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Programação do Dia do Samba em todo o Brasil

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Dois de dezembro, Sexta-feira, Dia do Samba. A Fundação Cultural Palmares divulgou uma lista com alguns eventos que vão acontecer em vários Estados do Brasil hoje e amanhã. Confira:

Bahia

No Largo do Pelourinho, a partir das 19h, haverá apresentações de Bloco Alvorada,

Alerta Geral, Reduto do Samba, Proibido Proibir, Pagode Total, Arnaldo e Tempero do

Samba, Beto Jamaica, Washington e Nelson Rufino. No Largo Pedro Archanjo, se

reunirão grupos culturais populares. No Largo Tereza Batista grupos de pagode

complementarão a noite.

 

Ceará

Em Fortaleza, as homenagens tiveram início com a Aurora do Samba na Praça do

Ferreira. No sábado, o Trem do Samba sairá às 9h40 da Estação João Felipe e seguirá

até Caucaia com animados grupos de samba nos vagões. Às 19h, o encerramento será

marcado com shows de Carlinhos Palhano, Bateria Tom Maior e Chapinha do Samba da

Vela, entre outros na Praça Verde do Dragão do Mar.

 

Minas Gerais

A cantora de samba Elzelina Dóris ministra debate em torno do Dia Nacional do Samba

e da cultura afro-brasileira como forma de inclusão educacional e necessárias nos

currículos escolares. O evento que faz parte do projeto Cantando e Contando a História

do Samba da Fundação Cultural Palmares acontece na Universidade Federal de Minas

Gerais.

 

Rio Grande do Sul

Uma grande homenagem a sambistas, compositores e intérpretes marcará a sexta-feira

em Porto Alegre, a partir das 21h. O evento será marcado pela apresentação de duas

bandas: Grupo Seu Samba e Grupo Contratempo. A festa terá a participação de

convidados e canjeiros e acontecerá na Rua Sarmento Leite, 876.

 

Rio de Janeiro

O Trem do Samba, que transita da Central do Brasil ao subúrbio de Oswaldo Cruz,

transporta mil pessoas a cada viagem e passa por bairros marcados pela música popular.

A comemoração, que neste ano seguirá até sábado (3), contará com shows de grandes

nomes da música. As velhas-guardas de escolas de samba também participarão da festa.

Os shows acontecerão ao lado da Central do Brasil, sempre a partir das 20h.

 

Rondônia

O Dia Nacional do Samba na capital rondoniense será comemorado a partir das 20h no

Mercado Cultural com a presença do compositor Adalto Magalha (RJ), autor de sambas

como: Corda no Pescoço, interpretada por Beth Carvalho; AH! Moleque cantada pelo

grupo Molejo; Hoje Vou Pagodear, pelo grupo 100% e Rendição conhecida na voz de

Almir Guineto.

 

Roraima

A escola Independente de Boa Vista preparou um conjunto de atividades que teve início

com uma alvorada de samba às 6h. A programação incluiu almoço acompanhado de boa

música. Será encerrada as 21h com o show Rocinha é paz com o intérprete oficial da

Acadêmicos da Rocinha, Anderson Paz e as passistas Borboletas encantadas da

Rocinha. As atividades serão realizadas na quadra da escola em Itaquari.

 

São Paulo

A Liga Independente das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Guarulhos

(Liesg), em parceria com a Secretaria de Cultura, lançarão oficialmente o CD do

Carnaval 2012, com os sambas-enredos das agremiações da cidade. O evento

acontecerá no calçadão da Rua Dom Pedro II, no Centro de Guarulhos, a partir das 19h,

e contará com a presença de intérpretes das escolas e da Corte Oficial do Carnaval 2012.

A partir das 15h, rodas de samba com os grupos Samba da Arca, Canto pra Velha

Guarda, Samba da Canja, Ciranda do Povo e convidados serão responsáveis pela festa.

O evento será aberto ao público.


Santa Catarina

Em Florianópolis, os usuários do transporte coletivo começaram o dia ao som de samba

no Terminal de Integração do Centro (Ticen). O encerramento acontecerá, a partir das

19h, com um grande show no Mercado Público que contará com apresentações de

sambistas, intérpretes, compositores e integrantes de agremiações carnavalescas. O

evento gratuito.

