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“Bad Boys: Até o Fim” ganha primeiro trailer oficial

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Foto: Reprodução

Depois de ter sua estreia adiantada para o dia 7 de junho, o filme “Bad Boys: Até o Fim” acaba de ganhar seu primeiro trailer oficial, que mostra os atores Martin Lawrence e Will Smith de volta ao papel de Marcus Burnett e Mike Lowrey em uma nova aventura.

O trailer do quarto filme da franquia, divulgado pela Sony Pictures, mostra que os policiais agora integram a lista dos mais procurados depois que seu antigo chefe, o Capitão Howard (Joe Pantoliano) é acusado de chefiar uma quadrilha de tráfico de drogas há muitos anos. Os dois vão tentar limpar seus nomes e provar que foram vítimas de uma trama criminosa.

Na última terça-feira, uma foto de Will Smith e Martin Lowrence nas gravações do filme foi divulgada pela imprensa norte-americana.

O primeiro filme da franquia foi lançado em 1995 e o terceiro filme da sequência teve sua estreia mundial em janeiro de 2020, no início da pandemia da Covid-19, arrecadando US$ 420 milhões.

O longa é dirigido pela dupla Adil El Arbi e Bilall Fallah e conta com roteiro de Chris Bremner. Os atores Vanessa Hudgens, Alexander Ludwig, Paola Nuñez, Eric Dane, Ioan Gruffudd, Jacob Scipio, Melanie Liburd, Tasha Smith, Tiffany Haddish e Joe Pantoliano integram o elenco do filme.

Rock in Rio 2024: Akon e 21 Savage são as novas atrações internacionais anunciadas para o festival

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Foto: Reprodução

A organização do Rock in Rio, que acontece entre os dias 13 e 22 de setembro no Rio de Janeiro, confirmou na noite de terça-feira, 26, mais duas atrações internacionais que estarão no festival. Um deles é o cantor Akon e a outra atração confirmada é o rapper 21 Savage. No dia 19 de março, Mariah Carey já havia compartilhado um vídeo em suas redes sociais para anunciar que também está entre as atrações internacionais do evento.

No Instagram, Akon compartilhou uma mensagem direcionada aos fãs brasileiros: “Brasil, prepare-se! Seu garoto estará ao vivo no @rockinrio no dia 22 de setembro – quem está pronto para a festa!!!!”. O cantor de 50 anos vai se apresentar no palco Mundo, considerado o palco principal do festival, no dia 22 de setembro, mesmo dia em que se apresentam Ne-Yo e Mariah Carey.

Já o rapper 21 Savage fará sua primeira apresentação no Brasil no dia 13 de setembro, data da abertura do Rock in Rio. O músico, que foi indicado ao Grammys neste ano em diversas categorias voltadas para o rap, incluindo ‘Melhor Álbum de Rap’ pelo disco ‘Her Loss’, gravado em parceria com Drake, se apresenta no palco Mundo.

O primeiro dia de Rock in Rio será marcado pelos shows de rap e hip hop, como o do americano Travis Scott e do brasileiro Matuê, que se também se apresentarão no palco Mundo.

No dia 20 de setembro, o festival vai trazer a diva da ‘Era Disco’, dona do hit ‘I Will Survive’, Gloria Gaynor, além das estrelas brasileiras Iza, Shenia França, Luedji Luna, Tássia Reis e da sul-africana vencedora do Grammy de ‘Melhor Performance de Música Africana’, Tyla. Ambas estarão no palco Sunset, que este ano, de acordo com a apresentação, terá a mesma estrutura do palco Mundo.

Já os cantores Ne-yo e Mariah Carey estão entre as principais atrações internacionais que farão shows no dia 22 de setembro. O músico estará no palco Mundo, enquanto Mariah se apresenta no Sunset.

Apenas com brancos, lista da Forbes escancara a falta de oportunidades para criadores negros na publicidade

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Foto: Victor Affaro.

A Forbes anunciou nesta terça-feira (26) a primeira edição de sua lista Top Creators, uma seleção com 10 criadores de conteúdo que transformaram a influência de suas redes sociais em novos negócios. A edição chocou o público pela ausência de personalidades negras e escancarou também a ausência de oportunidades para influenciadores negros na mídia e – principalmente – na publicidade.

Não é de hoje que profissionais relatam uma queda drástica de projetos voltados para o desenvolvimento de criadores negros nas redes sociais. Nas grandes empresas, o desmantelamento de áreas de Diversidade e Inclusão ganhou força e as promessas de mercados diversos duraram menos de dois anos, desde os eventos pós George Floyd, em maio de 2020.

