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Calendário Afro

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Nascimentos, mortes, rebelições e celebrações. Confira as datas que marcaram a história dos afrodescendentes no Brasil e no Mundo

JANEIRO

Dia 02
– Fundada a Irmandade do Rosário dos Homens Pretos. São Paulo/SP (1711).
– Morre Mônica Veyrac, a primeira diplomata negra da história do Itamaraty. Costa Rica (1985).

Dia 06
– Lançado o jornal O Clarim da Alvorada, um dos poucos a refletirem a inquietação da população negra no Brasil. Matão/SP (1924).

Dia 09
– Promulgada a Lei Federal Nº 10.639, que rege a obrigatoriedade do ensino da história afro-brasileira na rede oficial de ensino (2003).

Dia 13
– Nasce André Rebouças, engenheiro, professor universitário e grande abolicionista. Cachoeira/BA (1838).

Dia 15
– Nasce Marthin Luther King, pastor norte-americano que lutou pela igualdade racial. Atlanta/Georgia (1929).
– Acontece a Revolta dos Malês, rebelião contra o escravismo e a imposição da religião católica. Salvador/BA (1835).

Dia 29
– Morre José do Patrocínio, jornalista e ativista da causa abolicionista. Rio de Janeiro/RJ (1905).

Dia 31
– Tombamento da Serra da Barriga, berço da resistência negra, onde nasceu o Quilombo dos Palmares e viveu seu maior líder, Zumbi dos Palmares. União dos Palmares/AL (1986).

 
FEVEREIRO

Dia 01
– Nasce Lélia González, antropóloga, filósofa, intelectual e militante da causa negra. Bebedouro/MG (1935).

Dia 02
– Plenário da Constituinte aprova a emenda de autoria do deputado federal Carlos Alberto Caó Oliveira, estabelecendo o racismo como crime inafiançável e imprescritível (1988).

Dia 07
– Nasce Clementina Jesus da Silva, sambista e ícone da luta contra a discriminação racial. Valença/RJ (1902).

Dia 10
– Nasce a Yalorixá Mãe Menininha do Gantois, ícone da luta contra a intolerância religiosa. Salvador/BA (1894).

Dia 12
– Nasce Arlindo Veigas dos Santos, acadêmico e primeiro presidente da Frente Negra Brasileira (FNB). Itu/SP (1902).

Dia 18
– Fundado o Afoxé Filhos de Gandhi, agremiação carnavalesca de maioria negra. Salvador/BA (1949).

Dia 19
– Realizado o primeiro Congresso Pan-Africano. Paris/França (1919).

Dia 21
– Morre Malcom X, um dos grandes defensores dos direitos afro-americanos. Nova Iorque (1965).

MARÇO

Dia 19
– Acontece a Revolta do Queimado, principal movimento de luta contra a escravidão do estado do Espírito Santo/ES (1849).

Dia 21
– Dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial. O dia foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em memória das vítimas do massacre de Shapevile, África do Sul.

ABRIL

Dia 01
– Acontece o Primeiro Festival Mundial das Artes Negras. Dakar/Senegal (1966).
– Criação do Partido dos Panteras Negras. EUA (1967).

Dia 04
– Morre Marthin Luther King, ativista e Prêmio Nobel da Paz, assassinado minutos antes de uma marcha em favor dos direitos dos negros. Memphis/EUA (1968).

Dia 05
– Nasce Vicente Ferreira Pastinha, o “Mestre Pastinha”, capoeirista e ícone da cultura afro-brasileira. Salvador/BA (1889).

Dia 25
– Criado o bloco afro Olodum. Salvador/BA (1979).

Dia 26
– Nasce Benedita Silva, primeira mulher negra a ocupar um cargo de governadora. Praia do Pinto/RJ (1942).

MAIO

Dia 02
– Nasce Ataulfo Alves, grande cantor e compositor negro. Miraí/MG (1909).

Dia 03
– Nasce Milton Santos, grande geógrafo negro. Macaúba/BA (1933).

Dia 13
– A  Lei Áurea extingue oficialmente a escravidão no Brasil. Mas a data é considerada pelo Movimento Negro como uma “mentira cívica”, sendo caracterizada como Dia de Reflexão e Luta contra a Discriminação (1888).

Dia 13
– Nasce Lima Barreto, escritor, jornalista e militante da causa negra. Rio de Janeiro/RJ (1881).

Dia 14
– Líderes da Revolta dos Malês são fuzilados. Campo da Pólvora, Salvador/BA (1835).

Dia 18
– Criado o Conselho Nacional de Mulheres Negras. Rio de Janeiro/RJ (1950).

Dia 19
– Nasce Malcom X, um dos maiores defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos. Omaha/Nebrasca (1925).

JUNHO

Dia 06
– Morre o jamaicano Marcus Garvey, mentor do Pan-africanismo. Londres (1940).

