A próxima edição do Casa Indica – Especial CBN, parceria entre a Casa Natura Musical com a Rádio CBN, irá receber na quarta-feira (29), o rapper Rico Dalasam para lançamento do álbum Dolores Dala, Guardião do Alívio. Além de cantar músicas do EP utilizando o Instagram @casanaturamusical, o artista também dará entrevista para Tânia Morales, apresentadora do programa CBN Noite Total, que estará utilizando a conta @cbnoficial.
Casa Natura Musical atua como um equipamento cultural, promovendo reflexões com o público em busca de um mundo mais diverso, inclusivo e sustentável através de shows, eventos especiais, mostras de arte digital e conteúdos nos canais de comunicação.
Com a participação de Rico Dalasam, a parceria entre a Casa Natura Musical e a CBN chega à quarta edição. Já participaram anteriormente Illy, Mahmundi e Hamilton de Holanda. A parceria reafirma o compromisso da Casa com a cultura neste momento em que não é possível nos encontrarmos fisicamente. Durante o isolamento, a Casa estreitou a relação com o público reforçando o conteúdo das redes sociais.
Sobre Dolores Dala, Guardião do Alívio
O fator dualidade que costura toda a obra de Rico Dalasam agora adentra o reino da fábula e transporta as máximas dor e alívio para a experiência do lúdico, retirando do mundo real eventos ocorridos na vida do artista nos últimos três anos. Sejam as descobertas em um relacionamento interracial descrito nas rimas embaladas pelo pandeiro em Braille, sejam os trágicos efeitos da ordem colonial vividos nas rimas do afropop Mudou Como?, o alívio se apresenta após longo tempo de dor e é representado pela volta a um lugar geográfico que pela natureza das coisas já não existe mais nas harmonias e melodias mineiras de Vividir. DDGA desenha um coração dentro de um corpo preto sul-americano pisando pelas primeiras vezes na vida adulta.
Serviço: Casa indica – Especial CBN Rico Dalasam – Lançamento do álbum Dolores Dala, Guardião do Alívio Entrevista + Música 29 de julho, quarta-feira, 17h Duração: 60 minutos O evento será realizado simultaneamente no Instagram @cbnoficial e @casanaturamusical.
Emmy 2020 tem número recorde de indicados negros. Na foto: Anthony Anderson, Sterling K. Brown, Tracee Ellis Ross, Regina King, Issa Rae e Kerry Washington ( Foto: Reprodução Instagram)
As indicações ao Emmy de 2020 foram anunciadas na terça-feira pela manhã por Leslie Jones, Laverne Cox, Josh Gad e Tatiana Maslany e surpreenderam pelo número recorde de indicados negros. A premiação está marcada para o dia 20 de setembro.
Mesmo com motivos para celebrar, muitos lamentaram a ausência de Viola Davis entre as nomeadas na categoria de Melhor Atriz Dramática, por sua atuação em How to Get Away With Murder.
Watchmen, da HBO, obteve o maior número de indicações no geral, com 26.
Fizemos uma lista destacando os artistas negros indicados Emmy
Melhor Atriz em Série Dramática:
Zendaya ( Euforia)
Melhor ator em série dramática Billy Porter (Pose) Sterling K. Brown ( This is Us)
Melhor atriz em série de comédia
Issa Rae (Insecure)
Tracee Ellis Ross (black-ish)
Melhor ator em série de comédia
Anthony Anderson (black-ish)
Melhor atriz em minissérie ou filme para TV
Regina King (Watchmen) Octavia Spencer (Self Made) Kerry Washington (Little Fires Everywhere)
Melhor ator em minissérie ou filme para TV
Jeremy Pope ( Hollywood)
Ator coadjuvante em série dramática
Giancarlo Esposito (Better Call Saul)
Jeffrey Wright (Westworld)
Atriz coadjuvante em série dramática
Thandie Newton (Westworld)
Samira Wiley (The Handmaid’s Tale)