A professora do Chris Rock e a mídia brasileira

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Em meio à avalanche de informações sobre o dia da consciência negra, confesso que tive não foi tarefa fácil acompanhar tudo o que estava acontecendo. Na verde impossível, por que eu não consegui. A minha sorte é que tenho amigos muito informados que freqüentemente me enviam algum material interessante para ler e assistir. Neste artigo, eu gostaria de dividir com vocês uma preocupação. Minha reflexão é fundamentada em um vídeo reportagem, enviada pelo meu amigo Rodrigo Faustino sobre aos avanços e desafios profissionais da comunidade negra, exibido pelo Jornal Hoje (Rede Globo) no dia 22 de novembro, em comemoração à semana da Consciência Negra. Eu comecei assistir a reportagem muito empolgada com a bela biografia de Luislinda Valois, juíza do Tribunal de Justiça da Bahia há quase 30 anos. Vibrei quando a belíssima senhora de pele negra e tranças longas falou sobre uma nova geração de gente negra competente que está em busca de oportunidades. Que legal!  Em seguida, a repórter entrevistou mais algumas pessoas para exemplar nossos “avanços profissionais”, um diretor de loja e estudantes que buscam uma especialização na área da construção de civil, para como eles mesmo dizem, não trabalharem como ajudante de pedreiro a vida inteira.

Antes de continuar minha reflexão, gostaria muito de deixar claro que estas duas últimas profissões representam sim, um grande avanço para a comunidade negra.  O economista Hélio Santos costuma dizer que no Brasil, nas grandes empresas o negros muitas vezes não trabalham nem como segurança ou servindo cafezinho. É realmente admirável que os afrodescendentes não usam o fato de terem uma baixa renda, para não buscarem especialização. Os filhos e netos destas pessoas terão ainda melhores oportunidades. E esta é uma excelente notícia.

A minha preocupação em relação às reportagens que vimos nesta data, em especial essa reportagem do Jornal Hoje, é que elas agem como aquela professora racista do seriado “Todo mundo odeia o Chris”, baseada na experiência de vida do ator afro-americano Chris Rock.  “Nossa estou impressionada que você tenha feito este trabalho tão bem, levando em conta que você tem que estudar com os sete irmãos de pais diferentes do seu, além de viver com sua mãe tomando drogas o dia inteiro” diz a “ingênua” professora Ms. Vivian Morello, ao seu único aluno negro, filho de pai esforçado com mais de um emprego e uma mãe obcecada em criar filhos com bons valores em meio aos recentes avanços da comunidade afro-americana, no final dos anos 70.

Alguns veículos de comunicação passam a mão em nossas cabeças com um sorriso, enquanto se alimentam de referencias embutidas de preconceito e superestimam o potencial da comunidade negra. Não saem do lugar comum futebol-samba-capoeira e principalmente ignoram os avanços sociais dos últimos anos. Andam mal informados em relação ao nosso progresso.

Eu, particularmente, tenho muitos amigos em grandes empresas, com uma boa formação e alguns ganhando experiências profissionais fora do Brasil. Navegando pelas redes sociais e fazendo networking, eu vejo que não são só os meus amigos. Tem muita, mas muita gente com uma ótima formação e qualificação além do diploma universitário. Poucos ainda em cargos de liderança, é fato, mas chegando lá. Gente formadora de opinião que consome muito. É a nova geração (que nem sei se é tão nova) a que a juíza baiana se refere.

