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Jovem gênio de Camarões vence Google Code-in uns dos principais eventos de programação do mundo

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Nji gênio auto-didata que mudou para casa dos primos para usar a Internet e venceu competição internacional

Nji Collins Gbah, um jovem estudante de 17 anos, vivia em Bamenda e aprendeu a programar computadores sozinho, fato impressionante por si só, mas que se tornou uma história digna de filme. Dois anos após adquirir conhecimentos de programação de forma auto-ditada, ele foi  o vencedor do Google Code-in 2016, uma das principais competições de programação do mundo.

O curioso é que o jovem que foi o primeiro africano (ele é de Camarões)  a ganhar o concurso, não tinha Internet em casa e teve que se mudar para casa dos primos  onde ele estudava por meio de livros online.

Usando seus conhecimentos, Nji entrou no concurso, levando uma semana para fazer seu primeiro trabalho para a competição. Ao fim das inscrições do Google Code-in 2016, o estudante já havia entregado 20 trabalhos, em todas as cinco categorias do evento.

Nji Collins Gbah é o primeiro africano a conseguir o Grande Prêmio na competição

Depois do cortes ao acesso à Internet, ocorrido por desavenças entre as regiões norte e sul da República de Camarões, toda a região está sem acesso a rede de computadores desde 17 de janeiro.

Foi pouco depois disso que Nji recebeu as boas notícias: ele foi um dos 34 ganhadores do Grande Prêmio do concurso da Google. A recompensa por tudo isso? Cada um deles vai passar quatro dias na sede da Google, no Vale do Silício, em junho deste ano.

“Fiquei muito, muito surpreso. Isso queria dizer que todo o trabalho que tive escrevendo um monte de códigos realmente valeu a pena”, contou ele ao jornal BBC.

Quanto à ideia de ir morar com seus parentes na capital do país? A resposta, obviamente, era ter acesso à internet – afinal, convenhamos que um programador sem isso não tende a ir muito longe. “Eu queria ter uma conexão para poder continuar estudando e fazer contato com a Google”, contou ele.

Atualmente, Nji está dedicado a melhorar seus conhecimentos de inteligência artificial, redes neurais e deep learning – um ramo do machine learning (aprendizado de máquinas) que busca criar algoritmos para que máquinas aprendam com seus erros e façam melhores previsões de seus dados.

Trabalhar no Google é obviamente um dos seus sonhos de Nji. Levando-se em conta sua inteligencia e capacidade de superação, esse menino vai longe.

 

 

Jornalista racista que atacou Ludmila ganha emprego no SBT

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Parece que racismo no Brasil dá emprego e não é para vítima. Um caso exemplar é o de Patrícia Moreira, torcedora do Grêmio envolvida em ato racista contra o goleiro Aranha, em 2014, que foi contratada pela Central Única das Favelas (CUFA), que entendeu que ela de certa forma, também era vítima.,  já que todo racista, de acordo com a nota do MV Bill é um ser mal educado.

O jornalista Marcos Paulo Ribeiro, conhecido como “Marcão do Povo” que chamou a cantora Ludmila de macaca, ao vivo, no seu então programa Balanço Geral (DF),da Record, não ficou nem dois meses desempregado.

De acordo com o site Meio e Mensagem, o SBT emitiu comunicado informando a contratação do apresentador, mas não especificou sua função no novo emprego.

No comunicado, Marcão diz que sempre sonhou trabalhar na emissora. “Cresci vendo o SBT, que é uma emissora com a cara da família brasileira, a cara do Brasil”.

Silvio Santos acaba de contratar um racista aumentando o repertório de comentários e atitudes ofensivas à comunidade negra. E há quem o ache um gênio midiático.

 

Projeto por igualdade de gênero da Turma da Mônica homenageia Carolina de Jesus

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Que Mônica, a musa dos gibis brasileiros é uma menina empoderada ninguém pode negar. Ela não admite abusos é a grande autoridade do bairro onde mora além de amar muito, mesmo sendo xingada de baixinha e dentuça pelo Cebolinha e Cascão. Para inspirar outras meninas a serem como ela, A Turma da Mônica lançou o projeto Donas da Rua para destacar mulheres que ousaram a ser o que queriam ser, em um mundo tão machista e cheio de preconceito.

