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R$ 21 mil em prêmio para iniciativas afro no Estado do Rio de Janeiro

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Com um prêmio de R$21.000,00, a Secretaria do Estado da Cultura do Rio de Janeiro pretende incentivar a valorizado da cultura negra no Estado. O “Prêmio de Cultura Afro-Fluminense 2015”, premiará 32 iniciativas culturais diretamente relacionadas à temática-afrobrasileira. As inscrições das iniciativas podem ser feitas até o dia 24 de outubro no portal www.cultura.rj.gov.br/premio-afro-fluminense-2015.

A iniciativa contribuirá para a preservação da memória e do patrimônio imaterial dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana, como quilombos e terreiros, e também de grupos artístico-culturais que mantém as tradições dos afoxés, da capoeira, dos calangos, das folias de reis, do jongo etc.

O recurso total deste edital de concurso é de R$ 672.000,00 e foi disponibilizado por meio do convênio firmado entre a União, representado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), e o Governo do Rio de Janeiro, representado pela SEC. O edital irá premiar inciativas culturais de instituições privadas sem fins lucrativos, sediadas no Estado do Rio de Janeiro, atuantes no campo da cultura fluminense há pelo menos três anos.

 

A grande novidade desta primeira edição é o fato de não haver contrapartida por parte das instituições, que serão avaliadas por critérios que comprovem a excelência do seu histórico como, o impacto da ação desenvolvida sobre as pessoas que estão inseridas no contexto da iniciativa cultural, o tempo de existência desta iniciativa, o reconhecimento social da atividade e a contribuição para manutenção e renovação das manifestações culturais com as quais se relaciona. Portanto, não se trata de um projeto a ser realizado pelas instituições premiadas, mas sim um prêmio em reconhecimento pelo seu histórico.

Esclarecimentos acerca do conteúdo deste Edital poderão ser obtidos através do e-mail premioafrofluminense2015@cultura.rj.gov.br e do telefone (21) 2216-8500, ramal 230 / 232, das 10h às 18h.

 

www.facebook.com/premioafrofluminense

Mulheres, juventude e comunidades são as prioridades da Seppir

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Com a reforma administrativa anunciada pela presidenta Dilma Rousseff na última sexta-feira (2/10), a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial passa a ser vinculada ao Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Ronaldo Barros é o titular da nova secretaria, sob a coordenação da ministra Nilma Lino Gomes.

“Nessa nova gestão, vamos dar continuidade ao trabalho iniciado, priorizando os eixos estabelecidos pela ministra Nilma Lino Gomes para a Seppir (juventude negra; ações afirmativas; povos e comunidades tradicionais; e internacionalização), tendo como públicos prioritários as mulheres, os jovens e comunidades tradicionais”, sinalizou o Secretário. “O Brasil é o país que mais avançou nas políticas de promoção da igualdade racial mas que tem um desafio grande pela frente. Nós temos como desafio a ampliação do reconhecimento dos nossos direitos, necessitamos de uma justiça histórica e um desenvolvimento das políticas de promoção da igualdade racial, preconizando o lema da Década Internacional dos Afrodescendentes, que é justiça, reconhecimento e desenvolvimento dos afrodescendentes. Esses eixos dão uma perspectiva do que temos para fazer nos próximos anos”, afirmou Barros.

As perspectivas de trabalho para os próximos 3 anos, de acordo com o secretário, envolve a ampliação, no plano internacional, das conquistas da população negra, seja na ratificação das Convenções A-68 e A-69 da OEA, e ampliar a participação dessa população nas universidades. “Precisamos avançar nas formas de participação da população negra em determinados espaços que ainda são restritos, como nos programas de pós-graduação das universidades, ampliar as formas de geração de emprego e renda para a população negra, equiparar o nível educacional entre brancos e negros, reverter a letalidade da juventude negra e assegurar o direito e a proteção de nossas crianças e adolescentes”, declarou Ronaldo Barros.

