Eu até tentei me aproximar bastante do Bin, gostaria de fazer aliança com ele. Com o Marcus e a Beatriz eu fiz amizade, mas a gente não tinha aliança. O Marcus é uma das pessoas das quais eu mais gosto lá dentro, a quem eu defenderia e não votaria, mas faltou ser aliado no jogo, não só amigo na vida.

Alguns participantes mencionaram que vocês do Puxadinho não estariam conseguindo se enturmar com a galera da casa. Concorda que essa tenha sido uma dificuldade?
Com certeza foi, todo mundo viu. Seria loucura dizer que não. Quando você chega por último, as pessoas estão numa prova e logo depois tem formação de paredão, qualquer aproximação pode ser interpretada como falsidade. Eu e outras pessoas que estavam ao meu lado não queríamos parecer falsas. Talvez tenha faltado um pouco de malícia em nós. A gente sentiu que os meninos foram um pouco mais bem recepcionado por alguns. E nós estávamos ali sozinhos, tanto que ficamos lá no chão, perdidos.

Thalyta

Quem você deseja ver campeão do ‘BBB 24’?
Eu gostaria muito que ganhasse Michel, Giovanna, Raquele, Marcus ou Isabelle. Mas acho que o prêmio deve ficar entre Isabelle e Beatriz. Ou com o Davi, porque ele está se saindo muito bem, ele é um menino sensacional e um jogador muito inteligente. Nós tivemos afinidade. Ali dentro, como eu estava com muita dificuldade, qualquer troca valia muito.

Que aprendizados você tira dessa experiência?
Que o silêncio pode ser o maior grito de uma pessoa. Eu fiquei em silêncio lá dentro porque eu estava desesperadamente tentando me encaixar e não estava conseguindo. Talvez, se o Brasil estivesse vendo que eu realmente estava tentando…mas não viu e é isso. A gente não agrada todo mundo nem acerta sempre.

Quais são seus planos para essa fase pós-BBB? Pretende continuar advogando?
Eu ainda não consegui pensar, mas quero continuar advogando, sim. Quero ver as oportunidades que eu vou tirar dessa experiência. Eu tinha mil seguidores e agora estou com 69 mil. Então, vou correr atrás dos meus sonhos e ver no que vai dar. Mas eu quero continuar estudando, fazer pós-graduação, tudo isso…

Anielle Franco fala sobre racismo ambiental após fortes chuvas causar estragos nas periferias do RJ: “Não é natural”

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Fotos: Divulgação/Defesa Civil e Rithyele Dantas/MIR

A cidade do Rio de Janeiro foi atingida por fortes chuvas neste final de semana, 13 e 14 de janeiro, e a prefeitura decretou Estágio 4 de risco. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro confirmou a morte de ao menos 11 pessoas e uma segue desaparecida. Também foram registrados 25 bolsões d’água, 17 pontos de alagamentos e 6 quedas de árvores.

Nas redes sociais, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, publicou um vídeo educativo para explicar o que é o racismo ambiental e os seus efeitos na cidade, com a exibição das imagens dos estragos causados nas periferias do Rio de Janeiro. 

“Quando a gente olha os bairros e municípios que foram mais atingidos, como a Acari, São João de Meriti, Anchieta, Albuquerque e Nova Iguaçu, a gente vê algo que eles todos têm em comum, que são áreas mais vulneráveis. Qual é a cor da maioria das pessoas que vivem nesses lugares, que mais uma vez estão ali morando em suas casas, seus comércios, seus empregos, seus sonhos, sua esperança e sua vida como um todo? Lutas e lutas sendo perdidas”, lamenta a ministra.

E completa a pergunta: “Qual é a cor da maioria das pessoas que moram nos bairros e periferias, que não têm árvores com um sistema de escoamento de chuva, saneamento precário, com moradia que não é digna?”.