Ser um criador de conteúdo negro nas redes sociais não é tarefa fácil. Além de precisar lidar com as batalhas dos algoritmos, que são feitos para favorecer imagens de pessoas brancas, na maioria das vezes, para conseguir o mínimo de atenção, é preciso produzir três ou até quatro vezes mais que a média do mercado.

Em junho de 2021, a Bloomberg BusinessWeek revelou uma disparidade preocupante nas redes sociais: influenciadores brancos tendem a ter rendimentos maiores do que negros, mesmo quando estes últimos possuem mais seguidores ou produzem conteúdos criativos que são frequentemente apropriados por criadores brancos. Nesses casos de apropriação, os influenciadores negros raramente recebem compensação financeira, sendo muitas vezes remunerados apenas com produtos das marcas envolvidas.

Você provavelmente deve conhecer influenciadores negros que produzem conteúdos brilhantes, que até possuem números expressivos de seguidores mas que não conseguem rentabilizar seus negócios de forma similar aos 10 creators da Forbes. Claro que existem exceções, mas a regra é majoritariamente branca. Em fevereiro deste ano, a Marketing Scope divulgou a lista dos 10 influenciadores mais admirados pelas marcas a agencias de publicidade no Brasil. No ranking, apenas dois nomes negros foram citados: Raphael Vicente e Nath Finanças.

Quantos influenciadores negros incríveis e criativos não desistiram no meio do caminho após anos de jornada sem retorno financeiro? Mesmo com grandes números, o racismo ainda nos impede de avançar e conquistar espaços como a capa da Forbes.

Camila Pitanga revela que teve pneumonia assintomática e deixa alerta: “Cuidem-se”

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Foto: Reprodução/Instagram

Camila Pitanga revelou nesta terça-feira (26) no Instagram, que recentemente teve pneumonia assintomática e precisou ser internada no Hospital Albert Einstein, no Rio de Janeiro. “Estou bem! Já aviso para não alarmar ninguém, certo?! Essa foto é de quando fiz exames, estou 100%, já de volta às atividades. Tudo já passou”, revelou a atriz no início da legenda para tranquilizar os fãs, antes de contar os detalhes do que houve, junto a uma foto enquanto estava no hospital. 

“Um tempinho atrás comecei a me sentir extremamente cansada, imaginei ser um princípio de estafa devido a muito trabalho e questões pessoais que me demandavam bastante, longe de casa, saudade da família… O corpo não aguentou. Nas gravações, toda equipe atenta e querida, me pediram que fizesse exames para garantir que era ‘apenas’ cansaço”, disse. 

“Fiz vários exames importantes que aos poucos, apesar de algumas alterações, foram me tranquilizando conforme fomos descartando hipóteses. Chegamos, no último dia 9 de março, ao diagnóstico, uma pneumonia assintomática, ou seja, sem aqueles sintomas mais esperados: febre, tosse ou alguma dificuldade na respiração”, contou a atriz, que afirmou estar totalmente tratada. 

A artista ainda ponderou que o seu post era sobre cuidado. “Foram muitos exames e destaco cá, algo que não sabia. Março é o mês ‘Azul-Marinho’, uma campanha pela importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce do câncer colorretal, A colonoscopia nesse caso é de extrema importância para detectar qualquer anormalidade, seja ela com sintomas ou não, por isso a necessidade do exame à partir dos 45 anos, dentro da sua rotina de cuidados. Fiz e seguirei fazendo”, explicou.

Camila ainda aproveitou a publicação para agradecer a equipe de profissionais do hospital pelo atendimento. “Foi muito importante para que pudesse passar pelo susto de uma forma mais consciente e com informação. Cuidem-se!”

“Ele está sozinho”, comenta jornalista Marcos Luca Valentim sobre falta de apoio a Vini Jr. contra racismo na Espanha

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Foto Vini Jr.: Rafael Ribeiro/CBF Foto Marcos valentim:Reprodução/@jordandssilva

Na manhã da última segunda-feira, 25, o vídeo que mostra o jogador de futebol, Vinicius Júnior, chorando ao falar sobre os ataques racistas que sofreu durante a temporada do campeonato espanhol viralizou nas redes sociais, gerando uma série de comentários de pessoas preocupadas com a saúde mental do jogador e com a falta de apoio do governo espanhol, que nega a existência de racismo no país. Para o Mundo Negro, o jornalista Marcos Luca Valentim foi pontual ao analisar que o jogador “está sozinho”, no combate ao racismo no futebol espanhol.

