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Dandara Batista recebe a chef Aline Chermoula no Afro Gourmet neste sábado

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Para comemorar um ano do restaurante Afro Gourmet, Dandara Batista abre sua cozinha para a chef Aline Chermoula. A baiana vai preparar delícias da culinária afroamericana com toques de brasilidade no jantar do próximo sábado (31). Em sintonia com a proposta do Afro Gourmet, Aline traz um frescor contemporâneo ao menu fechado (R$ 65), que revela toda a diversidade da gastronomia da Mãe África.

Para começar, salada de nozes e queijo de cabra com folhas verdes ao molho de azeite e mel vai refrescar e preparar o paladar dos comensais para a estrela da noite.

A receita principal é o famoso Jambalaya Creole, da chef Aline, originária da diáspora africana. O prato é robusto, uma comida de estilo campestre encontrada em toda a Louisiana (USA), com forte influência da cultura negra. A iguaria tem como base o arroz que ganha pedaços de frango e camarão com ervas e temperos. Também será servida a opção do Jambalaya Vegetariano. Uma receita com sabores surpreendentes e rica em história.

Para a sobremesa, Beignets (um tipo de donuts famoso no sul dos EUA), com deliciosas peras em calda de maracujá e sorvete de creme encerram o jantar em grande estilo.

Aline Chermoula já esteve à frente da cozinha de Bourbon Street Music, do grupo Fábrica de Bares, que controla o famoso Bar Brahma, e do Buffet Charlô. A Chef já comandou cozinhas de grandes eventos como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo da FIFA aqui no Brasil, além do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 em duas edições. Atualmente com a Chermoula Cultura Culinária, Aline continua a levar de forma personalizada sua cozinha itinerante para grandes eventos.

Já a chef Dandara Batista, sempre abre a cozinha do Afro Gourmet para cozinheiros que exaltam a gastronomia africana. Ela acredita que é fundamental a troca e a difusão de conhecimento sobre a cultura do continente.

O Afro Gourmet era um evento mensal itinerante, que reunia gastronomia e cultura africana na região central da cidade. Com o sucesso da iniciativa, Dandara passou a ser convidada para participar de feiras e eventos, principalmente os ligados à comunidade negra. Autodidata em culinária africana, ela une as experiências adquiridas em viagens à África a técnicas que aprendeu no curso de chef executivo da Universidade Cândido Mendes para revelar novos sabores aos cariocas.

O restaurante fica na Rua Barão do Bom Retiro, 2316, loja A – Grajaú. Para mais informações, ligue: (21) 3489-7354.

Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil realiza 5ª edição do “Brincando e Aprendendo”

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A 5ª Edição do “Brincando e Aprendendo“, evento realizado pelo Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil, será realizada dia 1° de setembro, a partir das 14h30, no Centro de Cultura Negras do JabaquaraMãe Sylvia de Oxalá, na Rua Arsênio Tavoleri, nº 45, Jabaquara, São Paulo. A tarde terá a apresentação do grupo Luderê e em seguida, aula de dança com Koteban.

Eventos como Brincando e Aprendendo são importantes para valorização da cultura afro e para que as crianças e adultos conheçam a sua história e sua ancestralidade. É muito importante, também, valorizarmos grupos culturais que disseminam a nossa cultura. O objetivo do Grupo Mulheres do Brasil, através do comitê de igualdade racial é conscientizar sobre a diversidade étnico-racial, trazer cultura e empoderar nossas crianças. A meta do comitê é realizar um evento a cada dois meses nas mais diversas regiões de São Paulo“, diz a organização.

O intuito do evento é conscientizar pais e responsáveis, além de narrar para crianças histórias afro infantis que geram conexão com sua identidade, pertencimento e representatividade. É necessário reconhecer e respeitar as diferenças, valorizando as diversas culturas.

Lançado em 2016, o Comitê de Igualdade Racial tem a iniciativa de: Luana Genot, Lisiane Lemos, Jessica Sandin, Fernanda Ribeiro, Elisabete Leite,, Eliane, Viviane Elias Morais.

Cinema Negro: Festival Internacional de Curtas tem grande presença filmes dirigidos por negros

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Com entrada gratuita e  exibição em salas de cinemas espalhadas pela cidade, o 30º Festival Internacional de Curtas de São Paulo começa hoje, 22 de agosto, na capital paulistana.

Ao todo serão  324 filmes e a presença negra entre os selecionados, aumentou na edição desse ano.