Dia 21
– Nasce Luiz Gonzaga Pinto da Gama, escritor, jornalista e um dos ícones da luta pela afirmação da identidade negra. Salvador/BA (1830).

Dia 24
– Nasce João Candido, líder da Revolta da Chibata, conhecido como Almirante Negro. Rio Pardo/RS (1880).

JULHO

Dia 01
– Fundado o Clube Negro de Cultura Social. São Paulo/SP (1932).

Dia 03
– É aprovada a Lei Afonso Arinos (nº 1390), estabelecendo a discriminação racial como contravenção penal (1951).

Dia 07
– Fundado o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial (MNUCDR). São Paulo/SP (1978).

Dia 11
– Nasce Antonieta de Barros, primeira deputada negra brasileira. Florianópolis/RS (1902).

Dia 15
– Acontece a Primeira Conferência sobre a Mulher Negra nas Américas. Equador (1984).

Dia 18
– Nasce Nelson Mandela, líder negro que lutou conta o regime do Apartheid na África do Sul (1918).

Dia 24
– Nasce Francisco Solano Trindade, poeta. Recife/PE (1908).

AGOSTO

Dia 08
– Registrado o primeiro ato de escravidão por Portugal em Lagos. Nigéria (1444).

Dia 12
– Acontece a Revolta dos Alfaiates, também conhecida como Revolta dos Búzios. Manifesto dos conjurados baianos protesta contra os impostos e a escravidão e exige independência e liberdade. Bahia/BA (1798).

Dia 14
– Morre a Yalorixá Mãe Menininha do Gantois, ícone da luta contra a intolerância religiosa. Salvador/BA (1986).

Dia 22
– Criada, por meio da Lei nº 7.668, a Fundação Cultural Palmares, instituição pública vinculada ao Ministério da Cultura que tem como principal atribuição promover a valorização da cultura negra (1988).

Dia 23
– Nasce José Correia Leite, ativista da imprensa negra e fundador do jornal O Clarim da Alvorada. São Paulo/SP (1900).

Dia 24
– Acontece o Primeiro Congresso de Cultura Negra das Américas. Colômbia (1977).

Dia 24
– Morre o abolicionista Luís Gama. São Paulo/SP (1882).

Dia 28
– Acontece a Primeira Marcha de Negros sobre Washington, em favor dos direitos civis. Estados Unidos da América (1963).

Dia 31
– Realizada a I Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância. Durban/África do Sul (2001).

SETEMBRO

Dia 04
– Promulgada a lei Euzébio de Queiroz, extinguindo o tráfico de escravos no Brasil (1850).

Dia 12
– Morre o líder sul-africano, Steve Biko, idealizador do movimento pela consciência negra. Cidade do Cabo/África do Sul (1977).

Dia 14
– Fundado o jornal O Homem de Cor, o primeiro periódico dedicado à causa negra da imprensa brasileira (1833).

Dia 16
– Fundada a Frente Negra Brasileira, primeira agremiação política composta por afro-descendentes. São Paulo/SP (1931).

Dia 28
– Aprovada a Lei do Ventre Livre, que declarava livre os filhos das escravas que nascessem após essa data (1871).

Dia 28
– Assinada a Lei do Sexagenário, garantindo a liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade (1885).

OUTUBRO

Dia 01
– Fundado o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAFRO). São Paulo/SP (1980).

Dia 07
– Dia de Nossa Senhora do Rosário, patrona dos negros.

Dia 10
– Morre Francisco Lucrécio, Secretário da Frente Negra Brasileira, em São Paulo (2001).

Dia 11
– Nasce Agenor de Oliveira, o Cartola. Cantor e compositor negro, figura entre os maiores representantes da Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro/RJ (1908).

Dia 12
– Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, considerada protetora dos negros. São Paulo/SP (1717).
– Fundação do Teatro Experimental do Negro (TEN). Rio de Janeiro/RJ (1944).

Dia 15
– Nasce Grande Otelo, ator de cinema e TV e um dos ícones da cultura negra. Rio de Janeiro/RJ (1915).

Dia 24
– Morre Rosa Parks, líder do Movimento dos Direitos Humanos. América do Norte/EUA (2005).

 NOVEMBRO

Dia 01
– Criado o bloco afro Ilê Aiyê, uma das primeiras agremiações carnavalescas a agregar negros no Brasil. Salvador/BA (1974).

Dia 10
– Retrocesso: Governo Médici proíbe a imprensa de publicar notícias sobre índios, Esquadrão da Morte, guerrilha, movimento negro e discriminação racial (1969).

Dia 19
– Nasce Paulo Lauro, que viria a ser o primeiro prefeito negro de São Paulo/SP (1907).
– Retrocesso: Rui Barbosa manda queimar todos os papéis, livros de matrícula e registros fiscais relativos à escravidão existentes no Ministério da Fazenda (1890).
– Lançado o primeiro volume de Cadernos Negros. São Paulo/SP (1978).

