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“Preto no Branco” – Sobre os perigos de ser negro no Brasil

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Imagem do curta "Preto no Branco"

Um garoto negro, de periferia, é acusado de ter roubado a bolsa de uma mulher branca, de classe média. Não há evidências de que foi ele, mas a vítima o acusa, de forma convicta. Também de forma convicta, Roberto Carlos, o protagonista, afirma não ser ladrão. E então, quem está falando a verdade?

Esse é o enredo do curta-metragem “Preto no Branco”, roteirizado e dirigido por Valter Rege. “O objetivo principal, é se colocar no lugar dos personagens, senti-los; sem julga-los. Obviamente abordo o preconceito racial. Meus filmes sempre terão essa pegada social , por isso deixo claro que independentemente do garoto ser culpado ou não, o tratamento que ele recebe não é como o que seria dado a uma pessoa branca”, explica o diretor.

Imagem do curta “Preto no Branco”

O curta, que recebeu apoio do Ministério da Cultura, contemplado no edital “Curta Afirmativo” de 2014, já tem data de estreia. Será no dia 22 de agosto, às 19h, no Cine Olido (Galeria Olido – Av. São João, 463, São Paulo) – entrada gratuita.

Valter promete uma história que prende a atenção do espectador: “O público pode esperar uma imersão no mundo obscuro , frio e claustrofóbico de uma delegacia. O roteiro prenderá o espectador do início ao fim , com a dúvida até o último segundo: O quê acontecerá com esse garoto?”

Imagem do curta “Preto no Branco”

Além da estreia de “Preto no Branco” o evento também contará com um bate papo junto à equipe responsável pelo curta. Para saber mais acesse o evento da estreia no Facebook e confirme sua presença. Assista ao trailer do curta:

https://youtu.be/v8ONcc9nF8c

Valter Rege, diretor do curta, também conhecido como “Valtinho”, além de cineasta é criador de conteúdo para a internet. Como o seu canal “Energia Positiva”, Valter publica seus curtas independentes, suas visões sobre a sétima arte e entrevistas com atores, editores, criadores… Tudo isso com sua visão de homem, negro, gay, periférico e cineasta. Conheça:

O pai negro é realmente o mais ausente?

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O mito do pai negro tem sido perpetuado por anos. Vários estudos e pesquisas diziam incansavelmente que pais negros eram absurdamente os mais distantes na vida dos seus filhos.

No entanto, enquanto esses números não podem ser ignorados, eles contribuem para invisibilizar o grande número de pais negros que são presentes e participativos na vida das suas crianças.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças, nos Estados Unidos recentemente publicou novos dados sobre o papel do afro-americanos enquanto pais e trabalho foi postado no site americano Defender Network.

O estudo derruba vários estereótipos sobre paternidade negra, mostrando que pais negros estão mãos envolvidos na rotina dos seus filhos do que os pais de outros grupos raciais.
O estudo elenca algumas mentiras ditas sobre paternidade negra;

 

-Pais negros não estão envolvidos com a vida dos seus filhos.

O Centro de Pesquisa Pew (também nos EUA) também achou evidências similares que apontam que pais negros não se diferenciam de pais brancos de forma muito significativa. Apensar dos pais negros serem os que mais vivem em casa separadas dos filhos, a pesquisa mostrou que 67% dos pais negros (que moram fora), veem seus filhos pelo menos uma vez ao mês, comparado aos 59% dos pais brancos e 32% dos pais negros.

Homens negros não valorizam a paternidade

Condições econômicas dos pais negros que não vivem com seus filhos e, portanto, não podem vê-los com frequência ou prover bens de consumo e educação, fez com que se criasse uma imagem de que o pai negro não valoriza a paternidade.  Um número igual de pais brancos e negros concordam, de acordo com pesquisa do Pew, que é importante que um pai de suporte emocional, disciplina e guie seus filhos moralmente. Porém pais negros dão mais valor ao suporte financeiro aos seis filhos.

“Mesmo que os pais negros sejam os que menos casam com a mãe dos seus filhos, eles costumam continuar envolvidos em criar essas crianças”, diz Dr Roberta L. Coles, socióloga e professora na Universidade Marquette na matéria do site. Ela tem estudado sobre paternidade negra há uma década.

 

A ausência de pais negros não justifica todos os problemas

Muitos dizem que a comunidade negra seria mais estruturada se os pais fossem mais presentes. Enquanto esse fato não pode ser negado, o autor, Mychal Denzel Smith defende que a responsabilidade da paternidade só é extrema em um mundo oprimido em termos institucionais.

“Para crianças negras, a presença dos pais não influir nas leis racistas de combate as drogas, na perseguição policial e quem esse escolhe matar, doenças causadas por envenenamento da água na escola. Focando na suposta ausência de pais negros, nós fingimos que a pressão não é real e responsabilizamos os homens negros, pelo estado crítico da sociedade americana”, finaliza Denzel.