Abaixo alguns  dos trabalhos  realizados por cineastas e produtores negros. A programação completa e sinopse dos curtas estão no site do evento https://2019.kinoforum.org/

Zu é um garoto negro de 12 anos. Ele vai à mercearia comprar farinha de trigo para a sua mãe e, na volta, descobre que pode voar.
Diretor: Renata Cilene Martins
Roteiro: Renata Martins
Produtor: Giovana Carolina Ferrari
Produção Executiva: Issis Valenzuela
Diretor de Fotografia: Mariana Nunes “Nuna”, Thaís Nardi
Direção de Arte: Luana Castilho , Fernando Timba
Trilha Sonora: Melvin Santana , Luedji Luna, Vinicius Calvitti
Direção de Som: Andressa Clain
Efeitos Especiais: Estevan Natolo
Edição: Cristina Amaral
Edição de Som: Guile Martins
Elenco: Grace Passô, Kaik Pereira, Melvin SanthanaΩ
Entre melanina e planetas longínquos, o curta propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo. Um ensaio sobre negritude, viadagem e aspirações espaciais dos filhos da diáspora.
Diretor: Diego Paulino
Roteiro: Diego Paulino
Produtor: Victor Casé
Direção de Produção: Claudia Alves
Diretor de Fotografia: Leandro Caproni
Direção de Arte: Maiara Del Pino
Trilha Sonora: Jhonatta Vicente
Som Direto: Diana Ragnole
Direção de Som: Diana Ragnole
Animação: Martin Namikawa
Efeitos Especiais: Martin Namikawa
Edição: Amanda Beça
Edição de Som: Diana Ragnole, Diana Ragnole
Elenco: Eric Oliveira, Félix Pimenta, Euvira , Aretha Sadick
Produtora: Reptilia Produções Transmídia
Mais um dia de silêncio entre Júnior e seu pai. O não dito que carrega desejos, afetos e memórias. Mas a noite chega, uma notícia também. O corpo represado de Júnior se irrompe.
Diretor: Andrei Carvalho
Roteiro: Andrei Carvalho
Produtor: Amanda Soprani
Direção de Produção: Vanessa Leal
Diretor de Fotografia: Lucas Carrera
Direção de Arte: José Lucas Alves
Direção de Som: Matheus Borges, Caio Cavalheiro
Edição: Luiz Mira
Edição de Som: Roberto Carrera
Elenco: Matheus Moura, Kayo Francisco, Sol do Rosário, Ronnald Pinheiro
Diante da dor, da solidão e do desespero, um homem negro assopra um cartucho de Super Nintendo em uma encruzilhada.
Diretor: Leon Reis
Roteiro: Leon Reis
Produtor: Samara Cabral, Elvio Franklin
Produção Executiva: Samara Cabral, Elvio Franklin
Direção de Produção: Samara Cabral
Diretor de Fotografia: Darwin Marinho, Rodrigo Ferreira
Direção de Arte: Lídia dos Anjos, Paolla Martins
Trilha Sonora: Gustavo Carvalho, Íron Cavalcante, Diego Fidelis, Mike Dutra
Direção de Som: Marcelo Júnior, Tatiana Ferreira
Animação: Ana Francelino
Efeitos Especiais: Ana Francelino
Edição: Clébson Oscar
Edição de Som: Gustavo Carvalho, Mike Dutra
Elenco: Polly Di, Felipe Oliveira, Lucas Limeira
Produtora: Ateliê Casamata
Cecil prepara um chá de filmes clássicos e contemporâneos, e em cada copo o líquido apresenta uma cor diferente do sistema de cores aditivas, o RGB, levando rumo, tomando trajetos, e indo para um caminho certo.
Diretor: Lico Cardoso, Thabata Vecchio
Roteiro: Lico Cardoso, Douglas Barros, Thabata Vecchio
Produtor: Edih Moreira, Roberto Maty
Produção Executiva: Lico Cardoso
Diretor de Fotografia: Douglas Barros
Edição: Lico Cardoso
Edição de Som: Lico Cardoso
Elenco: Juno Araújo
Produtora: Lentes Periféricas
Agente Comercial: Lico Cardoso
A clássica história de amor na qual uma jovem encontra um jovem, com a exceção de que eles são negros e vivem numa cidade cheia de memórias embranquecidas.
Diretor: Ana Julia Travia
Roteiro: Ana Julia Travia
Produtor: Beatriz Natalia, Fernando Esposito
Diretor de Fotografia: Mariane Nunes
Direção de Arte: Vinícius Ferreira
Som Direto: Vanessa Silva
Direção de Som: Vanessa Silva
Edição: Piera Portasio
Edição de Som: Mariana Vieira
Elenco: Érica Ribeiro, Jorge Guerreiro, Fabiana Pimenta, Alice Marcone, Suzi Castro
Uma investigação sobre o homem negro a partir de Rômulo, um homem de 40 anos, morador da periferia de Salvador, estudante de História na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Diretor: David Aynan
Roteiro: David Aynan
Produtor: VINICIUS SILVA
Produção Executiva: VINICIUS SILVA
Direção de Produção: José Carlos Ferreira
Diretor de Fotografia: EDVALDO JUNIOR
Som Direto: David Aynan
Edição: David Aynan, VINICIUS SILVA
Elenco: Rômulo Carvalho, Samyr Uruhu, Luan Carvalho, Bureco
Produtora: Palenque Filmes
Agente Comercial: David Aynan
Província de São Paulo, 1870. Amadi, um homem igbo escravizado, foge à procura de um suposto quilombo. Em seu encalço, dois capitães-do-mato com ordens de capturá-lo a todo custo. Mas a mata abriga mistérios que podem cercá-los em uma letal armadilha.
Diretor: Elton de Almeida
Roteiro: Elton de Almeida
Produtor: Viviane Ferreira
Produção Executiva: Viviane Ferreira
Direção de Produção: Bruna dos Anjos
Diretor de Fotografia: Luiz Augusto Moura
Direção de Arte: Micaela Cyrino
Trilha Sonora: Henrique Chiurciu, Sérgio Abdalla
Direção de Som: Andressa Claim, Evelynn Santos
Edição: Ana Julia Travia
Edição de Som: Henrique Chiurciu, Sérgio Abdalla
Elenco: Riggo Oliveira, Júlio Silvério, Antonio Salvador
Produtora: Odun Filmes
Agente Comercial: Elton de Almeida

