O escritor Ta-Nehisi (autor de Pantera Negra) Coates foi contratado para redigir o roteiro de um reboot de Superman que será produzido por J.J. Abrams. “Ser convidado para o DC Extended Universe pela Warner Bros., DC Films e Bad Robot é uma honra”, disse o autor em comunicado exclusivo ao Shadow And Act
“Estou ansioso para adicionar de forma significativa ao legado do herói mítico mais icônico da América.” completou Ta – Nehisi
“Há uma história nova, poderosa e comovente do Superman ainda a ser contada. Não poderíamos estar mais entusiasmados em trabalhar com o brilhante Sr. Coates para ajudar a levar essa história para a tela grande, e estamos muito gratos à equipe da Warner Bros. pela oportunidade ”, disse J.J. Abrams no comunicado.
Segundo o THR o projeto tem como objetivo estrelar e contar a história do Super Homem negro, há 2 anos o ator Michael B. Jordan tentou desenvolver um projeto para o Super Homem negro, mas nao saiu do papel.
O novo filme deve trazer uma nova e mais intrigante versão de Clark Kent. Inspirado em Barack Obama, nessa versão, o Super Homem também é o Presidente dos Estados Unidos da América e usa seus superpoderes para confrontar diretamente a política global.
Coates é muito reconhecido pelos seus trabalhosm no quadrinhos, ele trabalhou no Capitão América e no Pantera Negra.
Este é o primeiro longa-metragem da DC conhecido por estar em desenvolvimento sob o amplo acordo de Abrams com a WarnerMedia, mas ele tem várias séries da DC em andamento para o serviço de streaming HBO Max, incluindo Justice League Dark e Constantine.
Segundo o Shadow and Action, as buscas pelo nome que irá dirigir o filme ainda não começou e os detalhes sobre a histŕoia do filme ainda permanecem em sigilo. Nas redes sociais, os internautas indicam nomes para o possível Super Homem negro, o ator e produtor Michael B Jordan é um dos mais citados
O filme ainda está em processo de desenvolvimento, ainda não há informações oficiais sobre previsão de lançamento.
O diabo na mesa dos fundos foi o livro de estreia do escritor Wesley Barbosa, nascido em Itapecerica da Serra, divisa com a cidade de São Paulo. Como parte de sua carreira, ele já alimentou um blog pessoal com sua escrita, onde publicou seus contos e poemas. Também participou do encontro deLiteratura Marginal, compartilhando sua obra pelo microfone.
Marcado pelo lançamento de Capão Pecado, Ferréz, nome artístico de Reginaldo Ferreira da Silva, tornou-se um dos nomes mais importantes da chamada Literatura Marginal. Desde então, sua atuação passou a abranger diversas frentes, como parcerias com youtubers, ONGs e iniciativas culturais.
O escritor que vendia seu livro de mão em mão, no centro de São Paulo, em bares e teatros noturnos, agora tem frequentado mais os correios divulgando a obra em suas redes sociais o autor vem chamado a atenção dos leitores que escrevem para ele fazendo o pedido do livro.
Em O diabo na mesa dos fundos lemos dezenove contos de realidade periférica, retratando a vida de cidadãos comuns em uma atmosfera que parece meio biográfica e meio fictícia. As situações, às vezes trágicas, representam a vida nos subúrbios de São Paulo. Os contos escritos por Barbosa, que também já trabalhou de vendedor ambulante, foram rascunhados nos momentos em que ele parava para descansar de seu trabalho, depois reescrevia praticamente todo o material em uma La House de seu bairro.
Em um trecho do prefácio do livro Ferrez escreve:
“Wesley Barbosa é uma miragem andando pela perifa como um presságio de que mentes atormentadas contam boas histórias”
Há contos que funcionam como um retrato. Sem conflitos ou viradas narrativas, ele apresenta cenas do cotidiano. Outros mostram a brutalidade justamente na surpresa que surge em seus momentos de virada. Vale ressaltar o projeto gráfico do livro e sua diagramação, que apresentam a visão de mundo, o processo criativo e as inspirações de Wesley Barbosa de acordo com os setores do cérebro destacados na ilustração da capa e contracapa.