Ator coadjuvante em série de comédia
Andre Braugher (BrooklynNine-Nine) Mahershala Ali (Ramy) William Jackson Harper (The Good Place)
Sterling K. Brown (The Marvelous Mrs. Maisel)
Atriz coadjuvante em série de comédia
Yvonne Orji (Insecure)
Melhor atriz coadjuvante em série limitada ou filme para TV
Uzo Aduba (Mrs America)
Confira a lista completa dos indicados nas principais categorias
Melhor série de drama
“Better Call Saul”
“The Crown”
“O conto da aia”
“Killing Eve”
“The Mandalorian”
“Ozark”
“Stranger Things”
“Succession”
Melhor série de comédia
“Curb your enthusiasm”
“Dead to me”
“The good place”
“Insecure”
“The Kominsky Method”
“The Marvelous Mrs. Maisel”
“Schitt’s Creek”
“What we do in the shaddows”
Melhor minissérie
“Little Fires Everywhere”
“Mrs. America”
“Unbelievable”
“Unorthodox”
“”Watchmen”
Melhor ator em série dramática
Jason Bateman – “Ozark”
Sterling K. Brown – “This is us”
Steve Carell – “The Morning show”
Brian Cox – “Succession”
Billy Porter – “Pose”
Jeremy Strong – “Succession”
Melhor atriz em série dramática
Olivia Colman – “The Crown”
Laura Linney – “Ozark”
Jennifer Aniston – “The Morning Show”
Jodie Comer – “Killing Eve”
Sandra Oh – “Killing Eve”
Zendaya – “Euphoria”
Melhor ator em série de comédia
Anthony Anderson – “Black-ish”
Ted Danson – “The good place”
Michael Douglas – The Kominsky Method”
Eugene Levy – “Schitt’s Creek”
Don Cheadle – “Black Monday”
Ramy Yousseff – “Ramy”
Melhor atriz em série de comédia
Christina Applegate – “Dead to me”
Linda Cardellini – “Dead to me”
Rachel Brosnahan – “The Marvelous Mrs. Maisel”
Tracee Ellis Ross – “Black-ish”
Issa Rae – “Insecure”
Catherine O’hara – “Schitt’s Creek”
Melhor ator em série limitada ou filme para TV
Jeremy Irons – “‘Watchmen”
Hugh Jackman – “Bad Education”
Paul Mescal – “Normal people”
Jeremy Pope – “Hollywood”
Mark Ruffallo – “I know this much is true”
Melhor atriz em série limitada ou filme para TV
Cate Blanchett – “Mrs. America”
Shira Haas – “Unorthodox”
Regina King – “’Watchmen”
Octavia Spencer – “Self made”
Kerry Washington – “Little fires everywhere”
Melhor Ator Coadjuvante em Série de Drama
Giancarlo Esposito – “Better Call Saul”
Bradley Whitford – “O conto da aia”
Billy Crudup – “The Morning show”
Mark Duplass – “The Morning show”
Nicholas Braun – “Succession”
Kieran Culkin – “Succession”
Matthew Macfadyen – “Succession”
Jeffrey Wright – “Westworld”
Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Drama
Laura Dern – “Big Little Lies”
Meryl Streep – “Big Little Lies”
Helena Bonham Carter – “The Crown”
Samira Wiley – “O conto da aia”
Fiona Shaw – “Killing Eve”
Julia Garner – “Ozark”
Sarah Snook – “Succession”
Thandie Newton – “Westworld”
Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia
Betty Gilpin – “Glow”
D’Arcy Carden – “The good place”
Yvonne Orji – “Insecure”
Alex Borstein – “The Marvelous Mrs. Maisel”
Marin Hinkle – “The Marvelous Mrs. Maisel”
Kate McKinnon – “Saturday Night Live”
Cecily Strong – “Saturday Night Live”
Annie Murphy – “Schitt’s Creek”
Melhor Ator Coadjuvante em Série de Comédia
Andre Braugher – “Brooklyn 99”
William Jackson Harper – “The good place”
Alan Arkin – “The Kominsky Method”
Sterling K. Brown – “Marvelous Mrs. Maisel”
Tony Shalhoub – “Marvelous Mrs. Maisel”
Mahershala Ali – Ramy
Kenan Thompson – Saturday Night Live
Daniel Levy – Schitt’s Creek”
Melhor reality show de competição
“The masked singer”
“Nailed it!”
“RuPaul Drag Race”
“Top chef”
“The voice”
Melhor programa de variedades
“The daily show with Trevor Noah”
“Full frontal with Samantha Bee”
“Jimmy Kimmel live!”