Sobre o Ministério da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos afirma que “agora, com a nova estrutura, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial terá a oportunidade de fazer uma articulação maior com pautas importantes”. “Vamos agir de maneira mais articulada com a luta histórica das mulheres e com a luta pelos direitos humanos. Essa unificação de pautas é importante para assegurar o princípio da democracia, pois não há democracia sem a superação do racismo, das desigualdades de gênero e sem assegurar o pleno direito humano das pessoas”, afirmou o gestor.

Desde março deste ano, Barros atuava como secretário de Políticas de Ações Afirmativas da extinta Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR).

Biografia

Graduado em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia – UFBA e Mestre pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, o secretário da Igualdade Racial também é editor da Griot – Revista de Filosofia. Professor Assistente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, foi Pró-Reitor de Política Afirmativa e Assuntos Estudantis (PROPAAE – UFRB) e tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Filosofia social e política, marxismo, desenvolvimento, movimentos sociais e relações raciais.

As informações são da Seppir

Phillis Wheatley, a primeira escritora Afro-americana – Literatura Afro dos EUA

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A história dos Afro-americanos precede a emergência dos Estados Unidos como um país independente.

Por Durval Arantes – escritor do livro “O último do negro” e colunista do site Mundo Negro

Lucy Terry é autora da obra mais antiga conhecida da literatura Afro-americana, de nome “Bars Fight”.  Ela escreveu este poema em 1746, após um ataque de índios locais sobre a cidade de Deefield, no Massachusetts, e ela se tornou escravizada à época da invasão.

O poema foi publicado pela primeira vez em 1854, com um dístico (estrofe em duas linhas rimadas).

A poetisa Phillis Wheatley (1753-1784) publicou a obra “Poems on Various Subjects – Poemas sobre Vários Assuntos” em 1773, três anos antes da declaração da Independência dos Estados Unidos.  Ela não foi apenas a primeira Afro-americana a publicar um livro, mas também a primeira a conquistar uma reputação internacional como escritora.

Nascida no Senegal, na África, ela foi capturada e vendida ao sistema escravagista com a idade de sete anos.  Trazida para a América do Norte, ela se tornou cativa de um mercador da cidade de Boston.  Ao atingir a idade de dezesseis anos, ela já possuía domínio integral da língua inglesa.

A escrita de Phillis Wheatley era elogiada por muitas figuras públicas da Revolução Americana, incluindo George Washington, que lhe agradeceu por um poema escrito em homenagem dele. Algumas pessoas da elite americana desacraditavam do fato de uma mulher afrodescendente ser capaz de produzir poemas tão refinados. A poetisa teve que se defender em um tribunal para provar que ela havia escrito a sua obra. Alguns críticos citam a defesa bem sucedida de Phillis Wheatley como o primeiro reconhecimento da existência de uma literatura legitimamente Afro-americana.

 

Crianças negras e o racismo: o que devemos fazer a respeito?

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Por Silvia Nascimento – Diretora de Conteúdo do site Mundo Negro

Não se pode educar crianças negras sem ignorar o racismo. Não há motivos para paranoias, mas seria ingênuo achar que que elas são bem vistas em todos os espaços. Com a ascensão da classe média negra, as crianças afro-brasileira têm tido acesso não só a escolas particulares, mas restaurantes e outros espaços tradicionalmente brancos. Impedir que elas circulem esses espaços para não deparar com o racismo é limitador. O Mundo Negro conversou com alguns profissionais da área para saber como lidar com o racismo na perspectiva das crianças.

“As experiências (boas e ruins) que vivemos na infância nos acompanham por toda vida nesse sentido, o racismo pode deixar marcar irreparáveis. Infelizmente nós não podemos evitar que as crianças passem por situações de racismo, contudo é preciso que elas encontrem e tenham um lugar de apoio, de conforto, que possam falar sobre isso e, principalmente sentir-se fortalecidas. Trabalhar a autoestima das crianças e jovens é um poderoso mecanismo de “blindagem” para elas”, explica a pedagoga Clelia Rosa, formada pela Unicamp.