Uma das personagens de destaque do projeto é a escritora-musa-heroína Carolina de Jesus, um dos ícones da literatura brasileira.  Moradora da favela do Canindé, na zona norte de São Paulo ela trabalhava como catadora e registrava seu dia a dia em cadernos que encontrava no lixo. “Desses cadernos se originou “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, livro publicado em 1960, que já foi traduzido para 13 idiomas e vendido em mais de 40 países”, explica do texto no site do projeto repleto de informações e mensagens inspiradoras para meninas de empoderarem.

 

África Sem Estereótipos: coletivo lança coletânea com revelações sobre continente mais negro do planeta

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Imagem: Afreaka

Cachimbo. Palavra herdada do quimbundo, língua de família bantu, de Angola. No vasto vocabulário afro-brasileiro, cerca de 1.500 termos – como batuque, pipoca e marimbondo – remetem, todos os dias, às raízes africanas. Além da intensa presença simbólica do continente no Brasil, senegaleses, camaroneses, moçambicanos e congoleses compõem, atualmente, a população da região central de São Paulo. Entretanto, essa intensa presença não significa que o Brasil compreenda a cultura da África em toda sua diversidade e riqueza. A Lei 10.639/03, que obriga o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas, até hoje não foi implementada de maneira integral. Para promover o estudo do continente nas instituições de ensino e estabelecer diálogos entre a cultura brasileira e as suas produções culturais contemporâneas, será lançada, em 13 de fevereiro, às 18h30, a coleção de publicações Afreaka: África Sem Estereótipos, na Galeria Olido, no Centro da capital paulista.

A coleção, desenvolvida com conteúdo apurado in loco em 15 países africanos, reúne mais de 40 reportagens, artigos, entrevistas e farto material de imagens que ilustra um continente protagonista, inovador e sócio-culturalmente ativo. A coletânea será distribuída gratuitamente em 1.800 escolas públicas e instituições culturais de todo o Estado. Atentos a um público muito mais amplo, que busca entender e resgatar a identidade brasileira, os exemplares também serão vendidos por R$ 50 no dia do lançamento e no site www.afreaka.com.br

Esse projeto, de natureza multidisciplinar, traz publicações que possam servir como fonte de conhecimento didático sobre as sociedades africanas, suas culturas e formas de expressões artísticas atuais. “Tentamos, a todo momento, mostrar a história contada pelos próprios africanos, suas próprias versões. Nas viagens de apuração, tivemos o objetivo de romper estereótipos, mas não imaginávamos que seria tão fácil nesse sentido. São tantas iniciativas inovadoras, artistas geniais e movimentos descolados que tínhamos que selecionar sobre o que falaríamos de acordo com o tempo disponível”, conta a co-idealizadora do projeto e diretora do Afreaka Flora Pereira,  que atua em conjunto com o designer Natan de Aquino.

No primeiro volume da coleção são abordados a mídia, a literatura, a arte, os grandes impérios e a questão de identidade. No segundo exemplar, as línguas, a autenticidade, os conceitos de sustentabilidade, a tecnologia e a filosofia. O percurso por essa África ainda pouco conhecida segue pelo movimento do grafite, as sociedades tradicionais, a música, a dança e as grandes cidades, reunidos no terceiro volume. “Nossa linha editorial também procurou trabalhar o olhar do brasileiro sobre si mesmo e a ligação do país com o continente africano. Além da herança na língua, nossos costumes, linha de pensamento, higiene, tradições e a culinária, que são intrinsecamente ligados à cultura desse continente”, completa Flora. No quarto fascículo, África nas Escolas, há uma série de sugestões de atividades e exercícios para trabalhar os variados temas apresentados na sala de aula.

SERVIÇO:

A coleção estará à venda (para público geral) por R$50  no lançamento e no site www.afreaka.com.br
https://www.facebook.com/events/1282649735129230/

 

Lançamento: 13/2, às 18h30, no Cine Olido, Galeria Olido

Intervenção Gastronômica com Surama Caggiano + Apresentação Musical de Ericah Azeviche

 

A coleção

Volume 1 – Mídia, Literatura, Arte, Grandes Impérios e Identidade

Volume 2 – Línguas, Autenticidade, Sustentabilidade, Tecnologia e Filosofia

Volume 3 – Grafite, Sociedades Tradicionais, Música, Dança e Grandes Cidades

Volume 4 – África nas Escolas – sugestão de atividades e exercícios para a sala de aula.

