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Ludmilla recebe novos ataques racistas e desativa suas redes sociais

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Foto: Divulgação Instagram

Mulheres negras são as maiores vítimas de ódio na Internet e a cantora Ludmilla é um exemplo de que nem sendo rica e famosa, você está livre do racismo.

Nessa sexta-feira, (18/12), data que a artista lançou o videoclipe para o single “I Love You Too” com Orochi, a cantora foi vítima de ataques online racistas e desativou as suas contas oficiais do Twitter e Instagram.

A assessoria de Lud, emitiu um comunicado à imprensa, explicando que a desativação das redes, não fazia parte de nenhuma estratégia de marketing da cantora.

“Confirmamos que na noite desta sexta, 18, a cantora Ludmilla desativou todas as suas redes sociais. Durante o dia, a cantora já havia reclamado com sua equipe sobre os ataques racistas que vinha sofrendo chegando até a responder alguns tweets que diziam que ela responderia caso “jogassem casca de banana” entre outros insultos racistas e misóginos. Tais ataques vêm ocorrendo ao longo da carreira de Ludmilla que, como é sabido, vem se posicionando não só contra crimes de raça, mas também de gênero.

Ressaltamos que, ao contrário de qualquer especulação, tal ato não faz parte de nenhuma estratégia de marketing e é simplesmente uma consequência de seu cansaço diante do ódio destilado nas redes sociais. Informamos ainda que todas as postagens de cunho racista e homofóbicas estão sendo documentadas para encaminhamento à justiça.

Por ora, aguardamos o desejo de Ludmilla de voltar às suas redes sociais. Sendo assim, não temos mais nada a declarar”.

Natal sem sair de casa : 4 sites que vendem várias marcas de afroempreededores

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Foto: Getty Images

Os índices alarmantes da Covid-19 estão aí para nos mostrar que sair de casa para fazer comprinhas de Natal pode ser muito arriscado.

E aqui no Mundo Negro nós adoramos te ajudar. Se você quer fazer compras seguras e ainda comprar de afroempreendedores, confira nossas sugestões. Fazer o dinheiro circular na nossa comunidade é investir em mudanças de grande impacto social.

MERCADO LIVRE E FEIRA PRETA
https://ofertas.mercadolivre.com.br/feira-preta

MERCADO BLACK MONEY
https://www.mercadoblackmoney.com.br/

AFROPOLITAN
https://www.afropolitan.com.br/

ESTILO AFRO
https://www.estiloafro.com.br/

Não se esqueça de sempre checar a avaliação da loja, quando disponível e os prazos de entrega.

Xan Ravelli é a nova apresentadora do Trace Trends

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A Trace Brasil acaba de anunciar um reforço no seu time de apresentadores para 2021: a influenciadora Xan Ravelli assume a apresentação do Trace Trends, ao lado de Alberto Pereira Jr. e Ad Junior, a partir de janeiro. Com mais de 140 mil seguidores nas redes (YouTube e Instagram), Xan ganhou visibilidade com o canal Soul Vaidosa, criado em 2013, falando sobre beleza com propósito, apoio emocional com identidade e vida preta em família. Preta, crespa, mãe de dois e feminista, como se define, ela é também a queridinha de algumas marcas. Avon, Seda, Nestlé, Havaianas, Quem disse Berenice, C&A, Mac e Samsung estão entre os trabalhos de 2020 da influencer, que deve trazer toda a sua autenticidade e bom humor para o programa que chega à sua terceira temporada ano que vem. 

Estou muito empolgada com essa nova etapa, com esse desafio junto à Trace Brasil. É uma oportunidade incrível para mim, que sempre tive vontade de conhecer mais sobre o trabalho em TV aberta. É nítida a potência da representatividade na construção da identidade negra brasileira. O trabalho da Trace maximiza ainda mais e de forma diversa representações positivas. É bom se ver, é bom ter voz, é bom ver nossos trabalhos e talentos na TV. Espero um futuro com mais proporcionalidade, ocupando até que nossa figura seja naturalizada“, conta Xan Ravelli.

