John Boyega e sua produtora UpperRoom Productions assinaram um acordo com a Netflix para desenvolver filmes não ingleses com foco no oeste e leste da África.
A Netflix comunicou que a UpperRoom “desenvolverá projetos de filmes baseados em histórias, elenco, personagens, equipe, propriedades literárias, mitologia, roteiros e / ou outros elementos nos países africanos ou nos seus arredores”.
“Estou empolgado em fazer parceria com a Netflix para desenvolver uma série de longas-metragens em inglês, focadas em histórias africanas, e minha equipe e eu estamos empolgados em desenvolver material original”, disse Boyega em comunicado. “Estamos orgulhosos de expandir esse ramo de nossos negócios com uma empresa que compartilha nossa visão”.
O site americano Hollywood Reporter diz que três recursos fazem parte do acordo, incluindo dois da Nigéria e um do Egito, com a UpperRoom desenvolvendo os filmes “baseados na PI africana, como propriedades literárias, clássicos de Nollywood, roteiros e mitologia.
Recentemente, a Netflix fez um esforço para priorizar o conteúdo original fora da África. A primeira série original africana foi Queen Sono.
Pelo menos dois outros projetos, o drama adolescente sul-africano Blood and Water e a série animada Mama K’s Team 4, devem estrear ainda este ano.
José Padilha, o problema não é sobre sua cor, é a cultura.
Quando falamos sobre a diversidade no entretenimento logo surge aquela pergunta aparentemente despretensiosa e ocasionalmente ingênua: Faz diferença um diretor de pele negra ou branca para contar essa história?
Esse é o ponto de partida de José Padilha para rebater as críticas que caíram sobre o diretor, anunciado para encabeçar uma série que contará a história da Marielle Franco. Padilha escreveu na Folha “os linchadores reduziram tudo a cor da minha pele”. Vamos conversar mais sobre isso?
Padilha essa afirmação te coloca exatamente no extremo oposto da discussão sobre representatividade e respeito com a experiência da vida negra. Acredito, realmente, que você ainda possa refletir muito sobre o trabalho de ativistas negros como a Marielle Franco. Creio que seja possível que você e toda sua equipe se esforce para caminhar em direção ao respeito que os movimentos negros exigem pelos seus expoentes. Veja bem, nunca foi sobre sua cor. Nunca foi sobre a cor de quem está contando essa ou aquela história, é sobre a cultura.
Quando Malcolm voltou de sua viagem a Meca, Al Hajj Malik Al-Shabazz, realmente interpretou de forma diferente sua luta, mas você omite, propositalmente, que um dos maiores líderes dos movimentos negros americanos concluiu que o status de homem branco não estava condicionada apenas a cor da pele, mas a seus comportamentos: “Comecei a me dar conta de que ‘homem branco’, como a expressão é comumente usada, significa cor da pele apenas secundariamente; primariamente descreve atitudes e ações”.
Ações que aproximam ou o afastam da convivência, não apenas física, mas espiritual e contextual. Todavia, suas atitudes com o texto buscam confrontar aqueles que a Marielle representava. Você citou Malcolm-X e parafraseou King, como uma forma de se aproximar dos seus sonhos, mas, como a maior parte das pessoas brancas brasileiras, gosta de ficar na primeira página do discurso. Quero pontuar isso adiante, por hora vamos falar sobre essa diferença cultural.
Quando um jornalista perguntou se o filme Fences (Um Limite Entre Nós) precisava mesmo de um diretor negro, o ator Denzel Washington foi enfático em devolver com a resposta “Não é cor, é cultura”.
“Martin Scorsese provavelmente poderia ter feito um bom trabalho com a Lista de Schindler. Mas existem diferenças culturais. Eu sei, todos sabemos o que é quando um pente quente bate em sua cabeça em uma manhã de domingo, como isso cheira. Essa é uma diferença cultural, não apenas uma diferença de cores. ”
Você é um profissional experiente, sabe que a conexão cultural cria proximidade com o povo. Fez isso dirigindo Narcos. Agora é questionável a sua conexão com a cultura negra, da qual Marielle Franco era defensora, militante e representante. Seu conhecimento sobre milícias não o torna um notório conhecedor sobre a experiência de vida negra, a menos que você acredite que a vida negra se resuma ao crime – o que seria uma expressão terrível de preconceito.