Dia 20
– Dia Nacional da Consciência Negra.

Dia 20
– Morre Zumbi dos Palmares, principal representante da resistência negra à escravidão e líder do Quilombo dos Palmares. Alagoas/AL (1695).

Dia 22
– Revolta da Chibata. Rebelião liderada por João Candido, o “Almirante Negro”, contra os maltratos sofridos na Marinha Mercante. Rio de Janeiro/RJ (1910).

Dia 24
– A Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (Unesco) reconhece o Samba do Recôncavo Baiano como Patrimônio da Humanidade. (2005).

 DEZEMBRO    

Dia 01
– O ofício da Baiana do Acarajé é tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Patrimônio Nacional (2004).

Dia 02
– Dia Nacional do Samba, uma das principais vertentes artísticas da cultura negra.

Dia 05
– Retrocesso: Constituição proíbe negros e leprosos de freqüentar escolas públicas no Brasil (1824).

Dia 10
– Aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).

Dia 20
– Lei nº 7437/85 Estabelece como contravenção penal o tratamento discriminatório no mercado de trabalho, por motivo de raça/cor (1985).

Fonte: Fundação Palmares

Nomes indígenas e africanos poderão ser incluídos nos RGs

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Foi aprovado, na semana passada, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Projeto de Lei que permite aos afrodescendentes e indígenas a inserção de sobrenomes de origens étnicas em seus documentos de identidade. A proposta por trás da medida é resguardar a identidade cultural e familiar destes grupos que carregam nos nomes valores em torno de sua ancestralidade.

O Projeto aprovado é um substitutivo apresentado pelo deputado Márcio Marinho (PRB-BA) ao Projeto de Lei 803/2011, dos deputados petistas Nelson Pellegrino (BA), Edson Santos (RJ) e Luiz Alberto (BA), que beneficiava apenas os afrodescendentes. “A regra deve também permitir ao índio o acréscimo de nomes de ancestrais, guardando simetria com o tratamento dispensado aos afrodescendentes”, esclareceu Marinho.

O novo texto altera a Lei de Registros Públicos (6.015/73), que possibilita a mudança de nome somente aos maiores de 18 anos. Assim, as crianças nascidas a partir da sanção do projeto já poderão ter, em seus primeiros registros, suas referências étnicas. O substitutivo também destaca que os sobrenomes afrodescendentes ou indígenas serão acrescidos ao nome, uma vez que os apelidos de família não podem ser prejudicados.

Tramitação – Para ser sancionado, o projeto tramita em caráter conclusivo restando ser avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados.

Herança étnica – Para Ogan Renato de Xangô, presidente da Casa de Cultura Ilê Asé d’Osoguiã (IAÔ) do estado da Paraíba, a iniciativa é de essencial importância por se tratar da valorização da identidade brasileira. “É um reconhecimento das nossas raízes africanas e uma forma de documentá-las legalmente”, afirma.

A Yalorixá da Casa de Cultura, Mãe Tuca de Oxalá, trata a medida como um avanço da população negra lembrando se tratar de uma reparação à violência sofrida pelos africanos escravizados no Brasil. “Eles perderam o direito a pertencer às suas famílias e até os seus nomes. Eram chamados pelos que lhes eram impostos pelos portugueses e outros colonizadores”, explicou. Para ela, o projeto não apenas resgata a identidade, ele também fortalece a população negra para novas lutas em prol de seus direitos.

As informações são da Fundação Palmares.

Livro traz biografias, instituições e movimentos sociais no pós-abolição

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Capa do livro: Experiência da Emancipação

Apesar dos avanços observados nas últimas décadas, a historiografia brasileira ainda aborda o tema do negro partindo quase exclusivamente de duas vertentes: a da escravidão e a das relações raciais no país. O resultado é que a população e os estudiosos deixam de conhecer personagens, instituições e movimentos negros que se destacaram depois da abolição, ocorrida em 1888. Com o objetivo de preencher essa lacuna, Flávio Gomes e Petrônio Domingues organizaram a coletânea Experiências da emancipação (Selo Negro Edições, 312 p., R$ 74,90). São 11 artigos escritos por pesquisadores das principais universidades do país e dois produzidos por historiadores norte-americanos. Longe de adotar uma linguagem acadêmica, os textos tornam acessíveis informações imprescindíveis para compreender as lutas pela igualdade no país.

 O período estudado – 1890 a 1980 – mostra um Brasil marcado por fortes contrastes e pouco ou nenhum acesso da população afrodescendente a direitos básicos como saúde, moradia e educação. Da consolidação da República ao êxodo rural, das disputas por poder às ditaduras instituídas em 1930 e em 1964, foram muitos os negros que, de forma pública ou anônima, procuraram combater o preconceito e a desigualdade.