Único programa da TV aberta com foco na cultura afrourbana, o Trace Trends completou seu primeiro ano na Rede TV!, em novembro, e é também o carro-chefe da programação do Trace Brazuca, canal a cabo que marcou a chegada definitiva da Trace  ao Brasil, em  junho deste ano. Nomes como Paula Lima, Ângelo Assumpção, Nath Finanças, Djamila Ribeiro, Projota, Kl Jay, Maitê lourenço, Jeniffer Nascimento e Rafael Zulu já participaram da atração multiplataforma, que apresenta conteúdos sobre tendências de entretenimento, moda, comportamento e a diversidade cultural no país, toda terça-feira, às 22h30. 

Para José Papa, CEO da Trace Brasil, a escolha não poderia ser mais acertada. “A Xan vem se destacando muito este ano, fazendo um excelente trabalho na produção de conteúdo próprio e para diferentes marcas. Sem dúvidas, irá agregar muito para o Trace Trends, trazendo mais autenticidade, além de termos uma presença feminina potente que dialoga super bem com o nosso público e parceiros“. 

Além da produção de conteúdo no YouTube e Instagram, Xan Ravelli, que é graduada em Musicoterapia e fez pós em Comportamento e Psicodiagnóstico, é colunista no Uol Universa e embaixadora da Buscofem. 

“Tudo o que você pensa, sente e vê sobre Michelle é o que ela é”, diz Viola Davis sobre interpretar Michelle Obama

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Nesta sexta-feira (18), Viola Davis apareceu como convidada no programa do Graham Norton, um dos apresentadores mais famosos do Reino Unido. Na conversa, Viola falou sobre a missão de interpretar Michelle Obama na série “First Ladies“.

As pessoas amam Michelle Obama. Eles sentem que a conhecem, que a possuem – e não querem que nada de negativo a toque”, comentou a artista, mostrando que sabia como o papel seria bastante desafiador. Com roteiro de Aaron Cooley, “First Ladies” tem como objetivo resgatar a história de algumas das principais ex-primeiras damas da história dos Estados Unidos. A série antológica deve ser lançada em breve pelo canal Showtime.

Como atriz, ela ainda contou que gosta de procurar o lado “bagunçado” dos personagens quando está trabalhando. “Como eu vou fazer isso com Michelle Obama?”, questionou Viola aos risos.

O programa de Graham Northon é voltado para as pessoas, as tendências, as histórias e aspectos da cultura de celebridades e o que mais interessa a ele, incluindo o seu estilo único de comédia stand-up e histórias estranhas.

De acordo com Davis, ela recebeu o apoio da ex-primeira dama dos Estados Unidos para interpretá-la. “Tudo o que você pensa, sente e vê sobre Michelle Obama é o que ela é”, completou a atriz.

Confira um trecho da entrevista:

https://youtu.be/T8QeFh7Pl0A

Rosana Santiago enfrentou o racismo e hoje lidera um time em uma grande agência de publicidade

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Foto: Arquivo pessoal

De origem humilde e com uma infância marcada pelos esforços da mãe pelo sustento da família. Aos 16 anos, Rosana conseguiu o seu primeiro emprego como auxiliar administrativo. Estudante de escolas públicas, Rosana tinha o sonho de fazer faculdade e foi neste primeiro emprego que ela teve contato com o marketing. 

“Não era a nossa realidade fazer faculdade, ouvia da minha mãe que era um sonho muito alto, e que não iríamos ter condições de pagar”, relembra Rosana, especialista em varejo da Godiva Propaganda.

Aos 19 anos, surgiu a tão sonhada oportunidade de cursar Administração com ênfase em Marketing. “Eu tinha um emprego que pagava 600 reais e a faculdade custava 500. Era a conta de estudar”. Durante os anos seguintes Rosana coincidiu a universidade e os trabalho. Foi crescendo, cada vez mais, no setor de marketing e se especializando em varejo.

