Ativo desde 2012 e com mais de 20 mil membros ativos, o Fórum Intelectualidade Afrobrasileira, em celebração ao dia da África, comemorado no dia 25 de Maio, organiza e promove o evento “Pensando Fora da Caixinha“, que acontecerá dia 24, das 18 às 22 horas, no auditório Paulo Kobayashi, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), no Palácio 9 de Julho, e apresenta uma abordagem sobre o temas de interesse da comunidade preta.
O objetivo do grupo é o de interação, informação, discussão, debate e apontamentos de soluções positivas ante as complexidades associadas ao universo Negro/Preto/Afro-brasileiro/Afrodescendente, Afrocêntrico e Pan-Africano.
O espaço tem como valores de sua pauta editorial a História da África, os registros relevantes associados à dinâmica da Diáspora Africana, o respeito, a defesa e o protagonismo da condição humana afrodescendente, a autoestima das pessoas pretas, a exaltação à ancestralidade, a análise crítica do presente, a busca pela cidadania de primeira classe para as pessoas de descendência africana do Brasil e do mundo, e o combate ao racismo.
Participantes da mesa
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De acordo com a organização, “Dentro da dinâmica das relações sociais do Brasil, o Movimento Negro pode ser expresso em várias dialéticas de reivindicação de cidadania de primeira classe para a sua população negra, todas válidas e legítimas. No espectro das formas de luta e resistência de nossa gente e de nossas demandas, propomos para que este evento se torne uma reverência e uma celebração à nossa ancestralidade, à nossa autoestima, ao enfrentamento de nossos muitos desafios e ao apontamento de soluções legítimas e factíveis para as nossas comunidades […] Historicamente, a nossa comunidade é a primeira a ser profundamente atingida pelas inconstâncias políticas do Estado Brasileiro, desde a primeira embarcação tumbeira aqui chegada. A nossa gente continua sendo estigmatizada, discriminada, excluída e violentada em quase todas as facetas da dinâmica social do Brasil“.
Confira a programação:
18h00min: Abertura dos trabalhos (Administração IA)
18h30min: Luanda Maat (Ancestralidade Africana)
19h00min: Viny Belizário (Educação contemporânea)
19h30min: Mari Medeiros (A Mulher Preta nos Espaços de Cultura e Educação)
Coffee Break: (20h00min – 20h15min)
20h30min: AD Junior (Genocídio da População Negra)
21h00min: Erica Malunguinho (Desafios da População LGBTs)
Perguntas e Respostas: (21h15min – 21h45min)
21h45min: Agradecimentos e encerramento
Para mais informações: https://www.facebook.com/groups/intelectualidadeafrobrasileira.
Pai e Filho, Antônio e Rocco Pitanga estarão juntos nos palcos pela primeira vez, no espetáculo “Embarque Imediato“, com texto inédito de Aldri Anunciação e direção de Marcio Meirelles. A montagem teatral celebra 80 anos de vida de Antônio Pitanga e promove debate sobre identidade e diáspora africana.
A estreia será no dia 30 de maio, às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, em Salvador, e a montagem segue em cartaz até o dia 16 de junho, de quinta a domingo.
Embarque Imediato traz também a presença virtual de Camila Pitanga, que dá voz aos textos em off da montagem e aparições em vídeo. A atriz autorizou a exibição do documentário Pitanga, ao qual assinou a direção e que terá exibições no foyer da Sala do Coro, antes das apresentações da peça, permitindo que o público possa ver trechos do filme e conhecer melhor a trajetória do artista.
“Sempre tive um carinho muito grande pela família Pitanga. Por anos fui colega na graduação de Camila, estive em inúmeros testes com Rocco e sempre que pude, convidei Pitanga para ler meus textos. Embarque Imediato é a realização de uma vontade antiga de ter Antônio em cena numa obra minha” explica Aldri, que também contará com a presença virtual do diretor Aderbal Freire Filho em um dos textos em off, reproduzidos dentro do espetáculo.
