Após semanas marcadas por manifestações e debates de combate ao racismo a plataforma de streaming retira o filme do catálogo.
O filme ganhador de 8 estatuetas do Oscar conta com diversas representações racistas, onde proprietário de escravos é lido como herói e os escravizados são retratados felizes e conformados com suas condições.
“Estas representações racistas estavam erradas na época e estão erradas hoje, e sentimos que manter este título disponível sem uma explicação e uma denúncia dessas representações seria irresponsável” Disse o porta voz da HBO MAX .
A atriz, Hatie McDaniel foi a primeira mulher negra a ganhar um Oscar, de melhor atriz coadjuvante por sua atuação no filme. Mas, não pôde nem mesmo comparecer a estreia e nem se juntar aos colegas de elenco na premiação.
A proposta aceita pela plataforma de streaming é que o clássico retorne ao catálogo com a contextualização histórica, a fim de que o filme passe a ser visto como um material que represente somente os acontecimentos de sua época.
Essa retratação pode ser encontradas em produções de alguns canais estrangeiros, a WB antecede seus desenhos antigos com uma explicação do contexto histórico de estreia, e se assegura de que o conteúdo apresentado se refere somente a sua época, não tendo relação com os valores atuais da emissora.
HBO tira o clássico “E o vento levou” do catálogo após manifestações antirracistas.
Terrace Martin, Leon Bridges, e o protesto em forma de música.
O Famoso produtor de discos como ”To Pimp A Butterfly”, de Kendrick Lamar, reuniu um time de peso para cantar como se sentem em relação a violência policial e outros problemas que cercam a nossa comunidade.
”Alguém perguntou, como me sinto? Eu disse a eles que estou magoado, destemido, nervoso, consciente e pronto para me proteger, à minha família e ao meu pessoal a todo custo. Eu me reuni com homens pretos que se sentiam da mesma maneira e criamos um trabalho de verdade.” disse Terrace em comunicado no Instagram
Em ”Pig Feet”, canção feita com Denzel Curry, Kamasi Washington, G Perico e Daylyt ele usa no clipe cenas fortes dos protestos dos últimos dias e avisa: ”Esse vídeo está acontecendo agora do lado de fora da sua janela”
Já em Sweeter, o tom é mais doce, como o próprio nome já propõe. A Música interpretada por Leon Bridges deveria entrar no novo álbum do artista, mas o lançamento foi adiantado. Na letra Leon diz: “esperando uma vida mais doce / em vez disso, sou apenas uma história repetindo / por que temo com a pele escura como noite? / não posso sentir paz com aqueles olhos que julgam”.
Em um comunicado nas redes sociais, Leon declarou: “Crescer no Texas, me fez experimentar o racismo pessoalmente, meus amigos experimentaram o racismo. Desde a adolescência, aprendemos como nos comportar quando encontramos a polícia para evitar as consequências de ser racialmente perfilados. Fiquei entorpecido por muito tempo, insensível quando se tratava de questões de brutalidade policial. A morte de George Floyd foi a gota d’agua para mim. Foi a primeira vez que chorei por um homem que nunca conheci. Eu sou George Floyd, meus irmãos são George Floyd e minhas irmãs são George Floyd. Não posso e não vou mais ficar calado. Assim como o sangue de Abel estava clamando a Deus, George Floyd está clamando por mim. Então, apresento a você, “Sweeter”.
Ouça:
Grupo ‘Desenquadradas’ lança movimento de ocupação dos espaços de influencers brancos
Inspirada no movimento iniciado pelo ator Paulo Gustavo, que cedeu as suas redes para a filósofa Djamila Ribeiro, no último domingo (07), a CEO da EmpregueAfro, Patricia Santos, levantou o movimento ‘Desenquadradas’ com mais de 200 mulheres da indústria da comunicação que não querem mais se curvar aos modelos machistas, racistas e injustos.
Desta vez, o movimento levantou uma ocupação dos espaços de influencers brancos do mundo dos negócios.
Em menos de 24 horas de conversas, numa espécie de maratona que entrou madrugada adentro. A publicitária Raphaella Martins lançou o briefing e o grupo usou sua força para viabilizar o match entre influenciadores brancos de vários setores e vozes negras que precisam ampliar seu alcance e criaram uma rede poderosa de conexões. E então nasceu ao movimento #VozesNegrasImportam.
