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Dossiê: 33 filmes para assistir durante o “Novembro Negro” (com muitos títulos na Netflix)

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Tão importante quanto a literatura, os filmes e documentários nos ajudam a entender muito sobre a nossa cultura e questões sociais, históricas e até comportamentais.

O estudante Kauan Ferreira fez uma lista muito especial com 33 filmes e documentários para serem assistidos durante o Novembro Negro. Boa parte dos títulos estão disponíveis na Netflix, outros podem se vistos pelo Youtube ou outras plataformas.

Na lista há documentários e filmes nacionais e internacionais. Vem ver a listona e resenha do Kauan.

Doze Anos de Escravidão: O filme teve grande destaque no Oscar alguns anos atrás. Quem não se lembra da icônica cena que consolidou Lupita Nyongo como um ícone fashion, chegando no red carpet com aquele vestido azul? Ou daquele discurso igualmente inesquecível “Não importa de onde você veio, seus sonhos são válidos”? E todo esse destaque tem um motivo, se você não acredita, assista!

https://www.youtube.com/watch?v=xSL_sCHDsHc

What Happened Miss Simone?: Disponível na Netflix e no YouTube (em qualidade inferior), o documentário conta com depoimentos de amigos e familiares, e é um mergulho na vida e carreira da cantora, pianista, e ativista norte americana.

Estrelas Além do Tempo: Uma mulher negra trabalhando na NASA hoje em dia é motivo de espanto para muitos racistas e machistas. Imagina três, no século passado? É essa história que Janelle Monae, Taraji P Henson e Octávia Spencer vem contar pra gente, e inspirar nossas meninas que elas podem ser o que elas quiserem.

Moonlight: Esse foi o primeiro filme com temática LGBT e também o primeiro com elenco totalmente negro, a levar um Oscar. Aliás, foram 3 estatuetas. Aborda temas como abuso físico e a descoberta da sexualidade do personagens principal.

https://www.youtube.com/watch?v=I9Si4dQw9-E

Olhos Que Condenam: A obra da Netflix, conta a história dos “Cincos do Central Park”, um grupo de 5 meninos negros do Harlem que foram condenados por um estupro que não cometeram.

O Odio Que Você Semeia: Após ver seu melhor amigo ser morto por um policial branco, uma jovem é obrigada a depor, pois era a única testemunha. Ela sofre muitas chantagens, mas permanece dizendo a verdade pela honra de seu amigo

Se a Rua Beale Falasse: O filme, que rendeu muitos prêmios a Regina King, conta a história de uma mulher que precisa provar que seu marido não cometeu os crimes do qual está sendo acusado. Tudo isso, antes do nascimento de seu filho.

Ray: A biografia de um dos maiores músicos que já existiu. E se você acha que não conhece alguma música dele, pesquisa aí por que você está MUITO enganado.

Dear White People: A Série da Netflix narra a história de um grupo de estudantes negros, em uma das mais importantes universidades dos EUA, onde a maioria dos alunos são brancos -e racistas.

Wanda Sykes, Not Normal: Esse é o lugar certo para o termo “humor negro”. Em outros casos, sugiro que use “humor ácido”. Gosta de rir? Então fica aqui, por que acho que esse Stand Up vai te arrancar umas gargalhadas.

https://www.youtube.com/watch?v=-4YDUDhMcvM

 This Is It: O documentário mostra os preparativos de Michael Jackson para a turnê This Is It. As gravações foram um pouco antes da morte do astro.

Homecoming: Beyonce dispensa apresentações. Esse projeto filmado no festival Coachella, acabou se tornando um dos álbuns ao vivo mais aclamados do ano, e cobiçados para ganhar o Grammy na próxima edição.

https://www.youtube.com/watch?v=pU5X7GshEnI

Pulando a Vassoura: Sabe aquele pessoal que deveria ficar feliz com o progresso dos seus semelhantes, mas invés disso fica se remoendo de inveja? E aqueles que ficaram ricos, mas esqueceram de suas origens e acham que são brancos? Então, aqui tem os dois lados. Uma comédia ótima, apesar de ser uma comédia romântica.

Felicidade Por Um Fio: Narra o processo de aceitação e transição de uma mulher com seu cabelo natural. Eu sei que muitos de vocês vão se identificar com as cenas.