Capa do livro: Experiência da Emancipação

“O painel esboçado nesta coletânea abrange personagens, instituições e movimentos que leram o mundo de acordo com diferentes experiências históricas e, a partir daí, cumpriram um papel ativo na construção da cidadania dos negros brasileiros”, afirmam os organizadores. Já estava na hora de alguém contar essas histórias.

 

Os organizadores

 Flávio Gomes é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, atuando nos programas de pós-graduação em História Comparada e em Arqueologia. Licenciado em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, é bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em História Social do Trabalho e doutor em História Social pela Universidade Estadual de Campinas. Publicou livros, coletâneas e artigos em periódicos nacionais e estrangeiros. Atualmente desenvolve pesquisas na área de história comparada.

 Petrônio Domingues é doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e professor adjunto do Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Publicou, entre outros trabalhos, o livro A nova abolição (Selo Negro, 2008). Atualmente, desenvolve pesquisas sobre populações da diáspora africana no Brasil e nas Américas, pós-emancipação, movimentos sociais, identidades, biografias, multiculturalismo e diversidade etnorracial.

 Serviço
Experiências da emancipação
Organizadores:
Flávio Gomes e Petrônio Domingues
Editora:
Selo Negro Edições
Preço:
R$ 74,90

Estagiária se recusa a alisar cabelo e é hostilizada no trabalho

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A estagiária Ester Elisa da Silva Cesário acusa seus superiores de perseguição e racismo. Conforme Boletim de Ocorrência registrado no dia 24 de novembro, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) de São Paulo, ela teria sido forçada a alisar o cabelo para manter a “boa aparência”. A diretora do Colégio Internacional Anhembi Morumbi ainda teria prometido comprar camisas mais cumpridas para que a funcionária escondesse os quadris.

Ester conta que foi contratada no dia 1º de novembro de 2011, para atuar no setor de marketing e monitorar visitas de pais interessados em matricular seus filhos no colégio, localizado no bairro do Brooklin, na cidade de São Paulo. A estagiária afirma ter sido convocada para uma conversa na sala da diretora, identificada como professora Dea de Oliveira. Nos dias anteriores, sempre alguém mandava recado para que prendesse o cabelo e evitasse circular pelos corredores.

“Ela disse: ‘como você pode representar o colégio com esse cabelo crespo? O padrão daqui é cabelo liso’. Então, ela começou a falar que o cabelo dela era ruim, igual o meu, que era armado, igual o meu, e ela teve que alisar para manter o padrão da escola.”

Além das advertências, Ester afirma ter sofrido ameaças depois de revelar o conteúdo da conversa aos demais funcionários do colégio. Eles teriam demonstrado solidariedade ao perceber que a estagiaria estava em prantos no banheiro.

“Depois disso, eu me vesti para ir embora e, quando estava saindo, ela me parou na porta e disse: ‘cuidado com o que você fala por aí porque eu tenho vinte anos aqui no colégio e você está começando agora. A vida é muito difícil, você ainda vai ouvir muitas coisas ruins e vai ter que aguentar’.”

Colégio se defende

Após contato da reportagem, um funcionário indicado pela Direção do Anhembi Morumbi informou que a instituição não recebeu nenhuma notificação sobre o registro do Boletim de Ocorrência. Ele negou a existência de preconceito e se limitou a dizer que “o colégio zela pela sua imagem e, ao pregar a ‘boa aparência’, se refere ao uso de uniformes e cabelo preso”.

A advogada trabalhista Carmen Dora de Freitas Ferreira, que ministra cursos no Geledés – Instituto da Mulher Negra – assegura que a expressão “boa aparência” é usada frequentemente para disfarçar preconceitos.

“Não está escrito isso, mas quando eles dizem ‘boa aparência’, automaticamente estão excluindo negros, afrodescendentes e indígenas. O padrão é mulher loira, alta, magra, olhos claros. É isso que querem dizer com ‘boa aparência’. E excluir do mercado de trabalho por esse requisito é muito doloroso, afronta a Lei, afronta a Constituição e afronta os direitos humanos.”

Métodos conhecidos

De acordo com o depoimento da estagiária, as ofensas se deram em um local reservado. A advogada explica que essa prática é comum no ambiente de trabalho, além de ser sempre premeditada.

“O assediador sempre espera o momento em que a vítima está sozinha para não deixar testemunhas, mas as marcas são profundas. O preconceito é tão danoso, que ele nega direitos fundamentais, exclui, coloca estigmas, e a pessoa se sente humilhada, violentada. Quando o assediador percebe a extensão do dano, ele tenta minimizar, dizendo ‘não foi bem assim, você me interpretou errado, eu não sou discriminador, na minha família, a minha avó era negra’.”

Ester ainda afirma que teria sido pressionada a deixar o trabalho, ao relatar o ocorrido a uma conselheira do Colégio. Como decidiu permanecer, passou a ser vigiada constantemente por colegas.