“Entre o trabalho no varejo, e os estudos, também dei aulas de administração com ênfase em marketing. Ensinar o que eu fazia, no meu dia a dia, me gabaritou, ainda mais, para este novo desafio na publicidade”, Rosana Santiago se tornou recentemente a nova coordenadora no setor de varejo/shopping da Godiva Propaganda.

Além da experiência em sala de aula ter agregado conhecimentos técnicos a esta profissional, ela aprendeu aspectos comportamentais para ser uma boa líder. “A rede que eu dava aulas atua majoritariamente em periferias com jovens que ainda não ingressaram na faculdade e estão compreendendo a sua aptidão/vocação. Foi uma experiência incrível”, relembra Rosana que hoje coordena cerca de 5 analistas de publicidade.

A profissional já fez parte da equipe na Aliansce, por 8 anos. Ao entrar no grupo Aliansce, Rosana foi de assistente a Coordenadora. O grupo foi a verdadeira escola da profissional de marketing. Ela assumiu o Marketing do Plaza Shopping Carapicuíba. Onde o empreendimento estava na fase final das obras, e ela foi responsável por toda implantação do departamento de marketing, envolvendo equipe, processos, fornecedores, etc. “Fizemos a festa de inauguração em outubro do mesmo ano para convidados, imprensa e investidores e na sequência para o público final. Encaro essa oportunidade como o meu maior desafio profissional: assumir o departamento de marketing, implantar todo o departamento, inaugurar o primeiro shopping da cidade, e montar a decoração de natal com uma equipe interna” evidência Rosana.

A carreira de Rosana decolou em shoppings e varejo, e ela foi convidada para assumir o Marketing de um grande shopping do Paraná. Nesse shopping Rosana foi para implantar o marketing e fazer a gestão. Como a profissional é de São Paulo, ela precisou ficar longe da família e dos amigos, enfrentando até um episódio de racismo dentro da empresa. “Eu já tinha consciência de como o mercado era desafiador para mulheres. Mas ser mulher, pobre e negra, deixa tudo mais limitador. Infelizmente nesse desafio, passei esta situação e não pude contar com o apoio do meu chefe e nem da administração. .Ali encerrava minha trajetória na empresa”, conta Rosana.

Voltando para São Paulo, Rosana assumiu o shopping Penha, um dos maiores da capital paulista. E ficou lá por um longo período aplicando todo o seu conhecimento de Centros Comerciais.

A oportunidade na Godiva Propaganda vem no ano da pandemia global

Em janeiro de 2020, a profissional foi convidada por Leandro Rampazzo, CEO da Godiva Propaganda, para integrar o time de colaboradores da empresa. Para a profissional é um motivo de orgulho, pois “Nos conhecemos há pouco mais de 10 anos, eu na posição de cliente, e neste momento voltamos a trabalhar juntos, agora lado a lado. Quando nós mulheres negras passamos por tanto e conquistamos, sabemos que ali, estamos abrindo oportunidades para outras mulheres, e reforçamos a mensagem ‘não desiste que é possível sim”.

Em Dezembro de 2020, Rosana foi promovida na agência de publicidade que atua. É a nova coordenadora do núcleo de varejo/shopping da agência.

” O núcleo de varejo/shopping da Godiva Propaganda foi totalmente reformulado. Vemos um “gap” muito grande no setor por conta da pandemia. Os Centros comerciais ainda não estão preparados para o digital. É aí que o nosso setor, com a Rosana Santiago, encabeçando toma forma e se torna essencial para os shoppings de São Paulo e do Brasil”, finaliza Leandro Rampazzo, CEO da Godiva que aposta na diversidade e inclusão na empresa.

