Após postar um vídeo comunicando que contraiu o coronavírus , o ator Idris Elba resolveu falar sobre os comentários que tem ouvido relacionando o vírus e pessoas negras.
Em um novo vídeo, Elba faz um apelo para que a comunidade negra não acredite nas mentiras que só servem para disseminar o vírus entre pessoas negras.
“Minha gente, gente preta, por favor entendam que vocês podem pegar o coronavírus. Existe muitas conspirações burras e ridículas dizendo que não podemos pegar o vírus. Isso é muito burro e ainda é a maneira mais rápida de termos mais pessoas negras doentes. Parem de mandar essas mensagens burras pelo Whatsapp dizendo que pessoas negras não pegam o vírus”, alertou o ator.
O caso de Idris chocou muitas pessoas por ele até o momento, não apresentar os sintomas típicos da doença, mas o teste deu positivo e ele está isolado.
Começou na China. Se espalhou pela Europa causando grandes danos a Itália, que superou a quantidade de casos registrados no ponto de origem da doença, a cidade de Wuhan. Atingiu os Estados Unidos e chegou a América Latina, até o Brasil.
Já foram mais de 123 países e territórios atingidos pela pandemia do novo Coronavírus e milhares de óbitos ao redor do mundo. A Organização Mundial da Saúde classificou a propagação do Coronavírus como uma pandemia. Não somente por conta da sua gravidade, mas devido a sua velocidade e facilidade de propagação.
Atualmente são mais de 428 casos em todo o país, mais de 11.000 casos suspeitos e 04 óbitos. Além das questões geográficas e epidemiológicas que envolvem a doença, existem um panorama por trás, mundial e nacional, que possui estreita relação com o comportamento da pandemia.
Mercado financeiro instável, precarização do trabalho, sistema público de saúde defasado, moradia, saneamento, qualidade de vida etc. todas essas questões estão vindo à tona à medida que o vírus se propaga no nosso país.
Mas o que uma doença, de origem internacional tem a ver com as questões sociais brasileiras?
A propagação do vírus ocorre por meio do espirro, tosse, catarro, saliva, contato próximos ou objetos/superfícies contaminadas. Sendo assim, o microrganismo consegue fazer uma viagem internacional sem problema algum. A doença pode passar de indivíduo para indivíduo até mesmo quando o portador não apresenta a sintomatologia.
Vamos ao exemplo: o primeiro caso no estado da Bahia foi de uma mulher, que retornou recentemente de uma viagem à Itália (epicentro da doença). Logo após a sua chegada, os primeiros sintomas surgiram e ela foi atendida em um hospital particular de Salvador e fez os devidos exames. Após confirmação do diagnóstico, ela foi orientada a permanecer em isolamento.
O segundo caso foi uma mulher, trabalhadora doméstica, que teve o contato com a primeira paciente (sua patroa), enquanto ela estava sintomática. E assim chegamos a íntima relação que o Coronavírus possui com a conformação da sociedade. Quantos outros patrões brasileiros retornaram recentemente de viagem internacional, e quantos outros empregados, sejam domésticas, porteiros, motorista etc. tiveram contato com pessoas sintomáticas ou não e passaram a disseminar o vírus?
No Rio de Janeiro, uma empregada doméstica morreu com suspeita do Coronavírus após contato direto com a sua patroa que retornou da Itália e testou positivo para o Covid-19.
Quem irá para o atendimento hospitalar particular? Quem irá para o público? Quem poderá se dar ao luxo de entrar em quarentena? Quem não pode? São essas e outras questões que me fizeram refletir sobre como o comportamento desse microrganismo pode escancarar o quadro de racismo e desigualdade brasileiro, ou o que podemos chamar de racismo pandêmico.
Em um país onde 11,9 milhões de pessoas trabalham na informalidade, 54% da população é afrodescendente e 80% destes utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS), as medidas preventivas contra a pandemia do Coronavírus é acessível? Quantos podem desembolsar para comprar álcool gel, quando precisam pagar as contas e colocar comida na mesa de casa? Quantos podem se resguardar de quarentena ou trabalhar home office? Quantos patrões estão liberando os seus empregados?
Para qual tipo de brasileiro as medidas emergenciais de proteção são direcionadas?