O jornalista e editor de esportes na TV Globo deu uma declaração para a head de conteúdo do Mundo Negro, Silvia Nascimento, onde falou sobre a falta de apoio recebida pelo jogador das entidades do futebol da Espanha. “Ele está sozinho. O Vinícius Júnior tem a família dele lá com ele, mas ele tá sozinho”, afirmou. “Tem vários exemplos, mas eu vou trazer o mais próximo que foi ontem. O Carvajal, que é um jogador de futebol branco, espanhol, que joga no Real Madrid com o Vinícius Júnior, é companheiro dele de time, deu uma entrevista ontem dizendo que não tem racismo na Espanha, que a Espanha não é um país racista”.

Durante a coletiva de imprensa realizada na segunda-feira da qual participaram jogadores da seleção brasileira e da seleção espanhola, que jogam em um amistoso na tarde desta terça, 26, o lateral do Real Madrid, Dani Carvajal disse: “Não é por aí. Não acho que a Espanha seja um país racista. Venho de um bairro humilde de Leganés, nunca houve problema… Tenho amigos de outra cor de pele, e nunca houve problema. Depois estão os casos de quem entra nos estádios para desafogar, que não deveria mais entrar nos estádios. Eles insultam com o que sabem que dói”.

Para Valentim, a fala de Carvajal reforça a solidão de Vini Jr., que integra o Comitê Antirracismo da Fifa, na luta contra o racismo. “Esse é o grau de solidão do Vinícius Júnior. O companheiro de time dele não tem o pudor, a vergonha de dar uma entrevista dizendo que a Espanha não é racista. Ele passa por isso diariamente”, afirmou ao lembrar que o presidente da La Liga, Javier Tebas, também negou a existência de racismo na Espanha.

O jornalista lembrou o episódio em que um boneco representando o jogador brasileiro foi pendurado enforcado em uma ponte. “Fizeram um boneco simulando ser do Vinícius Júnior com as vestes de Real Madri. Enforcado, pendurado numa ponte. Isso é uma ameaça de morte. É o que querem para o Vinícius Júnior, que ele morra. Enforcado, em praça pública, agonizando como um corpo negro. Para eles se regozijarem do prazer de ver isso acontecer”, disse. O caso aconteceu em meados de 2023, os quatro responsáveis pelo episódio foram multados em 60 mil euros (cerca de R$ 316 mil) e não poderão entrar em “locais esportivos pelo período de dois anos”.

Marcos Luca Valentim destaca que Vini Jr. “já fez o que tinha que fazer” no futebol europeu. “Já fez gol no final da Champions League. Já concretizou o sonho dele de jogar no maior clube do mundo, quem tem que saber o que o melhor para ele é ele, lógico, mas as declarações que ele deu chorando ontem, dizendo que está perdendo a vontade de jogar futebol, isso é muito grave. Ele tem só 23 anos de idade, não está sendo bom para ele. Talvez ele não sinta agora, no presente momento, o quão ruim isso é, ele não explode, mas ele implode, isso está guardando em algum momento na cabeça dele”.

Inspirado na cultura do Norte da África, filme ‘Duna 2’ recebe críticas pela falta de inclusão de atores negros: “Apagamento”

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Foto: Divulgação.

Um dos maiores sucessos cinematográficos do ano, ‘Duna 2’ está sendo criticado pela falta de inclusão de atores negros no elenco. A versão de Denis Villeneuve é uma adaptação do clássico literário de ficção científica de Frank Herbert, lançado em 1965. A obra, por sua vez, que aborda aspectos de uma guerra intergaláctica, possui inspiração na cultura e em eventos históricos do Oriente Médio e do Norte de África.

Especialistas de cinema do mundo todo, questionaram ‘Duna 2’ pela falta de escalação de atores negros para papéis falados, com escolhas de produção que, por sua vez, acabam diminuindo a influência do continente africano para a obra literária. No novo longa, que já arrecadou mais de U$ 575 milhões em bilheteria pelo mundo todo, Villeneuve oferece uma exploração mais profunda de Arrakis e de seus habitantes, os Fremen, cujas vidas são mudadas pela chegada e ascensão ao poder de Paul Atreides, um forasteiro cujas ações ditam o destino de sua sociedade.

‘Duna 2’. Foto: Warner Bros.