No que diz respeito aos contos, é possível visualizar duas linhas. Há contos que funcionam como um retrato. Sem conflitos ou viradas narrativas, ele apresenta cenas do cotidiano, como a primeira vez em que uma menina menstruou ou a cena de uma malandragem no centro de São Paulo. É interessante notar como alguns temas são importantes para o autor. Muitos contos tratam da maneira de ganhar o pão e abordam o trabalho em suas diversas facetas, desde a prostituição, até a malandragem e os bicos temporários. Relacionamentos amorosos também são dissecados, muitas vezes mostrando seu lado vazio ou efêmero. Os contos de Wesley Barbosa são escritos numa linguagem simples e direta, sem subestimar o leitor.
Para conhecer um pouco mais do trabalho dele, você pode conferir em suas redes sociais @barbosaescritor
A cerimônia de premiação do Globo de Ouro será parcialmente presencial e virtual neste domingo (28). A festa, que também tem categorias para as produções de TV, abre a temporada de prêmios da indústria cinematográfica em um formato híbrido, com apresentadoras nas duas costas dos Estados Unidos e estrelas em casa.
No Brasil, a cerimônia será transmitida ao vivo pelo canal TNT a partir das 22h com a participação de Alê Garcia trazendo seu olhar sobre os filmes e séries que estão disputando para serem premiados. Alê é escritor e criador de conteúdo, criador do Negro da Semana, podcast e canal do YouTube sobre cultura negra e um dos 20 creators negros mais inovadores da Forbes em cultura negra multiplataforma.
A festa pode ser acompanhada por meio do streaming TNT Go. Além do site, está disponível um aplicativo para iOS e Android para quem possui o canal pelas operadoras Vivo, Claro, TVN, Cabo Telecom, Multiplay, Sky, Algar Telecom, Oi e Net.
Entre as séries que concorrem ao prêmio está Lovecraft Country uma das atuais queridinhas do público, para Alê ela tem grandes chances mas existe outra forte concorrente: “Acho que tecnicamente e pelo grande apelo popular e de atenção de crítica, tem uma grande chance. Porém, “The Crown” segue muito incensada por toda a sua reconstituição perfeita da realeza.”
Confira a lista completa de todos os indicados ao Globo de Ouro 2021
Cinema
Melhor Filme – Drama
Meu pai
Mank
Nomadland
Bela vingança
Os 7 de Chicago
Melhor filme – Musical ou comédia
Borat: fita de cinema seguinte
Hamilton
Palm Springs
Music
A Festa de formatura
Melhor diretor
Emerald Fennell — Bela vingança
David Fincher — Mank
Regina King — Uma noite em Miami…
Aaron Sorkin — Os 7 de Chicago
Chloé Zhao — Nomadland
Melhor atriz de filme – Drama
Viola Davis — A voz suprema do blues
Andra Day — Estados Unidos vs Billie Holiday
Vanessa Kirby — Pieces of a Woman
Frances McDormand — Nomadland
Carey Mulligan — Bela vingança
Melhor ator de filme – Drama
Riz Ahmed —O som do silêncio
Chadwick Boseman — A voz suprema do blues
Anthony Hopkins — Meu pai
Gary Oldman — Mank
Tahar Rahim — The Mauritanian
Melhor atriz em filme – Musical ou comédia
Maria Bakalova — Borat: Fita de cinema seguinte
Michelle Pfeiffer — French exit
Anya Taylor-Joy — Emma
Kate Hudson — Music
Rosamund Pike — I care a lot
Melhor ator em filme – Musical ou comédia
Sacha Baron Cohen — Borat: Fita de cinema seguinte
James Corden — A Festa de formatura
Lin-Manuel Miranda — Hamilton