Assédio, racismo e inveja nos bastidores do carnaval do Rio. Ex porta-bandeiras contam sua história em biografia

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Além do nome, as cariocas Priscila Hirle e Priscila Rosa compartilham muitas semelhanças na vida. As duas são negras, de origem humilde, mães de meninos, esposas e com uma passagem importante na história do Carnaval carioca. Formada em medicina, Hirle, 38, foi eleita Rainha do Carnaval do Rio de Janeiro em 2004. Rosa, 34, que hoje é jornalista e cake designer, começou a vida artística cedo como passista mirim do Acadêmicos do Salgueiro e depois, pela mesma escola, porta-bandeira (1994 – 2002). Também foi porta-bandeira pela Portela (2003), Acadêmicos da Rocinha (2004), Mocidade Independente de Padre Miguel (2005), União da Ilha do Governador (2006 – 2008).

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As conquistas e adversidades vivenciadas por ambas durante o tempo em que atuaram no Carnaval do Rio as aproximaram e as motivaram a escrever o livro O Segredo é Você (Autografia). A autobiografia descreve momentos de glória, além de episódios de assédio vividos pelas duas tanto no meio carnavalesco como em outros ambientes de trabalho.

O livro aborda diversos temas cotidianos como a autoestima, beleza, saúde, inveja, racismo, machismo e espiritualidade e tem como objetivo inspirar outras mulheres a não desistirem de seus sonhos e alcançarem êxito na vida pessoal e profissional

Afro-terapeutas : Grupo quer empoderar negros que trabalham na área da saúde

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Com quase 200 membros, o grupo Afro-terapeuta quer se um espaço de integração e oportunidades para negros e negras que fizeram da saúde sua área de atuação.

Fisioterapeutas, psicólogos, profissionais de educação física, serviço social, nutrição, medicina, são alguma das áreas atendidas pelo grupo.

“Reunir forças para divulgar nosso trabalho, criar oportunidades de integração,  negócios e aperfeiçoamento também fazem parte do objetivo do grupo”, explica a doutoranda em Terapia Ocupacional, pela UFSCar e responsável pelo projeto,  Ana Célia Nunes.

Interessou?

O grupo está no Facebook e também disponível para esclarecer dúvidas pelo e-mail:afroterapeutas@gmail.com

Palestra aborda a literatura e imprensa negra no Brasil do século XIX

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A jornalista Ana Flávia Magalhães Pinto ministra palestra no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, no dia 17 de fevereiro, na qual aborda pesquisa realizada por ela na qual aborda a literatura e imprensa negra no Brasil do século XIX.

Redes de liberdade: literatos negros e abolicionismos no Brasil elege como fios condutores as trajetórias de um conjunto de homens negros, livres e letrados atuantes na imprensa e no cenário político-cultural das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX.

Apostando na viabilidade de seus projetos individuais, Ferreira de Menezes, Luiz Gama, Machado de Assis, José do Patrocínio, Ignácio de Araújo Lima, Arthur Carlos e Theophilo Dias de Castro estiveram envolvidos em ações coletivas, com destaque para as lutas abolicionistas; e não raras vezes desenvolveram críticas a práticas cotidianas de preconceito e outros desdobramentos do escravismo. A pesquisa aponta as semelhanças e diferenças existentes entre eles, a fim de perceber os significados de suas articulações diretas e indiretas, bem como compreender as articulações entre a produção literária e a atuação política destes agentes sociais.

Ana Flávia Magalhães Pinto é jornalista, doutora e pós-doutoranda em História pela Unicamp. É autora de Imprensa negra no Brasil do século XIX (Selo Negro) e organizadora, em parceria com Sidney Chalhoub, de Pensadores Negros – Pensadoras Negras: Brasil, séculos XIX e XX (Fino Traço). Menção Honrosa, no âmbito do Prêmio Capes de Tese Edição 2015, na Área de História / Programa de História.