Sabemos que ainda são assombrantes os índices que provam que o racismo e o preconceito promovem uma grande inércia para o avanço profissional do negro brasileiro. Mas eu, enquanto jornalista, na verdade até como expectadora e leitora, acredito que já passou da hora de sair dessa zona de conforto, que faz com que se criem pautas para datas, como o Dia de Zumbi, baseadas em clichês com sutis toques de preconceito. Mais uma vez, não se trata de ignorar os nossos problemas. Trata-se de mostrar as “exceções“ de maneira mais freqüente. Os profissionais negros precisam ser entrevistados em matérias que falem sobre outras coisas além do preconceito e racismo

Racismo no metrô: britânica é presa e skinred brasileiro responde processo em liberdade

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Dentro de um metrô lotado,  uma mulher britânica com o filho em seu colo, começa a expressar sua revolta com a presença dos negros em seu país. Ela começa a gritar suas teorias racistas despertando a revolta dos negros (e não negros) dentro do vagão. E seu filho não era a única criança do trem, outras crianças negras testemunharam a manifestação verbal de ódio racial.

O crime foi registrado em vídeo, por meio de um celular, postado no Youtube no dia 27 de novembro e visto por mais de 30 milhões de pessoas. . Resultado: a mulher foi investigada e presa.

Em fevereiro deste ano, por volta das 6 da manhã um skinhead começa uma discussão com um rapaz negro na plataforma de uma estação do metrô da cidade de São Paulo.  Em poucos minutos ele veste um soco inglês e começa a dar vários golpes na cabeça do jovem afrodescendente, deixando-o seriamente ferido.  Duas mulheres que tentaram ajudá-lo também foram agredidas . Tudo foi registrado pelas câmeras do metrô. Resultado: o rapaz foi apenas indiciado por lesão corporal grave e responde ao processo em liberdade.

Outra comparação interessante é a reação das pessoas nas duas situações. E você se você testemunha de ataque racista em lugar público. O que você faria?

Confira os dois flagrantes de racismo:

Reino Unido

httpv://www.youtube.com/watch?v=i47HoiM0Au8

Brasil

httpv://www.youtube.com/watch?v=xpjDsi5z28w&feature=related

Seminário sobre racismo e sexismo na mídia será transmitido pela internet

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Começa amanhã no Rio de Janeiro o Seminário “A mulher e a Mídia 8”. O evento que vai até o dia 3 de dezembro irá discutir as formas como o negro e a mulher são tratados pela mídia. As inscrições foram encerradas, mas será  possível acompanhar as discussões pelo site http://www.aplicanet.com.br/Eventos/evento.html e participar por e-mail.

Promovido pelo Instituto Patrícia Galvão, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Promoção de Políticas da Igualdade Racial, Fundação Ford e ONU Mulheres terá a presença da atriz Maria Ceiça e da autora de novelas Maria Carmem Barbosa, além da Ministra da Seppir Luiza Barros.

Confira a programação.

17h – Mesa de abertura: Racismo e sexismo na mídia: uma questão ainda em pauta

Jacira Vieira de Melo (Instituto Patrícia Galvão)

Luiza Bairros (ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Tatau Godinho (subsecretária de Planejamento e Gestão da Secretaria de Políticas para as Mulheres)

Nilcéa Freire (representante da Fundação Ford no Brasil)

Maya L. Harris (vice-presidente da Fundação Ford para o Programa de Democracia, Direitos e Justiça)

Luciano Coutinho (presidente do BNDES)

ONU Mulheres

 

18h – Lançamento do Baobá – Fundo para Equidade Racial (Athayde Motta, diretor executivo)

 

18h30 – Apresentação dos resultados do Curso de Formação para Jornalistas sobre Gênero e Raça/Etnia (Valdice Gomes, coordenadora geral da Conajira/Fenaj)

 

19h – Homenagem à jornalista Lena Farias

 

30 de novembro – 4ª feira

 

9h – Mesa 1: Há uma cultura de negação do racismo e do sexismo na imprensa?