Rocco acredita que o teatro é um espaço de generosidade e criação coletiva, colaborativa. “É motivador trabalhar com uma pessoa pela qual eu tenho admiração. E que essa pessoa pela qual eu admiro o talento e o caminho de vida é meu pai. Meu pai e eu moramos em extremos opostos, estávamos morando distantes e esse ano estou indo morar com ele, estamos trabalhando juntos. Passamos texto em casa, mesmo com as agendas corridas e isso está sendo muito bom”.
Marcio Meirelles se encantou pela dramaturgia desde 2016, quando dirigiu uma leitura dramática dentro do Festival Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada, já com Pitanga. O diretor incentivou o dramaturgo a finalizar a obra para montar um espetáculo, trazendo para o palco as provocações sobre identidade, política, história e o tempo.
Antônio e Rocco Pitanga
“Para mim enquanto diretor, é uma emoção muito grande fazer parte desse projeto tão afetuoso e cercado de emoção. É um encontro de família, onde cada ensaio é regado a muitas conversas e aprendizados. Ver Pitanga em cena é um prazer e um privilégio. Ele traz muito conhecimento para cena, muita energia ativa, força, memória presente. E vê-lo diante de Rocco, seu filho, um excelente ator, me dá muito orgulho” compartilha Meirelles.
“A peça debate muitos assuntos que estão na ordem do dia, como origem, diáspora, consequências da história. É um texto maduro e toda encenação é pensada para tornar mais evidente essa relação entre os dois personagens e como a política afeta suas experiências, suas histórias e identidades”, afirma Aderbal.
Embarque Imediato tem direção musical de Jarbas Bittencourt. Cenografia assinada por Erick Saboya e iluminação de Irma Vidal. A concepção dos figurinos é de Chico Perez, com uma das peças da estilista Goya Lopes. Todo esse conjunto de criadores se alia para colaborar numa obra que se propõe a ser arena de debate.
O espetáculo faz parte da trilogia teatral, iniciada por NAMÍBIA, NÃO! (direção de Lázaro Ramos) e seguido por O CAMPO DE BATALHA (direção de Márcio Meirelles e Fernando Philbert). Os espetáculos da trilogia não compõem uma mesma narrativa temática, mas tem em comum a linguagem articulada na “dramaturgia do debate do sujeito múltiplo” (pesquisa poética de autoria do autor no curso de Doutoramento em Dramaturgia no PPGAC-UFBA). Nestas obras o tema da condição dos descendentes da diáspora africana é abordado.
Dessa vez, a situação dramática é o encontro em um aeroporto internacional, entre um jovem doutorando negro brasileiro e um senhor africano, descendente dos Agudás (africanos escravizados no Brasil que retornaram ao país de origem após alforria quase sempre comprada). Em cena, o debate sobre história, identidade e cultura.
De acordo com o dramaturgo, “O encontro entre o personagem jovem e o personagem velho desenha-se de modo a extrapolar a ideia de conflito entre duas subjetividades. Propõe-se nesta situação dramática, mais um embate de forças. A personagem, ainda que identificada na unicidade da forma do sujeito, condensa em si diversos matizes como que um grande mosaico representativo de vozes múltiplas e de uma memória coletiva. Trabalha-se nessa peça a hipótese de que o sujeito diaspórico condensa na sua subjetividade uma multiplicidade de vozes oriundas da encruzilhada a qual ele foi inserido na história”.
Ambos personagens têm as idades dos atores, apontando também as diferenças geracionais na discussão sobre identidade que a peça apresenta. “É uma discussão extremamente real, tanto pela separação de idade, entre mais jovens e mais velhos. O desencontro entre a juventude e a maturidade. O meu personagem, assim como eu, tem uma ansiedade do presente, do agora. O personagem dele que é mais velho tem um entendimento do tempo e da subjetividade” acrescenta Rocco.