A população negra está classificada como a mais vulnerável, tanto por questões de saúde (hipertensão, diabetes e outras doenças crônicas), quanto em questões relacionadas a determinantes sociais da saúde (moradia, trabalho, qualidade de vida etc.).
Essas questões são levadas em conta no momento de construir os planos emergenciais de saúde? O acesso aos serviços de saúde precisa ser garantido para todos, visto que o SUS foi construído para que qualquer cidadão brasileiro utilize independente da classe social. Mas sabemos qual é a população que faz uso dele, não é?
O que nós, enquanto sociedade, estamos fazendo para evitar que o racismo pandêmico elimine uma população específica?
Arthur Igor C. Lima é Dentista, Especialista em Saúde da Família (Fundação Estatal Saúde da Família/FioCruz), discente do programa de pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (Universidade Federal da Bahia) e CEO da HealthTech AfroSaúde.
A influenciadora digital Isabelle Silva retornou ao Brasil com sua família na manhã de quarta-feira (18).A franco-brasileira chegou ao país acompanhada do esposo Thiago Silva, do irmão Igor Mendes, da tia Eliette Mendes, do primo Marcos Renato Mendes e dos filhos Iago e Isago, de 8 e 11 anos. A decisão foi tomada, principalmente, para manter a segurança de todos.
Outro fator que pesou na decisão foi a falta de alimentos de necessidade básica nos supermercados da França, segundo país mais atingido pelo novo Coronavírus da Europa. Mesmo o governo garantindo o abastecimentos dos comércios, as pessoas, por medo, estão esvaziando as prateleiras em minutos causando mais risco de contamição ao sairem para ir às compras. E por ser uma família numerosa, e as crianças já entenderem o que está acontecendo, Belle avalia que essa foi a melhor opção para proteger todos.
Nenhum membro da família apresenta sintoma da doença, mas seguiu a recomendação das autoridades de saúde para evitar qualquer tipo de contaminação durante o voo e na chegada ao Brasil. Belle e toda sua família ficarão em quarentena e obedecerão às recomendações do Ministério da Saúde.
Na França, já foram registradas 175 mortes e 7.730 infectados pelo novo coronavírus. Na última segunda-feira, o governo francês anunciou o fechamento de fronteiras por 30 dias, determinou o fechamento de comércios que são dispensáveis à vida cotidiana e o confinamento da população, aplicando multa de 135 euros para deslocamentos não essenciais.
Em Paris, os hospitais já estão funcionando acima da capacidade, faltam alimentos e produtos de higiene nos mercados.
Sabemos que a preocupação com o Coronavírus é algo que vêm atingindo todo o mundo, e recentemente chegou ao Brasil.
Reconhecemos a importância de se falar sobre tal assunto, que inclusive já foi e vai continuar sendo um tema abordado entre nós do Site Mundo Negro.
Entretanto, todo esse clima tenso não faz bem a ninguém, e as vezes precisamos ver algo mais leve para aliviar o estresse e tornar a quarentena algo mais confortável. Afinal, a coisa mais segura a se fazer agora é ficar em casa sempre que possível.
Pensando nisso, selecionamos alguns títulos ‘’Good Vibes’’ da comunidade negra, para assistirmos enquanto nos resguardamos pela nossa segurança e da sociedade.
Reunião de Família.
Essa é uma serie original Netflix, que recomendamos principalmente para quem tem crianças e adolescentes em casa. Com um humor leve e descontraído, a série que tem o elenco principal inteiramente negro, aborda temas como relacionamento inter-racial, colorismo, violência policial, intolerância religiosa, transição capilar, relacionamento abusivo entre país e filhos, entre outros.
O seu elenco tem nomes já conhecidos por todos nós, como a Tia Mowry, irmã de Tamera Mowry, as famosas bruxinhas dos filmes da Sessão da Tarde. Mas também nos apresenta novos nomes, como o da jovem e talentosa Tália Jackson. A direção fica por conta de Meg DeLoatch, e ter uma diretora negra faz toda a diferença em uma serie com essa proposta.
Sempre Bruxa.