Capa de álbum de Alcione fez com que Preta Rara reconhecesse sua beleza na infância

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Você já deve estar cansado de ouvir a expressão “representatividade importa”, mas reforço isso mais uma vez porque se ver no outro pode ser algo fundamental para exercitar a autoestima e o amor próprio.  

A rapper Preta Rara participou do programa SuperBonita do GNT, apresentado por Camila Pitanga, no episódio que falava sobre beleza e corpos sem medidas. A rapper falou sobre muitas coisas, entre elas como uma capa de um álbum da Alcione foi um recurso usado por sua mãe para que Preta, quando era criança, valorizasse a sua beleza. 

“Uma vez aconteceu algo bem difícil na escola. Eu cheguei chorando e minha mãe pegou um vinilzão da Alcione onde ela está de turbante, maravilhosa e minha mãe me disse ‘Olha você pode ser essa mulher aqui. Ela passou pelas mesmas coisas que você passou na escola. Olha como ela está bonita”. Preta Rara elogia a mãe, que apesar de pouco estudo, já sabia a importância das referências. “Minha mãe já fazia essas coisas antes da gente saber o nome”, detalha a rapper.  

Capa do disco de Alcione ‎ “Nosso Nome: Resistência”de 1987

Camila Pitanga pergunta sofre as referências de beleza negra da artista que menciona Zezé Motta e Elza Soares. 

Preta Rara certamente já é referência para muitas meninas e mulheres.

Confira a integra do programa abaixo que é uma injeção de autoestima para mulheres fora do padrão.  

Contrariando estereótipos, Shirley Cruz interpreta mulher negra bem sucedida, inteligente e segura de si em Bom Sucesso

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Foto: Luíz Brown

Recém-chegada do Festival de Cannes, onde esteve com o filme vencedor “A vida invisível de Eurídice Gusmão”, Shirley Cruz comemora papel de destaque na trama das 19h na Rede Globo, a novela Bom Sucesso. Shirley interpreta Glaúcia e contraria os estereótipos relacionados a mulher negra na TV. Gláucia é uma personagem bem sucedida, lésbica, diretora comercial da editora fictícia Prado Monteiro e dona de si.

Segundo a atriz, a personagem não é de mandar recados e fala o que pensa para quem for. “O que ela tem de mais especial é seu espírito livre! É leve sem perder o pulso e, além de ser uma mulher de energia forte, é extremamente leal à família Prado Monteiro, o tipo de profissional que quer ver o bem da empresa. Gosto da naturalidade com que o tema da homossexualidade é tratado na trama, porque é assim que tem que ser. Ela não esconde o que e quem quer”.