Hip Hop Evolution: O nome já explica muita coisa né? Através de depoimentos de pessoas que revolucionaram o gênero musical, o título disponível na Netflix mostra a evolução do Hip Hop.

A Vida e a Morte de Marsha P Johnson: Marsha, foi uma drag queen e militante dos direitos LGBT’s e raciais nos EUA. Ela foi morta em 1992, e o caso foi tratado como suicídio, mesmo sem ter sido investigado a fundo. O documentário celebra a visa de Marsha, enquanto cobra explicações sobre a sua morte.

A 13ª Emenda: O ganhador do BAFTA de melhor documentário, é focado no sistema carcerário é étnico dos Estados Unidos.

https://www.youtube.com/watch?v=h4uGff8OScM

Selma, uma Luta Pela Igualdade: A aclamação aqui vem por todos os lados. Inclusive na trilha sonora. “Selma”, interpretada por John Legend venceu o Globo de Ouro de 2015 na categoria Melhor Canção Original, concorrendo com artistas como Lorde e Lana Del Rey.


Whitney: Se você não conhece muito da vida de Whitney, ou não entende a importância dela estar nessa lista, sugiro que assista esse documentário. A vida de uma das maiores recordistas de vendas, pode ser parecer em um muitos pontos com a vida de alguma mulher que conhecemos, e isso fica bem claro aqui.

Whitney: Can I Be Me: Já assistiu o que eu falei antes? Ótimo, então agora você já vai estar mais preparado pra ver esse, por que o mergulho aqui é bem mais profundo. Não é repetitivo assistir dois documentários sobre a “Nippy”, vai por mim, você vai gostar.

O Menino Que Descobriu o Vento:  é uma história emocionante baseada em fatos reais. Após ser proibido de frequentar a escola, polis sua família não tinha dinheiro para pagar, ele descobre uma maneira de acabar com a fome na aldeia onde vive.

https://www.youtube.com/watch?v=OBprnlpM744


Quincy: 27 Grammys. Esse é um ótimo motivo para você assistir a esse documentário sobre o Quincy Jones. Quincy, é um poderoso empresário e produtor musical, que já trabalhou com diversos artistas da indústria fonográfica.

The Get Down: A série da Netflix se passa nos anos 70 e narra a história de um grupo de jovens do Bronx. Essa foi a série mais cara produzida pela Netflix, e tem uma trilha sonora MUITO BOA.

Pioneers Of African American Cinema: Disponível na NETFLIX, é uma série de obras produzidas por diretos negros no início do século passado.

Preciosa, Uma História de Esperança: Esses 2 Oscars têm um bom motivo. O drama que conta com um elenco excelente, narra a história de Preciosa, uma menina negra que cresce em um ambiente tóxico, tendo que lidar com abusos sexuais. Infelizmente, existem muitas outras Preciosas por aí.

Histórias Cruzadas: EUA, época do Apartheid. Algumas empregadas, se unem a uma jornalista para contar os casos que acontecem nas casas em que trabalham. Tem Octávia Spencer e Viola Davis, então nem preciso falar mais nada né? Se não gostou, COME O MEU COCÔ 

Pantera Negra: Abram as portas de Wakanda pra esse sucesso de bilheteria. Pantera Negra, é um ótimo filme para que as nossas crianças cresçam tendo super heróis que se pareçam com elas para se inspirar, diferente do que nós tivemos.

https://www.youtube.com/watch?v=CSHPaQ5CZkQ

Maya Angelou: E Ainda Resisto: O documentário narra a vida da escritora e poeta, que trabalhou durante anos ao lado de Marthin Luther King e Malcolm X, como militante dos direitos civis. Ela também viajou para a Africa, ajudando como professora em varios projetos de independência africana.


All Eyez On Me: A Biografia de um dos maiores rappers, Tupac. Mostra desde sua infância, crescendo como filho de membros do Pantera Negra (grupo de ativistas negros), até a sua morte, passando pela sua ascensão e prisão.

Empire: A série conta os dramas familiares de poderosos empresários musicais. Taraji P Henson e um elenco sem falhas, ótimas canções originais. Já participaram da série, nomes como Alicia Keys e Mariah Carey.

Cidade de Deus: O filme brasileiro que concorreu em 4 categorias do Oscar de 2004, foi lançado em 2002 e conta a história do desenvolvimento do crime organizado na Cidade de Deus, uma das maiores favelas do Rio do Janeiro.