Para Aldri, em Embarque Imediato o desejo é “ofertar ao público uma dramaturgia que traz para o centro da cena, o conflito identitário do sujeito múltiplo e as consequências (positivas e negativas) dos trânsitos diaspóricos de séculos passados, assim como os deslocamentos estáticos em tempos de conectividade de redes virtuais, se mostra oportuna se considerarmos a malha cultural ao qual os povos de diversos blocos continentais têm se articuladoo” conclui o autor.
O empresário Robert F. Smith se comprometeu a pagar as dívidas estudantis de alunos negros da Universidade de Morehouse, em Atlanta, no estado da Geórgia. Ele é o negro mais rico dos Estados Unidos, com uma fortuna estimada em US$ 5 bilhões (R$ 20,5 bilhões) pela “Forbes”. Smith criou, em 2000, um fundo de investimento chamado Vista Equity Partners, que só faz aportes em empresas de softwares.
Durante uma celebração na faculdade, no último domingo, o anuncio do feito. Smith foi ovacionado pelos mais de 400 estudantes e seus familiares. “Minha família fará uma doação para eliminar suas dívidas estudantis“, disse Smith ao público, de acordo com a conta da universidade no Twitter.
“Este ano, ele já havia anunciado a doação de US$ 1,5 milhão para a instituição, mas o que aconteceu hoje foi uma surpresa até mesmo para a Morehouse“, segundo o “Atlanta Journal-Constitution”.
Um porta-voz da universidade disse se tratar da maior doação na história da Morehouse. Entre seus ex-alunos estão o líder dos direitos civis Martin Luther King Jr., o cineasta Spike Lee e o ator Samuel L. Jackson.
Nos últimos anos, os custos crescentes da educação universitária fizeram da dívida estudantil um problema nacional, abordado por muitos dos pré-candidatos democratas à eleição presidencial de 2020.
Foi lá na Serrinha de Madureira, na Zona Norte do Rio, que uma mulher fez história. Maria de Lourdes Mendes, filha de Zacarias e de Etelvina, nasceu no dia 30 de dezembro de 1920 no “berço do samba” carioca. Tia Maria do Jongo, como ficou conhecida, foi a guardião do jongo da Serrinha, uma das genuínas expressões da cultura afro-brasileira. Como diz o samba desse ano da Mangueira, precisamos ouvir as Marias, Mahins, Marielles e Malês. A nossa Maria levou a história desse país no braço ou melhor nos pés que nunca cansaram de dançar. E foi dessa forma que ela se despediu, em uma roda de jongo na manhã do dia 18 de maio.
Tia Maria do Jongo era uma imperiana das primeiras horas. Junto aos seus oito irmãos fundou o Império Serrano, em 1947, que veio a se tornar uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro. A imperiana de coração saia todos os anos na Ala das Baianas e era a única fundadora viva da agremiação.
Tia Maria recebendo o prêmio Sim à Igualdade Racial, no dia 14 de maio (Foto @humbertosouza)
Na última terça-feira (14/05), Tia Maria ganhou o mais que merecido Prêmio Sim à Igualdade Racial na categoria Arte em Movimento.
Ela subiu ao palco emocionada e deixou o seu recado: “O jongo da Serrinha agradece e terá um grande prazer se vocês um dia puderem passar uma tarde com a gente lá. O jongo é bom. Vocês vão gostar”. Foi uma passagem de bastão, precisamos preservar o jongo para manter viva a memória de Tia Maria.
Ela cresceu em ambientes de muita alegre e era amante de carnaval e de festas juninas. A sua família sempre foi presença obrigatória entre os sambistas do Império, mas desde criança sua paixão maior era o Jongo.
Em 1977, o Mestre Darcy convidou Maria de Lourdes para entrar no grupo Jongo da Serrinha. A partir daí, ela se tornou Tia Maria do Jongo e nunca mais parou.
Nos últimos anos, a casa da jongueira tornou-se o local de confraternização do grupo, que ensaia e festeja antigas tradições como a feijoada em homenagem aos pretos-velhos no dia 13 de maio e a distribuição de doces de São Cosme Damião. Apesar do pouco estudo, Tia Maria foi dona de uma imensa sabedoria e passou a compor pontos de jongo.