Dev Patel — The personal history of David Copperfield
Andy Samberg — Palm Springs
Melhor ator coadjuvante
Sacha Baron Cohen — Os 7 de Chicago
Daniel Kaluuya — Judas e o messias negro
Jared Leto — Os pequenos vestígios
Bill Murray — On the rocks
Leslie Odom, Jr. — Uma noite em Miami…
Melhor atriz coadjuvante
Glenn Close — Era uma vez um sonho
Olivia Colman — Meu pai
Jodie Foster — The Mauritanian
Amanda Seyfried — Mank
Helena Zengel — News of the World
Melhor roteiro
Bela vingança
Mank
Os 7 de Chicago
Meu pai
Nomadland
Melhor filme em língua estrangeira
Another Round (Druk) — Dinamarca
La Llorona— Guatemala / França
Rosa e Momo (The Life Ahead ou La vita davanti a sé) — Itália
Minari – Em busca da felicidade — EUA
Nós duas (Two of Us ou Deux) — França e EUA
Melhor animação
Os Croods 2: Uma Nova Era
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
A caminho da Lua
Soul
Wolfwalkers
Melhor trilha sonora
O céu da meia-noite — Alexandre Desplat
Tenet — Ludwig Göransson
News of the World — James Newton Howard
Mank — Trent Reznor, Atticus Ross
Soul — Trent Reznor, Atticus Ross, Jon Batiste
Melhor canção original
Fight for you (Judas e o messias negro) — H.E.R., Dernst Emile II, Tiara Thomas
Hear my voice (Os 7 de Chicago) — Daniel Pemberton, Celeste
Io Si (Seen) (Rosa e Momo) — Diane Warren, Laura Pausini, Niccolò Agliardi
Speak now (Uma noite em Miami…) — Leslie Odom Jr, Sam Ashworth
Tigress & Tweed (Estados Unidos vs Billie Holiday) — Andra Day, Raphael Saadiq
O ator Winston Duke, muito conhecido pelo seu papel de ‘M’Baku’ no filme “pantera negra” estrelará como ‘Homem Marcado” (Tradução livre para o título da obra, ‘Marked Man’), em um próximo set de filmagem da Amazon Studios. O filme é um retrato da biografia do ativista político e jornalista Marcus Garvey e se chamará “Marked Man: A Ascensão e Queda de Marcus Garvey”.
Kwame Kwei-Armah, escreveu o roteiro, inicialmente desenvolvido por Esther Douglas e Andrew Dosunmu dirigirá o filme. Jesse Williams e DeWanda Wise estão em negociações para estrelar ao lado de Duke.
O filme é situado na década de 1920, Marked Man segue um jovem negro que se junta ao ‘Federal Bureau of Investigation’ de J. Edgar Hoover e depois se infiltra na organização UNIA de Garvey, a maioria das cenas ele está testando sua lealdade tanto à raça quanto ao país enquanto ele cresce cansado das ações de ambos os homens.
Mark Gordon e Matt Jackson estão produzindo. Kwei-Armah, Glendon Palmer, DouglasRobert Teitel e Joanne Lee são produtores executivos.
Marcus Mosiah Garvey foi um ativista político, editor, jornalista, empresário e comunicador jamaicano. Foi fundador e primeiro presidente da Associação Universal para o Progresso Negro e Liga das Comunidades Africanas, organização através da qual se autoproclamou “presidente provisório da África do Sul.”
Tem quem não goste, não consiga se concentrar e deteste a ideia de ouvir música enquanto trabalha ou estuda. Em contra partida, também tem aqueles que não abrem mão de uma boa trilha sonora para ajudar a focar nos projetos. O problema é que as vezes essa trilha sonora pode ser boa, mas não para o trabalho. Quando você se da conta, já está cantando Whitney Houston nas alturas ou dançando ao som de Beyoncé, e o job acabou ficando de lado.