Colaboração entre mulheres negras resulta em ensaio fotográfico que exalta a realeza africana

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Imagine que você é uma mulher negra, na faculdade. Você não tem muitas pessoas negras ao seu redor e, como uma das poucas representantes de afro-brasileiros naquele espaço, você quer honrar suas origens de alguma forma. Você quer fazer algo lindo, grande, impactante; porém não tem recursos pra isso…  O que vai fazer? Desistir?

Foi essa a situação em que a universitária Bárbara Jadeh Procóprio se viu. Graduanda em Rádio & TV, na Universidade Anhembi Morumbi, ela teve a oportunidade de apresentar, na disciplina de Fotografia, um ensaio com tema livre.  “Na hora, eu pensei em rainhas africanas. Eu não sabia o quê fazer, como fazer e por onde começar. Tinha a ideia na cabeça, mas estava totalmente perdida, resolvi pesquisar sobre o tema, sobre a África e como poderia fazer um ensaio sobre isso. Uma coisa que eu tinha certeza em mente era: queria mostrar uma África que não é vista nas TVs, jornais, etc. Um continente rico, jamais visto!”, conta.

Como dar a real grandeza que esta ideia merecia? Barbara não sabia e assim, acabou se dirigindo para outra proposta, algo mais simples. Porém, com restando uma semana para que o trabalho fosse entregue a inquietação da estudante cresceu e a mesma retomou o tema “Rainhas Negras”. Se antes parecia difícil, como realizar tudo em uma semana? É nesse instante que a colaboração feminina, entre mulheres negras, se fez presente e mostrou toda sua força.

Em um grupo no Facebook Bárbara encontrou três mulheres negras para serem suas modelos. A estudante tinha quem fotografar e, em troca, as modelos teriam belas fotos para seu portfólio. Nessa mesma lógica de colaboração mútua, a maquiadora Andressa Vaz e Claudete Santos, que cedeu peças da sua marca Chinue, completaram o time. A locação escolhida foi o Parque  da Água Branca (SP).

As modelos Larissa Naomi, Jéssica Dhandara e Andriélli Barcelos representaram, respectivamente, as rainhas Nzinga (Ana de Solza), Makeda (Rainha de Sabá) e Yaa Asantewaa. Nzinga representa “riqueza e natureza”, esta foi uma rainha angolana, que lutou pelo seu povo até o fim contra a comercialização de escravos.

Makeda, a famosa Rainha de Sabá, foi uma rainha etíope, poderosa, citada biblicamente e exaltada como o sol, pelo seu povo. No ensaio ela representa “poder e delicadeza”.

Já Yaa foi rainha mãe ganesa, amante da natureza e grande guerreira sendo uma conselheira, figura muito respeitada por todos. Ela representa “paz e guerra”.

A fotografa e idealizadora deste projeto, pretende expandi-lo e representar outras grandes rainhas africanas através de sua fotografia. Por enquanto, veja o resultado do trabalho já realizado:

Lázaro Ramos quer você em seu novo programa

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Começa na Internet e depois vai para TV. É assim bem resumidamente que o novo projeto do ator multimídia Lázaro Ramos “Lazinho com você”, se apresenta do ponto de vista de como será consumido. A proposta no entanto, é de muita interatividade com o público sendo uma grande oportunidade para revelar novos rostos e ideias de várias regiões do Brasil.

“O programa é uma experiência colaborativa que começa na rede e depois vai para a TV. Todos podem enviar conteúdos (textos, vídeos, imagens, áudio)”, explica a equipe do programa por meio da página oficial do projeto no Facebook.

“Todo mundo pode opinar, criar ou interagir. Somos todos personagens principais de um programa feito para nos divertir. A gente acredita que o entretenimento de muitos é o entretenimento feito por muitos”, afirmou o apresentador.

A iniciativa faz parte da quarta edição do Globo Lab, metodologia criada pela Globo com o objetivo de testar narrativas inovadoras, buscar talentos criativos e fortalecer o relacionamento com produtores independentes.

Nessa primeira parte do projeto, os internautas podem conferir o que está rolando no evento em tempo real pelo FacebookTwitter e Instagram do Lazinho com Você.

A previsão é que o projeto vá para TV em dezembro, fazendo parte da programação dominical da Globo.

Afrofuturismo – livro mistura elementos futuristas e mitologia Iorubá

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Fábio Kabral

O “Afrofuturismo”  é um gênero narrativo que mescla mitologia e cosmologias africanas, fantasia, pós-colonialismo, ciência e  tecnologia, com  protagonismo de autores e personagens negros. Sendo assim, o livro “ O caçador cibernético da Rua Treze” é uma típica aventura afrofuturista, uma vez que a história se passa em uma metrópole repleta de tecnologias avançadas e está intimamente ligada a mitologia Iorubá.