“Last week tonight with John Oliver”
“The late show with Stephen Colbert”
Melhor filme para TV
“American Son”
“Bad education”
“Dolly Parton’s Heartstrings: These Old Bones”
“El Camino: A Breaking Bad Movie”
“Unbreakable Kimmy Schmidt: Kimmy vs. The Reverend”
Devemos à cultura Black a origem ou influência em diversos ritmos musicais, e já passou da hora desse reconhecimento. Após o canal especial lançado no Brasil para celebrar o Dia da Consciência Negra em novembro do ano passado, agora a Deezer segue com o seu compromisso de apoiar artistas e criadores negros e lança globalmente o canal ” Black Culture “, disponibilizado na página inicial e fixo na guia ‘explorar’ em todo o mundo. O especial vem somar a outras iniciativas para reforçar a visibilidade de diversos talentos dessa cultura tão plural.
Começando pela música nacional: playlists repletas de hinos de artistas negros que nos inspiram e dão aquela força estão em destaque, como a brasileira “SobreVIVER” .
Atravessando fronteiras, o módulo “Catálogo Black” apresenta playlists 100% de artistas que movimentam o cenário internacional, como Beyoncé, Rihanna, Prince, Nina Simone, Kendrick Lamar, Drake, Bob Markey e outros.
Em “Artistas Pretos Icônicos” , os editores selecionaram várias playlists para celebrar faixas novas e lendárias de músicos negros que influenciaram gêneros e fizeram história na música. Hip-Hop está repleta de sucessos de nomes como Jay Z, Lil Wayne, Kanye West e Snoop Dogg; Pop tem hits de Michael Jackson, Mariah Carey, Rihanna, Whitney Houston; Rock tem muito Phil Lynott, Betty Davis, Prince, e vários outros gêneros também ganharam destaque por lá.
Podcasts brasileiros também ganharam mais visibilidade: AFETOS , por Gabi Oliveira e Karina Vieira, AmarElo – O filme invisível , que é um mergulho nas referências sonoras, visuais, sensoriais e espirituais do projeto AmarElo de Emicida e Fora da Caixa , podcast sobre vivência negra e identidades periféricas são alguns deles.
A Deezer é um serviço de streaming de música criado em 2007. A empresa de capital fechado tem sede em Paris e escritórios em São Paulo, Londres, Berlin, Miami, Dubai e em outros lugares do mundo. Deezer está disponível com download gratuito para iPhone, iPad, Android e Windows ou na web em deezer.com.
Renan Santos da Silva, o produtor musical mais disputado entre os MCs de funk do país. Conhecido como Rennan da Penha (pois cresceu no Complexo da Penha), o DJ era o anfitrião do Baile da Gaiola. Lançou recentemente, o álbum “Segue O Baile”, que conta com várias participações especiais de Kekel, MC Rebecca, Turma do Pagode, Luísa Sonza, POCAH e muito mais e conta com os hits “Baila Comigo (Funk Remix) e o hit viral “Talarica”.
Galeria Segue O Baile
Foram convidados oito artistas pretos para ilustrar animações exclusivas para as 8 faixas diferentes do álbum. É importante reforçar que todos que participaram foram devidamente remunerados, com o objetivo de trazer o sentimento de pertencimento a esses artistas como Potência Cultural em todos os sentidos.
Além disso, para o aquecimento do álbum, foi gravado um vídeo react da abertura do DVD, com a Buba Aguiar, Raul Santiago e o Danrley Ferreira, comentando e reagindo ao manifesto da vida na favela, e vocês podem conferir aqui:
https://www.instagram.com/tv/CCt8zycAOzS/
Em 2019, Rennan da Penha foi preso, depois de ter sido absolvido na primeira instância, numa decisão contestada e criticada até pela OAB. Durante esse tempo, levou o Prêmio Multishow nas principais categorias e foi indicado ao Grammy Latino. Oito meses depois, foi solto na decisão que contestou prisões julgadas em segunda instância e, no dia seguinte à nova liberdade, assinou um contrato com a Som Livre. Segue o Baile, é o seu primeiro projeto de peso de uma grande gravadora; Ouça o álbum completo de Segue o Baile:
Na próxima sexta-feira (31), a Mastercard promoverá o encontro entre Liniker, Xenia França e Milton Nascimento para cantar sucessos do criador de “Maria, Maria”. A live terá início às 20h30, e será transmitida no canal do YouTube da marca e também nos canais dos artistas, além do Multishow. Todas as recomendações das autoridades de saúde serão seguidas. Também haverá transmissão em libras.