Utilizar Luther King como forma de atacar a consciência de quem criticou sua escolha é uma nova demonstração do discurso raso sobre a luta pelos direitos civis do povo afro americano. A maior parte das pessoas brancas que comete um deslize, tenta utilizar trecho desse mesmo discurso como uma indulgência e você tentou se respaldar da mesma maneira com o jargão “sonho que meus filhos, um dia, viverão em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter.”
Entende que estamos falando de uma realidade onde o “Julgamento” para pessoas negras significa esfolamento, estupro e morte? E que isso, nem de longe se compara com a vida de um homem branco e rico que recebeu críticas na Internet de um grupo de ativistas não violentos? Entende que King e seus familiares fugiam de leis como a de Lynch, um juíz de paz do condado de Bedford que levantou seu destacamento miliciano e promoveu uma caçada tão sangrenta contra pretos que acabou sendo imortalizado na prática de “linchamento”? Que ironia, aliás, usar uma palavra racista contra essas críticas.
Seu texto na Folha de São Paulo reforça a ideia de que grupos privilegiados raramente desistem voluntariamente de seus privilégios. Aqui te trago uma outra surpresa: essa frase é uma expressão de um dos discursos de Luther King, junto com outra que reforça nossa conversa sobre cultura, escrita em uma carta no presídio de Birmingham:
“Suponho que deveria ter percebido que poucos membros da raça opressora podem entender os gemidos profundos e os anseios apaixonados da raça oprimida, e ainda menos têm a visão de que a injustiça deve ser erradicada por uma ação forte, persistente e determinada” – M. L. King ( Leia a carta na íntegra aqui – https://kinginstitute.stanford.edu/king-papers/documents/letter-birmingham-jail)
Antes de ousar falar sobre como “O pensamento de Martin Luther King é incompatível com o julgamento de pessoas com base na sua cor”, reflita um pouco mais sobre seu lugar nessa conversa. Busque entender mais os anseios apaixonados de quem o critica. Talvez, um dia, você perceba que essa discussão nunca foi por conta da sua cor, nem a cor da Marielle, mas sobre a cultura e a experiência de vida negra, que você demonstra não ter afinidade alguma.
Após críticas e acusações de racismo, a Globo e a Antifa Filmes decidiram escalar diretores e roteiristas negros para a série que está sendo produzida sobre a vida de Marielle Franco, um dos maiores investimentos de sua plataforma de streaming Globoplay para 2021. “Marielle – O Documentário” será exibida dia 12 de março na Globo, após o bbb20. A estréia no Globoplay é no dia seguinte, com todos os seis episódios disponíveis.
A história de Marielle Franco também será tema de seriado dirigido por José Padilha com previsão de estreia para 2021. Após o anúncio, ativistas e profissionais negros do áudio escreveram coletivamente uma Nota de Repúdio em relação ao projeto da série. Um dos motivos é a ausência de pessoas negras, sobretudo mulheres negras na parte executiva do projeto. Marielle era mulher negra e feminista.
“Homem que deu e dá ferramentas simbólicas para a construção do fascismo e genocídio da juventude negra no país”, nota do movimento negro, sobre José Padilha como diretor da serie.
Para justificar a escolha de Padilha, Antonia Pellegrino, autora de série sobre a vereadora, lamentou não ter “um Spike Lee” no Brasil. Pelo Twitter, ela ainda reforçou a tese, o que gerou indignação nas redes.
“Existe um racismo estrutural no Brasil q impediu, até hj, a formação de um spike lee brasileiro. Não é supremacia branca. É denúncia”, escreveu.
A produtora cultural e ativista Andreza Delgado rebateu a declaração. “Na real você ainda consegue ser mais racista, chamando por um Spikee Lee brasileiro e desqualifica toda uma gama de profissionais negros, como se existisse um jeito só de fazer cinema e áudio visual. Nós negros somos diversos e de aliada você não tem é nada”, tuitou.