Em seguida, Anielle Franco lembra pontua que favelas e periferias são 15 vezes mais atingidas que outros bairros, informação revelada pelo segundo volume do Sexto Relatório de Avaliação do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (ONU).

“Não é natural que em alguns municípios, bairros, periferias e favelas, sofram com consequências mais graves da chuva do que outros. Bom, isso acontece porque uma parte da cidade do estado não tem a mesma condição de moradia, de saneamento, de estrutura urbana do que a outra. Também não é natural que esses lugares tenham ali a maioria da sua população negra”, pontua.

“Isso faz parte do que a gente chama e define de racismo ambiental e os seus efeitos nas grandes cidades”, esclarece a ministra da Igualdade Racial. “Esse termo já vem sendo usado ali desde a década de 80, que ele ganha força nos Estados Unidos, mas também muitos ativistas brasileiros e outros sempre têm falado sobre as vulnerabilidades de certas pessoas e onde essas pessoas moram”.

Neste domingo (14), a colunista do Mundo Negro, Kelly Baptista, escreveu um artigo explicando que o racismo ambiental é para “descrever o processo de discriminação que populações periferizadas e/ou compostas por minorias étnicas sofrem devido à degradação ambiental. A expressão é uma denúncia de que as pessoas historicamente invisibilizadas pelos líderes globais são as mais afetadas pela poluição, inundações, queimadas e demais degradações ambientais. Já no contexto internacional, o tema também se refere às relações ecológicas desfavorecidas entre os hemisférios norte e sul global, como consequência do colonialismo”.

Caso Marielle: Ricardo Cappelli questiona editorial do Estadão que critica investigações da PF: “O que busca? Defender os assassinos?”

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Fotos: Reprodução/ Redes Sociais e TV Globo

Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, critica o Estadão após o jornal publicar editorial sobre as investigações da Polícia Federal no caso de assassinato da vereadora carioca Marielle Franco.

“De forma envergonhada, este veículo ultrapassa todos os limites e insinua nulidades processuais. O que busca? Defender os assassinos de Marielle? Ataca a Polícia Federal com que intenção? Defender os assassinos de Marielle? Ninguém ficará impune”, escreveu no X (antigo Twitter), em resposta à publicação do jornal.

No texto, o Estadão afirma que há uma “instrumentalização da PF no caso Marielle”. “A investigação federal do rumoroso assassinato da vereadora, além de ser estranha do ponto de vista jurídico, parece transitar pelo perigoso terreno dos interesses políticos”, publicou nas redes sociais na manhã desta segunda-feira (15). 

Na última terça-feira (9), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse à imprensa que o caso será concluído até o fim de março. Mas isso parece ter incomodado o jornal, que acusa a atuação de Rodrigues de agir de forma indiscreta e inapropriada “para um inquérito que corre em segredo de Justiça”, diz um trecho do artigo.

E completa: “Recorde-se que o País ficou escandalizado, com razão, quando o antecessor de Lula, Jair Bolsonaro, interferiu diretamente na Polícia Federal justamente no momento em que esta investigava um dos filhos do presidente. Portanto, é o caso de reiterar que a Polícia Federal não é órgão do serviço do governo, mas do Estado brasileiro“.

O artigo reforça o ataque ao governo Lula no envolvimento do caso. “Inventaram-se pretextos para que a PF pudesse participar das investigações, uma vez que o crime nada tem de federal, e agora o governo se jacta de estar bem perto de solucionar o caso”.

O Estadão ainda questiona as escolhas da família de Marielle Franco por ser contra a federalização da investigação no governo Bolsonaro, mas a favor no governo Lula. “Tem-se o retrato de uma PF sem verdadeira autonomia, visto como aplicado a interesses partidários, e não republicanos – e isso é evidentemente péssimo para o País”.

Por fim, o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também foi atacado no editorial, ao ser comparado com o senador licenciado e futuro ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino: “roga-se ao menos que Lewandowski faça do seu perfil mais discreto um padrão na sua pasta e que isso se traduza numa chefia da Polícia Federal menos verbosa e menos militante”.