(Foto/Google Images)

 

Será que há uma idade certa para se falar sobre racismo? Para a pedagoga e doula, Edite Neves, não. “Não existe idade certa, comecei a conversar com meu filho desde que ele estava no meu ventre. Acredito que ele traz consigo uma memória emocional desde quando estava sendo aguardado por nós”.  Já Rosa, fala de pesquisas que mostram que, por volta dos dois anos de idade a criança já percebe as diferenças entre ela e as demais pessoas, incluindo aqui, outras crianças. “ Ao apontarmos para elas as diferenças entre as pessoas, creio que já estamos falando de uma parte da questão racial e isso pode ir acontecendo na medida em que ele vai se descobrindo e descobrindo as pessoas a sua volta. Falar sobre o racismo vai depender do nível de desenvolvimento global da criança, ou seja, não basta ela ter 5 anos, idade cronológica, e preciso verificar também outros fatores como linguagem, capacidade de representação e compreensão”.

Referências

Bonecas brancas, falta de personagens negros nos desenhos e demais referências, fazem com que a criança possa ter problemas em aceitar sua pela escura ou cabelo crespo. Há aquele desejo inconsciente de querer parecer como a maioria para ser aceito no grupo. Para não frustrar os pequenos alguns pais cedem e recorrem a penteados “esticados” ou até mesmo a química.

(Foto/Google Images)

 

“Há certas coisas que não negociamos em casa. Eu digo ao meu filho que enquanto eu cuidar do cabelo dele, ele  será crespo, até que ele tenha idade suficiente para decidir e cuidar sozinho”, explica Neves.

E como usar os brinquedos com temática africana? Para Clelia esses brinquedos deveriam ser comprados para crianças de todas as etnias. “Para a criança negra ele é mais um elemento da sua representatividade, e pode sim ser um excelente aliado para elevar a autoestima delas. Para que isso aconteça esse brinquedo precisa além de afro, ser bonito pois, a beleza do objeto também conta para a criança. Para a criança não negra ele pode ser mais um elemento representativo da diversidade”.

Crianças racistas

(Foto/Google Images)

Como lidar com os pequenos que praticam bullying contra crianças negras? “Diante desse fato, penso que o importante é afirmar ao ‘pequeno’ racista que, a criança que ele está discriminando, tem os mesmos direitos que ele, que  são crianças diferentes sim, mas isso não é um impedimento para que a negra deixe por exemplo, de utilizar algum brinquedo.”

Clelia finaliza afirmando que deve-se dirigir a criança que agiu de forma racista esteja ela na presença dos pais ou não, mas sempre lembrando de agir de forma cuidadosa e respeitosa “penso que a criança ao cometer uma ação discriminatória deve ser orientada cautelosamente, usando uma linguagem que ela seja capaz de compreender. É importante lembrar também essa criança esta em processo de formação, esta aprendendo e não deve se sentir ameaçada e constrangida. É preciso sempre lembrar que criança está em formação está aprendendo.”

Negritude: o que aprendi criando 3 crianças negras

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Por Silvia Nascimento – Diretora de Conteúdo do Site Mundo Negro

“Nossa mamãe, esse lugar é lindo, mas não tem negros”. Essa foi a sensível constatação da minha filha Carolina, na época com 6 anos , sobre a ausência de pessoas como ela em um Resort em Florianópolis no verão de 2014. Eu observei com atenção sua voz expressão facial enquanto ela expunha sua inquietação e uma felicidade cresceu dentro de mim ao notar que ela tinha sim a sensação de pertencimento , que não se sentia “fora da caixinha” por ser, junto com suas irmãs Maria Helena (10 anos) e Julia (5 anos), as únicas crianças negras de um hotel famoso e lotado em alta temporada. As minhas três meninas circulavam onde bem entendiam, de cabeça erguida e nem percebiam alguns olhares tortos, para o seus cabelos armados e tranças.