Sobre a Godiva Propaganda:

É uma agência de publicidade full service, especializada em franchising, saúde e varejo. A Godiva tem soluções com forte poder criativo direcionado às necessidades específicas de cada cliente. Isso passa pelas mídias tradicionais como TV, Rádio, Impresso, incluindo o Digital que, atualmente, virou commodity. A agência é focada em buscar meios inovadores que possibilitem maior fit e aderência ao mercado de seus clientes dos mais variados perfis: multinacionais, franchising, hospitais e laboratórios, restaurantes e fast food, startups, entre outros. Tendo como foco central a performance e resultados, atendem grandes marcas no Brasil e exterior. Entre os clientes estão: Lavoisier, Banco Luso Brasileiro e a rede Minds English School.

Rachel Maia torna-se a primeira mulher negra a ocupar o conselho da Soma

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O grupo Soma, dono das marcas FARM e Animale, recrutou a ex-CEO da lacoste Brasil, Rachel Maia, para fazer parte de seu conselho de administração.

Rachel têm 28 anos de experiência no mundo moda e antes de ser CEO da Lacoste Brasil, liderou, por oito anos, a Pandora Brasil, depois de passar mais 5 anos como executiva da marca em Washington. Ocupando no currículo ainda, CFO e CEO da operação brasileira da Tiffany.

O Conselho da SOMA tem duas mulheres e sete assentos, contudo, Rachel Maia torna-se a primeira mulher negra a ocupar o cargo.

A executiva e agora, participante do Conselho administrativo da Soma, ocupa a vaga que era de umas das fundadoras da Animale, Claudia Jatahy Gonçalves.

“A diversidade nos conselhos se faz necessária, tanto na participação de mulheres quanto de negros. Sei da importância e também da responsabilidade de ser, novamente, a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira estratégica, mas espero não ser a única.” Disse Rachel em um comunicado publicado pelo Soma.

Errata: O site mundo negro informou erroneamente que a executiva Rachel Maia era a primeira mulher negra a ocupar o cargo em um conselho no país, nos inteiramos e afirmamos que existem outros casos, como o da engenheira Cristina Pinho:

“A Ocyan, empresa do setor de óleo e gás, nomeou a engenheira Cristina Pinho, uma mulher negra com vasta experiência no setor de petróleo e na luta por equidade de gênero, para seu conselho de administração em agosto de 2020. Portanto, a Soma não saiu na frente e não é primeira empresa do Brasil a levar para seu conselho uma profissional com esse perfil. – Assessoria de Comunicação da Ocyan.”

“Baobá é Memória”: Poetisa Thata Alves lança jogo da memória para crianças inspirado em Orixás

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Nesta sexta-feira (18), a poetisa Thata Alves lançou seu primeiro trabalho lúdico e voltado ao público infantil: “Baobá é Memória”. Um jogo da memória com cartas inspiradas em Orixás, com ilustrações feitas pelo designer e ilustrador Tag Lima. O brinquedo é uma alternativa aos pais e crianças, para presentes em datas como o Natal e o Dia das Crianças. Além disso, também tem como propósito proporcionar o aprendizado sobre os Orixás de modo intuitivo e inconsciente pelas crianças. Thata é Abian no Candomblé, e por consequência, o jogo torna-se uma ferramenta para quebrar com o estigma da demonização das religiões de matriz africana. As vendas já estão disponíveis no site http://www.thataalvespoetisa.com pelo valor promocional de lançamento de R$ 30,00. 

Eu com meu irmão ganhamos na infância uma Bíblia Infantil: que continha imagens de Jesus em versão de criança”, comenta Thata que também pontua sobre a ausência de mais referências infantis em possibilidades de consumo no mercado, como os próprios brinquedos. No Brasil, existe a lei 10.639/03 que trata da obrigatoriedade do ensino da história da cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio. “Pouco efetiva”, comenta Thata que tem como intuito com o jogo também fazer jus à essa lei, introduzindo os jogos em escolas. 