“Eu estou lá e consegui passar numa entrevista porque sou qualificada para o cargo, mas ela não viu isso. Ela quis me afrontar e conseguiu abalar as minhas estruturas emocionais a ponto de eu me sentir um lixo e ficar dois dias trancada dentro de casa sem comer e sem beber. Você pensa em suicídio, se vê feia, se sente um monstro.”

Sequelas e legislação

Ester revela que as situações vividas no trabalho mexeram com sua auto-estima e também provocaram grande impacto nos estudos e no convívio social.

“Desde que isso aconteceu, eu não consigo mais soltar o cabelo. Quando estou na presença dela eu me sinto inferior, fico com vergonha, constrangida, de cabeça baixa. É a única reação que eu tenho pela afronta e falta de respeito em relação a mim e à minha cor.”

O Boletim de Ocorrência foi registrado como prática de “preconceito de raça ou de cor”. A Lei Estadual nº 14.187/10 prevê punição a “todo ato discriminatório por motivo de raça ou cor praticado no Estado por qualquer pessoa, jurídica ou física”. Se comprovado o crime, os infratores estarão sujeitos a multas e à cassação da licença estadual para funcionamento.

Fonte: Radioagência NP, Jorge Américo.

Programação do Dia do Samba em todo o Brasil

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Dois de dezembro, Sexta-feira, Dia do Samba. A Fundação Cultural Palmares divulgou uma lista com alguns eventos que vão acontecer em vários Estados do Brasil hoje e amanhã. Confira:

Bahia

No Largo do Pelourinho, a partir das 19h, haverá apresentações de Bloco Alvorada,

Alerta Geral, Reduto do Samba, Proibido Proibir, Pagode Total, Arnaldo e Tempero do

Samba, Beto Jamaica, Washington e Nelson Rufino. No Largo Pedro Archanjo, se

reunirão grupos culturais populares. No Largo Tereza Batista grupos de pagode

complementarão a noite.

 

Ceará

Em Fortaleza, as homenagens tiveram início com a Aurora do Samba na Praça do

Ferreira. No sábado, o Trem do Samba sairá às 9h40 da Estação João Felipe e seguirá

até Caucaia com animados grupos de samba nos vagões. Às 19h, o encerramento será

marcado com shows de Carlinhos Palhano, Bateria Tom Maior e Chapinha do Samba da

Vela, entre outros na Praça Verde do Dragão do Mar.

 

Minas Gerais

A cantora de samba Elzelina Dóris ministra debate em torno do Dia Nacional do Samba

e da cultura afro-brasileira como forma de inclusão educacional e necessárias nos

currículos escolares. O evento que faz parte do projeto Cantando e Contando a História

do Samba da Fundação Cultural Palmares acontece na Universidade Federal de Minas

Gerais.

 

Rio Grande do Sul

Uma grande homenagem a sambistas, compositores e intérpretes marcará a sexta-feira

em Porto Alegre, a partir das 21h. O evento será marcado pela apresentação de duas

bandas: Grupo Seu Samba e Grupo Contratempo. A festa terá a participação de

convidados e canjeiros e acontecerá na Rua Sarmento Leite, 876.

 

Rio de Janeiro

O Trem do Samba, que transita da Central do Brasil ao subúrbio de Oswaldo Cruz,

transporta mil pessoas a cada viagem e passa por bairros marcados pela música popular.

A comemoração, que neste ano seguirá até sábado (3), contará com shows de grandes

nomes da música. As velhas-guardas de escolas de samba também participarão da festa.

Os shows acontecerão ao lado da Central do Brasil, sempre a partir das 20h.

 

Rondônia

O Dia Nacional do Samba na capital rondoniense será comemorado a partir das 20h no

Mercado Cultural com a presença do compositor Adalto Magalha (RJ), autor de sambas

como: Corda no Pescoço, interpretada por Beth Carvalho; AH! Moleque cantada pelo

grupo Molejo; Hoje Vou Pagodear, pelo grupo 100% e Rendição conhecida na voz de

Almir Guineto.

 

Roraima

A escola Independente de Boa Vista preparou um conjunto de atividades que teve início

com uma alvorada de samba às 6h. A programação incluiu almoço acompanhado de boa

música. Será encerrada as 21h com o show Rocinha é paz com o intérprete oficial da

Acadêmicos da Rocinha, Anderson Paz e as passistas Borboletas encantadas da

Rocinha. As atividades serão realizadas na quadra da escola em Itaquari.

 

São Paulo

A Liga Independente das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Guarulhos

(Liesg), em parceria com a Secretaria de Cultura, lançarão oficialmente o CD do

Carnaval 2012, com os sambas-enredos das agremiações da cidade. O evento

acontecerá no calçadão da Rua Dom Pedro II, no Centro de Guarulhos, a partir das 19h,

e contará com a presença de intérpretes das escolas e da Corte Oficial do Carnaval 2012.

A partir das 15h, rodas de samba com os grupos Samba da Arca, Canto pra Velha

Guarda, Samba da Canja, Ciranda do Povo e convidados serão responsáveis pela festa.