A Guerra da Independência da Argélia, marcada por ser uma das mais árduas, culminou com os argelinos conquistando a independência da França. Essa significativa luta histórica concluiu-se apenas três anos antes do lançamento do primeiro romance ‘Duna’. Brian Herbert, filho do autor, reconheceu que os argelinos e os “beduínos do planalto árabe”, que viviam isolados da civilização por extensas áreas desertas, estavam entre os povos do Oriente Médio e Norte da África que serviram de inspiração para os Fremen na obra de Herbert.

“Desde o uso de contas e prostração nas orações pelos Fremen, até a língua quase árabe, frases extraídas de textos religiosos e o uso de véus, parece que ‘Duna’ se inspira fortemente no Islã, no Oriente Médio e As culturas do Norte de África, ao mesmo tempo, nos apagam das telas”, escreveu a jornalista Furvah Shah em análise para a revista Cosmopolitan Reino Unido.

Em entrevista para a revista Variety, Amani Al-Khatahtbeh comentou sobre a falta de oportunidades para atores negros. “Uma das grandes coisas que ouvimos quando se trata de pessoas do Oriente Médio sendo escaladas ou de pessoas negras sendo escaladas é que não há talento suficiente”, disse. “No entanto, não há hesitação nem desafio para a indústria em colocar esses atores dessas origens nos papéis estereotipados de terroristas ou vilões. Convenientemente, temos um excedente de atores do Médio Oriente quando se trata de retratos negativos.”

Com prêmio de R$ 500 mil, Tasha & Tracie e Djonga serão jurados em reality show de rap da Netflix

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Foto: Divulgação / Netflix

Nesta terça-feira (26) a plataforma de streaming Netflix anunciou lançamento do reality show musical Nova Cena. A produção busca o novo talento do rap e trap com um prêmio final de R$ 500 mil. A dupla Tasha & Tracie e o rapper Djonga serão jurados, ao lado de Filipe Ret. Além do prêmio em dinheiro, quem vencer o programa fará uma participação especial na 5ª temporada da série ‘Sintonia’.

No Brasil, Nova Cena será uma versão do norte-americano Rhythm & Flow. O rapper Kamau será o apresentador do reality brasileiro, que ainda não ganhou data de lançamento. Informações relacionados à inscrições não foram reveladas pela plataforma de streaming.

“Estou vivendo meu sonho”, diz Rihanna, ao posar para a capa do mês de abril da Vogue China

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Foto: Hailun Ma/Vogue China

Rihanna é um ícone em tudo o que faz e, desta vez, ela surpreende ao ser escolhida para estrelar a capa do mês de abril da Vogue China, em um ensaio de fotos feito pela profissional chinesa Hailun Ma com colaboração editorial da cantora e empresária, que exploram a beleza na individualidade. Além disso, na entrevista concedida para Margaret Zhang, editora-chefe da versão chinesa da revista, Riri se autodenomina ‘Mãe’ e destaca o valor da sua ancestralidade.

“A coisa mais bonita… é que [as crianças] entram no mundo com sua própria individualidade e sinceridade, sem lógica ou conformidade, o que geralmente faz com que você sinta que deve se encaixar em um certo grupo”, afirmou ao lembrar que a individualidade também está presente na criação dos filhos RZA, de quase dois anos, e Riot, de apenas 7 meses. “É realmente bonito de ver e quero continuar a ajudá-los a navegar nisso e garantir que saibam que podem ser quem quiserem ser… eles devem abraçar isso completamente, porque é bonito e é único. Eu os amo exatamente assim.”

Ao posar usando tranças, a empresária também falou sobre a importância da ancestralidade: “Esta é uma forma de proteção de nossas raízes, e uma tradição deixada por nossos ancestrais… [isso] nos faz perceber de onde viemos,” compartilhou. “Esta é a nossa história perdida. Eu imediatamente quis que meus filhos tivessem seus cabelos trançados… é algo em nosso sangue.”, completou.

A artista também parece estar vivendo seu sonho: “Estou vivendo meu sonho. Meus pais estavam muito orgulhosos disso porque só queriam que eu fosse feliz e bem-sucedida. Então, acho que a chave é encontrar algum tipo de equilíbrio. Sim, o equilíbrio é importante. Faça isso e você terá o melhor dos dois mundos. Você pode escrever sua própria vida do jeito que quiser, e será linda. Às vezes, você só precisa deixar de lado as expectativas de todos e começar a viver sua própria história.”