Redes de liberdade: literatos negros e abolicionismos no Brasil

Dia 17 de fevereiro de 2017, sexta, das 19h às 21h.
Recomendação etária: 16 anos. Número de vagas: 30.

R$ 15,00 (inteira); R$ 7,50 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública);  R$ 4,50 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).

Tradução em Libras disponível. Faça sua solicitação com no mínimo dois dias de antecedência da atividade através do e-mail centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br.

Informações e inscrições pelo site (sescsp.org.br/cpf) ou nas unidades do Sesc no Estado de São Paulo.

 Centro de Pesquisa e Formação do Sesc

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar.

Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 22h. Sábados, das 9h30 18h30.

Tel: 3254-5600

 

Flores de Baobá: Uma educadora brasileira e uma americana mudando o mundo por meio da educação

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Negros não são estimulados a estudar e os ambientes escolares e acadêmicos também não são dos mais receptivos para alunos de pele escura. Em entrevista ao programa Saia Justa, a cantora  Karol Conka relatou as diversas vezes em que foi humilhada na escola por professores que duvidavam da sua capacidade por conta da sua cor e ainda fez um comentário certeiro, sobre, assim como os pais dela, muitos negros largam os estudo por sofrerem agressões e ofensas por todos os lados.Os que decidem estudar acabem tendo estatisticamente, condições de estudos inferiores aos dos alunos brancos.

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Um paralelo dessa realidade no Brasil e nos EUA, por meio da histórias de uma educadora brasileira (Priscila Dias) e uma americana (Nyanza Bandele) é o tema do documentário Flores de Baobá, de Gabriela Watson Aurazo, formada em Rádio e TV e que atualmente cursa o programa de mestrado em cinema MFA (Master in Fine Artes) em Cinema e Artes da Mídia pela Universidade Temple, na Filadélfia, Estados Unidos.

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A documentarista Gabriela Watson Aurazo,

Além do levantamento de pontos críticos em comum na educação de afro-brasileiros e afro-americanos, o documentário vai além, reforçando a importância dos laços entre as negras da Diáspora Africana sendo ainda uma grande inspiração para educadores, alunos e público em geral.

O trabalho ainda não está concluído por questões orçamentárias e por meio da plataforma de financiamento coletivo Catarse é possível, por meio de doações contribuir para que algumas filmagens no Brasil, sejam concluídas, bem como a finalização do documentário.

Flores de Baobá reúne em sua equipe cineastas e artistas do Brasil e Estados Unidos garantindo em ambos países uma predominância feminina e negra. Todos os profissionais envolvidos são engajados em questões sociais e/ou étnico-raciais.

Mais informações:

Catarse: catarse.me/floresdebaobafilme
Facebook: Flores de Baoba
email: floresdebaoba@gmail.com
Instagram: FloresdeBaoba
Twitter: Baobab Flowers

FICHA TÉCNICA
Flores de Baobá
Ano de Lançamento: 2017
Direção e Argumento: Gabriela Watson Aurazo
Produção Executiva: Doris Derby Joyce Prado, Melissa Skolnick
Direção de Fotografia: Hannah Angle, Tomires Ribeiro e Renato Cândido
Trilha Sonora: Lucas Cirillo e Giovani Di Ganzá
Assistentes de câmera: Quynh Le, Kayla Watkins
Assistência de Direção: Renata Martins
Assistência de Produção: Aiko Brown, Mark Kaercher, Pamella Aleixo, Talícia Vênancio, Jessica Cruz
Som Direto: Renata Martins, Ana Julia Travia, Lucas Wozniak, Felipe Faria de Miranda
Montadora: Jéssica Queiroz
Assistente de edição: Bianca Santos
Consultoria: Liliane Braga, Maria Giraldo, Dançarina: Cleonice Fonseca

Mais informações:

Catarse: catarse.me/floresdebaobafilme

Facebook: Flores de Baoba

email: floresdebaoba@gmail.com

Instagram: FloresdeBaoba

Twitter: Baobab Flowers

Coletivo Sankofa conta a vida de um catadora de recicláveis no filme Nena

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NENA é o retrato de uma entre as milhares de mulheres brasileiras que catam e reciclam materiais pelas ruas de todo o país.