O evento será aberto ao público.


Santa Catarina

Em Florianópolis, os usuários do transporte coletivo começaram o dia ao som de samba

no Terminal de Integração do Centro (Ticen). O encerramento acontecerá, a partir das

19h, com um grande show no Mercado Público que contará com apresentações de

sambistas, intérpretes, compositores e integrantes de agremiações carnavalescas. O

evento gratuito.

A professora do Chris Rock e a mídia brasileira

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Em meio à avalanche de informações sobre o dia da consciência negra, confesso que tive não foi tarefa fácil acompanhar tudo o que estava acontecendo. Na verde impossível, por que eu não consegui. A minha sorte é que tenho amigos muito informados que freqüentemente me enviam algum material interessante para ler e assistir. Neste artigo, eu gostaria de dividir com vocês uma preocupação. Minha reflexão é fundamentada em um vídeo reportagem, enviada pelo meu amigo Rodrigo Faustino sobre aos avanços e desafios profissionais da comunidade negra, exibido pelo Jornal Hoje (Rede Globo) no dia 22 de novembro, em comemoração à semana da Consciência Negra. Eu comecei assistir a reportagem muito empolgada com a bela biografia de Luislinda Valois, juíza do Tribunal de Justiça da Bahia há quase 30 anos. Vibrei quando a belíssima senhora de pele negra e tranças longas falou sobre uma nova geração de gente negra competente que está em busca de oportunidades. Que legal!  Em seguida, a repórter entrevistou mais algumas pessoas para exemplar nossos “avanços profissionais”, um diretor de loja e estudantes que buscam uma especialização na área da construção de civil, para como eles mesmo dizem, não trabalharem como ajudante de pedreiro a vida inteira.

Antes de continuar minha reflexão, gostaria muito de deixar claro que estas duas últimas profissões representam sim, um grande avanço para a comunidade negra.  O economista Hélio Santos costuma dizer que no Brasil, nas grandes empresas o negros muitas vezes não trabalham nem como segurança ou servindo cafezinho. É realmente admirável que os afrodescendentes não usam o fato de terem uma baixa renda, para não buscarem especialização. Os filhos e netos destas pessoas terão ainda melhores oportunidades. E esta é uma excelente notícia.

A minha preocupação em relação às reportagens que vimos nesta data, em especial essa reportagem do Jornal Hoje, é que elas agem como aquela professora racista do seriado “Todo mundo odeia o Chris”, baseada na experiência de vida do ator afro-americano Chris Rock.  “Nossa estou impressionada que você tenha feito este trabalho tão bem, levando em conta que você tem que estudar com os sete irmãos de pais diferentes do seu, além de viver com sua mãe tomando drogas o dia inteiro” diz a “ingênua” professora Ms. Vivian Morello, ao seu único aluno negro, filho de pai esforçado com mais de um emprego e uma mãe obcecada em criar filhos com bons valores em meio aos recentes avanços da comunidade afro-americana, no final dos anos 70.

Alguns veículos de comunicação passam a mão em nossas cabeças com um sorriso, enquanto se alimentam de referencias embutidas de preconceito e superestimam o potencial da comunidade negra. Não saem do lugar comum futebol-samba-capoeira e principalmente ignoram os avanços sociais dos últimos anos. Andam mal informados em relação ao nosso progresso.

Eu, particularmente, tenho muitos amigos em grandes empresas, com uma boa formação e alguns ganhando experiências profissionais fora do Brasil. Navegando pelas redes sociais e fazendo networking, eu vejo que não são só os meus amigos. Tem muita, mas muita gente com uma ótima formação e qualificação além do diploma universitário. Poucos ainda em cargos de liderança, é fato, mas chegando lá. Gente formadora de opinião que consome muito. É a nova geração (que nem sei se é tão nova) a que a juíza baiana se refere.

Sabemos que ainda são assombrantes os índices que provam que o racismo e o preconceito promovem uma grande inércia para o avanço profissional do negro brasileiro. Mas eu, enquanto jornalista, na verdade até como expectadora e leitora, acredito que já passou da hora de sair dessa zona de conforto, que faz com que se criem pautas para datas, como o Dia de Zumbi, baseadas em clichês com sutis toques de preconceito. Mais uma vez, não se trata de ignorar os nossos problemas. Trata-se de mostrar as “exceções“ de maneira mais freqüente. Os profissionais negros precisam ser entrevistados em matérias que falem sobre outras coisas além do preconceito e racismo

Racismo no metrô: britânica é presa e skinred brasileiro responde processo em liberdade

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Dentro de um metrô lotado,  uma mulher britânica com o filho em seu colo, começa a expressar sua revolta com a presença dos negros em seu país. Ela começa a gritar suas teorias racistas despertando a revolta dos negros (e não negros) dentro do vagão. E seu filho não era a única criança do trem, outras crianças negras testemunharam a manifestação verbal de ódio racial.