Luiza Bairros (ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Iriny Lopes (ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres)

Dennis de Oliveira (jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo)

Debatedora: Conceição Freitas (jornalista e cronista do Correio Braziliense, ganhadora do mídia impressa da 1ª edição do Prêmio Abdias Nascimento)

Coordenadora: Isabel Clavelin (assessora de comunicação da ONU Mulheres)

 

12h – Lançamento da publicação Imprensa e Agenda de Direitos das Mulheres: uma análise das tendências da cobertura jornalística

Realização: Secretaria de Políticas para as Mulheres, ANDI – Comunicação e Direitos e Instituto Patrícia Galvão

 

14h30 – Mesa 2: Regulação democrática, direito à igualdade e respeito à diversidade de gênero e raça

Bia Barbosa (jornalista, integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social)

Sérgio Suiama (procurador de Justiça do Ministério Público Federal)

Alexander Patez Galvão (coordenador do Núcleo de Assuntos Regulatórios na Ancine)

Debatedora: Juliana Cézar Nunes (jornalista, Rádioagência Nacional/EBC)

Coordenadora: Angélica Basthi (jornalista e escritora, membro da Cojira/RJ)

 

1º de dezembro – 5ª feira

 

9h – Mesa 3: Raça e gênero na publicidade: onde estão os limites éticos?

Edson Lopes Cardoso (jornalista, assessor especial da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Maria Luiza Heilborn (antropóloga social, coordenadora do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos – CLAM)

Renato Meirelles (publicitário, diretor do Data Popular)

Debatedora: Nádia Rebouças (publicitária, diretora da Rebouças & Associados)

Coordenadora: Paula Andrade (jornalista, integrante da Rede Mulher e Mídia)

 

14h – Mesa 4: Racismo: a imprensa nega, a TV prega?

Maria Ceiça de Paula (atriz)

Hilton Cobra (ator, diretor da Companhia dos Comuns)

Maria Carmen Barbosa (autora de telenovelas e séries para TV)

Rosane Borges (jornalista, professora da Universidade Estadual de Londrina)

Debatedora: Ana Veloso (jornalista, professora da Unicap e representante do sociedade civil no Conselho Curador da EBC)

Coordenadora: Alice Mitika Koshiyama (professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo)

 

Mais informações: mulheremidia8@patriciagalvao.org.br – (11) 2594.7399

Seminário sobre racismo e sexismo na mídia será transmitido pela internet

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Começa amanhã no Rio de Janeiro o Seminário “A mulher e a Mídia 8”. O evento que vai até o dia 3 de dezembro irá discutir as formas como o negro e a mulher são tratados pela mídia. As inscrições foram encerradas, mas será  possível acompanhar as discussões pelo site http://www.aplicanet.com.br/Eventos/evento.html e participar por e-mail.

Promovido pelo Instituto Patrícia Galvão, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Promoção de Políticas da Igualdade Racial, Fundação Ford e ONU Mulheres terá a presença da atriz Maria Ceiça e da autora de novelas Maria Carmem Barbosa, além da Ministra da Seppir Luiza Barros.

Confira a programação.

17h – Mesa de abertura: Racismo e sexismo na mídia: uma questão ainda em pauta

Jacira Vieira de Melo (Instituto Patrícia Galvão)

Luiza Bairros (ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Tatau Godinho (subsecretária de Planejamento e Gestão da Secretaria de Políticas para as Mulheres)

Nilcéa Freire (representante da Fundação Ford no Brasil)

Maya L. Harris (vice-presidente da Fundação Ford para o Programa de Democracia, Direitos e Justiça)

Luciano Coutinho (presidente do BNDES)

ONU Mulheres

 

18h – Lançamento do Baobá – Fundo para Equidade Racial (Athayde Motta, diretor executivo)

 

18h30 – Apresentação dos resultados do Curso de Formação para Jornalistas sobre Gênero e Raça/Etnia (Valdice Gomes, coordenadora geral da Conajira/Fenaj)

 

19h – Homenagem à jornalista Lena Farias

 

30 de novembro – 4ª feira

 

9h – Mesa 1: Há uma cultura de negação do racismo e do sexismo na imprensa?