Em licença aos seus ancestrais, e inclusive à sua sacerdotisa religiosa, Ana Rita Dias da Encarnação, a poeta e produtora cultural expõe sua crença sobre  a demonização às religiões de matriz africana, trazer uma leitura do pecado dentro da moral cristã. Essa leitura impede, na ótica da colonização, outro tipo de relação sobre os próprios erros, o que seria a própria responsabilidade na escolha de caminhos a se trilhar. Há filosofias africanas que fazem uma roda para se apontar qualidades dos membros de suas comunidades, mas na ótica da colonização, as rodas apenas se dão para julgamentos e críticas. 

Baobá é Memória” surge de um momento em que Thata percebe que em meio às demandas urgentes de se criar duas crianças, ela repara que não comprava mais  brinquedos para seus filhos. E neste ano quando decidiu voltar a comprar, não se identificou com nenhum brinquedo no mercado. Com isto em mente, Thata conversa com uma criança da qual seu Orixá é Ossain, o senhor das matas e da cura através das folhas. Há um provérbio africano que diz “Sem folha e sem água não existe Orixá”. 

Outros Orixás que Thata acredita estarem conectados ao jogo da memória são Exú, o senhor da Comunicação; Ogum, o senhor da tecnologia e Oxum, a senhora do amor. “Acredito que foi um presente de meu Orí (a cabeça, a consciência) e de Ogum por me dar esta ferramenta, esta tecnologia, que por meio de saberes ancestrais, vão introduzir de forma mais natural a filosofia de vida que o Candomblé é, além de agregar conhecimento cultural à nossas crianças”, revela Thata. Já Exú para Thata representa a possibilidade de adaptação de linguagem e Oxum como agir com diplomacia perante “às pedras no caminho”. Quais as referências que nossas crianças pretas têm hoje de ancestralidade na mídia? Questiona a poeta, que cita entre os exemplos os heróis da ‘Liga da Justiça’, entre outros personagens dominados pela branquitude. 

Valores africanos como a humildade, o respeito aos mais velhos, e a oralidade, fazem parte do conceito deste jogo. Outro estigma que Thata quer transcender a partir deste trabalho é o de “poeta periférica”. “Percebo que até em negociações de cachês com contratantes, quando colocamos nosso trabalho nessa caixinha, não somos tão valorizados quanto nossos próprios trabalhos merecem. Um artista contratado pela Rede Globo, que venha do Vidigal, não é lido como um artista periférico”, reflete a artista e afroempreendedora. 

Antes de se tornar poeta e produtora cultural, Thata tinha o sonho de ser Secretária, pois achava que era uma profissão “chique”. Muito inspirada em seu pai, que é marceneiro e sonhava junto com ela, que ela pudesse um dia alcançar este lugar. 

Mas, aos 13 anos de idade Thata foi trabalhar em uma empresa em que a proprietária e empresária, Marinete Gruninger, já tinha o propósito de se ter um quadro de funcionários somente composto por negros. Uma visão de Black Money muito antes desta que vem sendo impulsionada na sociedade pós-George Floyd. 

Já seu caminho até se tornar poeta envolve a inspiração de sua própria mãe, Ione Alves. Thata gostava de como ela mesma diz “curiar” os cadernos e agendas de sua mãe. Neles, ela tinha acesso à versinhos, papéis de carta, salmos, hinos, mas também a muita poesia. Ora poemas escritos por ela mesma, ora versos dos quais ela anotava de autores. “Eu lia, e eu achava aquilo tão bonito, ainda lembro da agenda marrom dela”, relembra Thata.  

Para 2021, a paulistana tem planos de lançar um novo livro, já que além de poeta e produtora cultural, é também escritora e autora das obras: “Em Reticências”, “Troca” e “Ibejis”. Além disso, também pretende comemorar os sete anos de “Sarau da Ponte pra Cá”, o qual ela é idealizadora; assim como também continuar com seu programa “Thata Troca” em seu canal do Youtube.