A apresentação tem o objetivo de angariar doações de pratos de comida para o movimento “Faça parte: comece o que não tem preço”, iniciativa liderada pela Mastercard que tem como objetivo doar pelo menos 2 milhões de refeições para comunidades carentes em combate à fome e à pobreza.
Durante a live um QR Code ficará disponível na tela, para que o público também possa fazer doações. Cada real doado será revertido em um prato de comida para a ONG Ação da Cidadania, que destinará as refeições para os mais afetados pela pandemia.
Com o mesmo propósito, a Mastercard promoveu, em junho, uma live inédita entre Gilberto Gil e Iza. “Nosso movimento doou, até o momento, 1,5 milhão de refeições, que ajudaram famílias necessitadas neste momento difícil”. Somente na última live, com Gil e Iza, foram arrecadados 200 mil pratos de comida, o que ajudou a totalizar 1.5 milhão de refeições.
Como todas as áreas da mídia tradicional, os quadrinhos, desenhos e animações carecem de representatividade negra, pensando nisso, selecionei 9 heroínas muito conhecidas e que marcaram a infância de muita gente:
TEMPESTADE
Ororo Munroe, conhecida como Tempestade, é uma mutante que descende uma antiga linhagem de sacerdotistas Africanas. Ela se tornou membro do X-Men, um grupo de heróis que luta por paz e igualdade de direitos entre mutantes e humanos. Sua principal habilidade é controlar o clima, dominando todos os seus elementos. No cinema a personagem foi eternizada por Halle Berry, sua versão mais jovem foi interpretada por Alexandra Shipp.
AISHA CAMPBELL – RANGER AMARELA
Interpretada por Karan Ashley, Aisha Campbell (que participou de um concurso para conseguir o papel), a segunda Power Ranger Amarela, foi introduzida em em Mighty Morphin Power Rangers, substituindo Thuy Trang na segunda temporada. Como Ranger ela esteve em mais de 80 episódios e estrelou a película “Mighty Morphin Power Rangers: The Movie”, que foi lançado pela Fox.
OKOYE
Okoye é uma guerreira fictícia, membro das Dora Milaje na Marvel Comics. A personagem, criada por Christopher Priest e Mark Texeira, apareceu pela primeira vez nos quadrinhos em Black Panther #1. Ganhou popularidade na telona, ao ser interpretada por Danai Gurira aparecendo em Vingadores Guerra infinita e End Game
VIXEN
Vixen é uma super-heroina africana das histórias em quadrinho publicadas pela DC Comics. Ela é o alter ego da modelo internacional Mari Jiwe McCabe. É capaz de utilizar, absorver e desenvolver habilidades qualquer animal como a velocidade de um leopardo, a força de um urso, ou voar como uma águia.
IRON HEART
Riri Williams ou Coração de Ferro é uma estudante de 15 anos que ingressou precocemente no MIT, a mais prestigiada faculdade de tecnologia dos Estados Unidos. Com uma inteligencia acima do normal, ela constrói sua própria versão da armadura do Homem de Ferro, utilizando materiais que ela furta pelo campus. Será que veremos essa heroína no Cinema na próxima fase do Universo Marvel?
TORMENTA
Filha de Jefferson Pierce, o Raio Negro, Anissa manifestou seus poderes pela primeira vez ainda na adolescência, mas prometeu para seu pai que só colocaria um colante e se tornaria vigilante depois que concluísse a faculdade. Após assumir a identidade super-heroica de Tormenta, Anissa se filiou ao supergrupo conhecido como Renegados. Ela é interpretada por Nafessa Williams na série Raio Negro (Disponível na Netflix).
ESTRELINHA
Estrelinha é a irmã mais velha das Meninas Superpoderosas e a primeira criação viva conhecida do Professor Utônio, aparecendo no reboot de 2016. Dentre suas habilidades estão superforça, teletransporte e telecinese.
AISHA/LAYLA
Aisha/Layla é a princesa e Fada Guardiã de Andros no desenho animado “O Clube das Winx”. Aisha é a fada das Ondas, ela controla um líquido chamado Morphix. Onde assume qualquer forma que ela desejar. Aisha ainda tem habilidades como nadar muito rápido, principalmente em alto oceano, já que ela veio de uma família de sereias e Tritões.