Ó Pai Ó: A comédia musical conta a história de moradores do centro histórico do Pelourinho, narrando entre outras coisas, a paixão pelo carnaval. No elenco, nomes como Lazaro Ramos e Dira Paes.

 

Partiu Wakanda? Se depender de Akon, o reino do Pantera Negra será realidade em breve

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T’Challa não, Akon. O cantor africano que emplacou vários hits nos anos 2000, acredita ser possível tornar Wakanda, país africano fictício criado pela Marvel, em realidade. Ele mesmo está à frente do projeto, que já se iniciou. O país escolhido é Senegal. 

“Tudo já está sendo construído de acordo com um projeto já criado”, disse o artista em entrevista ao G1.

Akon tem fortuna estimada em U$ 80 milhões resultado de atuações dentro e fora do mundo da música. O investimento para a Wakanda vem de investimentos externos, sobretudo de chineses.

“Durante a noite eu lido com música, estúdios e fazendo shows. Durante o dia é quando o resto acontece e participo de muitas reuniões”, detalha Akon.

E como será a Wakanda do Senegal? Segundo Akon haverá  faculdades, escolas, ginásios, aeroporto e tudo será gerido integralmente por meio da criptomoeda que se chamara Akoin, que é a parte mais adiantada do projeto.

E aí partiu?

Em nova fase musical, Rafael Mike celebra o amor preto: “Estamos fazendo uma manutenção desse amor genuíno e cheio de história”

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Um passinho diferente, mais olho no olho. Rafael Mike, (ex integrante do Dream Team do Passinho) abre o Mês da Consciência Negra nos brindando com um novo single e videoclipe cheio de axé, ancestralidade e amor preto: “Alfazema”. A canção conta com a participação do Rapper Luccas Carlos.

O single é uma balada de amor ancestral inspirada na paixão entre homens negros e mulheres negras. E Rafael nos fala sobre o que o amor preto significa para ele:

“O amor sempre foi a via mais curativa de todas, mas o amor preto foi por anos espremido, desabonado, não entendido. Hoje não!!! Chegamos, e continuamos a nos amar. ‘Pretos e pretas estão se amando’. Continuamos enxergando os poros desse velho, ancestral e belo amor preto. Estamos fazendo fazendo uma manutenção importante desse amor genuíno e cheio de história.
Essa música, esse clipe é isso. É parte desse processo lindo e importante!”, define Mike.

O vídeo clipe tem a direção de Fernando Barcellos, com a participação da atriz Jeniffer Dias. O diretor conseguiu de forma impecável  mostrar o amor negro com muita ternura e romantismo, como merecemos ser vistos.

 

 

Conceição Evaristo para Marie Claire: “A questão do negro não é para o negro resolver, é para a nação brasileira”

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Prestes a ser homenageada como Personalidade Literária do Ano no Prêmio Jabuti, a escritora Conceição Evaristo deu uma entrevista exclusiva para edição de novembro da revista Marie Claire.

Evaristo é autora de obras que retratam a sua “condição de mulher negra”, entre elas, o Beco das Memórias, Insubmissas Lágrimas de Mulheres e Ponciá Vicêncio, ela é um dos nomes mais reverenciados da literatura.

Na publicação, a autora confirma que vai escrever um livro sobre sua candidatura na Academia Brasileira de Letras, que mobilizou uma inédita campanha popular e faz fortes críticas à “Intelectualidade Branca”.

A negritude se faz presente em vários momentos da entrevista.

Nós nunca tivemos tanta fertilidade no campo das artes. Cinema negro, teatro negro, autoria negra e, é impressionante, tudo cheio”, diz ela, citando, entre outros, a cineasta Yasmin Thayná, a slammer e atriz-MC Roberta Estrela D’Alva e a escritora e filósofa Djamila Ribeiro.

Enfática, Conceição transfere para o país a responsabilidade em discutir temas raciais. “A questão do negro não é para o negro resolver, é para a nação brasileira.”

Sobre sua importância enquanto representante das mulheres negras, ela elucida:

“Me perguntam se falo pelas mulheres negras. Não falo pelas mulheres negras, falo como mulher negra, com as mulheres negras”.