‘Homem-Aranha Através do Aranhaverso’ triunfa como Melhor Animação no Critics Choice Awards 2024

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Foto: Sony Pictures

O Critics Choice Awards 2024 premiou os melhores do cinema e televisão na noite deste domingo (14). Considerado um importante “termômetro para o Oscar”, o evento ocorreu em Los Angeles e reuniu diversos famosos.

Entre os vencedores, foi anunciado ‘Homem-Aranha Através do Aranhaverso’, vencedor da categoria ‘Melhor Animação’. Codirigido por Kemp Powers (Soul), o filme superou o aclamado ‘The Boy and the Heron’, além de ‘Wish’, ‘Elementos’, ‘Nimona’ e ‘Tartarugas Ninja: Caos Mutante’.

A série ‘O Urso’ também continua brilhando nas premiações! Após levar as estatuetas na 81º Globo de Ouro, no dia 7 de janeiro, a produção ganhou novamente como ‘Melhor Série de Comédia’ e a protagonista Ayo Edebiri, que interpreta a Sydney, garantiu mais uma vitória como ‘Melhor Atriz em Série de Comédia’.

Foto: Ayo Edebiri, como Sydney, na série ‘O Urso’ (Foto: FX)

Veja a lista completa de vencedores negros:

Melhor animação: Homem-Aranha Através do Aranhaverso

Melhor série de comédia: The Bear 

Melhor série em língua estrangeira: Lupin

Melhor atriz em série de comédia: Ayo Edebiri – The Bear

Melhor atriz coadjuvante: Da’vine Joy Randolph (Os Rejeitados)]

Melhor roteiro adaptado: Cord Jefferson (American Fiction)

Volta às aulas com material escolar para a comunidade negra

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Fotos: Divulgação

Procurando materiais escolares com personagens negros e valorização à cultura negra? Chegou o grande momento de se preparar para volta às aulas e o Mundo Negro selecionou itens lindíssimos para crianças e adolescentes usaram na escola.

Entre os materiais, tem materiais para fortalecer os afroempreendedores e de outras marcas, com referências de princesa negra e heróis. Confira abaixo: 

Mochila Afro

A Negaju Acessórios Afro está com mochilas afros lindíssimas que os adolescentes vão amar. Mas corre porque a edição é limitada! Na loja você também pode garantir o estilo completo da volta às aulas com brincos afros, colares e carteiras. Veja aqui!

Lápis de Cor Jumbo

Proporcionar experiências lúdicas com a diversidade racial no Brasil é muito importante para garantir a autoestima das crianças e dos jovens negros. Por isso, também recomendamos o kit com 6 cores, da coleção caras & cores da Faber Castell. Os pequenos agora podem enxergar que a cor de pele são diversas. Confira aqui!

Caderno

Que tal um caderno inspirador? A Xeidiarte oferece diversas estampas incríveis, incluindo com referência à filósofa Angela Davis, com a frase: Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela! A marca também conta com uma variedade de agendas e capinhas de celular. Veja aqui!

Lancheira Escolar

Impossível pensar em representatividade negra e não lembrar do Pantera Negra. Nesta lancheira da Bagaggio, ainda tem estampado a irmã Shuri e a General Okoye. Na loja, há outros itens com a mesma estampa. Veja aqui! 

Estojo

A nova sensação para as meninas negras é a nova princesa da Disney, Aisha, que estrela o filme Wish, lançado recentemente nos cinemas. Na Olist, loja disponível no Mercado Livre, é possível encontrar estojo com estampa dela, entre outros itens. Confira aqui!

Racismo Ambiental: as consequências da desigualdade socioambiental para as comunidades marginalizadas

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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A desigualdade socioambiental também afeta o acesso a oportunidades econômicas e sociais

Para começar, o que é Racismo Ambiental?