ALEX
Alexandra Vasquez, a Alex, têm catorze anos de idade, na primeira temporada da série animada, e é uma estudante do primeiro ano do ensino médio na escola Beverly Hills. Alex já nasceu com as habilidades de espiã, quando convocada se tornou amiga de Sam e Clover, suas companheiras de espionagem. Alex também é conhecida como a maior esportista do colégio. Embora exista confunsão sobre a etnia de Alex, muitas fontes a definem como Afro Hispânica.
Ao lado de Djamila Ribeiro, cantora participou do ‘Altas Horas’ deste sábado (25) em um papo sobre racismo e empatia. Quem vê Iza esbanjando poder em seus shows e clipes pode não imaginar que, antes da fama, ela viveu as mesmas questões que qualquer menina negra brasileira.
No Altas Horas, a cantora dividiu suas experiências de vida em relação ao racismo e falou do processo de construção de sua autoestima em meio aos padrões de beleza instituídos na sociedade.
“A gente aprende que nosso cabelo não é aceito pela sociedade, que tem alguma coisa de errado e você tem que consertar, e é isso. Eu passei grande parte da minha vida alisando o cabelo e tenho certeza de que isso faz parte da realidade de muitas meninas negras.”
Iza celebrou o fato de, hoje em dia, cada vez mais meninas se sentirem bem com as suas aparências, sem se submeter aos padrões estéticos tão cruéis impostos na sociedade.
“É impagável você andar na rua, ver uma outra menina de cabelo crespo e ela sorrir para você sem nem se conhecer. A gente acaba se ajudando nesse sentido.”
“Acho lindo quando vou no ‘Altas Horas’ e vejo todas elas e eles muito orgulhosos. Porque é dessa forma que temos que nos olhar mesmo, com orgulho, porque não tem nada de errado. A gente é muito bonito sim”.
Living Single é uma série norte-americana criada por Yvette Lee Bowser em 1993 que retrata a vida de seis amigos que compartilhavam suas experiências pessoais e profissionais no Brooklyn, bairro de Nova Iorque. A série foi estrelada por Queen Latifah, Kim Coles, Erika Alexander, T. C. Carson, John Henton, Kim Fields e Mel Jackson (Foto- Reprodução Instagram)
Por Thais Sena
Via Portal TNM
Você já deve ter ouvido falar sobre Living Single em algum momento da sua vida. E é possível (e provável) que a referência tenha sido uma comparação com uma outra série muito semelhante, mas de repercussão muito maior. Esse texto visa discutir essa comparação, mas reafirmo o título: Living Single não é a versão preta de série nenhuma!
Recentemente acompanhei o Tago, que é uma figura ativa nas redes sociais, pensador, escritor do blog Papiro Indômito e mestrando em Saúde Pública, falar sobre como esse tipo de comparação serve para reafirmar a superioridade branca e impedir que os outros tenham seu próprio nome reconhecido: temos sempre a comparação com o “Messi Negro”, a “Fernanda Montenegro negra”, mas nunca o “Pelé Branco”, o “Denzel branco”, a “Viola branca”. Por isso, é importante reafirmar que Living Single não é a variação de uma série de mais sucesso com atores brancos. Pelo contrário. A tão aclamada série Friends, que rendeu os atores mais bem pagos da história da TV e que chegaram a ganhar 1 milhão de dólares por episódio nas últimas temporadas, é que é uma versão branca de Living Single.
Living Single é uma série norte-americana criada por Yvette Lee Bowser em 1993 que retrata a vida de seis amigos que compartilhavam suas experiências pessoais e profissionais no Brooklyn, bairro de Nova Iorque. A série foi estrelada por Queen Latifah, Kim Coles, Erika Alexander, T. C. Carson, John Henton, Kim Fields e Mel Jackson.
Com Queen Latifah no elenco e Bowser como produtora, que posteriormente atuaria como consultora em séries como Dear White People e Black-ish, a série de 5 temporadas teve motivos de sobra para cair nos braços da audiência ao redor do mundo. Sem contar que era a primeira vez que quatro mulheres negras eram protagonistas de uma série norte-americana. Mas seu maior reconhecimento se dá não por isso, mas pela comparação com a série Friends. Por isso, seguem abaixo os principais embates entre as duas séries para que você entenda, de uma vez por todas, que Living Single é sua própria versão de uma série que a copiou (há quem fale sobre inspiração, mas preste atenção para ver se em algum momento a palavra “plágio” vem à cabeça) e que nem sequer rendeu créditos aos envolvidos:
Data de lançamento
Living Single foi lançada pela Fox em 22 de agosto de 1993. Já Friends foi lançada um ano depois, em 22 de setembro de 1994, pela NBC.