O crime foi registrado em vídeo, por meio de um celular, postado no Youtube no dia 27 de novembro e visto por mais de 30 milhões de pessoas. . Resultado: a mulher foi investigada e presa.

Em fevereiro deste ano, por volta das 6 da manhã um skinhead começa uma discussão com um rapaz negro na plataforma de uma estação do metrô da cidade de São Paulo.  Em poucos minutos ele veste um soco inglês e começa a dar vários golpes na cabeça do jovem afrodescendente, deixando-o seriamente ferido.  Duas mulheres que tentaram ajudá-lo também foram agredidas . Tudo foi registrado pelas câmeras do metrô. Resultado: o rapaz foi apenas indiciado por lesão corporal grave e responde ao processo em liberdade.

Outra comparação interessante é a reação das pessoas nas duas situações. E você se você testemunha de ataque racista em lugar público. O que você faria?

Confira os dois flagrantes de racismo:

Reino Unido

httpv://www.youtube.com/watch?v=i47HoiM0Au8

Brasil

httpv://www.youtube.com/watch?v=xpjDsi5z28w&feature=related

Seminário sobre racismo e sexismo na mídia será transmitido pela internet

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Começa amanhã no Rio de Janeiro o Seminário “A mulher e a Mídia 8”. O evento que vai até o dia 3 de dezembro irá discutir as formas como o negro e a mulher são tratados pela mídia. As inscrições foram encerradas, mas será  possível acompanhar as discussões pelo site http://www.aplicanet.com.br/Eventos/evento.html e participar por e-mail.

Promovido pelo Instituto Patrícia Galvão, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Promoção de Políticas da Igualdade Racial, Fundação Ford e ONU Mulheres terá a presença da atriz Maria Ceiça e da autora de novelas Maria Carmem Barbosa, além da Ministra da Seppir Luiza Barros.

Confira a programação.

17h – Mesa de abertura: Racismo e sexismo na mídia: uma questão ainda em pauta

Jacira Vieira de Melo (Instituto Patrícia Galvão)

Luiza Bairros (ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Tatau Godinho (subsecretária de Planejamento e Gestão da Secretaria de Políticas para as Mulheres)

Nilcéa Freire (representante da Fundação Ford no Brasil)

Maya L. Harris (vice-presidente da Fundação Ford para o Programa de Democracia, Direitos e Justiça)

Luciano Coutinho (presidente do BNDES)

ONU Mulheres

 

18h – Lançamento do Baobá – Fundo para Equidade Racial (Athayde Motta, diretor executivo)

 

18h30 – Apresentação dos resultados do Curso de Formação para Jornalistas sobre Gênero e Raça/Etnia (Valdice Gomes, coordenadora geral da Conajira/Fenaj)

 

19h – Homenagem à jornalista Lena Farias

 

30 de novembro – 4ª feira

 

9h – Mesa 1: Há uma cultura de negação do racismo e do sexismo na imprensa?

Luiza Bairros (ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Iriny Lopes (ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres)

Dennis de Oliveira (jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo)

Debatedora: Conceição Freitas (jornalista e cronista do Correio Braziliense, ganhadora do mídia impressa da 1ª edição do Prêmio Abdias Nascimento)

Coordenadora: Isabel Clavelin (assessora de comunicação da ONU Mulheres)

 

12h – Lançamento da publicação Imprensa e Agenda de Direitos das Mulheres: uma análise das tendências da cobertura jornalística

Realização: Secretaria de Políticas para as Mulheres, ANDI – Comunicação e Direitos e Instituto Patrícia Galvão

 

14h30 – Mesa 2: Regulação democrática, direito à igualdade e respeito à diversidade de gênero e raça

Bia Barbosa (jornalista, integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social)

Sérgio Suiama (procurador de Justiça do Ministério Público Federal)

Alexander Patez Galvão (coordenador do Núcleo de Assuntos Regulatórios na Ancine)

Debatedora: Juliana Cézar Nunes (jornalista, Rádioagência Nacional/EBC)

Coordenadora: Angélica Basthi (jornalista e escritora, membro da Cojira/RJ)

 

1º de dezembro – 5ª feira

 

9h – Mesa 3: Raça e gênero na publicidade: onde estão os limites éticos?

Edson Lopes Cardoso (jornalista, assessor especial da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Maria Luiza Heilborn (antropóloga social, coordenadora do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos – CLAM)

Renato Meirelles (publicitário, diretor do Data Popular)

Debatedora: Nádia Rebouças (publicitária, diretora da Rebouças & Associados)

Coordenadora: Paula Andrade (jornalista, integrante da Rede Mulher e Mídia)

 

14h – Mesa 4: Racismo: a imprensa nega, a TV prega?