* Leonne Gabrielé um jovem jornalista em formação, graduando em Comunicação Social Jornalismo na PUC-Rio. Atua na área de comunicação e relacionamento do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR). Participou do projeto Geração Futura (2019) do Canal Futura de produção de conteúdo para TV e do Common Purpose Student Experience (2019) na Fundação Dom Cabral (FDC).
Dois adolescentes negros, que moram em um região violenta nos EUA, mas são apaixonados por ciência. Essa foi minha principal motivação para assistir “A gente se vê ontem”, que estreou na Netflix nesse final de semana. A produção de Spike Lee obviamente foi outro atrativo, mas eu que não li a sinopse, imaginava que era um filme para jovens, daqueles com narrativas para nos inspirar a superar as adversidades.
CJ (Eden Duncan-Smith) e seu bffSebastian (Dante Crichlow) querem fazer um projeto escolar que caso dê certo, seria passaporte para as melhores faculdades americanas.
Eles amam ciência e são bons. Entendem de cálculos, química e física e depois de um ano, dentro de uma garagem da família, conseguem criar uma máquina do tempo que os leva ao passado por 10 minutos.
No entanto o temperamento indomável de CJ, faz com que essas viagens no tempo tenham desdobramentos trágicos. E isso eu não esperava.
Com a direção Stefon Bristol, o filme ganha tons dramáticos que nos leva à sérias reflexões sobre pobreza, violência policial e abandono das minorias (nos EUA brancos são a maioria), passando sobre o abalado mental que as questões mencionadas causam nas famílias, desde aos adolescentes ao idosos. Eu também amei a interpretação do irmão da CJ, Calvin, interpretado pelo rapper Astro. E o final que gerou muito controversa, na verdade, faz todo o sentido.
Neste sábado, 18 de maio, o Fábrica de Casamentos, que passa no SBT, apresentará pela primeira vez casamento afro. Os noivos Carolina e Jackson narram sobre as dificuldades em seu relacionamento. Os dois são negros, mas com histórias de vidas tão diferentes que rolou uma grande tensão entre suas famílias.
Ela, crescida em um bairro nobre de São Paulo, teve a desaprovação inicial dos pais quando apresentou Jackson, um moço que residia na Zona Leste, periferia da capital paulista.
Além de muito preconceito das duas famílias, um fato inesperado: com quatro meses de namoro, Carolina engravidou. No parto do pequeno Pedro, hoje com três anos, a noiva teve uma hemorragia e duas paradas cardíacas. O problema no parto e a alegria do bebê acabaram se tornando combustíveis para uma relação mais amistosa entre as duas famílias.
Fotos: Victor Silva
Atualmente, os dois ainda não moram juntos porque estabeleceram que isso só vai acontecer no dia em que casarem. Apaixonados e alegres, sonham com um casamento que enalteça a cultura africana.
Fotos: Victor Silva
Carolina pede a Lucas Anderi estampas étnicas em seu vestido, enquanto Jackson diz à Mari Dedivitis que sonha com um ambiente na festa repleto de elementos africanos. Beca Milano terá a missão de trazer um bolo que simbolize as raízes do casal. Já Robson Jassa e Junior Mendes realçarão ainda mais a beleza de Carol. O pequeno Pedro, é claro, deve ter um lugar de honra e ser marcado como o símbolo de toda essa união. Ainda na festa, o grupo Fundo de Quintal será o responsável por agitar a pista de dança.
No dia 19 de maio, o projeto Todo domingo Musical em SP – Dez Anos na Casa das Caldeiras recebe, a partir das 16h, a décima edição do Encrespa Geral em São Paulo. Festival aberto ao público em geral, voltado à diversidade racial e cultural brasileira por meio do incentivo à utilização do cabelo natural, a autoestima e o protagonismo feminino.