Semelhanças
Friends foi lançado um ano após Living Single , observe a foto e tire suas conclusões
Como se a imagem não falasse por si só, as coincidências vão além das personalidades de cada personagem. Um exemplo é Synclaire e Phoebe que, entre outras coisas, eram defensoras dos animais. A introdução de Friends era, digamos, bem parecida com a introdução de Living Single. E tem mais: o canal Behind The Curtain listou o que as séries têm em comum: Living Single tinha uma relação familiar, entre Khadijah James e Synclaire James-Jones, que eram primas, assim como Friends tinha Monica e Ross, que eram irmãos e dividiam um apartamento. Max e Khadijah são amigas da faculdade, assim como Ross e Chandler. O mesmo acontece na vida amorosa: na parte dos relacionamentos conturbados, Living Single tinha o casal Max e Kyle e Friends tinha Ross e Rachel (e ambos tiveram um filho); já nos relacionamentos mais consistentes (porém inicialmente escondidos), Living Single tinha Synclaire e Overton enquanto Friends tinha Monica e Chandler.
Living Single originalmente foi ao ar pela Fox. No entanto, durante um entrevista no programa The Late Late Show with James Corden, Queen Latifah falou sobre um acontecimento logo após o lançamento da série: Warren Littlefield, então presidente da NBC, foi questionado sobre a possibilidade de levar o show que quisesse para sua rede e ele respondeu que levaria Living Single.
O posicionamento dos elencos e produção das séries
Em outra entrevista, desta vez para o Watch What Happens Live with Andy Cohen, Queen Latifah menciona novamente o ocorrido com o presidente da NBC e é questionada pelo apresentador se, com o lançamento de Friends, o elenco achou que já estava fazendo algo parecido e ela respondeu: “Não. Nós sabíamos que já estávamos.”
Quando se trata do elenco de Friends, é mais difícil encontrar qualquer pronunciamento sobre sequer o reconhecimento de Living Single. No início do ano, o ator David Schwimmer, que interpretava Ross, deu um posicionamento controverso, que foi interpretado como o do branco salvador. Ele diz que a série abordou diversas questões importantes como sexo com proteção e casamento gay, mas falhou em muitas outras questões sociais, como a diversidade. Ele ainda disse que muitas vezes defendeu a ideia de que seu personagem se relacionasse com mulheres de cor. Depois disso, chegou a defender que talvez Friends tivesse uma versão asiática ou negra. A declaração foi motivo de muita represália nas redes sociais.
Por outro lado, John Henton, que interpretava Overton, fala sobre o fato de que Living Single era inicialmente transmitido aos domingos na primeira temporada e, depois da estreia de Friends, Living Single também passou a ser transmitido às quintas-feiras às 20:30. Isso pode parecer irrelevante agora, mas lembre-se que estamos falando de um tempo em que não havia serviços de streaming e que a pessoa tinha que escolher qual série assistir. No caso, essa escolha tinha grande repercussão na audiência e, portanto, no futuro das séries. Henton diz ter ficado bravo na época porque a ideia eram deles e não receberam nenhum crédito por isso. Hoje as pessoas falam que Friends é uma ótima série, mas não sabem em que ela foi baseada e não há nenhum reconhecimento sobre Living Single.
Já os produtores de Friends, Marta Kauffman e David Crane, dizem que chegaram na NBC com o que viria a ser Friends e que Littlefield respondeu “É isso!”. Note que depois de todas as “semelhanças” que observamos entre as duas séries, sem nem ser questionado, David Crane faz questão de dizer: “Nós não sabíamos que eles estavam procurando por isso.” Logo, só podemos acreditar que as personalidades, a cidade, os apartamentos, as imagens, o enredo e a história não passam de uma coincidência que favoreceu a série embranquecida.
