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Não me vejo, não compro: Plataforma quer mostrar o poder do consumidor negro

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Foto: Tolu Bamwo

“Por ser publicitário e trabalhar dentro de agências eu tinha várias inquietações e uma delas era a lenda de que não somos organizados e sobre o quanto movimentamos no mercado. Uma hora a gente cansa”. A reflexão é de Fábio Amarante da agência Zaion Criações e fundador da plataforma Compro ou Não Compro, primeiro site voltado para análise de consumo da comunidade negra no Brasil.

De forma interativa, quem acessa por enviar ou analisar informações de empresas que praticam ou não a diversidade e as campanhas publicitárias que incluem pessoas negras e partir daí pautar suas decisões de compra em cima dos resultados.

Recentemente o Mundo Negro publicou uma reportagem que mostra que a comunidade negra movimentará mais de 1 trilhão de reais até o final de 2017. Iniciativas como essa contribuem para que o black money vá para empresas que reconhecem o potencial desse público.

“Quero mostrar nosso poder de decisão e intenção de compra. A plataforma tem o objetivo de organizar nossas demandas e tem três áreas, que são a propaganda, equidade dentro das empresas no quadros executivos e mensuração do conteúdo nos canais de TV”, detalha Amarantes.

“Queremos expandir para mostrar nosso nível de satisfação com tudo os que no impacta. Precisamos trocar experiências sobre nosso poder de consumo e consumir de forma mais consciente e também ensinar as empresas da comunidade que eles têm que ter um espaço bacana. Precisamos rodar todo esse volume monetário que movimentamos anualmente”, finaliza o publicitário.

Mais informações sobre a plataforma Compro ou Não Compro estão no site: www.comproounaocompro.com.br 

Black Money: Em 2017 negros movimentarão mais de R$ 1 trilhão, diz pesquisa

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“As empresas preferem ser racistas do que capitalistas”. Esta fala de Raphaella Martins, Gerentes de Contas da agência da J. Walter Thompson, durante o II Fórum Sim a Igualdade Racial, realizado no última dia 5 de outubro, em São Paulo, parece ser uma explicação acima do razoável para explicar a falta de representatividade dos negros na publicidade brasileira.

A premissa de que negro não compra é facilmente desmentida por números. De acordo com o Instituto Locomotiva de Ricardo Meirelles, que também estava no evento promovido pelo ID_BR, até o final de 2017, a comunidade negra brasileira terá movimentado aproximadamente R$ 1,62 trilhões de reais.

“O Brasil negro seria o 11º pais do mundo em população e o 17º em consumo”, explica Mereilles que na época do DataPopular foi pioneiro em vários estudos sobre consumo de Classe C. “Se os negros formassem um país estariam no G20 do consumo mundial”, completa o pesquisador.

Outros dados da pesquisa mostram que os negros representam um grupo de 20 milhões de pessoas com intenção de comprar móveis para casa, 12 milhões com intenção de comprar uma TV e 10 milhões planejando comprar um Smartphone nos próximos 12 meses.

Tem muito empresário perdendo oportunidade de negócios ao não pensar em estratégias que dialoguem com a comunidade negra. E isso vai além do rosto negro na propaganda. Propósitos honestos abraçam seu público também com ações sociais, como vemos grandes marcas dando suporte a projetos destinados a mulheres.

A visão dos negros publicitários 

Vagner Soares,  Assistente de arte na agência Artplan e sua colega de agência, a analista de mídia Letícia Pereira, falaram durante o evento sobre sua experiências profissionais onde eram sempre os únicos negros nas agências.

Painel sobre diversidade na publicidade: Crédito: Mônica Silva Fotografia

“Eu sinto agora que as mudanças estão acontecendo, elas são pequenas, mas muito significativas”, comentou Letícia.

Ela e Vagner fizeram um “manifesto” chamado Dear Artplan People para conscientizar seus colegas de trabalho sobre o racismo e suas nuances de forma didática, levando-se em conta que a maioria é branca e provavelmente nunca refletiu atitudes racistas que cometem no cotidiano sem notar.