“Todo dia, no dia a dia aqui, eu vou no mercado. Um dia falta pão, manteiga, leite: aí eu vou e compro aquelas três coisas. No outro dia tem pão, manteiga, leite, mas não tem sal, açúcar, café… Eu vou assim. E não falta, eu não deixo faltar”. Este é um pedaçinho do cotidiano de “Nena”, catadora de material reciclável residente na zona leste da cidade e personagem da vida real do documentário do Coletivo Sankofa, que será exibido no próximo dia 04 de fevereiro, às 14, no CEU Vila Nova Curuçá (Av. Marechal Tito, 3.400).

Nordestina, vive há 13 anos na Zona Leste da cidade de São Paulo. NENA é o retrato de uma entre as milhares de mulheres brasileiras que catam e reciclam materiais pelas ruas de todo o país.

O filme integra o projeto “Apareceu a Margarida” tem o objetivo de jogar luzes na invisibilidade nua e crua sobre da mulher catadora de materiais recicláveis. O projeto visa também contar as histórias de luta e resistência dessas mulheres dentro de um sistema patriarcal de consumo.

Marcados por estigmas que as associam ao próprio lixo e a tudo que é descartável, as dificuldades dessa atividade tornam-se mais complexas quando essas mulheres se deparam com o machismo na vida pública. Sendo assim, ser mulher no seu fazer profissional,  surge como um agravante para a invisibilidade da mulher catadora.

A partir deste projeto, o Coletivo Sankofa quer mostrar esse universo das catadoras utilizando o resultado das oficinas culturais, das rodas de conversa e da própria pesquisa que vem sendo desenvolvida com material bruto para a concepção de uma performance de rua: uma mulher catadora vaga pelas ruas de São Paulo, interagindo com seus objetos do carrinho e com os olhares que a observa durante os caminhos. Escolhe um ponto para a projeção e convida os transeuntes para assistirem.

 

“Além de ser a primeira produção audiovisual do Coletivo, nosso objeto de pesquisa também é diferente. Em nossa caminhada esta muito presente produções que coloquem as questões da população lgbt em cena e em pauta. Para nós é inovador experimentar um  projeto que contemple a produção de um documentário que nos aproxima da realidade de mulheres que reciclam suas histórias de vida por meio do trabalho de reciclar”, explica Anderson Maciel, do Coletivo Sankofa. Além disso, Anderson destaca que compartilhar essas histórias é uma oportunidade de visibilizar resistências cotidianas de mulheres que lutam as tentativas de serem apagadas do sistema.

Ficha Técnica

“NENA”

Duração: 13 minutos Roteiro, direção e edição: Carol Pitzer Direção de fotografia: Jeremias Nunes de Jesus Pesquisa: Tata Ribeiro, Edna Rosane, Rodrigo Mar e Anderson Maciel Produção: Coletivo Cultural Sankofa

 Serviço

Filme: “Nena”

Quando: dia 04 de fevereiro, às 14h

Local: CEU Curuçá, Av. Marechal Tito, 3400 – Itaim Paulista

Informações: Coletivo Sankofa

(11) 98314-4598 e contatosankofa@gmail.com

 

 

Oscar não tão branco

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Texto de Betina Costa do blog e canal Claquete 16

Com a temporada americana de premiações se aproximando, maior a expectativa para os indicados a 89º edição do Oscar, ainda mais considerando que edição anterior foi marcada por protestos e boicotes devido a ausência de profissionais negros entre os indicados pelo segundo ano consecutivo. Várias promessas de mudança foram feitas, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, disse na época que “Nós realizaremos uma  revisão na contratação dos nossos integrantes, para trazer a diversidade necessária para a nossa turma de 2016”. De fato, essas palavras não foram apenas para acalmar os ânimos, em junho de 2016 683 novos membros foram convidados, sendo 46% mulheres e 41% pessoas de cor.