Luiza Bairros (ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Iriny Lopes (ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres)

Dennis de Oliveira (jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo)

Debatedora: Conceição Freitas (jornalista e cronista do Correio Braziliense, ganhadora do mídia impressa da 1ª edição do Prêmio Abdias Nascimento)

Coordenadora: Isabel Clavelin (assessora de comunicação da ONU Mulheres)

 

12h – Lançamento da publicação Imprensa e Agenda de Direitos das Mulheres: uma análise das tendências da cobertura jornalística

Realização: Secretaria de Políticas para as Mulheres, ANDI – Comunicação e Direitos e Instituto Patrícia Galvão

 

14h30 – Mesa 2: Regulação democrática, direito à igualdade e respeito à diversidade de gênero e raça

Bia Barbosa (jornalista, integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social)

Sérgio Suiama (procurador de Justiça do Ministério Público Federal)

Alexander Patez Galvão (coordenador do Núcleo de Assuntos Regulatórios na Ancine)

Debatedora: Juliana Cézar Nunes (jornalista, Rádioagência Nacional/EBC)

Coordenadora: Angélica Basthi (jornalista e escritora, membro da Cojira/RJ)

 

1º de dezembro – 5ª feira

 

9h – Mesa 3: Raça e gênero na publicidade: onde estão os limites éticos?

Edson Lopes Cardoso (jornalista, assessor especial da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)

Maria Luiza Heilborn (antropóloga social, coordenadora do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos – CLAM)

Renato Meirelles (publicitário, diretor do Data Popular)

Debatedora: Nádia Rebouças (publicitária, diretora da Rebouças & Associados)

Coordenadora: Paula Andrade (jornalista, integrante da Rede Mulher e Mídia)

 

14h – Mesa 4: Racismo: a imprensa nega, a TV prega?

Maria Ceiça de Paula (atriz)

Hilton Cobra (ator, diretor da Companhia dos Comuns)

Maria Carmen Barbosa (autora de telenovelas e séries para TV)

Rosane Borges (jornalista, professora da Universidade Estadual de Londrina)

Debatedora: Ana Veloso (jornalista, professora da Unicap e representante do sociedade civil no Conselho Curador da EBC)

Coordenadora: Alice Mitika Koshiyama (professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo)

 

Mais informações: mulheremidia8@patriciagalvao.org.br – (11) 2594.7399

10 maneiras de se combater o racismo

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  • 1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.
  • 2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer.
  • 3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.
  • 4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente.
  • Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.
  • 5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.
  • 6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.
  • 7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.
  • 8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.
  • 9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.
  • 10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.

Fonte:Infância sem Racismo (UNESCO).

Estátua de Zumbi dos Palmares, em São Paulo

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As comemorações do dia da consciência negra, celebrado no domingo passado, deixaram alguns “presentes” em algumas cidades. Na capital paulista, uma escultura do Zumbi dos Palmares foi doada ao Museu Afro  Brasil. Com 2,2 metros de altura, a obra é uma réplica da que se encontra na Praça da Sé, A doação foi feita para criadora da estátua,  a artista plástica Márcia Magno.

A escultura apresenta o líder do Quilombo de Palmares em posição de alerta, portando uma arma de defesa chamada mukwale, símbolo de poder, usada por grandes guerreiros africanos. Para marcar o Dia da Consciência Negra e a inauguração da obra, que agora fará parte do acervo do Museu Afro, dois grupos de maracatus apresentam-se hoje, a partir das 13h, no local: Nação do Maracatu Porto Rico, de Recife, e Maracatu Bloco de Pedra, de São Paulo.

“O Museu Afro Brasil é um espaço de história, arte e memória. Uma obra dessa magnitude, como é a obra da Márcia Magno, é muito importante [para o museu] porque representa um ícone da história negra do Brasil”, diz Emanoel Araújo, diretor da instituição.

O Museu Afro Brasil localiza-se no Parque Ibirapuera, na capital paulista e pode ser visitado de terça-feira a domingo, das 10h às 17h. A entrada é franca. As duas exposições serão encerradas em abril do próximo ano. formações pelo site do Museu Afro Brasil.

Preconceito racial, ecologia e religão

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Um filme sobre a espiritualidade, ecologia e conflitos do cotidiano urbano. Jardim das Folhas Sagradas oferece o debate sobre bissexualidade, intolerância religiosa e preconceitos étnicos, ao mesmo tempo em que expõe a intimidade do Candomblé e discute a degradação das áreas verdes nas cidades vitimadas pela especulação imobiliária. O longa já estreiou em algumas cidades e chega à região sudeste neste final de semana.