Rosana Paulino é primeira artista negra a ter uma exposição individual no Malba, Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires

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Foto: Instagram/Malba

A artista brasileira, Rosana Paulino, estreou no dia 22 de março a exposição “Amefricana”, no Malba, Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires, na Argentina. Não bastasse a notoriedade do trabalho de Paulino, a artista é a primeira pessoa negra a ter uma exposição individual no local.

Em entrevista para a jornalista Júlia Barbon, da Folha de S. Paulo, a artista destacou: “Espero que com essa exposição possamos começar uma conversa maior com os artistas contemporâneos latino-americanos, e principalmente com os artistas negros latino-americanos, porque eles existem”.

“Amefricana”, que ficará em cartaz até o dia 10 de junho de 2024, apresenta uma coleção de criações desenvolvidas durante os 30 anos de carreira de Rosana Paulino, que abordam a influência do Atlântico na cultura da América Afrodescendente, segundo informações compartilhadas pelo Malba. A mostra contém instalações, desenhos, gravuras, bordados e esculturas que abordam a escravidão e a violência sofrida pela diáspora africana no Brasil como foco central de sua prática artística, que se caracteriza não apenas por sua expressão estética, mas também por seu engajamento pedagógico e militante.

A exposição de Rosana Paulino tem curadoria do brasileiro Igor Simões, que é Doutor em Artes Visuais- História, Teoria e crítica da Arte e também curador geral da mostra ‘Dos Brasis’, maior exposição de arte negra já feita no país que está localizada no Sesc Belenzinho, em São Paulo. Além da historiadora argentina, Andrea Giunta.

O que separa a Marielle Franco da Cláudia Ferreira? 

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Tivemos o Domingo de Ramos marcado pela prisão dos acusados de serem os  mandates do assassinato com 4 tiros na cabeça em 14 de março de 2018, da 5ª  vereadora mais votada da cidade do Rio de Janeiro nas eleições de 2016, com  46.502 votos. 

Marielle Franco, mulher negra, ativista e cria da favela da Maré que a gente sabe  a cor da pele de quem e por quem ela travava sua luta. “Nós estamos no  processo democrático, vai ter que aturar mulher negra, trans, lésbica ocupando  a diversidade.” entoou a Marielle em um dos seus discursos. E infelizmente,  foram esses atravessamentos que incomodaram a ponto de ceifar a sua vida.  

Por mais que, acreditemos que a política é, e porque é, a ferramenta de  transformação social, foi ela também que conduziu a impunidade do seu caso,  arrastado por 6 anos numa tríade de polícia, política e crime como bem elucidou  o Marcelo Freixo. 

Mas não é só de dor e revolta que este crime é conduzido. Neste aparato público  temos a sua irmã, atual ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que assim  como tantas outras mulheres negras encabeçaram o que podemos chamar de  um “contragolpe da impunidade.” 

Candidaturas femininas em todo o Brasil se baseiam na trajetória de Marielle  para dar continuidade à diversidade na qual se referia. “Vamos levante e lute!”  parafraseando Edson Gomes é assim que se articula a resistência do movimento  negro para não se perder o que já conquistou neste país. Tainá de Paula (PT),  Thais Ferreira (PSOL), Karen Santos (PSOL), Laura Sito (PT), Bruna Rodrigues  (PCdoB) são algumas dessas guerreiras. 

O lugar da mulher negra neste país ainda é de subalternização e não  protagonismo, o que se faz ainda mais importante e necessária a presença  feminina nas esferas de poder pois, é a ausência dela que se apega a  impunidade pois, quem espera justiça de corpos que são violentados há mais de  500 anos?  

Os 06 anos de Marielle não estão distantes dos 10 anos de Cláudia Silvia  Ferreira, arrastada por 350 metros num carro da Polícia Militar pelas ruas do  bairro de Madureira, também no Rio de Janeiro. Quando marcamos os 06 anos  de Mari é porque tememos que se aconteça o mesmo: impunidade.  

O juiz Alexandre Abrahão Teixeira, do 3º Tribunal do Júri, concluiu que os  policiais acusados eram inocentes. Será que se uma mulher negra estivesse a  frente deste caso a sentença seria a mesma? Remetendo mais uma vez a Edson  Gomes: “No campo de batalha cheira a morte, no campo de batalha a morte é  mais forte.” o que pedimos aqui é que deixemos de morrer e que as rédeas deste  país, em todas as suas dimensões, seja orientada pela maioria populacional,  neste Brasil que é afro-brasileiro.

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