“As pessoas brancas não ficam pensando em fazer mal pra gente, a grande maioria desconhece as questões sociais do país mesmo”,  ponderou Raphaella da JWT, uma das responsáveis pela implementação do Programa 20/20 que selecionou um grupo de 20 estagiários negros na agência.

Consenso durante o debate, que contou ainda com a assessora de Youtubers Egnalda Côrtes, foi o fato que a presença de negros em cargo de poder faz toda a diferença.

Campanhas racistas, como a do caso da campanha da Dove nos EUA , são indícios de que nem sempre a negra no casting mostra uma preocupação real com a diversidade.

Festival de arte celebra o protagonismo da mulher negra na cultura

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Este ano acontece a 9ª edição do “Festival de Arte Negra” – FAN. O objetivo do Festival é reunir várias ações artísticas e culturais, de modo a destacar o empoderamento da mulher negra em várias partes do mundo, com foco no continente africano, no Brasil e em Belo Horizonte – onde o evento acontece.

O público poderá conferir aproximadamente 100 atrações, incluindo mesa de conversa, mostra de cinema, concertos de música e exposição de arte. Entre as convidadas estão artistas e personalidades negras renomadas como: Ellen Oléria, Alexandra Loras, Eliane Dias e Zezé Motta.

A abertura do “Festival da Arte Negra” acontece no dia 15 de outubro (domingo), às 9h30, com homenagem a Joaquina Maria da Conceição da Lapinha, a primeira cantora lírica negra brasileira. O concerto acontece no Parque Municipal Américo Renné Giannetti – Av. Afonso Pena, 1377, Centro – Belo Horizonte (MG).

O evento, que é realizado pela Prefeitura de BH, junto da Fundação Municipal de Cultura, vai do dia 15 ao dia 22 de outubro com entrada é gratuita para toda a programação oficial, porém, podendo haver cobrança de ingressos na programação associada. Para saber mais sobre o e FAN e conferir a programação completa, acesse o site oficial, clicando AQUI.

Evento no Capão Redondo abre espaço para promover o protagonismo da mulher no Brasil

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No dia 11 de outubro é celebrado o “Dia Internacional da Menina”, data instituída pela ONU para evidenciar a desigualdade de gênero que coloca meninas e mulheres em desvantagem na sociedade. Pensando nisso, a Plan International Brasil – organização não-governamental, não-religiosa e apartidária que defende os direitos das crianças, adolescentes e jovens, com foco na igualdade de gênero – organizou o “Gril’s Talk”.

Este é um evento voltado para meninas e mulheres, com o objetivo de criar um espaço de protagonismo, diálogo e destaque para meninas e mulheres que estão mudando o mundo. O “Girl’s Talk” contará com palestras de diversas mulheres que, em diferentes áreas, dão uma demonstração expressiva do potencial e dos brilhantes caminhos que as meninas e mulheres podem e devem trilhar.

Entre as palestrantes estão: Eliane Dias, advogada, empresária e coordenadora do SOS Racismo na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). Fundadora da produtora Boogie Naipe, com o companheiro Mano Brown, e, atualmente, responsável pela carreira dos Racionais MC’s; Gabi Oliveira, criadora do canal DePretas no YouTube, e uma das youtubers negras mais influentes do Brasil. Com mais de 100 mil inscritos ela aborda assuntos que vão de racismo e feminismo até maquiagem e cuidados para cabelos crespos; Mel Duarte, poeta e produtora cultural. Uma das organizadoras da batalha de poesias “Slam das Minas SP”. Em 2016 ela foi destaque no sarau da Feira Literária Internacional de Paraty e a primeira mulher a vencer o Rio Poetry Slam. Publicou os livros “Fragmentos Dispersos”, em 2013 e “Negra Nua Crua”, em 2016.