O racismo ambiental é um termo utilizado para descrever o processo de discriminação que populações periferizadas e/ou compostas por minorias étnicas sofrem devido à degradação ambiental. A expressão é uma denúncia de que as pessoas historicamente invisibilizadas pelos líderes globais são as mais afetadas pela poluição, inundações, queimadas e demais degradações ambientais.

No contexto internacional, o tema também se refere às relações ecológicas desfavorecidas entre os hemisférios norte e sul global, como consequência do colonialismo.

Em uma sociedade onde o sistema não prioriza o bem-estar das minorias, o racismo ambiental segue se fortalecendo, as comunidades marginalizadas muitas vezes têm menos acesso a empregos, educação e serviços públicos de qualidade, o que leva a um ciclo vicioso de desvantagem social e econômica.

Recentemente acompanhamos a novela Braskem x Lagoa do Mundaú em Maceió (AL), que desde 2018 vem se desenhando como um grande desastre ambiental e o Brasil acompanha calado as falhas graves no processo de mineração que causaram instabilidade no solo. Ao menos três bairros da capital alagoana tiveram que ser completamente evacuados em 2020, por causa de tremores de terra que abalaram a estrutura dos imóveis, e todas as esferas governamentais se calaram, assim como Mariana e Brumadinho, uma tragédia anunciada, que teve o desfecho no dia 10 de dezembro de 2023.

E o que esta tragédia de Maceió tem em comum com o Racismo Ambiental?

A pesca e comercialização de peixes e mariscos são a principal fonte de renda de muitas famílias em Maceió, capital de Alagoas. Às margens da Lagoa Mundaú, na periferia da capital alagoana, vivem milhares de mulheres, na maioria negras, grande parte chefes de família, que encontram na pesca do sururu uma opção para levar alimento e o mínimo de dignidade aos seus filhos e filhas, a maioria das pessoas ali podem ser intituladas “empreendedoras”, mas, na verdade, travam uma luta desesperada e diária pela sobrevivência, muito distante do mito de “liberdade” e de “trajetória de sucesso”. São adultos, jovens e crianças que mergulham sem parar em uma água contaminada para colher mariscos e receber valores ínfimos no quilo dele “despinicado” / limpo, um trabalho desumano.

E qual o agravamento disso?

A princípio, o evento geológico pode ter causado prejuízos de até R$34 bilhões, segundo estudo do Instituto Alagoas. A lagoa é uma área de preservação ambiental e fonte de renda para milhares de marisqueiras e pescadores.

“Com o impacto tanto terrestre quanto lagunar teremos perda da biodiversidade na região [..] Teremos mortandade de espécies e até prejuízo na manutenção de outras.”, afirmou Regla Toujaguez, engenheira geóloga.

Concomitante com esta tragédia que pode ter danos irreversíveis ao bioma da região, o Brasil estava na COP 28 com a maior delegação entre os países participantes. Foram 1.337 inscritos. A delegação oficial do governo era de cerca de 400 pessoas. A pergunta que não quer calar, a COP 28, também chamada de “Cop dos influencers”, trouxe alguma solução, ou auxílio para os milhares de desalojados e agora sem renda da região da Lagoa do Mundaú, ou assim com vimos Mariana e Brumadinho, mais uma vez veremos uma cortina de fumaça se formar e os responsáveis saírem ilesos?

Combater o racismo ambiental é urgente para salvar vidas. Não podemos esquecer que centenas de famílias são destruídas após deslizamentos de terra e/ou enchentes, aterramentos ou desastres causados por grandes mineradoras que fazem extrações ilegais e após estes desastres socioambientais, estas comunidades são esquecidas. 

Para combater o racismo ambiental, é necessário que as comunidades afetadas sejam incluídas em todas as decisões relativas ao meio ambiente e à saúde. Os governos e empresas devem garantir que as comunidades locais sejam informadas sobre os riscos ambientais associados às instalações em suas áreas, e que essas comunidades sejam consultadas antes da construção de novas instalações ou projetos.