Muitas atrizes negras são vistas em papeis estereotipados. Solange Couto, por exemplo, que fez parte da campanha “Senti na Pele”, criada pelo ator e jornalista, Ernesto Xavier e que denuncia o racismo vivido por atores negros nos papeis os quais eles interpretam, contou que de 37 personagens, 25 foram empregadas ou escravas, sendo que do total, apenas sete não foram personagens carregadas de estereótipos racistas.

A televisão te coloca numa vitrine muito potente. Gláucia, minha personagem na novela Bom Sucesso, é uma mulher direta, segura, inteligente, bem sucedida e com um bom humor acima da média. Ela parece reunir todos os ingredientes para gerar a tal empatia que está escassa entre nós. Tenho consciência do tamanho da responsabilidade. Acho que minha presença traz esperança e orgulho, algo muito parecido com o que eu sentia quando via a Glória Maria, a Zezé Motta, Ruth de Souza e Lea Garcia. Tanto é que aqui estou eu. Para os racistas, a oportunidade de ver que somos tão capazes quanto eles e de uma certa forma, uma chance de conviver e desenvolver respeito”, comenta Shirley  

Enquanto aguarda o lançamento de duas séries e dois filmes já gravados, a atriz, que tem 19 anos de carreiras e mais de 50 trabalhos no audiovisual, comenta a importância de fazer um papel na TV durante horário nobre e que vai contra esses aspectos.

Apesar de ter participações em outras novelas, para ela, a sensação é de estreia. “Desta vez poderei desenvolver uma personagem para contar uma história inteira, do início ao fim”, comemora a carioca residente em São Paulo, que recebeu da diretora Joana Clark a indicação para o papel. Em breve, será vista em “Jungle Pilot”, série com estreia prevista para setembro, no Universal Channel, onde interpreta Dalva, esposa do protagonista vivido por Demick Lopes. E também em “A Revolta dos Malês”, com direção de Jeferson De e Belisário Franca, onde interpreta Guilhermina, sua primeira protagonista.

Com mais de 30 filmes no currículo, em breve a atriz poderá ser vista também no longa-metragem “Pacified”, de Paxton Winters com produção da 20th Century Fox, ainda sem data para estreia. Além disso, é presença constante em séries da Fox, Universal Channel, Netflix, TV Globo, Canal Brasil e TV Record, e foi pré-selecionada à indicação do Emmy Awards (2011) pelo seu papel em “Filhos do Carnaval”, da HBO – onde, em paralelo à carreira de atriz, apresentou um programa sobre a série.

Shirley estreou como jornalista num projeto coordenado por Nizan Guanaes e dirigido por Luiz Gonzaga Mineiro, seu diretor também na equipe de jornalismo do SBT, na função de apresentadora e repórter, sob a coordenação de Ana Paula Padrão. É ainda a idealizadora da Cia. Contemporânea Mulher de Palavra, onde atua, produz e escreve, e que durante as olimpíadas estreou o espetáculo “Mulheres no Pódio“, falando da trajetória da mulher no esporte olímpico e paralímpico. Dentre os orgulhos inesquecíveis está a participação no projeto “Negro olhar”, com Milton Gonçalves e Ruth de Souza.

 

Novela das 23h : Paulo Lins, de “Cidade de Deus” está na adaptação de “Um defeito de Cor”, para Globo

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“Um defeito de Cor”, um clássico premiado da literatura negra será adaptado para uma “supersérie” (também conhecida como novela das 23h) que entrará na grade da Rede Globo em 2021.  

A obra de Ana Maria Gonçalves conta por meio da narração da protagonista  Kehinde detalhes de inúmeras tragédias pessoais durante o período de escravidão no Brasil, um dos mais longos da História.  

Kehinde  até os oito anos de idade vivia em Savalu, África. Após a morte da mãe e do irmão, ela, junto da avó e de Taiwo, sua irmã gêmea, viajam sem rumo e chegam a Uidá. Nessa cidade, as três são capturadas e jogadas em um navio negreiro com destino ao Brasil. Ao fim da viagem, Kehinde é a única sobrevivente da família. 

Em entrevista ao jornal Folha de S. PauloCarlos Henrique Schoreder , diretor Geral da Globo, disse que o livro será uma das maiores séries da emissora. “Estamos trabalhando num grande épico, uma coisa bem complexa, que o Ricardo Waddington (diretor) tá quebrando a cabeça para resolver”.  