O portal Uol divulgou que a série terá pelo menos um cineasta negro, como Jeferson De (Brother, 2011), que deve dirigir alguns episódios. A liderança do projeto, no entanto, continuará nas mãos de José Padilha, que é sócio do projeto e na empresa Antifa Filmes, mas deve crescer com novos roteiristas e diretores. A série terá duas temporadas de oito episódios cada.
“Ao atacar figura pública emblemática, os réus visavam – e de alguma forma obtiveram – ampla repercussão de suas mensagens segregacionistas.” Esse é um trecho da sentença assinada pelo juiz Eduardo Pereira dos Santos Júnior, da 5ª Vara Criminal da Comarca da Capital de São Paulo referente aos responsáveis aos ataques racistas sofridos pela jornalista Maju Coutinho .
Nessa segunda-feira, 9 de março , a justiça de São Paulo condenou Erico Monteiro dos Santos e Rogério Wagner Castor Sales a penas que variam de cinco a seis anos de prisão em regime semiaberto e aplicação de multa por racismo e injúria racial.
Os dois homens usaram perfis falsos para praticar racismo em páginas nas redes sociais. Por terem recrutados três adolescentes para a ação criminosa, eles também foram condenados por corrupção de menores.
Outros réus envolvidos no caso Kaique Batista e Luis Carlos Felix de Araújo foram absolvidos por falta de provas.
O caso de Maju aconteceu em 2015 , mas só em 2016 os quatro réus foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo. Eles ainda podem recorrer em liberdade.
Aos poucos três casais se formam e o público acompanha histórias de amor embaladas por sucessos de Arlindo Cruz. Esse é o clima do espetáculo Quando A Gente Ama – Um Musical com Sambas de Arlindo Cruz, que estreia nessa sexta-feira (13) às 20h, no Teatro Porto Seguro.
Com texto e direção de João Batista, o elenco conta com Alexandre Moreno, Aline Borges, Allex Miranda, Cris Vianna, Édio Nunes e Patrícia Costa. A temporada segue até 26 de abril com sessões às sextas e sábados às 20h e domingo às 19h.
O musical trata sobre os altos e baixos do amor, a partir do repertório do sambista Arlindo Cruz. O elenco é acompanhado por cinco músicos que animam uma roda de samba em cena. São dez histórias curtas, cada uma delas relacionada a uma canção do repertório de Arlindo Cruz, a quem o espetáculo é dedicado. O público entra em contato com toda uma galeria de personagens que parecem tirados do cotidiano, com os dramas (e comédias) das histórias de amor, acompanhadas por sucessos como Casal Sem Vergonha, O Show Tem Que Continuar e O Que é o Amor, entre outros.
Serviço:
De 13 de março a 26 de abril – Sextas e sábados às 20h. Domingo às 19h.
Ingressos: R$ 80,00 plateia / R$ 60,00 balcão e frisas.
Classificação: 14 anos.
Duração: 90 minutos.
TEATRO PORTO SEGURO – Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo
A atriz queniano-mexicana Lupita Nyong’o publicou em seu Instagram uma foto com a escritora Chimamanda Ngozi Adichie, autora do livro “Americanah”. O encontro aconteceu em fevereiro, num evento realizado em Lagos, Nigéria, para promover a adaptação televisiva da obra.
No encontro, elas usaram o mesmo macacão, só que em cores diferentes. E foi inspiração pura. Uma estilista de uma marca infantil vestiu a filha e uma amiga com as mesmas roupas para recriar esse encontro. A foto das duas garotinhas foi postada pela mãe, em comemoração pelo Dia Internacional da Mulher.
Nesta segunda-feira (9) Chimamanda Adichie compartilhou em seu Instagram a “adorável” homenagem. Confira:
Camila de Moraes, Renata Martins e Gabriel Martins (Crédito: Reprodução Instagram)
A resposta é simples: Temos os nossos jovens talentos, com suas bagagens, escolas, projetos e genialidades.
Inspirados em “Spikes Lees”, “Jordans Peeles”, “Antônios Pitangas”, “Joelzito Araújos”, “Jefferson Ds”, “Zozimos Bubuls” e tantos outros…
Não precisamos de um Spike Lee. Precisamos de oportunidade.