Ao todo serão 10 palestrantes, todas mulheres, que dividirão com as espectadoras suas vivências. O “Gril’s Talk” acontece no dia 10 de outubro, com programação pela manhã – de 9h30 às 12h30, e a tarde – 14h às 16h30, no Teatro da Praça CEU do Capão Redondo – Rua Daniel Gran, s/ – Capão Redondo, São Paulo – SP. As inscrições são gratuitas, para fazer a sua clique  AQUI. Saiba mais do evento e veja a programação completa acessando o site oficial do “Girl’s Talk”.

Para crianças, ser princesa negra é ser representada nos contos de fadas

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Imagens das princesas negras do Projeto Identidade (@identidadeoficial)

Nossas crianças podem ser o que quiserem certo? Sim, desde que as meninas não queiram ser princesas, visto que o assunto, pelo menos nas redes sociais, estimula discursos inflamados que ligam a imagem da princesa a um sub-categoria de mulher que dedica a sua vida à busca do príncipe salvador.

Talvez no caso de crianças brancas, essa reflexão faça algum sentido, porém, quando refletimos sobre o que é ser criança e negra no Brasil, salta os olhos a falta de representatividade nos brinquedos, desenhos e programas de TV, Youtube e literatura infantil.

A possibilidade de fazer parte da realeza, da nobreza deveria ser algo respeitado tanto quando querer brinquedo de médica, bombeiro ou professora. Na escola os pequenos aprendem que fomos escravizados, que somos mais pobres, mas não sobre os grandes impérios africanos.

Negra empoderada e Princesa 

A atriz Sheron Menezes, assim como muitas meninas negras, se frustou na infância por não conhecer princesas iguais a ela e isso ser motivo de piadas entre seus amigos gaúchos. “Eu pensava, porque não podia ter uma princesa igual a mim, eu ficava muito triste e minha mãe me vendo assim, escreveu um livro com uma princesa que é a minha cara” descreveu a futura mamãe durante o programa Tamanho Família, da Rede Globo.

Sheron: “Minha mãe criou uma princesa igual a mim” Imagem: Reprodução Facebook)

A Princesa Violeta, concebida e escrita por Veralinda Menezes começou com um livro de Conto de Fadas, um CD e o espetáculo “Contando e Cantando Princesa Violeta”. O projeto já tem quase 10 anos.

“Princesa Violeta, por si só, já é uma história de empoderamento feminino, na medida em que o fio condutor da história é a trajetória da Princesa para tornar-se uma guerreira e mostrar ao rei, seu pai, que não era necessário um filho homem para defender o reino, pois ela mesmo o faria”, descreve Veralinda.

“A história empodera não só as meninas, mas as mulheres em geral, e em especial as meninas negras, mas também os meninos negros e os idosos, pois insere no reino mágico reis, rainhas, príncipes, princesas, gênios e fadas negros, e concede ao idoso, no caso o avô, a maior fonte de poder, valorizando assim, não só os personagens centrais, mas toda a sua ancestralidade.”

A escritora e contadora de história Veralinda Menezes

Os responsáveis pela criação da crianças, muitas vezes deixam sua ideologia falar mais alto do que os desejos naturais que os pequenos têm por determinada brincadeira ou personagem. Conto de fadas, para as crianças é coisa séria e para nós adultos é uma forma de observar não o que elas desejam ser, mas o que ela já são.

“O conto de fadas, dá à criança, ideia de como organizar sua casa interior, seu turbilhão se sentimentos e sua educação moral, de forma sutil, implícita. Isso se dá não através de conceitos abstratos, mas de vivências que terá através de personagens, especialmente daqueles com os quais se identifica. Para a criança o contos de fadas é muito mais real. Não é o aqui e agora da realidade adulta, é um território fora do tempo e do espaço.
E dentro desse universo lúdico reina uma personagem: a princesa”, destaca a escritora que já viajou para diversos estados, fazendo performances para crianças carentes.

“Elas (crianças) veem a  colega branca igual a todos os personagens desse universo e fica sem referência.  Ou seja, a amiguinha branca tem cara de princesa e ela não. E a amiguinha branca, com o tempo vai achar que aquela menina negra está no lugar errado, ou que ela é feia ou inferior, lhe atribuindo menos valia”, finaliza Veralinda.