Maria Helena, a mais velha de 10 anos já me ensinou muito, até antes de nascer. Em lojas de decoração infantil, fica difícil de achar temas que se alinhem a ideia de um quarto de uma criança negra, em meio a tantas princesas de pele alva e anjos de cachos dourados. Mas o desafio vale a pena. E hoje, apesar de ela ter largado as bonecas, todas negras, até seus aplicativos no tablet e celular tem sempre uma personagem negra.

Estaria eu criando crianças racistas por só comprar bonecas e brinquedos estampados por crianças negras? Não até porque sabemos que racismo inverso não existe. O que acontece é que em gerações anteriores, como a minha e dos meus pais a indústria de brinquedos ignoraram de forma absoluta a existência de crianças não brancas. Até bonecas de cabelo escuro eram a minoria.

Gosto e preferências são fatores construídos socialmente e como mãe negra que crê que tão importante quando uma boa educação e plano de saúde é a o carinho e atenção que garantam que a criança se ame da maneira que ela é. Vejo que elas irão aumentar sua autoestima, assistindo aos desenhos com crianças negras, brincando com bonecas que se pareçam com elas, e claro, folheando livros com personagens negros.

A minha caçula, Julia, é como dizem por aí, do tipo que samba na cara da sociedade. Ela detesta cabelo preso e ama seu “black” bem armado e “fofinho”. Faixinhas no cabelo e até turbante ela gosta. É lindo também vê-la mostrando imagens de outras crianças negras na Internet ou TV e perguntando o que eu acho do cabelo ou das roupas delas.

Amar a si mesmas e respeitar as diferenças. E essa a lição que os adultos, familiares, professores, de todas as etnias devem ensinar as crianças. Gostar do que você é, não significa detestar o outro.  E esse é isso que as minhas pequenas têm me ensinado.

O que a gente curte em casa:

 

https://www.youtube.com/watch?v=Uike1D5-PGM&list=PL_wm1zRdKo2Vf4K3YDhIYKIqw91ShxWmq

 

 

 

 

Sugestão de presentes (afro) educativos para o dia da criança

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Por Marília Gonçalves 

Dia 12 de outubro, Dia das Crianças e de Nossa Senhora aparecida, padroeira do Brasil, mãe do menino Jesus, é uma data muito esperada pelos pequenos, que ficam ansiosos pelos presentes que ganharão.

Porém, em tempos de crise e, em uma época em que as crianças, até os mais pequeninos, brincam em celulares e computadores, pensar em presenteá-las com algo que não seja eletrônico, parece ser algo fora da realidade.

Por isso, este ano, o Site Mundo Negro trouxe para seus leitores dicas de presentes nada convencionais, pouco procurados para as crianças e super econômicos. Os Livros!

Selecionamos algumas obras que retratam, de forma lúdica, crianças negras como protagonistas de histórias que trazem muita informação e, ao mesmo tempo, divertimento para os pequenos.

Confira:

Menina Bonita do Laço de Fita, de Ana Maria Machado, conta a história de um coelho branquinho que queria ter uma filha pretinha porque adorava a cor da menina do laço de fita, mas ele não sabia como a menina tinha herdado aquela cor. Como ela também não sabia, procuravam explicações, até que eles descobriram que a cor era um fator genético e, que se ele queria ter um filhote pretinho, teria de se casar com uma coelha pretinha.


O Menino Nito
, livro de Sônia Rosa, fala sobre um menino que por tudo chorava. Seu pai, achando que ele já era crescido para tanto “chororô”, dispara o seguinte discurso já tão conhecido: “Você é um rapazinho, já está na hora de parar de chorar à toa. E tem mais: homem que é homem não chora.” O menino deixou de chorar e ficou doente. O médico resolveu o seu problema: o menino precisava chorar para não voltar a adoecer.