Copa Africana de Nações estreia hoje; veja como assistir

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Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany

Começa hoje (13), às 17h, a Copa Africana de Nações, principal campeonato de futebol do continente africano, com um jogo entre a anfitriã desta edição, Costa do Marfim, e Guiné-Bissau.

A competição teve início em 1957 e acontece a cada 2 anos. Neste ano, 24 das 54 nações africanas competirão pelo título que o Senegal conquistou em 2022, e tem o Egito como heptacampeão (venceu 7 vezes), sendo assim divididas:

Grupo A: Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau e Nigéria
Grupo B: Cabo Verde, Egito, Gana e Moçambique
Grupo C: Camarões, Gâmbia, Guiné e Senegal
Grupo D: Argélia, Angola, Burkina Faso e Mauritânia
Grupo E: Mali, Namíbia, África do Sul e Tunísia
Grupo F: República Democrática do Congo, Marrocos, Tanzânia e Zâmbia

Craques africanos que atuam em times foram do continente, retornam à casa para participar da competição como Victor Osimhen (Nigéria), André Onana (Camarões), Sébastien Haller (Costa do Marfim), Serhou Guirassy (Guiné) e Mohamed Salah (Egito).

Até o dia 24 de janeiro, durante as fases dos grupos, haverá jogos diariamente que poderão ser acompanhados na Band e das plataformas digitais do grupo: Bandplay, band.com.br e o canal do YouTube Esporte Na Band, às 11h, 14h ou 17h. Após este período, os jogos de oitavas de final ocorrerão de 27 a 30, quartas de final nos dias 2 e 3 de fevereiro, semifinal no dia 7, disputa pelo terceiro lugar no dia 10 e a grande final no dia seguinte, 11 de fevereiro.

Especialista em combinar doceria cearense com Pâtissière francesa: o confeiteiro Marcos Wandebaster faz sucesso com seus bolos personalizados

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Fotos: Reprodução/Instagram

Imagine a delícia de comer um bolos personalizados e doces que “nascem do encontro com a doçaria cearense com a Pâtissière francesa”? É assim que o chef confeiteiro Marcos Wandebaster, morador de Fortaleza, descreve as suas especialidades para o público para qual ele empreende da capital de Ceará e região metropolitana, em entrevista ao Mundo Negro e Guia Black Chefs.

Para preparar os bolos personalizados para aniversário e casamentos, cobertos com Buttercream e na Pâtissière francesa, Marcos destaca suas preferências individuais. “Busco ir pelo caminho da valorização dos insumos locais e dos pequenos produtores para desenvolver uma confeitaria brasileira/cearense”, destaca.

Cupcake Red Velve com Buttercream de Cream Cheese (Foto: Reprodução/Instagram)

“A minha cozinha vem, principalmente das minhas mais velhas. Minha tataravó ensinou à sua filha, que ensinou a sua filha… até chegar à mim. Quem me ensinou primeiramente a cozinhar e confeitar foi Tia Luciêne, que tem 82 anos”, diz o chef, orgulhoso da sua carreira construída a partir das mulheres da família.

Profissional especializado desde 2019, atualmente Marcos também está trabalhando na confeitaria do restaurante Mangue Azul, cursando gastronomia na universidade, além de ser um pesquisador da química, biologia e física dos bolos.

Bolo sabor manga e maracujá (Foto: Reprodução/Instagram)

“Através da minha pesquisa com cultura alimentar cearense e química da confeitaria, estou escrevendo um livro (e buscando patrocínio para tal’) com historiografias e conteúdos científicos voltados ao ofício de fazer bolos”, diz o chef.

Entre os mais pedidos pelos clientes de seu empreendimento, Marcos destaca o “Bolo Brigadeiroom (massa de chocolate feita com rapadura), Bolo Sweet Boom (massa com farinha de castanha de caju com recheio de doce de leite com flor de sal), Charllote (com massas de bolo e biscoitos franceses e frutas da estação) e Tarte au Citron”.