Paulo Lins, autor de “Cidade de Deus”, que recebeu o prêmio de melhor roteiro da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2005, (pelo filme  “Quase dois irmãos” ) está na equipe de adaptação que é supervisionada pelo sambista e escritor especializado em cultura africanas Nei Lopes.  

A curiosidade agora é pelos nomes do elenco.  

Thiago Elniño inicia divulgação do próximo disco e apresenta o impactante videoclipe “Pretos Novos”

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Foto: Leonardo Avelino

O rapper Thiago Elniño apresenta mais uma música inédita do próximo disco “Pedras, Flechas, Lanças, Espadas e Espelhos“, a música “Pretos Novos“, um rap que fica entre um trap com texturas orgânicas e o boombap, música agressiva e direta ao ponto, inspirando-se em nomes como Dead Prez, N.W.A., EarthGang, Marcus Garvey e Malcolm X. O videoclipe tem direção de Lincoln Pires.

Em algum momento, o rap brasileiro da década de 90, que trazia um discurso cru e forte contra o racismo, passou a ser apontado por uma nova geração como algo superado, liricamente empobrecido, repetitivo, careta e até inocente em sua fé de que alguma coisa pudesse realmente mudar. Só que foi justamente esse rap que não só nos inspirou como também deu esperança e motivou a começar e continuar produzindo. Por isso, respeitosamente tentamos manter viva aquela energia”, explica Thiago.

Nas primeiras imagens, um jovem preto é mostrado sendo velado dentro de casa, dando a impressão de que aquela é uma realidade comum. E, de fato, é. Isso porque, de acordo com o Atlas da Violência 2019, 75,5% das pessoas assassinadas no Brasil são negras. A mensagem que fica, nas entrelinhas e fora delas, é um grito de basta.

Na letra, as rimas debochadas do artista o colocam no papel de um personagem mais velho, além de zombeteiro, tal qual um Exú, encontrando eco com o papo reto de Vibox, Anarka, D’Ogum e DenVin, todos integrantes do grupo Projeto Preto, junto DJ Gabs, membros da nova escola no rap paulista.

“Nesse som, estou dizendo que por mais que esteja difícil, a gente vai morrer lutando, cantando e acreditando que o dia dos pretos vai chegar. Aliás, morrer lutando é um traço de dignidade e respeito ancestral para nós”, finaliza a o artista.

Assista:

Diáspora Black: projeto de turismo afro arrecada 600 mil em financiamento coletivo em apenas duas semanas  

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Vários cantinhos do continente africano podem ser encontrados aqui no Brasil. No entanto, qual é a cor das pessoas que faturam com o turismo afro que atrai pessoas até de fora do país? E como essas pessoas que detém o poder econômico faturando em cima cultura negra, tratam nós, os afrodescendentes? 

Dentro desse cenário é algo a ser festejado o fato que a Diáspora Black, startup com foco no turismo afrocentrado,  conseguiu em apenas duas semanas arrecadar R$ 600 mil em uma campanha de financiamento promovida pela Vox Capital, empresa com que investe em projetos de impacto social. Ao todo, foram 86 investidores que entraram com, no mínimo, R$ 1 mil cada um.   

A Diáspora Black organiza visitas a Quilombos, passeios para conhecer a história negra em Salvador em São Paulo entre outras ações, mas sua principal atividade é conectar viajantes à anfitriões que querem alugar seu imóvel para turistas.  

Jéssica Silva, gestora da área de Impacto Social da Vox Capital explica o sucesso da campanha e dá dicas para quem quiser buscar esse tipo de apoio para o seu próprio projeto. 

Como se explica a rapidez e o sucesso nessa campanha da Diáspora Black? 

Teve várias “primeiras vezes” envolvidas nesse processo. Foi a primeira vez que fizemos um investimento coletivo, então não sabíamos qual seria o timing. Tivemos feedbacks positivos dos investidores e foi uma novidade para gente falar com o público no varejo. Falar com essas pessoas que puderam fazer investimentos com tickets menores foi muito positivo.

O nível de engajamento dos investidores foi bem legal. O investidor sempre tem grandes preocupações, mas de maneira geral, a reação foi positiva. Era um grande desejo que eu tinha de ampliar o espectro da Vox, principalmente olhando para todas as desigualdades raciais.  

Qual é a importância desses investimentos para negócios de empreendedores negros? 