Pensando nisso, nós selecionamos artistas pretos que você precisa conhecer e colocar para tocar para dar aquele gás no trabalho, mas também relaxar, e se concentrar melhor. Então vem com a gente.
Leontyne Price
Operas são drámaticas, exageradas e inspiradoras. Se o seu trabalho ou projeto exigir criatividade, uma boa alternativa para você conseguir tirara as idéias da cabeça e coloca-las em prática, é deixar a música clássica tocando enquanto você deixa a mente fluir. Para isso, temos a honra de apresentar ”The Voice Of Leontyne Price” da Leontyne Price (obviamente), a primeira primadona negra da Opera Metropolitana de Nova Iorque. Ao longo de sua carreira, coleciona 14 premios Grammy, além de ter sido condecorada com a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil dos EUA. Com certeza depois desse você vai querer ouvir outros, e pode ir sem medo. Trabalhar ao som de Leontyne vai ser muito produtivo.
Devonté Hynes.
Talvez você o conheça por Blood Orange, é como o caso do Donald Gloover e Childish Gambino: Eles são a mesma pessoa. Apesar de não ser um artista mainstream, ”Dev” já colaborou com muitos artistas ao longo de sua carreira, onde podemos citar Tinashe, Solange Knowles, Mariah Carey e Jazmine Sullivan. Seus álbuns, foram todos bastante elogiados pela crítica especializada e não é por menos: Ele consegue ir do RnB ao indie rock, do eletrônico para a música clássica, com uma maestria e naturalidade que pode chocar, em um cenário onde os artistas estão cada vez menos versáteis. Vale a pena conferir toda a sua discografia, mas aqui vamos deixar apenas alguns álbuns ideais para você ouvir trabalhando ou estudando. Um, inclusive é a trilha sonora de Queen and Slim! Caso você tenha assistido ao filme protagonizado por Daniel Kaluuya, agora já sabe quem é a mente brilhante por trás daquelas canções.
Neste domingo, o Globoplay, plataforma de streaming do Grupo Globo, lançará uma série documental sobre a vida de Gabigol, ídolo do Flamengo. O documentário “Predestinado”, de quatro episódios, contará a origem do jogador até a chegada ao Rubro Negro Carioca.
O primeiro episódio desta produção narra a origem humilde, o surgimento do apelido e como foi sendo lapidado o estilo marrento. No segundo, a experiência frustrada na Europa. Vendido muito jovem, não consegue se firmar. À volta ao país e ao clube que o formou para se reerguer. Depois disso, o passo determinante para a carreira, a ida para o Flamengo.
Imagem: Divulgação
Na terceira parte do material, a atuação mais importante que teve na carreira, na final da Libertadores de 2019, quando marcou, nos minutos finais, os dois gols da vitória por 2 a 1 sobre o River Plate, da Argentina e fez o Flamengo conquistar a América do Sul novamente após 38 anos. O próprio jogador conta alguns detalhes inéditos dos bastidores daquela decisão. Por fim, os desafios de uma temporada marcada por três mudanças de treinadores e uma pandemia, que terminou com mais um troféu nacional na galeria rubro-negra.
‘Predestinado’, a mais nova produção original Globoplay produzida pelo Esporte da Globo, estreia neste domingo (28), conta a trajetória de Gabigol, o centroavante que precisou de apenas duas temporadas para entrar na galeria dos maiores ídolos da história do Flamengo.
O título brasileiro conquistado na última quinta-feira foi o sétimo desde que chegou ao clube, em janeiro de 2019. E honrando a tradição, passou diretamente pelos pés dele, que fez o gol da vitória no confronto diante do Internacional, na penúltima rodada, que colocou o Flamengo na liderança.