Para encomendas, acesse o instagram: @chefmarcoswandebaster

Reality show e a estrutura que forma sujeitos preconceituosos

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Foto: Reprodução/Globo

Texto: Tainara Ferreira

Todos os anos, quando as edições de reality se iniciam, várias temáticas retomam à cena, principalmente nas redes sociais. Desde 2021, temas como racismo têm fomentado diversos episódios e debates a respeito. O que devemos pontuar nestes moldais é que os realities são nada mais que, um recorte de como nossa sociedade está organizada. Os atravessamentos oriundos dele, são os mesmos que enfrentamos, quando possuímos a lente do letramento político, racial ou de gênero, no nosso dia a dia. 

Para identificá-lo é necessário colocar esta luneta. Existe, uma parcela da população que não é impactada por essas problemáticas, pois vivem numa situação de falso conforto oriunda do desconhecimento e consequentemente, não identificação do preconceito, do racismo, do machismo em suas relações. E muitas vezes em suas próprias atitudes.

O letramento racial é muito importante para fomento dessas discussões nos espaços públicos e de poder – hoje tendo como grande palco disso as redes sociais – quando outrora já se foi o rádio e a televisão. Este atravessamento também é importante para que cada individuo identifique em si mesmo, os signos e símbolos do racismo e supremacia branca, desde a invasão portuguesa no território brasileiro. Somos, fruto do meio, que capacita sujeitos com todos esses preconceitos independente do lugar de fala que a cor de pele lhe indica ter.

O racismo estrutural organiza o Brasil para que o letramento não chegue aos brasileiros e brasileiras. Os dispositivos legais ainda não acompanham essa descontinuação que mesmo contemplada em algumas legislações não há aplicabilidade necessária, colocando os crimes de racismo e afins, à beira da impunidade. 

E como combater este cenário de mais de 500 anos? Utilizando as ferramentas de poder. A comunicação, é uma grande ferramenta que conecta sujeitos que falam o mesmo código. Ou não. E a discordância é altamente necessária para formação do pensamento crítico. Quanto mais programas em rede nacional que movimentem essas pautas mais uma parcela da população irá buscar e propor debates do gênero. Mesmo que muitos ainda não estejam prontos para esta conversa. 

Trabalhar por uma sociedade menos desigual e discriminatória, é uma batalha recente. Onde, nem aqueles que falam deste tema estão totalmente preparados. Somos seres humanos providos de qualidades e defeitos, em uma jornada infinita de constante evolução. É aceitável errarmos neste processo necessário e diário. Mas o conhecimento atrelado ao discurso movimenta as estruturas. Mecanismos esses feitos para privilegiar a branquitude no Brasil. Essa última comunidade, muito bem organizada, se movimenta todos os dias para não perder seus privilégios. E nós, população negra, precisamos também nos sistematizar. 

No continente africano, essas discussões ocidentais não lhes atravessam. Lá, independente da cor de pele, todos são seres humanos. O que não acontece no Brasil. O seu fenótipo chega primeiro que você. E se você for um preto, com roupas simples numa rua deserta, é muito provável que alguém esconda o celular ao te ver. Isso se amplifica se você for uma mulher negra num espaço de poder predominantemente branco. Você terá que realizar uma prova todos os dias para validar a sua capacidade de ocupar aquele espaço. Ocupação de espaço essa que muitas mulheres pretas nem chegam a alcançar, pois ainda estão presas e afixadas nos territórios das comunidades periféricas. 

A tal da meritocracia. O racismo é estrutural. Nas oportunidades que não chegam para uma parcela da população que mesmo em século 21, não consegue acessar espaços, muito menos ter poderes. E é nesse circuito que os problemas sociais se maximizam, como a evasão escolar, a crescente de jovens na criminalidade e tráfico de drogas, bem como no uso precoce desses entorpecentes. 