Iza é capa da GQ Brasil e fala sobre representatividade: “A gente precisa se ver em todos os lugares”

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Clicada por Henrique Gendre, em Nova York,  em um ensaio inspirado na cantora Diana Ross, Iza estampa a edição número 100 da badalada revista GQ Brasil, que chega às bancas nessa sexta (1/11).

Na entrevista da publicação, a cantora que teve uns dos melhores anos da sua carreira, fala muito sobre representatividade e feminismo, além de suas conquistas.

Esse ano a cantora arrasou na TV como jurada do “The Voice” (TV Globo), deu voz a Nala na live action de “O Rei Leão” (originalmente dublada pela rainha Beyoncé), e ainda encantou o país em uma apresentação histórica no Rock in Rio (no Palco Sunset) ao lado de Alcione.

Entre as promessas de futuro estão uma música em collab com a Ciara e o Major Lazer – que promete ser o hit do Verão 2020. Para o ano que vem, está confirmado que ela desfilará pela Marquês de Sapucaí como Rainha de Bateria da Imperatriz Leopoldinense.

Ao falar sobre música e rivalidade feminina, como temos acompanhado no caso entre as cantoras Anitta e Ludmilla, Iza que sempre tem um posicionamento sólido sobre questões de gênero e raça, atribuiu ao machismo  à rivalidade entre as cantoras.

“As comparações entre mulheres na música são machistas e desnecessárias e feitas por pessoas que acham que elas são comparáveis. Nós somos todas diferentes, especiais e incríveis. Isso é fruto de um mercado que é machista mesmo, mas acredito que as coisas estão mudando”, dispara a cantora.

Formada em publicidade, Iza não nega a origem humilde e procura cantar aquilo que sente. “O mais importante que aprendi: o público consegue se comunicar com quem é de verdade. Isso já é meio caminho andado. Seja lá qual for a definição, estou procurando ser eu mesma”, admite.

“Quando era criança, não me via nos brinquedos que brincava, nos filmes que assistia, nas novelas que acompanhava. Não tinha muitas artistas como referência — exceto a Taís Araújo, a Isabel Fillardis e a Aisha Jambo. A gente precisa se ver em todos os lugares para saber que é possível estar onde a gente quer estar”, avisa.

Apresentada como fenômeno pop na tour pelos Estados Unidos, desabafa: “Sei que os rótulos existem, mas nunca me importei com eles. Se a gente ficar se apegando a isso, esquece o que é mais importante (música)”.

Caso Pastelaria da Maria: Ato anti-racista terá Yakissoba feito por cozinheiros negros em de São Paulo

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Depois do caso de racismo sofrido dentro da Pastelaria da Maria, em São Paulo, o advogado Flávio Roberto Campos, em parceria com o Instituto Ação Geral, irá realizar um “Panelaço de Yakissoba” para protestar contra o racismo.

O manifesto será no próximo domingo (03/11) onde servidos pratos de Yakissoba feito pelo pessoal do Blackssoba, uma equipe de cozinheiros negros especializada em culinária oriental.

“No Brasil, embora as leis que proibissem entrada de negros em restaurantes tenham sido revogadas um pouco antes, permaneceu no DNA da sociedade o preconceito e a discriminação racial. Você que é negra e tem família sabe do que estou falando. Vai desde ser tratado com desprezo pelo garçom até deixar de ser atendida em uma loja de sapato. Vamos nos unir”, reforça Flávio Roberto.

O encontro ainda terá atrações especiais com poesias e show de RAP.Serviço:
Panelaço Yakissoba
Domingo 03/11 a partir do meio dia.
Local: Rua Cabeceira de Basto, 90
Sede do Instituto Ação Geral

“Macaca”: Ludmilla e sua mãe se manifestam sobre racismo e vaias supostamente organizadas por fãs de Anitta no Prêmio Multishow

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Patrocinadores do Prêmio Multishow, que aconteceu na última terça-feira(29/10) receberam denúncias que afirmam que as vaias para cantora Ludmilla, no momento que funkeira levou o Prêmio de Melhor Cantora do Ano, foram organizadas antes mesmo do evento começar por fãs da cantora Anitta.

A informação é da equipe de reportagem do programa A tarde é sua que diz que colheram informações de três fontes distintas.

Inclusive, de acordo com o programa, um dos funcionários da Multishow estaria envolvido na organização da vaia.