Chuva de Manga é do californiano James Rumford. O livro traz a realidade que é a seca no país africano Chade e as ideias e sonhos de uma criança que espera, ansiosamente, pela chuva que cai no início do ano e favorece o florecer das mangueiras, que ficarão carregadas de mangas maduras alguns meses depois.

O Cabelo de Lelê, de autoria de Valéria Belém, é todo poético. Desenvolvido para ajudar as meninas pretinhas  a descobrirem o quão belos são seus cabelos e sua descendência africana.

Luana – As Sementes de Zumbi, de Aroldo Macedo e Oswaldo Faustino, traz um pouco da história dos quilombos e suas lutas. Luana é “transportada” para aquela época e tem a chance de vivenciar a rotina de seus antepassados e recebe de Zumbi sementes que devem ser cultivadas para que o sonho da liberdade nunca se perca.

Preços: de R$ 18,00 a R$ 26,00

Onde encontrar: www.saraiva.com.brwww.fnac.com e                       www.livrariacultura.com.br

 

Crianças negras dão show na Internet

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 Quem se esforça para compreender o sentido da vida, com certeza não menospreza o conhecimento vindo das crianças. Sim elas são ingênuas e inocentes, mas a pureza do olhar infantil é capaz de desconstruir com mais facilidade o que para os adultos parece não ter conserto. Quando falamos do denso assunto chamado racismo, enquanto criança não temos a noção de quão perverso ele é, pelo menos a princípio. É como diz Mandela , a gente não nasce odiando o outro.  

 

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Caroline Monteiro e Kauan Alvarenga (Fotos: Arquivo Pessoal)

Por Silvia Nascimento

Siga-nos no Instagram: @sitemundonegro

Carolina Monteiro e Kauan Alvarenga são crianças fortes e inteligentes que não se intimidaram quando seus cabelos crespíssimos foram alvo de piadas e comentários maldosos e eles usaram a Internet para colocar os racistas em seu devido lugar.

Duro é a ignorância

“Meu cabelo não é duro, duro é ter que escutar gente ignorante falando que o meu cabelo é duro”. Com essa frase lapidar dita em seu terceiro vídeo no Youtube, Carolina Monteiro, de Divinópolis, Minas Gerais, conquistou o país, não só pelo conteúdo  das suas postagens, mas principalmente pela postura segura e confiante de quem sempre amou ser negra.  Um exemplo para todas as idades.

Caroline e sua mãe-musa Patrícia dos Santos
Caroline e sua mãe-musa Patrícia dos Santos

 “Somos de uma família bastante consciente em relação à negritude, então desde sempre sabemos que somos negras e o que significa isso. Não só aceitamos como amamos a nossa cor. Carolina ama ser negra. Nunca quis ser branca, mesmo com todo racismo”, explica Patrícia Santos, mãe de Caroline que a cria (muito bem) sozinha.

A garota de 8 anos que ama seu cabelo “para cima e volumoso”, está na 3ª série e além de estudar teatro, pratica capoeira. O canal da Carolina do YouTube dá espaço para outras crianças falarem sobre seus cabelos e o que é ser negro para elas. Ela ainda dá dicas de penteados, brincadeiras e até dicas literárias.

Veja abaixo ela dando dicas de como as crianças devem responder quando amiguinhos dizem que seu cabelo é duro ou feio.