Ninguém é obrigado a gostar de princesas ou se derreter ao ver suas filhas ou filhos querendo ser parte da realeza, mas é importante respeitar a escolha dos pequenos enquanto eles ainda tem a proteção dos adultos para desfrutar do mundo da fantasia, sem limites, censuras, julgamentos e com liberdade que há muito tempo atrás, não tínhamos enquanto comunidade negra.

Projeto Identidade:

Idealização e Curadoria: Noemia Oliveira (@nonoemia ) e Orlando Caldeira (@orlandocaldeira )
Produção Executiva: Drayson Menezzes, Noemia Oliveira e Orlando Caldeira
Vídeo: Marcela Rodrigues
Assistente de Produção: Drayson Menezzes @draysonmenezzes

 

Série toda protagonizada por negros estreia na TV brasileira

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O quê é preciso para superar o racismo, a homofobia, o sentimento de incapacidade e a expectativa alheia? Os protagonistas de “Giants” (gigantes, em português), vivem suas jornadas em busca de responder a essa e outras perguntas.

A série, que é norte-americana, é toda protagonizada por negros. A produtora e idealizadora de “Giants” é  atriz e roteirista negra, Issa Rae – conhecida do grande público por ser a protagonista da série “Insecure”. “Giants” nunca foi transmitida na TV brasileira, porém isso vai mudar dia 9 de outubro, quando a série estreia na TVE às 21h.

Imagem da série “Giants”

A trama acompanha jovens negros que, diante das dificuldades impostas pela realidade, escolhem enfrentar as adversidades. Na trama são abordados assuntos como: sexualidade, transtornos psicológicos, violência policial e racismo.

“Giants” tem 6 episódios e, a partir do dia 9, passará toda segunda-feira na TVE, às 21h, com reprise nas quartas-feiras, às 22h.

Por um dia das crianças cheio de representatividade!

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Estamos em um momento muito importante onde nunca discutimos tanto a importância da “representatividade”. Esse termo pode parecer gasto, e você pode até achar que já sabe tudo sobre ele, mas de que adianta saber, sem agir?

Estamos bem próximos ao “Dia das crianças”, comemorado no dia 12 de outubro. É aquele momento lúdico do ano, onde olhamos para nossas crianças, sejam filhos, sobrinhos afilhados, e as presenteamos. Qual presente você pretende dar à aquela criança perto de você?

Há como incluir “representatividade”, “ancestralidade” e “autoestima” nesse presente, sabia? Aliás, não há presentes melhores que esses para uma criança negra. Pensando nessas demandas fizemos uma lista muito especial, para te indicar boas marcas de empreendedores negros:

Era Uma Vez o Mundo

A Era Uma Vez o Mundo é uma empresa de brinquedos educativos, fundada por Jaciana Melquiades. O carro chefe da empresa são as bonecas e bonecos negros e Jaciana conta que teve a iniciativa com o objetivo de realizar o próprio sonho de se ver em suas bonecas, algo que ela não teve na própria infância mas, através de seu empreendedorismo , possibilita esta representatividade a outras crianças negras.

Em 2016 a empresa lançou a coleção “Dandara”, com diversas bonecas representando pessoas negras reais e importantes para o país e, em 2017 esta coleção foi ampliada, tendo nomes como: Lazaro Ramos, Ruth de Souza, Liniker, Tia Má, entre outras figuras.

Conheça a loja virtual e mais da Era Uma Vez o Mundo clicando AQUI.

Xongani Moda Afro

A Xongani é um ateliê de moda totalmente voltado para a estética afro e, mais que isso, para o resgate a ancestralidade através de moda. Ana Paula e Cris Mendonça, mãe e filha, duas empreendedoras negras, tocam o negócio que chegou longe: atrizes globais como Taís Araújo e Sheron Menezes já usaram turbantes, brincos e outros acessórios da marca.

No que diz respeito a presentes pra crianças, opções não faltam: moletons infantis, mochilas, turbantes, faixas… Entre no site clicando AQUI e conheça a variedade de produtos.