Por fim, vamos às consequências: enquanto os atores de Friends ganharam fama em Hollywood, colocaram 1 milhão de dólares no bolso por cada episódio nas últimas duas temporadas, tiveram suas próprias séries e participaram de diversas outras produções, Living Single foi encerrada em sua quinta temporada. E quem, além de Queen Latifah, é conhecido aqui no Brasil, por exemplo? Aí está a importância de reconhecer e não limitar Living Single à versão de qualquer outra série. Living Single não foi reconhecida, mas foi ela que provocou a “inspiração” de um novo formato que seria muito copiado posteriormente.
Só para vocês terem uma ideia do quão nocivo isso é: até hoje, todos os atores de Friends ganham em torno de U$ 20.000.000,00 (vinte milhões de dólares) por ano, só pelas reprises de Friends – e assim será pelo resto da vida. Acho que com isso dá para viver mais ou menos, não é?
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A Terça Crespa é o encontro de artistas negros do teatro, da dança, da literatura, do cinema e da performance, para formação de público, intercâmbio, discussão de temas relevantes a arte negra e construção de material crítico sobre os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos por esses artistas, dentro do panorama artístico nacional.
Nesta terça-feira (28) o encontro acontece às 19h30 no Instagram do Centro Cultural São Paulo ( @ccsp_oficial ) com o tema: “Encontro de Gerações”, os convidados irão falar sobre como vêem a arte negra nos dias atuais e contar histórias que marcaram suas carreiras e consequentemente a história cultural brasileira. Os participantes serão: Léa Garcia, Haroldo Costa e João Acaiabe – com apresentação de Lucelia Sergio e Sidney Santiago Kuanza.
O projeto nasce da “Segunda Crespa“, encontro organizado pelos Os Crespos, que juntamente com a “Segunda Preta“, de Belo Horizonte, a “Segunda Black“, do Rio de Janeiro e a “A Cena tá Preta“, de Salvador, fazem parte de um movimento nacional de fortalecimento da cena negra.
A programação conta com mostras curtas de cenas e performances, leitura de textos teatrais, reflexão dos artistas convidados sobre os trabalhos e bate-papo com o público sobre os temas discutidos em cada encontro.
A proposta de continuidade do projeto, em parceria com o Centro Cultural São Paulo, visa aprofundar em assuntos que discutam autoria, referências estéticas, novos temas de pesquisa e as relações com a cultura popular negra e as questões sociais; além de fortalecer a formação de público iniciada em 2019, que teve ótimos resultados, abrindo diálogo entre artistas, pesquisadores, estudantes, público e os grupos de arte negra. Esse encontro resultou na indicação ao Prêmio Aplauso Brasil “Categoria Destaque”.
Assim como nos meses anteriores, em decorrência do isolamento social, a Cia Os Crespos e o Centro Cultural São Paulo darão continuidade ao projeto através de encontros on-line, nos quais os assuntos abordados serão discutidos em LIVES no instagram do CCSP e na sequência disponibilizado nas redes da Cia.
Serão 02 horas de bate-papo com 03 (três) convidados por edição, e interação com o público.
O Jogo da Memória Sankofa foi desenvolvido por Izabelle Simplicio, Nina da Hora e Taynara Cabral. Com o objetivo ser mais uma das ferramentas, que contribuem para manter viva a memória e a história de mulheres negras dos países da América Latina. “Trazer à memória esse legado para os dias de hoje significa não só reconhecer o passado, mas nos serve como inspiração e projeção de futuro. O nome Sankofa foi escolhido justamente por isso, que segundo a filosofia do povo Akan, significa ‘nunca é tarde para voltar e apanhar aquilo que ficou atrás’. O projeto foi desenvolvido sem nenhum financiador”.
Ao longo da história, nas mais diversas áreas, mulheres negras ocuparam a linha de frente da luta pela liberdade, pela garantia de direitos e de possibilidades de futuro. Com batalhas travadas tanto no campo de guerra, como na articulação política, na produção intelectual e artística, mulheres negras utilizaram, e seguem utilizando, de variadas ferramentas que hoje moldam um acervo extremamente rico de legado e estratégia.
As peças do jogo trazem ilustrações de 12 mulheres que marcaram a história de 6 países da América Latina: “Conhecer o passado, construir no presente e projetar novas possibilidades de futuro. A movimentação de mulheres negras transcende todos os ciclos do tempo”.
O material é gratuito e está disponível em duas versões: para imprimir e para jogar on-line, pensando justamente no alcance e na acessibilidade de cada um desses formatos.