 

YouTube contra o bullying 

Reclamar na escola ou recorrer as autoridades não funcionou. Então Kauan Alveranga, modelo e ator de São Paulo, de 11 anos, usou Youtube para dar voz, a dor que sofreu ao ser vítima de racismo em sala de aula por conta do cabelo. Não era apenas uma pessoa, mas um grupo que o perseguia com xingamentos e até agressões físicas.  “Acontece todo dia e a professora não faz nada”, desabafou o ator mirim em seu vídeo na época. O caso aconteceu na escola João Vieira de Almeida,  na Vila Maria, em São Paulo

https://www.youtube.com/watch?v=P1cALMmGHTw

Dezenas mensagens de apoio e solidariedade vieram de todo o Brasil.  Ele saiu da escola e hoje, cursa a 6ª série, onde, de acordo com o próprio Kauan, é um lugar melhor e os meninos “não mexem tanto” com o seu cabelo.  Mas ele não deixou para traz o que aconteceu e tem um advogado tratando do caso na sua escola anterior.

Kauan "Seria legal ter meu próprio canal de vídeos"
Kauan: “Seria legal ter meu próprio canal de vídeos”

O apoio da família e a solidariedade nas redes sociais empoderaram Kauan que agora quer ter seu próprio canal de vídeos no Youtube. “Seria ‘dahora’ (sic) ter meus próprios vídeos porque adoro muito ser negro”, finaliza o ator mirim que adora andar de patins e escutar Nick Minaj.

Desenho com protagonistas negros estreia dia 12 na TV Brasil

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Os irmãos Guilhermina e Candelário são risonhos e muito imaginativos. Eles são negros e vivem às margens de uma praia na casa dos avós. Passam o dia brincando, fazendo descobertas e inventando coisas.

Em suas aventuras, estão sempre criando soluções criativas para os problemas que surgem, dando asas à ilimitada engenhosidade infantil. Vivem situações bem comuns à realidade cotidiana das crianças brasileiras.

E a partir do próximo dia 12, eles vão alegrar o público com a integração à programação da Hora da Criança, na TV Brasil. Em homenagem ao Dia das Crianças, serão exibidos quatro episódios em sequência, às 9h45 e às 13h.

A partir de terça-feira, dia 13, o desenho irá ao ar de segunda a sábado, na Hora da Criança.

A série, de 20 episódios com 12 minutos, é uma coprodução do Señal Colombia com a Fosfenos Media.

Valorização da cultura negra

Os irmãos Guilhermina e Candelário compõem uma família negra, muito parecida com milhões de famílias brasileiras, atualmente pouco representadas nos meios de comunicação. A série infantil tem a maioria dos seus personagens negros e surge para preencher essa lacuna e valorizar a história e a cultura negra. É um dos primeiros desenhos do gênero com protagonistas negros a ser exibido na TV aberta brasileira.

Hora da Criança

Guilhermina e Candelário entra no ar na faixa de programação chamada Hora da Criança, transmitida na TV Brasil de segunda a sexta em dois horários, das 8h15 às 12h e das 12h30 às 17h; e sábado das 8h15 às 12h. O desenho animado colombiano será exibido ao lado de programas infantis de qualidade, como Angelina Ballerina, O Show da Luna, Peixonauta, Dango Balango, Carrapatos e Catapultas, Igarapé Mágico, Historietas Assombradas, Pandorga, Detetives do Prédio Azul , entre outros.

A TV Brasil é a emissora pública nacional e é gerida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Além de exibir conteúdos educativos de qualidade, não veicula comerciais e pode ser assistida tanto na TV aberta quanto nas TVs pagas em todo o país. Veja como sintonizar aqui.

Mais informações: tvbrasil.ebc.com.br/guilherminaecandelario

Com informações da EBC.

Concurso Cultural busca melhor projeto para estátua de Zumbi em São Paulo

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Concurso Cultural dará R$ 20 mil ao melhor projeto para a criação da estátua de Zumbi dos Palmares em São Paulo

Novembro é o mês da Consciência Negra e a prefeitura de São Paulo está promovendo um concurso para selecionar e premiar a melhor proposta artística para confecção de um monumento em homenagem à Zumbi dos Palmares. A obra deve ser figurativa, em bronze com até 2 metros de altura sem pedestal  e o candidato deverá utilizar técnicas que apresentem resistência e durabilidade em relação aos desgastes do tempo.