Thata Alves – criadora do Jogo Baobá é Memoria

Garoto de 11 anos chora ao ser vítima de racismo em partida de futebol

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Uma criança de 11 anos sofreu, na pele, o preconceito, durante disputa da Caldas Cup, torneio para times de futebol de base que acontece na cidade de Caldas Novas, no interior de Goiás. A vítima foi Luiz Eduardo Bertoldo Santiago, atleta do Uberlândia Academy, da cidade mineira. Segundo informações do portal O Tempo, o acusado foi o um membro da comissão técnica do adversário, Lázaro Caiana de Oliveira, que foi suspenso provisoriamente pela organização do torneio. 

Ele falava: fecha o preto, fecha o preto. Eu guardei para falar no final. Falou um tanto de vezes, contou o jovem.

https://twitter.com/Esp_Interativo/status/1339974857640071168

Douglas Assunção, presidente da Liga Desportiva da Região das Águas Thermais, que também organiza o campeonato comentou o caso e disse que “isso nunca tinha acontecido“. “Não compactuamos com qualquer tipo de discriminação. Todas as partes já se posicionaram e agora vamos aguardar as apurações da Polícia Civil. O treinador nega, está a palavra dele contra a do garoto. Ninguém mais relatou ter visto esse ocorrido e cabe, agora, às autoridades, investigarem”, concluiu.

O clube Mineiro abriu um Boletim de Ocorrência. A organização do torneio emitiu comunicado, garantindo que “repudia qualquer atitude racista ou discriminatória ocorrida dentro ou fora do evento”.

Jambalaya : Um prato criado na América, mas por mãos africanas

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Jambalaya da chef Aline Chermoula - Foto: Divulgação

Os pratos típicos da cultura preta dizem muito sobre ancestralidade e memória do povo diaspórico. Muitas receitas típicas da cultura culinária nas Américas revelam fatos de como se deu a diáspora africana no continente americano

A cozinha preta foi elaborada dentro do ambiente hostil da escravização dos africanos e por isto traz vestígios da cultura culinária europeia, mas sempre criada a partir de memórias do continente africano.

A exemplo disto temos um prato emblemático do Sul dos EUA: o Jambalaya.

Jambalaya uma  delícia da culinária afroamericana com toques de sabores europeus. Uma Especialidade da Chermoula Cultura Culinária.

O prato é robusto, uma comida de estilo campestre encontrada em toda a Louisiana, estado localizado no sul dos Estados Unidos, com forte influência da cultura negra.

Uma incrível combinação de diferentes temperos. A iguaria tem como base o arroz com especiarias que ganha pedaços de linguiça, camarão, aromáticos e ervas frescas.

Embora muitos atribuam ao jambalaya uma tentativa de recriação da paella por imigrantes espanhóis em Louisianna, nos EUA, sabemos que a hipótese considerada bem mais provável é a de que ela venha, na verdade, da diáspora africana nas Américas.

O Jambalaya deriva do Jollof, um prato a base de arroz com especiarias e carne de cabrito, presente em países do Oeste africano, países como Gana, Senegal e Nigéria, região do chamado “cinturão do arroz”.

Jollof: Foto reprodução Instagram

Essa população, que foi presa, traficada e escravizada em fazendas no sul dos EUA, tinha o domínio da técnica de plantio em áreas alagadas, assim como o conhecimento do preparo de uma variedade de arroz trazida da África por europeus para fins comerciais. Esse mesmo território africano estadunidense foi batizado de “Carolina Gold Rice”. As receitas de jambalaya são diversas e variam conforme a família que a prepara.

O arroz Jollof tem um forte poder na África Ocidental e, por conta disso, há um ponto de discórdia com alguns Estados nacionais africanos reivindicando a propriedade da receita. Mas fato é que na África Ocidental o Jollof é um prato perfumado e único, reverenciado em toda a região por seu sabor harmonioso e tempero sutil. A verdade é que este prato está para além dos Estados nacionais da contemporaneidade africana, que só expulsou os colonizadores europeus a mais ou menos 80 anos.

O Jollof foi originado na região onde vivia o povo wolof, entre o Senegal e Gâmbia, que por sua vez chama o prato de ‘benachin’ . A refeição viajou por toda a região da costa ocidental e tornou-se diversa misturando a herança e a cultura do local onde é preparada, mantendo a sua magia e sendo apreciada em toda a África.