O resultado dessas mudanças pode ser observado na última terça-feira (24) quando os indicados ao Oscar 2017 foram anunciados. Seis atores e atrizes negros foram indicados aos prêmios de atuação, um recorde na história do Oscar. Denzel Washington, com 7 indicações e Viola Davis com 3, são os negros com o maior número de nomeações. Na categoria de melhor atriz coadjuvante, temos três indicadas negras: Octavia Spencer (Estrelas Além do Tempo), Viola Davis (Cercas) e Naomie Harris (Moonlight: Sob a Luz do Luar), também um recorde.

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Da esquerda pra direita: Kimberly Steward, Berry Jenkins e Tarell Alvin McCraney

 

 

Nesta edição do Oscar a presença negra não limitou-se apenas aos prêmios de atuação, na produção temos Kimberly Steward por Manchester À Beira-Mar (segunda mulher negra a ser indicada na categoria), Barry Jenkins foi indicado para melhor Direção por Moonlight: Sob a Luz do Luar (quarto homem negro a ser indicado),  dividindo a indicação de melhor roteiro com Tarell Alvin McCraney, fazendo deles sétimo e oitavo homens negros a concorrer na categoria.

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Da esquerda para a direita, de cima para baixo: Ava Duvernay, Raoul Peck, Ezra Edelman, Roger Ross, Bradford Young e Joi McMillon

 

A categoria de melhor documentário merece ainda mais atenção: Ava DuVernay (13th), Raoul Peck (I Am Not Your Negro), Ezra Edelman (O.J.: Made in America), e Roger Ross Williams (Life, Animated). Até essa edição, essa categoria contava apenas com três indicações, Ava DuVerney (maravilhosa) é a primeira mulher negra indicada. Fotografia e edição também contam com indicados negros: Bradford Young por A Chegada e Joi McMillon por Moonlight: Sob a Luz do Luar respectivamente, Joi sendo a primeira mulher negra a concorrer por melhor edição.

O Oscar 2017 está sendo histórico para atores, atrizes e demais produtores de conteúdo afro americanos, que finalmente estão começando a ter o reconhecimento merecido. Chega a ser irônico que essas indicações tão diversas tenham sido anunciadas apenas quatro dias depois da posse de um dos presidentes mais racista, homofóbico, xenofóbico, misógino e (insira qualquer preconceito aqui que provavelmente se aplicará) da história moderna americana. Mais do que nunca os negros, latinos, e demais “minorias”, precisam de incentivo e apoio para mostrarem todo o seu potencial.

Porém, embora eu esteja muito feliz que o #Oscarssowhite tenha surtido efeito, um diabinho não para de sussurrar no meu ouvido que isso pode não passar de uma estratégia política da Academia para acalmar os ânimos e dizer: “Olha aqui, temos negros agora, nos adorem”,  para daqui um ano ou dois voltar ao que era antes. Eu realmente espero que isso seja apenas paranóia e que daqui pra frente só melhore, contudo é difícil acreditar numa mudança permanente de uma instituição tão conservadora.

Outro ponto que colabora com o meu “pé atrás” é o fato de que, embora tenhamos recorde de indicações para pessoas negras, ainda temos outros grupos que sofrem com o desprezo da Academia, como por exemplo latinos, asiáticos e nativo-americanos. Rashad Robinson, diretor executivo do “Color Of Change”, comemorou as indicações, mas chamou atenção a demais representatividades: “Conquistar diversidade não é responsabilidade somente da Academia. Isso cabe também aos diretores de elenco, financiadores e ao estúdio que têm uma responsabilidade moral de apoiar projetos que contam histórias autênticas, compassivas e que refletem a diversidade do nosso país e dar oportunidade para profissionais negros, assim como latinos, asiáticos e nativo americanos dentro e fora das telas.”

A falta de indicação de mulheres também merece atenção. Várias discussões vêm sendo levantadas em torno da presença feminina em Hollywood, porém nesta edição nenhuma mulher foi indicada a melhor direção. Em roteiro, somente Allison Schroeder por Estrelas Além do Tempo foi indicada e até agora, nenhuma mulher foi nomeada ao prêmio de melhor fotografia. Tendo esses fatos em mente, devemos comemorar as conquistas atuais, mas não esquecer que há um longo caminho a ser percorrido e que devemos estar sempre vigilantes para que essas mudanças não sejam provisórias e se percam como lágrimas na chuva.

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