Há mais de cinco anos, o Encrespa Geral realiza eventos culturais com diversas linguagens artísticas (musical, palestras, atividades, oficinas infantis), além de uma feira de produtos de empreendedores da economia criativa.
Em suas edições anteriores, o festival já percorreu inúmeras cidades de mais de sete estados e países como como Estados Unidos, Irlanda, Inglaterra e Angola, com público de mais de 60 mil pessoas.
De volta ao Todo domingo nas Caldeiras, o festival recebe o show Entre Águasda cantora Samantha Rebelles,Bruna Oliveira e Letícia Ramos e banda ea DJ Viviane Marques, além de desfile de moda afro (Kriolada Moda afro e grifes participantes), gincana com o grupo Nigeek e uma novidade: Cante no Encrespa, com o microfone liberado para o público cantar e se divertir.
O evento ainda conta com uma roda de bate-papo sobre Empreendedorismo com a criadora da grife da Boutique de Krioula, Michelle Fernandes, que vem contar um pouco da sua trajetória à frente da marca, inovando com pouco dinheiro e dentro da periferia de São Paulo.
O artista francês StéphaneMarcault oferece uma oficina de desenho(para maiores de 15 anos). Inscrições pelo facebook (20 participantes).
A oficina PanorâBICa propõe imaginar e realizar uma frisa/paisagem panorâmica com desenhos realizados com canetas BIC. Camadas e superposições de detalhes vegetais acompanham as camadas das cores das canetas BIC.
Stéphane Marcaultvive e trabalha no Brasil desde 2007. Graduado em Artes Visuais e História da Arte – Escola de Arte Decorativa Villa Arson, Nice. Prêmio de Roma – Academia Francesa em Roma – Villa Médicis. Trabalha como artista e cenógrafo.
Para as crianças o evento terá Contação de Histórias com o Coletivo Meninas Mahim e a escritoraBelise Mofeoli, além de oficina de desenho com o desenhista Sidney Santos.
Além disso, o festival discute A Saúde da População Negra e LGBT, por meio de um bate-papo com a psicóloga Ivani Oliveira e o psicólogo Marcos Amaral.
Com o lema Não é só por cabelo, o Encrespa Geral promete agitar a Casa das Caldeiras com muita música, diversão e debate sobre diversidade.
Para maiores informações ou à programação completa, acesse o site www.encrespageral.com.br ou a fanpage @encrespageral.
Local: Casa das Caldeiras – Avenida Francisco Matarazzo, 2.000.
O clássico de William Shakespeare vai ganhar uma versão musical na netflix. O ator e cantor Will Smith será responsável pela produção executiva do projeto através da OverbrookEntertainment. Já QueenLatifah, assume a produção junto com Shakim Compere (A Casa Caiu) e YongYam. O longa ainda não tem um elenco definido e o cronograma inicial está passando por desenvolvimento.
O filme está descrito como um musical contemporâneo, que abraça os ritmos urbanos de Nova York, como o hip-hop. Com esse seguimento, acompanhará o romance improvável entre uma jovem garçonete das ruas de Brooklyn e um músico amador que veio de uma família rica. Solvan “Slick” Naim (The Get Down) foi escolhido para dirigir o roteiro com David Broome (Ultimate Beastmaster).
Enquanto produz este novo trabalho, Will Smith retorna as telonas neste mês de maio, com a versão live-action de Aladdin nos cinemas.
O Projeto Luz Negra foi criado em fevereiro deste ano por Suellen Castro. O objetivo é elevar a autoestima de mulheres negras que estão passando por momentos de dificuldade, trazendo fortalecimento e mostrando a elas como se amar.
As mulheres são presenteadas com um dia de autoconhecimento, onde ganham maquiagem, ensaio fotográfico e a oportunidade de contar a própria história.
Segundo Suellen, muitas delas tem se identificado. “Mulheres que por muito tempo pensavam estar sozinhas, finalmente veem pessoas com um passado semelhante, que hoje se amam e se sentem capazes e motivadas a amarem também! Estamos levando autoestima através de atos e mídias sociais“.