Na dúvida, segue lista com alguns dos principais nomes do cinema negro no Brasil ( tem muito mais):
André Novais
Nascido em 1984, é diretor, produtor executivo, roteirista. Sócio-fundador da Filmes de Plástico, produtora audiovisual de Contagem (MG). Na sua lista de filmes estão “Temporada”, “Ela volta na quinta”, “Pouco mais de um mês” e “Fantasmas”.
André Novais: Crédito Lista Preta Twitter
Destaque para o premiado “Temporada”, sucesso de crítica e selecionado para o Festival de Locarno, na Suíça.
No Brasil, a obra recebeu venceu as cinco indicações do 51ª edição do Festival de Brasília, incluindo o prêmio de Melhor Atriz para Grace Passô.
Viviane Ferreira
Nascida na periferia de Salvador, Viviane Ferreira é a segunda mulher negra brasileira a dirigir um longa metragem, o filme “Um dia com Jerusa”. Ela também é Sócia da Odun formação e Produção e diretora artística do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul.
Viviane Ferreira : Crédito Lista Preta
Aqui você pode conferir o curta “O Dia de Jerusa” que deu origem ao longa lançado posteriormente
Sabrina Fidalgo
Sabrina é cineasta, roteirista, atriz e produtora brasileira. Foi eleita em 2018 pela Bustle uma das “36 Female Filmmakers Across the GlobeWho Are Breaking Ground In Their Own Country” ficando na oitava posição.
Sabrina Fidalgo: Crédito Lista Preta
Aqui você pode conferir o ótimo “Rainha” (2016), que rendeu cerca de 13 prêmios:
Renata Martins
Diretora e Roteirista Renata é criadora da premiada websérie Empoderadas, roteirista da série Pedro e Bianca, ganhadora dos Prêmios Emmy Kids Internacional, Prix Jeunesse Ibero-americano e Internacional.
Renata Martins – Crédito : Reprodução Instagram
Dirigiu e roteirizou os curta-metragens Aquém das nuvens e Sem Asas. Coordenou o desenvolvimento da série Rua Nove e também o 1º Encontro de Mulheres Negras do Audiovisual.
Ela ainda compôs e a equipe de roteiristas na novela Malhação – Viva a Diferença, na Rede Globo, projeto ganhador do Emmy Kids Internacional.
Episódio de Empoderadas com Raquel Trindade:
Glenda Nicácio
Glenda fundou a Rosza Filmes, uma produtora independente localizada no recôncavo baiano, integra também o projeto Quadro a Quadro atuando na realização de oficinas cinematográficas e na atividade cineclubista em escolas públicas da região.
Glenda Nicácio: Crédito Lista Preta
Trailer de uma das suas principais obras, “Café com Canela”:
Gabriel Martins
Gabriel é bacharel em cinema pelo Centro Universitário UNA, roteirista, diretor e sócio-fundador da produtora Filmes de Plástico. Dentre seus principais projetos estão os curtas “NADA”, “Rapsódia para o Homem Negro” e o longa “No Coração do Mundo”.
Gabriel Martins: Crédito Lista Preta Twitter
Trailer de “No coração do Mundo”:
Camila de Moraes
A jornalista Camila de Moraes é também diretora do documentário “O Caso do Homem Errado” de 2017, que conta a história de Júlio César de Melo Pinto, executado pela polícia.
Camila Moraes : Crédito Lista Preta Twitter
O doc foi pré-selecionado para o Oscar. Atualmente trabalha na série “Nós Somos Pares”
Segue trailer de “O Caso do Homem Errado”:
Clementino Junior
Fundador do cineclube Atlântico Negro e criador do projeto ‘Memória Portátil’ voltado para produções etnográficas. Tem em seu currículo cerca de 25 curtas, seu projeto mais recente, “A padroeira” será exibido na exposição “Every Leaf is An Eye” na Suécia.
Clementino Junior : Crédito Lista Preta Twitter
Aqui você pode confere outra obra de Clementino, o documentário “Jurema”:
Juliana Vicente
Diretora, produtora e fundadora da Preta Portê Filmes. Com trabalhos vistos em diversos festivais como Berlim e Rotterdam. Em 2015 ela foi premiada com a co-produção “A Terra e a sombra”, no Festival de Cannes.