Grandes influenciadores e profissionais relevantes em suas áreas cederam suas contas no Instagram, Linkedin e Twitter e o trabalho segue à todo vapor. As ações iniciaram na terça-feira (09) e não têm data para terminar. Já são mais de 40 influenciadores participando da ação e mais de 40 vozes negras ocupando esses espaços até o momento, entre elas:
Patrícia, CEO da EmpregueAfro;
Nina Silva, CEO do Movimento Black Money;
Vivi Duarte, CEO do Plano de Menina;
Ella Fernandes, Atriz e Cantora;
Lisiane Lemos, Forbes Under 30;
Monique Evelle, CEO do Desabafo Social e sócia da SHARP;
Cris Guterres, Comunicadora e Podcaster, entre outras.
Silvia Nascimento, CEO Portal Mundo Negro;
Família Quilombo;
Deh Bastos, Criando Crianças Pretas;
Bruna Oliveira, Atriz;
Caio Rincon, DragQueen;
Che Moais, Ator;
Sauanne Bispo, CEO da Go Diáspora Intercâmbio;
Indique uma Preta;
Camila Silva;
Jana Assumpção;
Preta Ilustra;
Aline Chermoula;
Alguns aliados e aliadas já confirmados neste movimento cedendo seus espaços, até o momento são: Marc Tawil, Alessandra Negrini, Maicon Santini, Pathy dos Reis, Raul Lemos, Guga Chacra, Gal Barradas, Fábio Porchat, Hell Mother, Ricardo Dias, Tati Bernardi, Bárbara Paz, Didi Wagner, Leilane Neubarth, Luiza Helena Trajano e Giovanna Lancellotti.
“Esse é um movimento descentralizado focado em pessoas físicas e projetos sociais, e acreditamos que quanto mais pessoas aderirem, mais força ele tem”. Algumas sugestões para quem quiser participar:
- Citar a hashtag #VozesNegrasImportam em todos os conteúdos postados
- Pelo período combinado no canal cedido (Instagram, Twitter ou LinkedIn) apenas conteúdos da pessoa que está ocupando serão postados (pode ser um dia, três dias ou uma semana, o importante é ter ocupação completa no tempo que ficar)
- A ideia é falar da luta antirracista, mas não só. As vozes negras trarão temas como empreendedorismo, jornalismo, arte, negócios, turismo, moda.
Jovem cientista brasileiro é selecionado para estudar o coronavírus na Califórnia
Nascido e criado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Rômulo Neris voltou no final de maio da Califórnia, nos Estados Unidos. Doutorando em imunologia e inflamação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele estava desde agosto de 2019 fazendo um doutorado na University of California Davis, estudando o arbovírus chikungunya, tema da sua tese.
Além de terminar de escrever sua tese sobre o chikungunya para defesa neste ano, Neris está apenas esperando acabar seu isolamento para pesquisar também o novo coronavírus.
Em entrevista à BBC News, Rômulo contou que conquistou uma bolsa de três meses para atuar em duas frentes. Uma, a mais imediata, ajudando a processar testes moleculares que estão sendo feitos no Centro de Triagem Diagnóstica para covid-19 criado pela UFRJ.
Na outra frente, o pesquisador, graduado em ciências biológicas e mestre em microbiologia pela UFRJ, vai se debruçar sobre o coronavírus em laboratório. “Vou estudar a genética do vírus e suas mutações, mas também alterações observadas no indivíduo durante a infecção, como metabólicas e pulmonares. A ideia é entender como o vírus infecta células de diferentes tecidos e por que há quadros tão diversos e às vezes tão graves em alguns, sem nenhum tipo de comorbidade”, contou Rômulo durante a entrevista.
No início do doutorado, o pesquisador conta ter recebido por um período uma bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação. Mas, tendo sido contemplado com a bolsa nos Estados Unidos, a bolsa do Brasil foi remanejada dentro de seu programa.
Caso Marielle: Bombeiro é preso por ocultar objetos que facilitam as investigações sobre a morte da ex-vereadora
Maxwell Simões Correa é acusado de esconder armas de fogo que pertenciam a Ronnie Lessa, suposto autor do crime
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro decretou a prisão do Sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel. Ele foi apontado como cúmplice do crime por jogar no mar as armas utilizadas no dia 14 de março de 2018, no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Segundo as investigações, no dia 13 de março de 2019, logo após as prisões dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, supostos autores dos crimes, Maxwell ajudou a ocultar armas de fogo e acessórios que poderiam incriminar Ronnie.