Essa também é uma série original Netflix, cuja a mais recente temporada saiu no começo desse mês (março). Se parece com uma versão latino americana de ‘’As Aventuras de Sabrina’’. A Produção colombiana, conta a história de Carmen Eguiluz, uma bruxa escravizada no tempo da Santa Inquisição. Interpretada pela belíssima Angely Gavíria, a personagem viaja no tempo para conseguir se salvar da fogueira e ser livre. No século XXI, as coisas mudaram muito e Carmen consegue entrar para a faculdade, coisa que antes parecia (e de fato era) impossível.
AJ And The Queen.
RuPaul Charles, interpreta Ruby Red. Uma drag queen, que após levar um golpe de seu namorado, se vê obrigada a viajar o país em um trailer velho. Ao longo do caminho, encontra uma parceria inusitada: AJ, uma criança de 10 anos que irá acompanha-la durante essa jornada.
Criando Dion
Se tem uma coisa que aprendemos criando crianças pretas, é que elas tem super poderes. Mas no caso de Dion, interpretado por Ja’Siah Young, ele é literalmente um super herói. Após a morte do seu pai, representado por Michael B Jordan, cabe a sua mãe a difícil tarefa de criar sozinha uma criança negra e super poderosa. Uma boa noticia, é que recentemente a série foi confirmada para uma segunda temporada.
Juanita
Lançado ano passado, o longa conta a história de uma mulher negra que criou 3 filhos sozinha, e vê que a história está se repetindo com o seu neto. Cansada de tal situação, Juanita, que ganhou vida na pele da atriz Alfre Woodard, decide viajar sem rumo. Conhecendo novas pessoas, novos lugares, um mundo novo. A história é inspiradora, pois muitos de nós já sentimos vontade de fazer tal coisa, não é mesmo?
Bom, esperamos que gostem das indicações, e lembrem-se: Não dividam a pipoca com ninguém, por enquanto, é cada um com o seu baldinho!
Devido a pandemia do coronavírus que foi anunciada na última sexta-feira, muitas pessoas se colocaram em auto quarentena para evitar a propagação do vírus, abandonando seu hábitos diários como trabalhar, estudar e lazer. Dessa forma, reunimos alguns cursos on-line para se fazer durante este período.
Muitas renomadas instituições de ensino internacionais e nacionais contam com cursos on-line gratuitos, e considerando o cenário atual, esses cursos são a melhor opção para quem quer manter a rotina de aprendizado durante o período de quarentena do coronavírus.
Instituições brasileiras populares como FGV e SENAI, juntas contam com mais de 70 cursos disponíveis em suas plataformas na Internet. Esses cursos além de incentivar a população a permanecer resguardados neste momento, colabora também para a qualificação profissional dos brasileiros, que devido a rotina comum não conseguem tempo para cursos complementares.
Tem cursos para diversas áreas, bem completos e de qualidade que além de tudo contam como horas complementares para as graduações e dão certificados, seguem abaixo:
No site do SENAI tem cursos como:
Consumo Consciente de Energia, desenho Arquitetônico, educação Ambiental, empreendedorismo, finanças Pessoais, tecnologia da Informação e Comunicação entre outros.
Já na FGV mais de 50 cursos on-line estão disponíveis, entre eles têm: planejamento financeiro, ética, introdução à administração, história, conceitos do marketing.entre outros.
Além dessas instituições temos também sites mais recentes de idiomas, como o Duolingo e Babbel que contam com mais de 5 idiomas que são ensinados de forma prática e didática.
Aos estudantes, em tempos como esses, ainda que de casa é importante se manter na ativa, e nada melhor do que adquirir conhecimento neste tempo ocioso.
Aproveitar para dar um gás no currículo e não perder a produtividade.
A música “A Boba Fui Eu” lançada na terça-feira (17) no Spotify, em versão pagode, já está na playlist do ritmo musical do Spotify. Tornando Ludmilla a única mulher da lista que reúne “as novidades e os sucessos dos grandes nomes do pagode da atualidade”.
A cantora entrou em um mercado dominado por homens, assim como era a música sertaneja até meados da última década. A ligação de Ludmilla com o pagode é real e espontânea. Ela foi criada em Duque de Caxias e samba e pagode sempre embalaram as festas de sua família.
Além disso, ela também fez um cover de “Faz Uma Loucura Por Mim”, de Alcione.