“Vamos contar história de um ídolo polêmico, carismático, que conseguiu transcender o futebol e conquistar popularidade entre crianças e adultos. O olhar do núcleo de documentários do Esporte está voltado para essas grandes histórias que merecem ser contadas. Depois do grande sucesso de ‘Doutor Castor’, estamos estreando mais dos projetos na próxima semana, ‘Predestinado’ no Globoplay e ‘Acesso Total’ no SporTV, com todos os bastidores da temporada do Corinthians.” Afirma Gustavo Poli, diretor de Programas e Conteúdo Digital do Esporte da Globo.
O “Roda Viva”, da TV Cultura, está preparando um programa especial para o Dia Internacional da Mulher, em 8 de março. Para falar sobre carreira e a condição da mulher nos tempos atuais, o programa convidou Tais Araújo. Vai ser a primeira vez da atriz na programa.
Há mais de 30 anos no ar, é um dos mais tradicionais programas de entrevista da TV brasileira. Trata-se de um espaço plural para a apresentação de ideias, conceitos e análises sobre temas de interesse da população, sob o ponto de vista de personalidades notórias. O programa conta com mediação de Vera Magalhães e interpretação em libras.
Roda Viva vai ao ar, ao vivo, a partir das 22h na TV Cultura, site da emissora, Twitter, Facebook, Youtube e LinkedIn.
Na semana passada, a convidada uma das grandes vozes da Música Popular Brasileira, Teresa Cristina. Desde o ano passado, quando os shows presenciais foram suspensos por conta da pandemia de Covid-19, ela vem atraindo milhares de fãs para as transmissões online, onde recebe outros cantores e compositores que interpretam suas próprias canções e também alguns clássicos da MPB. Num clima intimista, a “rainha das lives”, em seus encontros, abre espaço para se falar de temas como família e política, entre outros.
Nos dias 13, 20 e 27 de março será realizada, ao vivo e online, a Imersão “Juristas Negras: vivências e epistemologias ancestrais”. A partir de uma abordagem teórico-vivencial, o objetivo é fomentar a construção e o reconhecimento da identidade de mulheres negras que atuam no universo jurídico enquanto estudantes ou profissionais.
Os encontros serão conduzidos por Chiara Ramos e Lívia Sant’Anna Vaz, ambas com trajetórias de sucesso no serviço público, costumam inspirar outras mulheres a ocupar cargos de poder: “Foram anos de apagamento da nossa relevância intelectual, dos nossos saberes ancestrais, agora é hora de ocuparmos os espaços que nos foram negados por séculos”, aponta Chiara Ramos.
A iniciativa – que está em sua terceira edição – costuma contar com perfis diversos em todas as turmas: “Já recebemos acadêmicas de Direito, Juízas, Procuradoras, Defensoras Públicas. Uma das propostas da Imersão é promover o acolhimento e a troca de saberes entre as participantes, independente do papel social que aquela jurista desempenhe. São em nossas vivências enquanto mulheres negras que nos reconhecemos”, afirma Lívia Vaz.
OPORTUNIDADE
Através de um processo seletivo, haverá a oferta de bolsas para juristas negras interessadas em fazer parte da atividade. Para concorrer, é necessário responder ao formulário disponível aqui até o dia 28/02. O resultado será divulgado até o dia 05/03 nas redes sociais das facilitadoras.
SOLIDARIEDADE
Repetindo uma prática de sucesso nas edições anteriores, o evento também está recebendo inscrições de pessoas e instituições que queiram custear a participação de mais juristas negras na Imersão. “Possibilitar o acesso de mulheres negras a programas de estudos, oportunidades profissionais ou de crescimento pessoal é uma das formas de ser antirracista e, de certa forma, ser ponte para os novos horizontes na vida de alguém”, concluiu Amanda Alves, bolsista da primeira edição da Imersão.