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Suellen Castro, criadora do projeto
Os ensaios são realizados mensalmente. As meninas se inscrevem e no início de cada mês o resultado é divulgado. Os ensaios são temáticos, o primeiro foi “traços”, o segundo “corpo”, o terceiro “estilo” e o próximo será “Pretos de Elite”.
Suellen tem recebido mensagens diariamente com agradecimento de mulheres de diversos lugares, onde falam sobre a mensagem levada através do projeto. “O objetivo real é esse receber esse feedback de que estamos conseguindo levar autoestima para as pretas. No próximo mês teremos parceria com uma loja de brincos e uma de roupas de estampas africanas“.
Acompanhe o projeto nas redes sociais: Instagram: @projetoluznegra / Twitter: @projetoluznegra e Facebook: Projeto Luz Negra.
A turismóloga, Thais Rosa, foi contemplada com a “bolsa da paz“, através da Rotary Foundation para estudar na Universidade de Chulallongkorn, em Bangcock, Tailândia, por três meses. A bolsa é um aperfeiçoamento profissional com 24 pessoas de diferentes países do mundo. No Brasil, somente duas pessoas foram selecionadas, sendo uma delas, Thaís. A iniciativa começa dia 10 de junho.
Os selecionados vão estudar sobre práticas para promover a paz e o desenvolvimento internacional, e resolução de conflitos durante o período de duração da bolsa. Após o encerramento, os participantes irão receber um certificado internacional de Desenvolvimento Profissional em Paz e estudos de conflitos. Em 2017 Thaís foi selecionada com outra bolsa internacional e integral do Young Leaders of the Américas Initiative (YLAI) Professional Fellows Program, programa criado pelo ex-presidente americano Barack Obama.
“A importância dessa bolsa é nos capacitarmos para sermos agentes de mudança em prol da conexão do campo da paz e desenvolvimento internacional, possibilitando criarmos diferentes estratégias para lidarmos como questões estruturantes na sociedade“, conta a turismóloga.
Através do treinamento acadêmico, aprendizado prático e oportunidades de networking, o programa capacita os bolsistas na área da paz. As bolsas cobrem mensalidades e taxas, hospedagem, transporte de ida e volta, e todas as despesas com estágios e estudos de campo. Em uma década, os Centros Rotary pela Paz já treinaram mais de 1.200 bolsistas. Muitos deles atuam em organizações internacionais e possuem suas próprias entidades filantrópicas.
Sobre Thaís Rosa:
Ela é Mestra em Memória Social (UNIRIO), Especialista em Análise Ambiental e Gestão do Território (ENCE) e Especialista em Economia, Turismo e Gestão Cultural (UFRJ). Fundadora da Conectando Territórios, agencia de turismo que conecta pessoas a cultura e memória afro brasileira e de comunidades tradicionais quilombolas, indígenas, urbanas e lugares de memória a partir do Turismo e da Educação. Foi incubada pelo Start Up Rio.
Thaís durante tour na região da Pequena Africa, no Rio de Janeiro
Thaís pesquisou por mais de nove anos Turismo de Base Comunitária em comunidades quilombolas. Tem experiência em desenvolvimento de projetos aliados a memória, sustentabilidade, economia solidária, fronteiras étnicas, identidade, cultura e comunidades tradicionais. É Alumni do Young Leaders of the Americas Initiative (YLAI) do Departamento de Estado Americano.
Já palestrou em Congressos Internacionais na Colômbia e Estados Unidos. Alia processos artísticos e de audiovisual para discutir territorialidade e cultura em projetos como Diálogos sobre Deslocamento e Mapa da Escuta. Acredita no turismo como potencializador do diálogo e na promoção da paz.
Este ano, ela irá lançar uma websérie sobre mulheres negras viajantes e empreendedoras. Saiba mais: Conectando Territórios: http://conectandoterritorios.com.br e https://www.youtube.com/watch?v=nmC8dQIVjK4&t=10s