A Plataforma Gente reuniu um time de destaque para celebrar o mês das mulheres com o projeto “Travessia“. Ao longo do mês de março, o hub de insights vai publicar diferentes tipos de conteúdo entre vídeos, listas e artigos feitos por referências femininas em assuntos como as questões de gênero, mercado profissional e relacionamento. Todo material estará disponível na íntegra para o público através do Globosat.
Gente é a plataforma de estudos e insights sobre o consumidor brasileiro. Com o propósito compartilhar conhecimento baseado em pautas contemporâneas da sociedade, no comportamento do consumidor e nos hábitos dos brasileiros.
Lançado em 2019, o projeto “Travessia” nasceu em forma de série onde sete mulheres contaram sobre os atravessamentos de suas vidas. Embasado pelo estudo “Respeito às Diferenças”, também publicado em Gente, “Travessia” ganhou nova edição este ano, para continuar promovendo a conversa sobre gênero e suas especificidades. “A Plataforma vem se consolidando como profunda conhecedora do consumidor brasileiro e fornecedora de insights para aqueles que buscam se informar e aprender. As questões referentes ao debate de gênero não podem ficar de fora e merece uma conversa ampla e profunda, para que possamos começar a repensar determinados comportamentos naturalizados em nossa sociedade.”, explica Mariana Novaes, head da Plataforma Gente.
Já está disponível na plataforma o vídeo exclusivo feito com Ana Paula Xongani. Designer e estilista da Xongani, marca de roupas e acessórios que leva seu nome, ela é a personagem principal do conteúdo sobre afetividade em diversas áreas de sua vida. O público também já pode acessar o episódio inédito do podcast “Angu de Grilo”. Projeto das jornalistas Flavia Oliveira e Bela Reis, o podcast fala sobre sobre as características geracionais das mulheres. Criado por mãe e filha, o projeto foi lançado no ano passado e recentemente venceu o Prêmio Ubuntu de Cultura Negra 2019.
Conhecida pela série “Detetives do Prédio Azul”, do Gloob, a atriz Nicole Orsini é o destaque do vídeo sobre adolescência que já está disponível, na íntegra em Gente. Desde o dia 17, a Plataforma colocou no ar o conteúdo produzido por Samantha Almeida. Ela listou 20 mulheres do mercado publicitário que todos precisam conhecer. Atual head de conteúdo da Ogilvy Brasil, em 2018 ela foi considerada uma das dez pessoas mais influentes no mercado de conteúdo digital, pelo YouPix.
A atriz Erika Januza marca presença na celebração em um vídeo que vai mostrar sua evolução artística e pessoal ao longo dos anos e vai ao ar dia 19. Em seguida, no dia 24, é a vez do artigo de Cinthia Farjado ir ao ar. O tema é gênero e a indústria pornô. Linn da Quebrada e Jup do Bairro serão as responsáveis por escrever um artigo sobre mulheres trans que são referências. Parceiras no trabalho e na militância, elas vão mostrar personagens que todos precisam conhecer.
Galba Gogóia, cineasta, youtuber e diretora do filme “Jessika” e a atriz Gabriela Loran, vão encerrar o especial da Plataforma Gente. A dupla vai comandar o vídeo sobre amor que será publicado no dia 31. Elas vão refletir como o sentimento acontece na vida das mulheres trans em diversas esferas.
O Governo do Rio de Janeiro declarou que estamos em estado de emergência, portanto shows, eventos desportivos, sessões de cinema e teatro devem ser cancelados ou adiados. Diante desta realidade, o Instituto Identidades do Brasil – ID_BR decidiu adiar o Prêmio Sim à Igualdade Racial 2020 que tinha data prevista para acontecer no dia 19 de maio de 2020.
Em publicação no Instagram do Instituto informa que toda a equipe ID_BR está trabalhando em Home Office e que postergaram também a divulgação dos indicados e do lançamento do hotsite com as informações sobre o Prêmio.
A atitude da atriz Isis Valverde, de manter sua empregada doméstica em casa durante o confinamento coletivo que visa combater o alastramento da Covid-19 enfureceu a Internet nessa última terça, 17.
Gente????? A cara de pau da Isis Valverde falando pra todo mundo ficar em casa, dizendo que ela vai cozinhar pra família dela, MAS com a empregada bem ali do lado lavando louça??????????? "Fiquem em casa, gente. Menos minha empregada pq sou uma dondoca escrota" pic.twitter.com/8r2ZS6bAXa
Elegantemente calma, a Betina de “Amor de Mãe” fazia Stories sobre sua nova rotina de confinada, quando sua câmera flagrou sua empregada, Cláudia, lavando louça próxima aos pacotes de papel higiênico empilhados. Não pegou bem.