Sobre o evento:
OBJETIVO GERAL Contribuir com o processo de catalisação da multipotencialidade de juristas negras, a partir de encontros que contemplam uma abordagem teórico-Vivencial. Nessa perspectiva, desejamos fomentar a construção e o reconhecimento da identidade de mulheres negras juristas, como também facilitar o compartilhamento e a troca de saberes diversos, estimulando o enfrentamento estratégico do racismo patriarcal.
COMO IRÁ FUNCIONAR Em formato dinâmico, com música, poesia e construção coletiva, teremos três encontros online e ao vivo, via zoom. Haverá (e incentivamos) espaço para falas em todos os dias de imersão.
PROGRAMAÇÃO
XIRÊ 1 – “E EU NÃO SOU UMA MULHER?”
DATA: 13/03
HORÁRIO: 16h às 18h
Objetivo – Abordar o processo da construção de identidade das juristas negras interrogando como as crenças limitantes – alimentadas por estereótipos diversos – interferem nas suas experiências individuais, afetivas, profissionais e coletivas.
XIRÊ 2 – “AGORA O LIXO VAI FALAR E NUMA BOA”
DATA: 20/03
HORÁRIO: 16h às 19h
Objetivo – Abordar Sankofa enquanto princípio e a circularidade diante de um afrofuturo em permanente movimento. Desvendar o mito da razão moderna e a construção dicotômica entre o eu e a/o outra/outro.
XIRÊ 3 – POR UMA EPISTEMOLOGIA ANTIRRACISTA: DIREITO, HERMENÊUTICA E SABERES ANCESTRAIS.
DATA: 27/03
HORÁRIO: 16 às 18h
Objetivo: Explorar a importância da diversidade epistemológica no universo jurídico sob uma ótica pluriversal, tendo a interseccionalidade como princípio constitucional e privilegiando saberes ancestrais, bem como, de intelectuais negras e negros da contemporaneidade.
SOBRE AS FACILITADORAS Chiara Ramos: Doutoranda em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade de Lisboa em co-tutoria com a Universidade de Roma – La Sapienza, Professora, Mestra em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, co-fundadora da Abayomi Juristas Negras. Atua como Procuradora Federal na Advocacia-Geral da União.
Lívia Sant’anna Vaz: Promotora de justiça do Ministério Público do Estado da Bahia; mestra em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia; doutoranda em Ciências Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Nomeada uma das 100 pessoas de descendência africana mais influentes do mundo, na edição Lei e Justiça. Prêmios: Comenda Maria Quitéria (Câmara Municipal de Salvador); Conselho Nacional do Ministério Público 2019 (pelo Aplicativo Mapa do Racismo).
PÚBLICO-ALVO: Juristas Negras ou Graduandas Negras em Direito.
O “Brazil, the untold story”, que é uma iniciativa multidisciplinar e cultural internacional e independente, preparou, em sua primeira edição, contribuições culturais, artísticas, religiosas e intelectuais das populações afro-brasileiras que ajudaram a construir o Brasil como Nação.
Brazil, the untold story é uma coletânea com cinco documentários que contam as histórias ainda não contadas do Brasil através da narrativa negra e lançou nesta quarta-feira (24) em seu canal do youtube.
Histórias que ainda não foram apropriadamente contadas por vozes negras tanto no Brasil, como no exterior e nas narrativas de produções culturais e intelectuais afro-brasileiras do sul do globo. O projeto multimídia, incluindo os cinco documentários e texto podem ser conferidos na plataforma digital.
O projeto é idealizado, produzido e dirigido por Everton Barreiro.
Para estrear, os cinco intelectuais, religiosos e artistas negros brasileiros Alba Darabi, Carlinhos Brown, Djamila Ribeiro, Maxwell Alexandre e Rodney William narram suas trajetórias pessoais e profissionais.
Os intelectuais, cada um em sua área, vão compartilhar reflexões, performances e vídeo arte sobre temas como o candomblé e o Candeal na Bahia, apropriação cultural, artes visuais, neo-colonialismo, racismo estrutural e outros preconceitos enraizados na história do país.