O que se vê na tela é o resultado de um amplo projeto de pesquisa a respeito da religião afro-brasileira, um olhar revelador da sua intimidade. Parte de um conceito analítico, até crítico, sobre o Candomblé, e revela detalhes de uma crença pouco conhecida além dos círculos da sua existência. É nítida a espiritualidade dos personagens enquanto vivem dramas cotidianos. Aborda, com originalidade, assuntos expostos em O Amuleto de Ogum e Tenda dos Milagres (ambos de Nelson Pereira dos Santos) até Barravento, de Glauber Rocha.

httpv://www.youtube.com/watch?v=ilRLlZzVBno

Segundo Pola Ribeiro, uma das metas do filme é trabalhar acerca do mistério que envolve a cidade de Salvador e o Recôncavo baiano, falar da cultura da sua gente negra que, infelizmente, sempre foi vista e tratada com superficialidade. “Cada gesto, cada som, cada traje, comida, conceito e religião. A convivência com um mundo que se protegia nos seus fundamentos e que era ao mesmo tempo tratado como invisível pela mídia e pela sociedade, aguçava os meus sentidos”, afirma o cineasta.

Jardim das Folhas Sagradas traz no elenco excelentes atores baianos, desde nomes conhecidos como João Miguel (Estômago (2007) e Melhor Ator no Festival do Rio 2005 por Cinema, Aspirinas e Urubus  (2005)), aos estreantes no cinema nacional, mas de longa carreira no teatro baiano, a exemplo de Érico Brás (atualmente no quadro fixo do programa Tapas&Beijos, da TV Globo), Harildo Deda e Antônio Godi –  que encarna o protagonista da trama. Temos ainda Evelin Buccheger, Sérgio Guedes e experientes atores do Bando de

Teatro Olodum. A surpresa fica por conta das participações especiais das cantoras Mariene de Castro, debutando enquanto atriz, e Virgínia Rodrigues, tida pelo The New York Times como “uma das mais impressionantes cantoras que surgiu no Brasil nos últimos anos”, numa cena particularmente marcante dentro do filme.

Cena do filme O Jardim das Folhas Sagradas"

 Contradições e conflitos Além de ter um ator negro enquanto protagonista, Jardim das Folhas Sagradas surpreende ao mostrá-lo como um profissional bem sucedido. O ator Antônio Godi vive o bancário Bonfim, casado com Ângela (Evelin Buchegger) –  uma mulher branca e de crença evangélica. Bonfim conserva uma relação homossexual com Castro (João Miguel), mas depois de um acontecimento trágico, bombardeado por sonhos místicos e com a vida de cabeça pra baixo, resolve cumprir uma missão recebida no Candomblé: fundar o terreiro Ilê Axé Opô Ewê (Casa das Folhas Sagradas).

O local é afastado da cidade e apesar de estar em área bastante degradada preserva o contato entre natureza e religião. Porém, a segmentação ecológica enfrenta resistência de setores do próprio Candomblé, já que, segundo a tradição, a maioria das sessões é realizada com o sacrifício de animais – aspecto determinante para que o terreiro permaneça protegido pelos orixás –  e a desobediência a isto traz consequências funestas. Mas é esta a tradição que o moderno terreiro de Bonfim pretende confrontar.

Por meio de diversos conflitos, Bonfim experimentará o sabor do amor e do desprezo, da amizade e da traição, compartilhando o aprendizado da força e sabedoria ancestrais do Candomblé para a superação dos obstáculos, numa Salvador marcada pela expansão e especulação imobiliárias.

No blog está disponível a tabela de estreias nas cidades brasileiras. A mesma será atualizada à medida que novas praças definirem contrato de exibição.