O artista premiado receberá RS$ 20 mil reais e a obra terá o investimento de R$ 100 mil para a realização.

As inscrições vão até o próximo dia 15 de outubro e a obra vencedora será instalada nas proximidades da Praça Antônio Prado.

Mais detalhes e ficha de inscrição no Edital do concurso no site da prefeitura de São Paulo.

 

Exposição: "Espírito da África – Os Reis Africanos",

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Em cartaz no Museu Histórico Nacional até 01 de novembro, a exposição “Espírito da África – Os Reis Africanos”, numa promoção do Museu Afro Brasil.

Com a curadoria de Emanoel Araújo, diretor-curador do Museu Afro Brasil, a exposição reúne 58 fotografias a cores e em p&B do austríaco Alfred Weidinger, que retratou de reis e chefes contemporâneos de diversas partes do continente africano, além de oito obras de arte africanas que dialogam com as próprias fotos.

Entre as obras de arte, destacam-se a máscara de ritual de Camarões, feita de miçangas e búzios; coroas de reis da Nigéria, bordadas em miçangas; a roupa do Rei Ooni de Ifé (1930-1955), bordada em veludo com o retrato do Rei; recades em madeira e bronze; um pequeno trono do povo Fon em bronze, madeira e couro e um aplique com bordados de diferentes reinos do Benim, entre 1620 e 1900.

4. Fon Ndofoa Zofoa III, Rei de Babungo, Babungo, Província Noroeste, Camarões, 2012

Segundo o curador, as fotos expostas têm um grande significado para a história e a memória ancestrais africana, uma vez em que os líderes tribais registrados pela câmera de Weidinger não tem mais poder político, sendo, no entanto, em sua essência, conselheiros de suas comunidades, lembrando a memória de uma África perversamente desfeita pelas novas divisões territoriais, que uniram diferentes etnias no período colonial.

“São muitos os reinos descobertos nesta expansão dos portugueses pelas ilhas atlânticas e Continente Africano. Com uma organização política, social e religiosa, esses soberanos negociaram e trocaram correspondências com os reis portugueses e até se batizaram para receber, não só a bênção cristã, mas a proteção de suas majestades”, conta o curador.

5. Bakary Yerima Bouba Alioum, Lamido de Maroua, Maroua, Camarões, 2012

 

O fotógrafo

Alfred Weidinger é um fotógrafo austríaco especializado na África, com foco em pessoas. Em 2012 retratou os remanescentes das monarquias dos maiores reinados africanos. Essa busca resultou em um conjunto de belos retratos da nobreza africana do século XXI, intitulado “Last Kings of Africa”, “Os Últimos Reis da África”.

A composição das fotos é inspirada nas fotografias dos Reis, Chefes e Anciões africanos tiradas entre o final do século XIX e o início do século XX. Aquelas fotografias ficaram famosas em todo o mundo através de cartões postais e marcavam a curiosidade sobre a África ao mesmo tempo em que evidenciavam o início do domínio colonial europeu naquele continente, carregando o peso da subjugação da África aos poderes estrangeiros.
Hoje, as fotos de Weidinger destes monarcas funcionam, sobretudo, como registro de um passado que sobrevive sem o poder político, mas com a força da tradição.

6. Fo Djmo Kamga de Bandjoun, Bandjoun, Província Oeste, Camarões, 2012.

 Serviço:
“Espírito da África – Os Reis Africanos”
Até 01 de novembro
Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Âncora, s/nº
Próximo à Praça XV
www.museuhistoriconacional.com.br
mhn.comunicacao@museus.gov.br
https://www.facebook.com/MuseuHistoricoNacionalRJ
https://instagram.com/museuhistoriconacional
Telefones: 21 – 3299-0324 (recepção)

 

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