(Texto publicado originalmente em 28 de fevereiro)
O racismo está em todos os espaços, até entre jornalistas que têm como função, buscar a igualdade e justiça por meio da informação.
O Mundo Negro foi procurado por funcionários da Record TV com prints de conversas de Whatsapp de jornalistas, incluindo uma correspondente internacional, que estariam usando um grupo com nome “Resistência” para difamar e fazer “piadas” sobre um jovem negro que trabalha na sede da emissora em Brasília.
Os lábios grossos da vítima foram comparados com o ânus, quando o grupo ainda fazia “piadas” sobre a possível orientação sexual do rapaz negro durante os diálogos no aplicativo.
Reprodução Whatsapp
Outro caso de racismo aconteceu quando uma jornalista de Brasília também usou o aplicativo de bate-papo para fazer piadas sobre uma colega negra a quem ela se referia como” Patolino”, o pato negro das animações da Warner Bros, ao se referir a ela em conversas com pessoas da emissora.
De acordo com as fontes que quiseram manter anonimato, a Chefia de Jornalismo de Brasília e São Paulo e o Departamento de Recursos Humanos estão cientes dos grupos e comentários racistas, mas até o momento ninguém havia sido suspenso ou demitido.
Tentamos contato com um Diretor da Record que está ciente da situação, para ter um posicionamento da emissora, mas ele não retornou as ligações nem respondeu aos recados.
Manu, Victor Hugo e Babu estão no sétimo paredão do BBB 20, formado na noite de domingo (8). Manu foi automaticamente colocada na berlinda após apertar o botão vermelho do quarto branco, ontem; Victor Hugo foi indicado pelo líder; e Babu foi o mais votado pela casa, com cinco votos.
Os participantes tiveram 30 segundos para defenderem suas permanências no jogo e Babu emocionou ao pedir: “Quero ser o primeiro homem negro a ganhar o Big Brother”.
Babu completou dizendo, “vocês já me conhecem o suficiente e da onde eu venho boa convivência vem de três palavras magicas, por favor, com licença e obrigado. Onde ações como ligou, deliga. Sujou, limpou. Abriu, fecha. Pra mim isso é o começo de uma boa convivência, mas eu acho que aqui não faz muita diferença e tudo bem. São 40 anos contrariando estatística, me ajude a contrariar mais uma. Quero ser o primeiro homem negro a ganhar o Big Brother. Deixa o paizão ficar. Que eu estou duro, devendo, isso tudo vocês já sabem”.
Pai de três filhos, Babu pouco falou, sobre a vida difícil e da luta pela sobrevivência que sempre teve aqui fora. Apenas em uma declaração, o participante do reality, mandou o seguinte recado: “Dona Rosa, quero pagar o aluguel”. No imóvel alugado por R$ 1,5 mil, de dois quartos e 70 metros quadrados, vive a atual namorada, um dos seus três filhos e o melhor amigo. Sem dinheiro, a família compra fiado num restaurante ao lado da casa onde mora, e já acumula uma conta de mais de R$ 1 mil.
Sérgio Camargo,Presidente da Fundação Palmares, não é visto com bons olhos nem pela nova Secretária Especial de Cultura, Regina Duarte.
Em entrevista ao Fantástico neste domingo, 8 de março, a atriz definiu Camargo como alguém fora do perfil que ela espera para o cargo. “Voltamos a uma situação de uma pessoa que é um ativista mais do que um gestor público. Estou adiando o problema. Eu quero que baixe um pouco a temperatura”, disse a secretária , no sentido de esperar para tomar uma decisão.
Durante a entrevista ela confessou que os trâmites políticos têm dificultado suas primeiras movimentações dentro da pasta.
Levando-se em conta que ela usou a palavra “problema” ao se referir à Camargo, não será surpresa se ele cair em breve.
Na mesma entrevista, Regina afirmou que grupos minoritários devem ir atrás de patrocínios e não esperar verba da Secretaria de Cultura para os seus projetos. As minorias devem procurar patrocínio junto à sociedade civil”, alertou a Secretária.