Em nota oficial sobre o assassinato de Marielle e Anderson, o Ministério Público afirmou que, “A obstrução de Justiça praticada pelo denunciado, junto aos outros quatro denunciados, prejudicou de maneira considerável as investigações em curso e a ação penal deflagrada na ocasião da operação ‘Submersus’, na medida em que frustrou cumprimento de ordem judicial, impedindo a apreensão do vasto arsenal bélico ali ocultado e inviabilizando o avanço das investigações.”
Os investigadores também afirmaram que o fato da arma de fogo utilizada no crime ainda não ter sido encontrada está ligado à ocultação praticada por Maxwell e as outras quatros pessoas, detidas junto com ele.
O delegado Antônio Ricardo, responsável pela investigação sobre o crime, disse ao jornal O GLOBO que espera prender os mandantes do assassinato ainda neste ano. As investigações seguem com as autoridades locais após um pedido de federalização.
Janelle Monáe estampa capa e recheio da Variety Magazine
A artista multi-talentos de 34 anos é uma das capas da edição 2020 ”Power Of Woman”, da revista norte americana Variety. Janelle Monáe está essa edição são homenageadas mulheres que tenham gerado algum impacto positivo na música, cinema, televisão, arte, filantropia e etc. Personalidades como Chaka Khan, Mariah Carey e Awkwafina já tiveram a mesma honra.
Janelle falou sobre representatividade LGBT na segunda temporada da série Homecoming pela Amazon Prime Video, onde dá vida a personagem Alexis uma mulher que repentinamente se vê em uma canoa na água e não faz ideia de como foi parar lá ou de quem ela é. ‘
‘“Ter uma mulher negra e uma mulher asiática em um relacionamento na televisão é o tipo de representação de que precisamos. Ser membro da comunidade LGBT é uma honra”, declarou.

Em um post do Instagram, a cantora e atriz agradeceu a Variety e continuou: ”Gostaria de refletir luz sobre algumas mulheres negras poderosas cujas palavras e trabalho me atingiram de forma que elas nem imaginam. Estas mulheres negras (algumas ativistas) têm vindo a liderar o movimento para lutar pelas vidas e pelo direito de nosso povo em muitos espaços” e complementou fazendo algumas marcações.
Além da série Homecoming, Janelle também estará no filme Antebellum, previsto para chegar nos cinemas no próximo semestre. O longa, é dos mesmos produtores de “Nós” e “Corra”.
Beyoncé fará a trilha sonora de Pantera Negra 2, afirma o site The Sun
Na madrugada dessa quarta-feira (10), o filme ‘Pantera Negra 2’ estava nos trending topics do twitter. O motivo? O jornal The Sun afirmou que a cantora Beyoncé assinou um contrato de US$ 100 milhões com a Disney e já está escalada para três projetos, sendo o primeiro deles a trilha sonora de Pantera Negra 2.
Segundo o mesmo site, Beyoncé se tornou uma das maiores apostas da Disney após narrar o personagem Nala, no Rei Leão.
“Como parte do acordo, eles também estão tentando fazer com que sua equipe concorde com Beyoncé narrando alguns dos novos documentários que vão ao Disney Plus. Após o sucesso de Meghan Markle narrar o filme ‘Elephant’ na plataforma, eles têm projetos que se alinham perfeitamente com a marca de Beyoncé. As negociações ainda estão em andamento, mas são os detalhes finais que estão sendo discutidos agora.” Relatou uma fonte exclusiva para o jornal.
O filme ‘Pantera Negra 2’ fará parte da chamada Fase 4 do Universo Cinematográfico Marvel e está previsto para estrear nos cinemas em maio de 2022.
“Eu fui paga”: Luana Genot explica como foi produzir conteúdo para o perfil de Bruno Gagliasso
Depois do #BlackOutTuesday, no dia 2 de junho, muitas celebridades brancas decidiram ceder o seu perfil para pessoas importantes da comunidade negra. O primeiro caso de cessão de perfil , foi o ator Paulo Gustavo que cedeu o perfil para a filosofa Djamila Ribeiro.