É importante olhar a comunidade negra como protagonista da história e não somente como beneficiária de produtos e serviços. Isso tem para mim um poder de transformação e geração de riqueza enormes.  Por isso tenho muito interesse em ver outros empreendedores negros com startups entrando nesse mercado de Venture Capital, nesse mundo de inovação. Estamos de portas abertas, estamos procurando produtos e serviços que tenham um componente de tecnologia para resolver problemas sociais e diminuir as desigualdades. Olhamos para o setor Saúde, Educação e Educação Financeira.  

Jéssica Silva da Vox Capital (Foto: Reprodução Linkedin)

O que o empreendedor que quiser fazer uma parceria com a Vox para capitar investimentos deve fazer? 

Para gente é importante que ele tenha um produto ou serviço existente e validado. Tem que ter um histórico de venda, o track record, que a gente chama. No caso da Diáspora, eles já tinham números, já estavam operando. 

Para saber mais acesse: 

https://diaspora.black/ 

https://www.voxcapital.com.br/ 

“Dona Ivone Lara”, escrita e dirigida por Elísio Lopes Jr., estreia dia 29 no Teatro Sérgio Cardoso

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O musical “Dona Ivone Lara” estreia a temporada paulista no dia 29, no Teatro Sérgio Cardoso, após grande sucesso no Rio de Janeiro. Escrito e dirigido por Elísio Lopes Jr, tendo boa parte do processo auxiliado pela própria Dona Ivone, o espetáculo traz a atriz angolana, Heloísa Jorge, que interpreta “Gilda“, em “A Dona do Pedaço“, novela exibida às 21h na Rede Globo, ao lado de Dandara Mariana e Fernanda Jacob, em fases diferentes da sambista.

A cantora é mostrada em sua fase menina (Dandara Mariana), adulta (Heloísa Jorge) e madura (Fernanda Jacob). Elísio também dirige outros projetos na TV e cinema. Assina todos os programas estrelados por Lázaro Ramos e também é roteirista de “Medida Provisória”, filme de estreia de Lázaro como diretor. Além disso, ele também dirige “Tia Má Com a Língua Solta”, primeiro stand up estrelado por uma mulher negra e um sucesso nacional.

Já Heloísa, recentemente apresentou o “Prêmio Sim à Igualdade Racial“, cantando e dançando, além de apresentar a festa da representatividade. A atriz, que reside no Brasil desde os 10 anos, também está no badalado projeto infantil “Viagens da Caixa Mágica”, com Lázaro Ramos e Jarbas Bittencourt.

O espetáculo “Dona Ivone Lara” retrata a vida e a obra da cantora e compositora brasileira Yvonne Lara da Costa, mais conhecida como Dona Ivone Lara, e carinhosamente chamada de A Rainha do Samba. Tem samba no pé, poesia na garganta e a história de uma heroína brasileira. Uma mulher que foi no “miudinho” e encontrou o seu espaço na música popular brasileira.

Espetáculo “Oboró – Masculinidades Negras” estreia Teatro Sesi

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O espetáculo “Oboró – Masculinidades Negras”, retrata a realidade do homem negro, que vive à margem de uma sociedade onde está longe de ser prioridade e busca ganhar a vida na sombra cruel em que habita, mesmo diante das dificuldades, desafios e lutas. A estreia será hoje e a temporada vai até dia 1° de setembro, de quinta a sábado, às 19h e domingo, às 18h, no Teatro Sesi, na Avenida Graça Aranha, n° 1, Centro (RJ).

Em Yorubá, o termo “Oboró” é utilizado para designar Orixás do sexo masculino. A peça tem direção de Rodrigo França e elenco formado pelos atores Cridemar Aquino, Danrley Ferreira, Draysson Menezzes, Ernesto Xavier, Jonathan Fontella, Luciano Vidigal, Marcelo Dias, Orlando Caldeira, Reinaldo Júnior e Sidney Santiago Kuanza. Escrita por Adalberto Neto, apresenta os conflitos de vida dos homens que eles interpretam. Cada personagem apresenta características de um, entre os Orixás: Exu, Ogum, Oxóssi, Omolu, Xangô, Oxumaré, Osanyin, Logun Edé e Oxalá.

A hipersexualização do corpo negro, a busca pela perfeição em troca de um lugar ao sol e os riscos de habitar uma pele preta, são alguns dos temas abordados. São nove situações que traçam um paralelo da realidade desses homens da sociedade, permeadas por muita música e dança.

Os ingressos custam R$ 40 a inteira e R$ 20 a meia, faixa etária 14 anos. Para comprar, acesse: http://www.ingressorapido.com.

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