Fabio Kabral, autor do livro, conta como conheceu este gênero narrativo, ainda tão pouco explorado no Brasil: “A palavra “Afrofuturismo” apareceu para mim por volta de 2014, enquanto eu acessava sites gringos sobre cultura pop. Quando fui ver já era, mais ou menos, o que venho fazendo no meu trabalho de ficção; então me senti compelido a intensificar meus estudos sobre Afrocentricidade, o que coincidiu também com o meu mergulho na vivência ancestral do Candomblé”, conta.

Na história deste novo livro, João Arolê é o protagonista, ele é um jovem negro caçador de espíritos malignos. Morador de uma metrópole tecnológica, abitada por uma população negra, João vive cercado por carros voadores e máquinas que são acionadas por fantasmas. Nessa narrativa, o personagem, assombrado por crise de consciência por erros passados, acaba por se tornar um herói improvável.

Para este livro Kabral promete “uma história de ação intensa, um super herói com complexidades humanas e um cenário muito rico”.  A história também trás elementos ficcionais familiares da cultura pop.

O lançamento de “ O caçador cibernético da Rua Treze” acontece no dia 10 de agosto, a partir das 19h, na livraria Martins Fontes (Av. Paulista, 509, Bela Vista, São Paulo).

Escutar os mais velhos é um hábito africano ignorado

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A professora Diva Guimarães com a escritora Conceição Evaristo (Foto : Reprodução FB)

As narrativas pessoais são indispensáveis para a construção histórica de uma comunidade. A  tradição oral, se falarmos das culturas africanas, foi fundamental para conhecer o que sabemos hoje sobre nossos antepassados. Não é por acaso que o emocionante depoimento da Dona Diva Guimarães durante o evento “A pele que habito”, durante a Flip 2017, em Paraty,  fez mais de 11 milhões de pessoas pararem para ouvi-la. Temos uma dívida com os nossos mais velhos.

Os influenciadores, ou seja, as pessoas que a mídia por critérios discutíveis, aponta como quem devemos ouvir devido a relevância do seu discurso são cada vez mais jovens. O que vemos, em muitos casos, é uma reprodução de discursos muitas vezes baseados em achismos e seriados da Netflix, já que não se pode falar muito sobre vivências, visto que são jovens. O olhar dessa nova geração é egocêntrico e narcisista. A minoria tem um preocupação legítima com o mundo, que não necessite de um registro para o Facebook, ou que está aberto a ouvir pessoas fora da sua bolha social.

Não estou aqui afirmando que jovens são ignorantes, até porque eu sigo muitos deles, que leem e se informam antes de emitir sua opinião e discorrem sobre assuntos que eu aos 20 e poucos nem sabia que exista. Minha provocação é, mas porque só os jovens têm falas relevantes hoje em dia e de como isso pode empobrecer a nossa visão de mundo.

Território Flip/Flipinha: A pele que habito (trecho)

O momento mais emocionante da #Flip2017 veio pela voz do público no Território Flip/Flipinha: "A pele que habito". Com a palavra, Diva Guimarães:

Posted by Flip – Festa Literária Internacional de Paraty on Friday, July 28, 2017

“Eu posso dizer com certeza que em comunidades de Angola e Congo onde eu tenho mais contato as pessoas mais velhas ainda têm uma importância muito grande. Em Angola por exemplo, os mais velhos são chamados de cota”, explica o professor Carlos Machado, autor do precioso livro “Gênio das Humanidade – Ciência, Tecnologia, Inovação Africana e Afrodescendente.  “ A cultura de empoderar os jovens, é algo muito ocidental”, finaliza Machado.

Nas culturas tradicionais africanas os influenciadores são pessoas mais maduras

A chave é a pluralidade, mas vemos que há vozes muitos silenciados nos espaços onde discutimos negritude. Tão importante quanto a literatura são os depoimentos de senhoras como a dona Diva, que não discorreu sobre dados sobre o deficit na educação pública, ela se abriu sobre como fatos históricos afetaram emocionalmente sua vida. Poucos são os livros que se atentam as emoções, a tristeza, raiva ou compaixão que sentimos em situações de conflito racial.

Que as marcas que dona Diva deixou dentro de nós seja um símbolo de resgate a valorização dos nossos idosos negros. Temos que ouvi-los antes que seja tarde demais.

Mulher trans e negra escreve livro que trada de questões como depressão, transexualidade, homossexualidade, racismo e suicídio

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Ilustração da capa do livro "Quatro suicidas e uma peruca cor-de-rosa"

“A gente é semente, mas ninguém sabe do que” – essa frase continuou ecoando em minha mente, mesmo com a leitura já terminada. “Quatro suicidas e uma peruca cor-de-rosa” foi uma narrativa tão arrebatadora, que me fez estar atenta até a última página, sem interrupções. Como não me acontecia há muito tempo, terminei a leitura em penas um sábado.