Ela logo em seguida deu um esclarecimento aos seus seguidores:
Apesar de Isis se gabar em ser “uma cidadã consciente” e ter negociado a permanência Cláudia, ela esqueceu de lembrar durante a polêmica, que além de dispensar os funcionários, os patrões devem negociar com cada um a melhor forma de lidar com esse período e não esquecer a questão financeira dessas pessoas.
A babá Cláudia, domésticas, seguranças podem pedir aos patrões licença remunerada ou antecipação de férias. Caso fiquem doentes, eles podem sacar auxílio-doença desde que contribuam com o INSS.
O jornal O Globo detalha que se o trabalhador não comparecer por estar de quarentena, por suspeita de doença ou contaminação efetiva, as faltas não podem ser descontadas. Isso também vale para casos suspeitos na família do empregado ou do empregador e ainda pelas dificuldades de acesso ao trabalho por conta da diminuição da circulação de transportes públicos.
Ainda para O Globo, a advogada Juliana Bracks explica que caso um ou mais patrões estejam infectados, o funcionário também pode se negar a ir trabalhar, atitude protegida pela Lei 13.979, que autorizou a repatriação de brasileiros isolados na China e que já citava que trabalhadores não deveriam ter os dias descontados por falta.
De acordo com Isis Valverde, ela e Claudia fizeram um acordo. O ideal é não esconder os direitos dos funcionários antes de selar um compromisso que funcione para os dois lados.
A jornalista Maíra Azevedo conhecida como Tia Má, usou suas redes sociais nesta terça-feira (17) para compartilhar uma reflexão sobre a sociedade em que vivemos e o que está sendo exposto no reality show Big Brother Brasil 2020, “lá dentro temos uma mostra de como o machismo faz parte do nosso cotidiano. De um lado, Babu, que faz comentários grosseiros, e que já comparou mulheres a um cardápio, o que faz os homens acreditarem que estamos sempre prontas para “o abate”. Já do outro lado, o Pyong, o tipo de assediador que passa imune. Ele se apresenta como engraçado, amigo, mas ao menor descuido feminino se apresenta. Passa a mão, tenta agarrar a força, pega nos seios. Mas depois se desculpa. Exatamente como ocorre no ciclo da violência”.
“Vivemos em uma sociedade machista! Isso é fato, a grande questão é alguém de fato assumir suas posturas que contribuem para os altos índices de feminicídio que assolam o Brasil”, além da nossa sociedade ser extremamente machista ela também é racista e julga o outro por sua aparência, Tia Má relembra isso ao dizer “A grande questão é que em um dos casos, o acúmulo de privilégios não permite que seja julgado, enquanto o outro, pela aparência constantemente marginalizada, basta falar para ser condenado”.
Leia ao relato completo de Maíra Azevedo (Tia Má):
Naturalizamos posturas e comentários que objetificam as mulheres e reduzimos a “brincadeiras”. Não existe uma postura mais ou menos machista, mas é fundamental analisar comportamentos e atitudes que são criminosas.
Agora, vamos ao #bbb e lá dentro temos uma mostra de como o machismo faz parte do nosso cotidiano. De um lado, Babu, que faz comentários grosseiros, e que já comparou mulheres a um cardápio, o que faz os homens acreditarem que estamos sempre prontas para “o abate”. Já do outro lado, o Pyong, o tipo de assediador que passa imune. Ele se apresenta como engraçado, amigo, mas ao menor descuido feminino se apresenta. Passa a mão, tenta agarrar a força, pega nos seios. Mas depois se desculpa. Exatamente como ocorre no ciclo da violência. Primeiro a agressão, depois o pedido de desculpas. A cara de “bom moço” facilita a postura tóxica, pois até mesmo a vítima desculpa e acha que tudo não passou de um mal entendido. Um comportamento alimenta o outro, mas ambos devem ser evitados. A grande questão é que em um dos casos, o acúmulo de privilégios não permite que seja julgado, enquanto o outro, pela aparência constantemente marginalizada, basta falar para ser condenado!