Enquanto herdeiros da diáspora somos responsáveis pela preservação da memória  e promoção nossas receitas ancestrais. Eu faço este resgate a partir de ferramentas de pesquisa, para desta forma nutrir o corpo e a cabeça e assim contribuir para  perpetuação da memória de nossas tradições de matrizes africanas e valorização de nossa cultura culinária, contando nossas próprias histórias, legado que nos roubaram quando implantaram a escravização de pessoas no continente africano.

Nossas receitas ancestrais que nos foram passadas através da oralidade por nossas bisas, avós, tias e mães são preciosas fontes de sabores e pesquisas. Essas receitas ancestrais dizem muito mais sobre nós do que podemos imaginar.

Bibliografia

Chevalier, A. Les Céréales des Regions Subsahariennes et des Oasis. Revue de Botanique Appliquée et d’Agriculture Tropicale, 132, 1932: 13-134.

____. L’importance de la Riziculture dans le domine colonial français et l’orientation à donner aux récherches rizicoles. Paris, Laboratoire d’agronomie coloniale, 1936: 27-45.

129

____. Sur le Riz africains du groupe Oryza glaberrima. Revue de Botanique Appliquée et d’Agriculture Tropicale, XVII, 1937a : 413-418.

____. la culture de Riz dans la Vallée du Niger. Revue de Botanique Appliq

Littlefield, D. C. Rice and Slaves. Baton Rouge, Loisiana State University Press, 1982.

Wood, P. “‘It was a Negro Taught them’: a New Look at African Labor in Early South Carolina”. Journal of Asian and African Studies, IX, 1974b: 160-179.

Rodrigo França é o Papai Noel da ONG Favela Mundo

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Foto: Favela Mundo CDD Natal

A festa mais esperada do ano chega em formato virtual em virtude da pandemia do covid-19, mais de 900 crianças e jovens eram esperados para o envento presencial, mas neste ano muitas outras pessoas poderão se divertir no formato on-line do evento e quem participar das brincadeiras pode ganhar livros em suas casas.

No dia 19 de dezembro, o Papai Noel Negro da ONG Favela Mundo, o dramaturgo, ator e roteirista Rodrigo França, chegará aos lares de forma on-line, por meio do Facebook e do Youtube da entidade. O “Bom Velhinho” presenteará com livros quem participar das brincadeiras e ainda tem mais: Ana e Jujuba; Patrick, o Mágico e a galera do Ih, Contei! estarão junto levando mágicas, brincadeiras, histórias e músicas. 

Para participar, a criançada e os jovens precisam acessar as redes sociais da ONG Favela Mundo, às 10h, para sintonizar-se com Papai Noel e sua turma. 

O fundador da ONG Favela Mundo, Marcello Andriotti falou sobre a oportunidade de manter viva as tradições do natal “Esse é o terceiro ano que temos o prazer de ter Rodrigo França como Papai Noel e a identificação das crianças é incrível. Tivemos que adaptar a festa que estava sendo preparada para mais de 900 alunos da Cidade de Deus, Caju e Jacarezinho, mas vamos garantir, de forma on-line, uma maneira de unir as famílias nesta data tão importante. Além disso, conseguimos preservar o lado lúdico dos pequenos”.

O Projeto Favela Mundo é patrocinado pelo ICTSIRIO, Lamsa e MetrôRio, e apoiado pelo Instituto Invepar, Secretaria Municipal de Cultura e Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.

Sobre a ONG:

Fundada em setembro de 2010, a Favela Mundo passou por 12 comunidades e beneficiou 6.129 crianças e adolescentes. A ONG tem em seu currículo o reconhecimento de “Modelo de Inclusão Social nas Grandes Cidades”, concedido pela ONU em 2014, no World Cities Day, em Nova York, além de representar nosso país em outros eventos nos Estados Unidos, Canadá, México, Cuba e Marrocos.

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