Preta Pretinha

Voltando para o ramo dos brinquedos, temos a loja virtual Preta Pretinha que com bonecas feitas de pano, visa educar as crianças apresentando a elas, de forma lúdica e natural, as diferenças. O acervo da loja conta com bonecas negras, muçulmanas, indianas e deficientes.

Conheça a loja virtual Preta Pretinha clicando AQUI.

Crespinhos SA

A Crespinhos SA nasceu com o objetivo de reunir crianças negras e mostrar a elas o quanto são lindas, o quanto seus cabelos são lindos, o quanto são especiais. Hoje o projeto continua com o mesmo objetivo, sendo um produtora que oferece serviços de  Book fotográfico de crianças negras, ações e desfiles, todos voltados para o fortalecimento da autoestima de crianças negras.

Conheça mais da Crespinhos AS e saiba como contratar os serviços clicando AQUI.

Lulu e Lili Acessórios

Loja virtual com peças adulto e infantil. São camisetas com dizeres: “Black Power”, “Crespa”, “por favor não toque no meu cabelo”; além de  brincos, faixas, turbantes, acessório de flor e etc. Tudo voltado para o universo afro.

Conheça a loja virtual Lulu e Lili Acessórios clicando AQUI.

Afrodinamic

A Afrodinamic é uma editora de livros independente que nasceu com o objetivo de valorizar a pluraridade existente no mundo, promover a representatividade e exaltar a ancestralidade negra. A empresa faz isso através de histórias autorais onde de os super-heróis são fora dos parões que conhecemos.

Um exemplo é o personagem que se chama “Héroi”, um garoto negro que, com apenas 6 anos, já tem super poderes e missões realmente heroicas. O projeto para que este livro se torne real está em financiamento coletivo e você pode ajudar a torna-lo realidade.

Conheça mais da Afrodinamic e do projeto “Herói”, clicando AQUI.

Botique de Krioula

Ainda no ramo dos acessórios, encerramos nossa lista com a Botique de Krioula que, com seus turbantes de tecido africano e seus acessórios marcantes, todos voltados para o empoderamento de negros e negras, vem encantando mulheres e meninas de diferentes idades.

A Botique também tem uma loja virtual, onde você pode conferir todas as peças, basta clicar AQUI.

Solidão da mulher negra é tema de web-série com Erika Januza

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Erika Januza (Foto:Reprodução Facebook)

Apesar do IBGE provar com dados que o número de relacionamento intra-racial (de pessoas da mesma etnia) é maior que os inter-racial ( casais de etnias diferentes), existe obviamente uma conta que não fecha e historicamente quem sobra é a mulher negra. Há muito mais mulheres que homens no Brasil, mas as brancas se casam mais que as negras, e entenda-se por casamento, relacionamentos longos e estáveis.

Deixando a frieza dos dados de lado, o que temos por trás deles, são várias narrativas de mulheres negras que lidam com a solidão desde que descobriram o que é o amor. Da adolescente da escola, que sempre foi só a melhor amiga, como caso da Taís Araújo, como a tia da família que você nunca viu namorando ninguém, essas histórias precisam ser contadas para provocar uma reflexão sincera sobre a neutralidade ou não na escolha dos parceiros e no caso da web-série “A Face Negra do Amor”, de como o racismo afeta a vida amorosa das mulheres negras.

“Para curar a solidão que senti como mulher e negra, usei da arte como um trampolim para sair do buraco. Por conta da dor que sentia juntei cinco mulheres de idades e universos diferentes em casa. Todas negras. Para falar da forma como lidamos com o amor. E percebemos o quanto o racismo interferia nas nossas relações intra e interraciais. Como essa doença social por vezes determinava o rumo de nossos sentimentos. Uma doença que afeta homens e mulheres. Negros e brancos”, explica Tatiana Tiburcio, diretora, atriz e idealizadora do projeto,  vencedora do Prêmio Movimento Criativos com parceria do Itaú Cultura e indicada ao Prêmio Shell 2015 como melhor atriz.