A mãe de Ludmilla, a empresária Silvana Oliveira rapidamente se manifestou sobre a denúncia: “Não sei a qual ponto isso pode chegar . O que eu quero deixar claro para vocês, mas (especificamente) para os fãs da Lud é que não se deixem levar, não façam disso um ringue, não briguem, não caiam nessa cilada.  A gente, para defender um ídolo, não precisa de guerra. Não partam para o outro lado. Se isso foi uma trama, isso é sério demais. Isso pode gerar mortes, a gente quer música”, disse a empresária que foi enfática em querer justiça, caso a trama seja comprovada.

“Se isso foi tramado que eles se resolvam com Deus, nada passa abatido para Ele lá de cima.  E como a Ludmilla foi favelada, provavelmente vão dizer que os fãs são tudo isso de ruim e a gente sabe que tem muita gente do bem do nosso lado. Mostrem a verdade, mas sem guerra ou confusão, é isso que as pessoas estão querendo. As músicas que minha filha faz são para trazer paz e alegria. Que a verdade venha”, finalizou.

“Macaca”

Por meio dos seus stories, Ludmilla denunciou um xingamentos racistas  feitos contra ela ao se dirigir ao palco para fazer o seu discurso de agradecimento. Dá para ouvir pelo menos duas pessoas gritando “macaca”.

“Não sabemos quem foi a pessoa exatamente. Cara, até quando isso? Olha, as coisas para mim – e acho que para a maioria dos brasileiros – nunca foram fáceis. Com preconceito e julgamentos pelo tom de pele, vocês só complicam as coisas. A vontade de me diminuir é tanta que não pensam nas consequências dos seus atos. Eu só queria deixar bem claro para vocês, racistas, que além da justiça ser lenta aqui e as pessoas praticarem racismo comigo ainda não terem sido punidas, isso não significa que a cobrança nunca vai chegar ou que ela está longe disso. Ainda bem que eu tenho um Deus e uma família que não me deixam desmoronar diante dos racistas. A cobrança de vocês uma hora vai chegar”, protestou a cantora.

Ela ainda pede para respeito. “Você não é obrigada a curtir meu som, ou muito menos a minha história, mas você é OBRIGADO a respeitar o próximo.”

 

AFROJAM-SP apresenta a cantora paraense Ayaní em seu show de estreia

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A cantora paraense Ayaní estreia show inédito na edição de outubro do AFROJAM-SP, que será realizada hoje (31). O evento ocorre mensalmente toda última quinta-feira do mês, no Estúdio Bixiga (antigo Mundo Pensante), espaço de arte e cultura no bairro do Bixiga.

Ayaní compõe desde os seis anos de idade, quando frequentava o coral da igreja em sua cidade Barcarena (PA). Agora, aos 24 anos e residente de São Paulo, lançou sua carreira junto à gravadora Travabizness, voltada a artistas transexuais, com seu estilo musical que transita entre o brega, tecnomelody, carimbó, pop e romântico.

A AFROJAM-SP celebra a música de artistas pretos independentes sob a insígnia “celebração e protagonismo: das tradições ao afrofuturismo”. A primeira edição foi realizada em fevereiro de 2019 com um formato clássico, inspirado nos antigos clubes de Jazz, onde nascem as Jam’s. Assim, a cada edição um novo artista é convidado a apresentar seu trabalho em pocket show autoral, seguida sempre por uma Jam Session inédita, realizada sem ensaio prévio.

Ayaní subirá ao palco da 14ª edição ao lado do multi instrumentista paraense Max D’Carmo (guitarra) e do músico e produtor musical Formiga Dub (sintetizadores), parcerias arranjadas através dos encontros fluídos de Jam Session. O show também celebra o lançamento de seu primeiro single, “Voltar Pra Você”, disponível em todas as plataformas digitais a partir do dia 1º de novembro.

Para o escritor Ale Santos, o Saci precisa ser reconstruído: “O personagem que conhecemos é fruto de um auto racista de Monteiro Lobato”

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Não há nada de ingênuo na imagem do Saci-Pererê que conhecemos. Por trás do jeito criança irresponsável do personagem negro, franzino, de uma perna só, há o propósito reforçar o estereótipo do negro malandro que não merece ser levado a sério.

Essa é uma das várias percepções que o colunista Ale Santos, autor do livro Rastros de Resistência (uma espécie de enciclopédia sobre cultura negra) tem sobre um dos mais populares personagens do folclore brasileiro.