Maria Ceiça de Paula (atriz)

Hilton Cobra (ator, diretor da Companhia dos Comuns)

Maria Carmen Barbosa (autora de telenovelas e séries para TV)

Rosane Borges (jornalista, professora da Universidade Estadual de Londrina)

Debatedora: Ana Veloso (jornalista, professora da Unicap e representante do sociedade civil no Conselho Curador da EBC)

Coordenadora: Alice Mitika Koshiyama (professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo)

 

Mais informações: mulheremidia8@patriciagalvao.org.br – (11) 2594.7399

Seminário sobre racismo e sexismo na mídia será transmitido pela internet

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Começa amanhã no Rio de Janeiro o Seminário “A mulher e a Mídia 8”. O evento que vai até o dia 3 de dezembro irá discutir as formas como o negro e a mulher são tratados pela mídia. As inscrições foram encerradas, mas será  possível acompanhar as discussões pelo site http://www.aplicanet.com.br/Eventos/evento.html e participar por e-mail.

Promovido pelo Instituto Patrícia Galvão, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Promoção de Políticas da Igualdade Racial, Fundação Ford e ONU Mulheres terá a presença da atriz Maria Ceiça e da autora de novelas Maria Carmem Barbosa, além da Ministra da Seppir Luiza Barros.

Confira a programação.

17h – Mesa de abertura: Racismo e sexismo na mídia: uma questão ainda em pauta

Jacira Vieira de Melo (Instituto Patrícia Galvão)

Luiza Bairros (ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Tatau Godinho (subsecretária de Planejamento e Gestão da Secretaria de Políticas para as Mulheres)

Nilcéa Freire (representante da Fundação Ford no Brasil)

Maya L. Harris (vice-presidente da Fundação Ford para o Programa de Democracia, Direitos e Justiça)

Luciano Coutinho (presidente do BNDES)

ONU Mulheres

 

18h – Lançamento do Baobá – Fundo para Equidade Racial (Athayde Motta, diretor executivo)

 

18h30 – Apresentação dos resultados do Curso de Formação para Jornalistas sobre Gênero e Raça/Etnia (Valdice Gomes, coordenadora geral da Conajira/Fenaj)

 

19h – Homenagem à jornalista Lena Farias

 

30 de novembro – 4ª feira

 

9h – Mesa 1: Há uma cultura de negação do racismo e do sexismo na imprensa?

Luiza Bairros (ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Iriny Lopes (ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres)

Dennis de Oliveira (jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo)

Debatedora: Conceição Freitas (jornalista e cronista do Correio Braziliense, ganhadora do mídia impressa da 1ª edição do Prêmio Abdias Nascimento)

Coordenadora: Isabel Clavelin (assessora de comunicação da ONU Mulheres)

 

12h – Lançamento da publicação Imprensa e Agenda de Direitos das Mulheres: uma análise das tendências da cobertura jornalística

Realização: Secretaria de Políticas para as Mulheres, ANDI – Comunicação e Direitos e Instituto Patrícia Galvão

 

14h30 – Mesa 2: Regulação democrática, direito à igualdade e respeito à diversidade de gênero e raça

Bia Barbosa (jornalista, integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social)

Sérgio Suiama (procurador de Justiça do Ministério Público Federal)

Alexander Patez Galvão (coordenador do Núcleo de Assuntos Regulatórios na Ancine)

Debatedora: Juliana Cézar Nunes (jornalista, Rádioagência Nacional/EBC)

Coordenadora: Angélica Basthi (jornalista e escritora, membro da Cojira/RJ)

 

1º de dezembro – 5ª feira

 

9h – Mesa 3: Raça e gênero na publicidade: onde estão os limites éticos?

Edson Lopes Cardoso (jornalista, assessor especial da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Maria Luiza Heilborn (antropóloga social, coordenadora do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos – CLAM)

Renato Meirelles (publicitário, diretor do Data Popular)

Debatedora: Nádia Rebouças (publicitária, diretora da Rebouças & Associados)

Coordenadora: Paula Andrade (jornalista, integrante da Rede Mulher e Mídia)

 

14h – Mesa 4: Racismo: a imprensa nega, a TV prega?

Maria Ceiça de Paula (atriz)

Hilton Cobra (ator, diretor da Companhia dos Comuns)

Maria Carmen Barbosa (autora de telenovelas e séries para TV)

Rosane Borges (jornalista, professora da Universidade Estadual de Londrina)

Debatedora: Ana Veloso (jornalista, professora da Unicap e representante do sociedade civil no Conselho Curador da EBC)

Coordenadora: Alice Mitika Koshiyama (professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo)

 

Mais informações: mulheremidia8@patriciagalvao.org.br – (11) 2594.7399

10 maneiras de se combater o racismo

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  • 1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.
  • 2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer.
  • 3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.
  • 4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente.
  • Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.
  • 5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.
  • 6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.
  • 7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.
  • 8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.
  • 9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.
  • 10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.

Fonte:Infância sem Racismo (UNESCO).

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