De certo você já concluiu que o livro não é grande, e realmente não é; mas não se precipite em achar que se trata de uma literatura simplista; definitivamente, não é esse o caso. Este é um livro que trata de assuntos muito complexos, como: O que leva uma pessoa ao suicídio? Como a sociedade trata uma pessoa com depressão?

Ilustração do livro “Quatro suicidas e uma peruca cor-de-rosa”

São discussões tão pesadas, tão densas, e, ainda sim, o enredo consegue trazer doçura e encantamento à história. Trata- se de quatro pessoas: Gisele, Nicholas, Gregory e Demetrio; em algum momento esses personagens tentaram cometer suicídio e, em algum momento, a história deles se cruza e, juntas, tomam um novo rumo, criam um novo significado.

É um típico enredo que poderia virar série, filme, peça de teatro; porque a gente realmente quer saber o que vai acontecer com cada um dos personagens. Ao longo da leitura eu senti como se tivesse ganhado novos amigos. Porém, com o decorrer da trama, percebi que, ao conhecer cada personagem eu conhecia partes de uma mesma pessoa, a autora.

Kelvin Valentim deu vida a “Quatro suicidas e uma peruca cor-de-rosa” e mostrou, de forma fragmentada, sua luta enquanto mulher negra e trans. Com a leitura me deparei com a insegurança constante que é ser um ser humano fora da “normalidade” imposta socialmente, e o quanto isso é cruel.

Com um vocabulário riquíssimo, esse é um livro que, além de envolvente, é didático. A narrativa joga luz sobre temas como o colorismo, depressão, transexualidade; entre outros. O livro retrata ainda como o ambiente escolar pode ser difícil para negros e gays e como o simples fato de existir pode ser tão perigoso para transexuais.

“Quatro suicidas e uma peruca cor-de-rosa” é um símbolo muito especial de resistência, luta, sobrevivência e vitória. Com essa narrativa, Kelvin mostra que, apesar de tudo, ela, enquanto mulher negra e trans, vem vencendo a cada dia. E que, se não contam nossas histórias, se não apresentam outras perspectivas, nós mesmas o fazemos. E a gente tem muito pra dizer!

Grupo de artistas baianos criam o Afro-Horóscopo

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Foto: Reprodução FB

Será que o zodíaco age de forma diferente de acordo com nosso gênero e raça? Seja lá qual for o canal de “humor negro”, Ouriçado, de Salvador, mostrou a personalidade de homens e mulheres negros de acordo com o seu signo.

Veja o resultado abaixo e confirme ou não se bate com o seu signo.

“O Mundo no Black Power de Tayó” – Peça infantil exalta a estética e cultura negra

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Tayó é uma menina negra que tem um grande black power. Ela enfrenta piadas em sua classe, agressões dos colegas… Como muitas meninas e mulheres negras já ouviram, dizem para ela que seu cabelo é “ruim”; porém isso não a intimida! Chega de autoestima, Tayó enfeita seu cabelo e o deixa livre, pra quem quiser ver.

A peça “O Mundo no Black Power de Tayó” se constrói dentro desta narrativa, onde a autora Kiusam de Oliveira, transforma o cabelo black power da personagem principal em uma metáfora que, ao mesmo tempo, retrata a riqueza cultural do povo negro e a riqueza da imaginação de uma criança.

A peça, que tem entrada franca, acontece no dia 29 de julho, às 14h, no Centro de Culturas Negras do Jabaquara – Rua Arsênio Tavolieri, 45 , Jabaquara, SP. Saiba mais pelo evento no Facebook.

Taís Araujo convoca brancos e negros para a Marcha das Negras no RJ

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“Dia 30 de Julho tem a ‘Marcha da Mulher Negra contra o racismo, a violência e pelo bem viver’. Dia 30 de Julho, no Posto 4, em Copacabana, as mulheres negras marcharão em defesa dos seus direitos e por suas comunidades”, assim começa a fala de  Taís Araújo, convocando todos e todas a estarem presente na “III Marcha das Mulheres Negras” que acontece no Rio de Janeiro.

Taís continua: “Você não é negra? Não tem problema, não; vem junto! Uma sobe e puxa a outra”, não coincidentemente, estas são as duas hash tags da marcha em 2017: #VemJunto e #UmaSobeEPuxaAOutra

O evento terá inicio às 9h da manhã, com concentração na praia de Copacabana, Posto 4. A caminhada seguirá pela Avenida Atlântica, em direção a praça do Leme. As 10h haverá exposição de afroempreendedores e às 14h, roda de samba.

Confirme sua presença e saiba mais da Marcha pelo evento aberto no Facebook. E assista ao convite da atriz Taís Araújo:

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