Mas, isso não é de agora. A começar, pelo Direito à memória que ainda não temos. Estudos recentes já defendem que a história do Brasil precisa ser recontada. O que garante a Constituição Federal, de reconhecer que estamos amparados a este direito juridicamente, nos faz correr a passos largos atrás dessas memórias, nos ajudando contar mais sobre a escravidão, visto que ela durou mais tempo do que a própria abolição.

São mais de 300 anos para combater menos de 140 anos de uma falsa liberdade. Há pouco tempo os negros eram tratados como mercadoria, nessa diáspora que disseminou, matou, torturou, estuprou sua população. E a história segue sendo contada. 

As políticas de reparação precisam atingir como entendemos a formação do nosso próprio país. De nossa própria cultura dentro desse epistemicidio que ignora tudo que o povo negro produz. Porque estes, ao longo dos anos só foram retratados de duas formas: como pacíficos ou como raivosos. O Binarismo que impossibilita um ser humano, que nem considerado humano é, pois, muitos acreditávamos que os corpos pretos nem dor sentiam, poderiam produzir conhecimento, muito menos se fossem mulheres negras à contar por Esperança Garcia.

Visto que o patrono da abolição no Brasil é Luiz Gama. Os recortes estão desde a invasão. E num reality, é óbvio que isso será evidenciado. As pessoas esquecem que estão sendo filmadas e depois, só são elas mesmas. E é assim a nossa estrutura social.

É essa estrutura, ainda tão solidificada que pode ser combatida através desse levante de ideias. Através do conhecimento libertador das mentes negras que ainda não se reconhecem como tal. Que não possuem a tão famosa consciência negra fortemente discutida no mês de novembro. E será que não deveria ser em setembro? Resistir não é apenas o único caminho. Precisamos nos emponderar o quanto antes.

Rodriguinho dispara contra Davi após ser confrontado ao vivo no BBB24: “Só um cara comum da Bahia”

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Fotos: Divulgação/BBB

A nova formação do paredão no BBB 24, realizada na noite desta sexta-feira (12), tem agitado as redes sociais! O público deve votar em quem fica, disputado entre Davi, Juninho e Thalyta e a eliminação será neste domingo (14). 

Em menos de uma semana, o motorista de app discutiu com Maycon, a “tia da merenda”, antes de ele ser eliminado e agora tem conquistado ainda mais o público, depois de confrontar o líder Rodriguinho ao vivo, ao ser indicado pelo pagodeiro para a berlinda.

“Eu estou bem posicionado dentro da casa, até agora não apresentei nenhuma falha. Falo com todos, me dou muito bem com todos. Acho que o voto do Rodriguinho pra mim foi um voto de muita emoção e sem estratégia nenhuma, e isso faz dele um péssimo jogador”, disse em seu discurso pela permanência.

https://twitter.com/bbb/status/1745994753127096726

No entanto, Rodriguinho não gostou nada das falas de Davi e o criticou para os outros da casa, inclusive com falas problemáticas. “O Davi não tem nada: é só um cara comum da Bahia. O que ele tem a mais? Fala pra mim!”, disse para o Lucas Pizane, que logo o rebateu. “Também não tenho história nenhuma a contar, também sou só um cara da Bahia”. Mas o pagodeiro insiste no termo usado: “Já tinha você, pra quê outro, igual?”.

https://twitter.com/bbb/status/1746101073280909746

O ex-BBB Gil do Vigor foi um dos internautas que elogiou a postura do motorista. “Valorizem a coragem do Davi de falar NA CARA, passando do tom ou não mas pelo menos ele segura o rojão. Mas quem decide são vocês!”, escreveu no X (antigo Twitter).

“Desculpa, gente. Mas a pessoa que tem coragem de peitar o Rodriguinho em rede nacional merece meu respeito só pela coragem kkkkkkkk eu acho que nessa hora eu ia bambear um tiquinho”, disse a influenciadora Preta Demais.

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