 

Serviço

O Jardim das Folhas Sagradas
A estréia na região Nordesde foi em 04/11
Estréia na região Sudeste 25/11

Site Oficial
www.jardimdasfolhassagradas.com.br

 

Carta de um afro-brasileiro para o Brasil

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Por Durval Arantes*

 

Brasil, como também sou um residente desta casa, escrevo-lhe estas linhas pra melhor tentar entender a relação que queremos ter um com o outro. Para que esta mensagem franca faça sentido, gostaria de lhe lembrar, meu bom Brasil (você, que costuma ter a memória curta), sobre como foi que a nossa relação começou:

Eu brincava, integrado à natureza e lépido, nos quintais tórridos daquele bairro chamado “África”, lembra? Sim, a África! Logo alí, depois do “grande rio” chamado Atlântico…

De fato, eu não tinha muitos recursos por ali, mas eu era livre e vivia como sabia; podia olhar os meus pares nos olhos; podia apertar-lhes a mão escura como a minha, abraçá-los, com eles dançar, conviver e dividir com eles fatos e lendas (muitas, muitas!!!) de antepassados comuns.

Mas um dia, sem que eu pedisse ou fosse perguntado e sem que um convite me fosse feito, alguém chegou sorrateiramente em meu quintal e, de forma violenta, com armas de matar, tirou-me de meu chão. Sim, um sequestro… como os muitos que hoje assistimos atônitos e indefesos nos telejornais e novelas do horário nobre.

Alguém me separou de meus familiares, derramou o meu sangue, quebrou os meus ossos, marcou a minha linda pele desde o primeiro dia, há muitos… muitos anos atrás. Depois me acorrentou por todo um oceano e me trouxe para um mundo estranho, para o qual jamais fui perguntado se eu gostaria de sequer visitar.

Aqui chegando (aqui, prezado Brasil, em sua ampla e imensa casa) o flagelo se repetiu: Alguém me açoitou, me subjulgou e desprezou a minha condição humana. Alguém me fez presenciar o urro de meus semelhantes e corrompeu a honra íntima de mulheres com a têz escura como a minha. Alguém me tratou com desdém, me enxotou para os morros, periferias, favelas e “quebradas” perversas deste novo mundo. E quando teve a chance de se redimir, esse alguém fracassou absurdamente: Me negou emprego, me negou escola, me deu migalhas vergonhosas de cidadania…

Prezado Brasil, esse alguém até se esforçou em implantar a idéia de que eu e quem comigo se parecesse seria feio, incapaz e limitado. Mas, mesmo do fundo da mais rústica das senzalas, ou no mais humilde dos barracos, eu jamais me vi assim, meu caro Brasil!

Talvez me faltasse o dom da retórica, mas jamais me vi da maneira como alguns quiseram que eu me enxergasse.

Não sei… pode ser que o espírito dos meus antepassados, mesmo através destes poucos séculos em que por aqui habito, insistissem em rufar nos atabaques astrais, trazendo em seu ritmo africano e eterno a certeza de que na grande aldeia da humanidade, aquele povo de pele escura era exatamente igual a todos os outros povos sentados à grande mesa da vida.

Mas, sabe como é, né, Brasil: A natureza acha o seu próprio caminho e o rio corre para o mar. Esse “alguém” ainda resiste, mas dá sinais de que começa a me respeitar como sou; e eu já aprendi a gostar desse “alguém” há muito tempo!

Às vezes esse alguém tem umas recaídas: não reconhece o meu valor, ignora o suor vertido sobre este chão e que ajudou no erguimento desta casa, desde o alicerce até o último tijolo e finge desconhecer a certeza de que se eu sair a estrutura desmorona.

Mas aprendi a gostar da casa e desse alguém. Afinal moramos juntos desde 1530. E pela reação dos nossos vizinhos, este lugar fica bonito por eu também estar dentro dele. Hoje eu entendo que este lugar não é só meu e só desse alguém!

O pronome correto é o “Nosso”, meu caro Brasil… Brancos, negros, índios e todos os demais seres humanos de qualquer origem que residem neste chão sagrado do hemisfério sul do planeta. Sim! “Nosso País”; um gigante que agora sim desperta para o mundo.

Eu quero e VOU melhorar, Brasil. Vou estudar, trabalhar, me qualificar pra crescer ainda mais, mas que esse alguém delire em argumentos vazios e dê voltas pra me convencer a mudar de idéia e persistir na imagem derrotista que SÓ ESSE ALGUÉM enxerga em mim.