“Precisamos de novas interpretações, de autores negros que possam resgatar essas crenças populares e construir uma visão própria sobre ele.  O Saci que conhecemos é fruto do imaginário popular do filtro das crenças racistas do auto feito por Monteiro Lobato”, explica Santos.

O auto a que ele se refere, foi uma pesquisa feita por Lobato por meio do jornal Estadinho, caderno do Estadão, que se tornou um livro do autor, o “O Saci-Pererê: Resultado de um Inquérito”, que foi publicado em 1918.

O conteúdo da obra são as respostas às perguntas que Monteiro formulou aos leitores da publicação sobre o personagem. Ele queria saber quais eram as referências e lembranças que eles tinham sobre o Saci-Pererê. Imagine o conteúdo das cartas escritas poucas décadas após a abolição.

“A cultura europeia tende a olhar para um negro inteligente como um malandro, um safado, enquanto as culturas africanas enxergam a figura de Anansi como um estrategista e criativo”, detalha Ale que acredita que a imagem de um personagem tão marcante na cultura brasileira, precisa ser revista:

“Quem sabe conseguimos resgatar uma ancestralidade ali, o Saci é um trickster, um arquétipo presente em várias mitologias. Em Gana ele é representado por Anansi e Yorubá por Exu”.

Feira Preta e AfroPunk fecham parceria para realização do Festival em São Paulo nos dias 19 e 20 de novembro

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A Feira Preta chega a maioridade este ano e nada melhor do que uma parceria com o maior festival de cultura negra do mundo, o AfroPunk. O evento será realizado em São Paulo, nos dias 19 e 20 de novembro, em comemoração ao aniversário da feira.

A celebração será realizada na Audio, com shows de artistas brasileiros como BaianaSystem, Black Pantera, Baco Exu do Blues, Aya Bass Featuring Luedji Luna, Xenia França e Larissa Luz, Karol Conka, Rincon Sapiência, Young Piva, Batekoo e New York DJ MikeQ. Linn da Quebrada e Magá Moura, embaixadora brasileira no Afropunk, serão as apresentadoras do evento.

A fundadora da Feira Preta, Adriana Barbosa, comentou nas suas redes sociais sobre a parceria. “Ao mirar o futuro com um olho no passado, celebramos esta parceria com o AFROPUNK com o festival ‘Black to the Future’. Neste momento em que vivemos é especialmente importante para nós o uso de estratégias que fortaleçam nossa identidade negra, e trabalhar com o AFROPUNK é fundamental. Juntos, passamos a mensagem de que estamos organizados para continuar a impulsionar nossa criatividade e nosso poderio econômico“, diz.

O Afropunk tem 14 anos de estrada, com passagens por Nova York, Atlanta, Londres, Paris e Joanesburgo. A última noite do evento, 20 de novembro, coincide com o Dia da Consciência Negra, data que celebra Zumbi dos Palmares. Maior líder da resistência e luta contra a escravidão no Brasil, morto em 20 de novembro de 1965 pelas mãos do exército português.

Zumbi sacrificou sua vida e inspirou outros a fazerem o mesmo pela libertação do povo negro. Cerca de cinco milhões de africanos escravizados chegaram ao Brasil entre 1501 e 1866, e desde então a população negra do Brasil cresceu até se tornar a segunda maior população negra do mundo fora da África. Como somos um farol para ‘The Other Black Experience’ e como parte de nossa missão de expansão global, nos dedicamos a elevar e celebrar a população de origem africana no Brasil. Por meio desta parceria com a Feira Preta, festival presente há 18 anos e maior celebração da cultura negra na América Latina, nossa família negra cresce exponencialmente“, diz Matthew Morgan, co-fundador do Afropunk.

Confira o Line Up completo:

Dia 19:
BaianaSystem
Aya Bass feat: Luedji Luna, Xênia França, Larissa Luz
Karol Conka
Rincon Sapiência
MikeQ
House of Black Velvet
Aisha Mbikila

Apresentado por:
Magá Moura
Linn da Quebrada

Dia 20:
Baco Exu Do Blues
CeloDut
DKVPZ
Gabz
Young Piva
Virus

O passaporte para os dois dias de evento custa R$ 60 a meia e R$ 120 a inteira.

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