Outro caso com grande repercussão foi do ator Bruno Gagliasso que cedeu seu perfil para Luana Genot, diretora-executiva do ID_Br.
Genot usou seu perfil pessoal no Instagram, que mais que dobrou em números de seguidores depois da sua ação com Gagliasso, para explicar como essa ação funcionou para ela e que o objetivo é dividir o protagonismo.
“A parceria entre Bruno Gagliasso eu fui paga. Bruno me pagou. E esta informação é pública. Consideramos que o que fiz foi produção de conteúdo por um dia e isso é trabalho. Na prática, apesar do quentinho no coração, não dá pra viver de número de seguidores e ‘recebidos’, detalha Luana.
Ela também comenta que não gosta do termo “dar voz”: ” Não gosto particularmente desta história de ‘dar voz’. Nós negros sempre tivemos nossas vozes e já não é de hoje com as redes sociais. O que falta é que estas vozes ecoem em mais espaços e fure bolhas de pessoas que só se comunicam com quem elas já se identificam. Acredito neste processo de furar bolhas como algo bem bacana.”
“Celebridades ou pessoas que queiram ceder seus perfis podem pensar em como podem apoiar para além da visibilidade ao ceder seu perfil e dar mais trabalho para pessoas que em geral ganham também menos dinheiro do que elas”, acrescenta a executiva.
“Eu fui paga”: Luana Genot explica como foi produzir conteúdo para o perfil de Bruno
Depois do #BlackOutTuesday, no dia 2 de junho, muitas celebridades brancas decidiram ceder o seu perfil para pessoas importantes da comunidade negra. O primeiro caso de cessão de perfil , foi o ator Paulo Gustavo que cedeu o perfil para a filosofa Djamila Ribeiro.
Outro caso com grande repercussão foi do ator Bruno Gagliasso que cedeu seu perfil para Luana Genot, diretora-executiva do ID_Br.
Genot usou seu perfil pessoal no Instagram, que mais que dobrou em números de seguidores depois da sua ação com Gagliasso, para explicar como essa ação funcionou para ela e que o objetivo é dividir o protagonismo.
“A parceria entre Bruno Gagliasso eu fui paga. Bruno me pagou. E esta informação é pública. Consideramos que o que fiz foi produção de conteúdo por um dia e isso é trabalho. Na prática, apesar do quentinho no coração, não dá pra viver de número de seguidores e ‘recebidos’, detalha Luana.
Ela também comenta que não gosta do termo “dar voz”: ” Não gosto particularmente desta história de ‘dar voz’. Nós negros sempre tivemos nossas vozes e já não é de hoje com as redes sociais. O que falta é que estas vozes ecoem em mais espaços e fure bolhas de pessoas que só se comunicam com quem elas já se identificam. Acredito neste processo de furar bolhas como algo bem bacana.”
“Celebridades ou pessoas que queiram ceder seus perfis podem pensar em como podem apoiar para além da visibilidade ao ceder seu perfil e dar mais trabalho para pessoas que em geral ganham também menos dinheiro do que elas”, acrescenta a executiva.
Terry Crews mostra apoio na luta contra a violência policial no Brasil.
Em mensagem divulgado no instagram “Favelas na luta”, Terry Crews mostrou solidariedade à família de João Pedro, (vítima de violência policial no Complexo do Salgueiro). E todas as mães das vítimas e moradores de favelas do Brasil, o ator também mostrou apoio aos ativistas negros brasileiros que clamam por justiça e o fim da violência policial, e à todos que estão de frente na luta contra o racismo e violência no país.
A morte de João Pedro, gerou comoção nacional e internacional, protestos por todo o país ocorreram contra a violência policial nas favelas do Rio de Janeiro que já tirou a vida de tantas outras crianças e jovens negros.

Na última sexta-feira (5) o ministro do STF proibiu operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro durante o período de quarentena devido ao covid-19, operações essas que aumentaram durante o isolamento social, aumentando o número de mortes em 43% referente ao mesmo mês no ano passado.
Ativistas negros de todo o país comemoraram a decisão do STF, e acreditam ser efeito das manifestações e movimentação nas últimas semanas.
Na última segunda-feira (8) a polícia anunciou o adiamento da reprodução simulada da morte do menino João Pedro, por tempo indeterminado.