Mas desencane, Brasil, todos os meus êxitos serão meus e seus, porque eu mesmo já desencanei e até dou risadas, da insistência desse alguém em querer propalar que neste lugar os fracassos são só meus. Até porque só esse alguém acredita nisso, ninguém mais.

Bom, Brasil, eu vou ficando por aqui: não me leve a mal, gosto de você. No fundo, és um grandalhão de coração doce. Quando se descobre o seu lado bom (que é o seu traço mais significativo), você impressiona o mundo inteiro!

A gente precisa um do outro, Brasil, e se você me entender melhor, a gente só tem a ganhar.

Deixe-me estudar, crescer, prosperar, pra que cada vez mais pessoas falem bem de nossa casa, e que nos olhem com mais respeito.

Estou aqui para somar e não diminuir…

E pra terminar, meu prezado Brasil, perdoe-me a longa carta, mas ela reflete o nó na garganta e o desabafo contido que queria sair e extravasar, prêso que estava desde aquela tarde ensolarada em que alguém me raptou e me trouxe à força, desde lá além do oceano, pra este lugar… pra nunca mais voltar.

Mas a minha mão está estendida, Brasil: é só esse alguém pegá-la e apertar com energia e respeito. A gente se vê por aí.

Axê!
Assinado:
Durval Arantes
Um cidadão afro-brasileiro

*Durval Arantes é diretor do curso de inglês Ebony English

Cinema Negro

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Há cinco anos consecutivos acontece no mês de novembro – Mês da Consciência Negra – o Encontro de Cinema Negro Brasil África e Caribe. O evento  tem em sua programação mostra de filmes curtas, médias e longas metragem e seminários.

A 5ª edição  será realizada de 24 de novembro a 01 de dezembro e sua programação será apresentada no Cine Odeon(Cinelândia), Centro Cultural da Justiça Federal (Cinelândia) e Espaço Oi Futuro (Ipanema).

Nos 7 dias de evento, a mostra de filmes contará com mais de 50 títulos distribuídos em curtas, médias e longas metragem de diretores brasileiros, africanos e caribenhos. Os cineastas que estarão presentes:

AFRICANOS: Mansour Sora Wade Senegal; Yaba Badoe,Gana; Cheick Omar Sissoko,Mali

CARIBENHOS:  Rigoberto Lopes, Cuba e Philipe Judith-Gozlin,Guadalupe

BRASILEIROS:  Jeferson De,São Paulo, Leandro Cata Preta,Minas Gerais, Luciano Vidigal,RJ, Janaína Re.Fem,RJ, Ierê Ferreira,RJ, Sabrina Rosa,RJ, Alexandre Rosa,SP, Daniel Leite,RJ, Vavá Carvalho,RJ, Dudu Fagundes,RJ e Zózimo Bulbul,RJ.

A programação contará ainda com filmes de Mahamat Saleh Haroun, Chade, Missa Hebie,Burkina Faso, Beatrix Mugishagwe,Tanzânia, Owel Brown,Costa do Marfim, Souleymane Cissé,Mali entre outros.

A abertura do 5º Encontro de Cinema Negro Brasil África e Caribe acontecerá no dia 24 de novembro, às 19h, no Cine Odeon, com a exibição de um curtas metragens “O Céu no Andar de Baixo” de Leandro Cata Preta(MG) e “Vamos fazer um Brinde?” Sabrina Rosa.

Detalhes da programação podem ser obtidos pelo site: www.afrocariocadecinema.org.br.

Serviço
5º Encontro de Cinema Negro Brasil África e Caribe
De 24 de novembro a 01 de dezembro
Locais de Realização:
Cine Odeon – Praça Floriano, 07. Centro,RJ;  Exibição de Filmes e Seminários
Centro Cultural da Justiça Federal- Av. Rio Branco, 241.Centro,RJ; Exibição de Filmes e Seminários
Espaço Oi Futuro de Ipanema – Rua Visconde de Pirajá, 54. Exibição de Filmes e Exposição Multimídia Realização: Centro Afro Carioca de Cinema

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