Ela também participou da produção do seriado global Suburbia, protagonizado por Erika Januza que também participa da web-série que já foi filmada, mas precisa de ajuda para concluir a pós produção.

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A diretora premiada Tatiana Tibúrcio (Foto: Divulgação)

Quem quer ouvir as mulheres negras?

A Face Negra do Amor não tem esse título por acaso. Por meio da história dessas personagens, de idades, realidades sociais e culturais diferentes, todas as problemáticas da solidão negra, tema de livros, reportagens e muito textão no Facebook, finalmente ganharão rostos e emoções.

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Érika Januza em cena. (Foto: Divulgação)

“Nossa voz precisa ser ouvida. Não como discurso, somente, mas de dentro, do choro no travesseiro, do respirar fundo dentro do elevador, do choro engolido antes do trabalho, no silêncio acompanhado daquele que está do seu lado mas a verdade, não está ali. Percebi a necessidade de procurar se amar e encontrar esse caminho pela nossa fala. Por uma fala que nos traduza. Mostrar nossa cara, a face negra amor”, reflete a diretora.

Financiamento coletivo:

Projetos afro-centrados padecem para ser implementados por falta de investimento. O trabalho de Tatiana e equipe não poderá ser concluído sem ajuda para que ela possa continuar o processo de pós produção, como montagem e finalização.

A campanha com doações a partir de R$25 está na plataforma de financiamento coletivo Benfeitoria (clique aqui).

Espetáculo de dança promove a arte em meio ao espaço urbano

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A “Cia. Diversidança” estreia esta semana o espetáculo “Manifesto Poético: Ensaios Cartográficos”. Com apresentações em espaços urbanos, a montagem tem como objetivo ocupar o cenário comum da cidade com apresentações de dança. A ideia é tornar esta arte mais acessível à população e, ao mesmo tempo, proporcionar reflexões.

O espetáculo foi contemplado pela 21a Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança. Este demonstra como a dança pode ser potência política e reflexiva. Em meio ao caos urbano, à pressa das pessoas, ao estresse do trabalho, do trânsito, a arte em movimento surge como ponto de fuga para o olhar do transeunte, que se torna espectador.

A estreia do espetáculo “Manifesto Poético: Ensaios Cartográficos” acontece nos dias 6 e 7 de outubro. No dia 6, na Praça Floriano Peixoto, às 16h – região de Santo Amaro; e, no dia 7, na Fábrica de Criatividade, às 18h, rua Dr. Luís da Fonseca Galvão, 248 – São Paulo (SP).

Assista ao teaser e entenda melhor a proposta espetáculo:

Tia Má estreia como roteirista em programa do Multishow

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Maira Azevedo, a Tia Má, tem mostrado cada vez mais que seu talento vai além de falar para as câmeras no Youtube e Programa da Fátima Bernardes ou  nos palcos, como  a primeira mulher negra a fazer Stand Up no Brasil, no seu espetáculo “Tia Má: Com a Língua Solta”, que concluiu sua temporada no final de Setembro.

Foi ao ar nesta segunda feira (2), o primeiro episódio do programa Vai que Cola, onde ela participa como roteirista nessa nova temporada.

Vai que Cola (Foto: Foto: Juliana Coutinho )
(Foto: Foto: Juliana Coutinho )

” A minha militância, a minha luta contra o machismo, racismo e homofobia se fez presente. A gente usa o humor como ferramenta de reflexão”, detalha a jornalista.

Tia Má ainda explica que o roteiro foi trabalhado de forma coletiva com gente que ela admira muito. “Além de mim, tivemos Alan Miranda, Julia Tolezano (Jout Jout), uma das maiores Youtubers do Brasil, Caio Franco (canal Jout Jout) e  Jessica Tauane do canal das Bee. Foi massa, a gente criou a sinopse das histórias e foi uma experiência que me marcou para sempre”.

O programa Vai Que Cola, vai ao ar de Segunda a Sexta às 21h15, no Multishow.

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