Djamila Ribeiro – filósofa, escritora, professora e militante pelo feminismo negro – num raro momento de sua carreira, compartilha sua biografia desde a infância, conta como driblou a academia para pesquisar sobre feminismo negro e o sucesso de seu trabalho como escritora e editora da coleção Feminismos Plurais no Brasil e no mundo. A escritora reflete de maneira crítica sobre o feminismo hegemônico, neo-colonialismo e a esquerda institucional brasileira.
Alba Darabi – artista e ialorixá – explica no filme Candomblé, uma homenagem a sua trajetória, como a fome a distanciou do catolicismo e a fez se apaixonar pelo candomblé, resgata sua trajetória no teatro, registra seu lado mãe e sacerdotisa, além de fazer uma emocionante homenagem a filósofa Sueli Carneiro.
Maxwell Alexandre – artista visual – reconstrói sua trajetória disruptiva nas artes plásticas e reflete sobre três obras de sua autoria que influenciaram o início de sua prática nas artes visuais. O documentário transforma-se em um vídeo arte, onde o artista mostra a série performática, Corrida, que informa o seu período de isolamento causado pela pandemia.
Rodney William – doutor em ciências sociais, antropólogo, escritor e babalorixá – narra sua trajetória até conquistar o doutorado, nos apresenta a Exu e mostra como o fenômeno da apropriação cultural está intrinsecamente ligado ao racismo estrutural, com reflexões críticas ao movimento da Bossa Nova e a intolerância religiosa.
Carlinhos Brown – músico, cantor, compositor e artista multidisciplinar – desvenda a história da Bahia ancestral através do bairro do Candeal em Salvador, e explica como seu lado espiritual forjou sua veia artística. O artista reflete sobre o papel do Brasil no mundo, miscigenação cultural e racial, revelando sua obra como artista plástico e presenteando o documentário com sua música.
A jornalista Maju Coutinho, âncora da TV Globo, foi a convidada para o EP do podcast “Café da manhã” ( um dos principais da Folha de São Paulo) e coincidentemente a questão racial foi a pauta principal do programa.
Em um papo sobre diversidade na mídia, racismo, antirracismo e representatividade a jornalista questionou mais uma vez o papel designado pela mídia para os jornalistas negros.
“A gente por Whatsapp comemorava, ‘Thiago Amparo, você entrou para falar das eleições dos Estados Unidos, não só para falar do tema racismo!’” lembrou a jornalista
Enquanto Maju comentava sobre o incômodo que é ser lembrada somente para abordar pautas raciais, as perguntas designadas a ela eram sobre questões raciais:
“É uma segunda escravidão quando nos deixam apenas para falar sobre racismo, eu não sou Wikipreta”. afirmou Maju
A jornalista já havia falado sobre o assunto em 2020, quando a Globo News pela primeira vez, teve uma bancada de jornalistas 100% pretos para debater sobre o racismo no Brasil e nos EUA.
Na entrevista para o podcast a jornalista seguiu ressaltando que embora tenha vivências enquanto uma mulher negra, pautas raciais não são sua especialidade:
“Eu tenho a vivência de racismo, mas eu não sou a especialista no tema. Tem outras referências que se debruçam sobre esse assunto e que merecem ser mais ouvidas do que eu. Mas também há outros negros para falar sobre outras coisas.”
Grande parte das perguntas direcionadas a jornalista envolvia questões raciais. Em um episódio de 36 minutos, Maju respondeu questões como:
“Seus pais prepararam você para lidar com episódios de racismo, pode falar um pouco mais de como foi essa educação?”
“Como é pra você ser uma das poucas pessoas negras que nos espaços que você ocupa e se relacionar com os brancos nesses espaços?”
Nos 10 minutos finais, a âncora da TV Globo falou sobre desinformação e imparcialidade.