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Conferência ‘Juntos 2020’ trará programações para maior inclusão no mercado corporativo

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Na foto: Samantha Almeida, diretora do twitter next no Brasil Jason Wright – Presidente do Washington Football Team (Time NFL)

Em sua terceira edição, a conferência conta com palestras de profissionais negros de destaque no mercado, sessões de treinamento e exposição de empresas engajadas com diversidade racial e inclusão.

A Conferência “Juntos 2020”, realizada anualmente desde 2018, começou no sábado, dia 21, mas seguirá com programação nos dias 25 e 28 de novembro, com duração aproximada de 3 horas por dia.

Este ano, pela primeira vez, o evento é 100% digital e continua com o propósito de influenciar a formação de uma geração de jovens profissionais negros.

Na programação do evento estão previstas palestras com profissionais negros de destaque no mercado e lideranças da McKinsey, sessões de treinamento em colaboração com Cia de Talentos e exposição de empresas engajadas na diversidade racial. 

Entre os palestrantes, estão confirmadas as participações de nomes como Luana Génot, fundadora e diretora executiva do ID_BR; Samantha Almeida, diretora do Twitter Next no Brasil; Mafoane Odara, gerente do Instituto Avon; Giovani Rocha consultor de políticas educacionais, Nina da Hora, cientista da Computação e ativista por negros na tecnologia; Sofia Esteves, fundadora  e presidente do Conselho da Cia de Talentos; Aldemir Cruz, Diretor de Estratégia e Operações de Negócios na BMS entre outros.  

A Conferência Juntos é destinada principalmente ao público negro composto por estudantes universitários (com graduação prevista para os próximos dois anos) e jovens profissionais com até seis anos de formados, sendo que todos são bem-vindos para acompanhar a programação.

As inscrições e informações sobre palestrantes podem ser vistas através do link: https://conferenciajuntos.com.br/#home

Pantera Negra 2 começará a ser filmado em julho de 2021

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Foto: Divulgação/Filmes

A sequência ainda sem título tinha previsão de início de gravação para março de 2021, mas a pandemia de covid-19 e a prematura morte de Chadwick Boseman atrasaram o início das gravações

 Algumas fontes revelaram ao The Hollywood Reporter que a Marvel está preparando a sequência de Pantera Negra para uma filmagem que começará em Atlanta em julho e durará mais de seis meses. 

De acordo com o THR, o ator mexicano Tenoch Huerta, estrela de Narcos: Mexico, série da Netflix, está em negociações para interpretar um dos vilões do filme. Letitia Wright, Lupita Nyong’o, Winston Duke e Angela Bassett são os atores mais aguardados para continuar no novo filme, alguns fãs especulam para a sequência um protagonismo no personagem de Wright, Shuri. 

A Marvel não revelou seus planos sobre como será a continuação sem Chadwick Boseman, embora tenha indicado que não usará CGI (imagens geradas por computador) para incluir a estrela falecida no filme.

Mural que exalta a mulher negra corre o risco de ser apagado por ser de “gosto duvidoso”

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Quem passa pelas ruas do Centro de Belo Horizonte já sabe que alguns dos principais prédios da capital estão tomados de cores. Mas um deles, o edifício Chiquito Lopes, pode perder toda a cor por conta de uma ação judicial. Segundo o Cura (Circuito Urbano de Arte), um único morador do prédio afirma que a pintura “é uma decoração de gosto duvidoso” e briga para que a arte seja apagada.

A obra em questão trata-se do mural feito pela artista mineira Criola, uma mulher preta e influente ativista na capital, que desenhou a pintura Híbrida Ancestral – Guardiã Brasileira. Ela retrata uma mulher negra com uma cobra coral em um útero. A pintura faz parte do CURA e foi feita no final do ano de 2018, e início de 2019.

Infelizmente eu não recebi isso como surpresa. Porque sinceramente quem é preto no Brasil tá infelizmente cansado de vivenciar várias questões relacionadas ao racismo, ignorância e preconceito. Meu sentimento é que estou no caminho certo, estou incomodando quem tem que ficar incomodado mesmo pra modificar as atitudes”, comenta Criola.

Pelas redes sociais, o Cura se manifestou e diz que seguiu todos procedimentos para a contratação da obra junto ao Condomínio Chiquito Lopes. Além disso, explica que assumiu não só a realização da pintura mas também a reforma da fachada lateral do local. “O Síndico submeteu a questão ao Conselho Consultivo do Condomínio que decidiu pela aprovação da obra”, afirma trecho da nota.

O Cura, por meio das advogadas do Coletivo Margarida Alves (assessoria jurídica popular), entrou no processo como parte interessada, na qualidade de assistente dos réus, e já apresentou as razões de fato e de direito pelas quais entendem que o processo deve ser julgado improcedente. “Esses dizeres podem ser interpretados como expressão do racismo estrutural, por se tratar de uma obra afro-centrada de uma artista descendente da diáspora africana”, diz o comunicado. A ação é pública e corre na 22ª Vara Cível de Belo Horizonte e, segundo o advogado Joviano Mayer, o processo está concluso para sentença e aguarda julgamento.  

Diretor Elísio Lopes Jr comanda oficina gratuita de dramaturgia

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Elisio Lopes Jr por Amanda Jordão

O Roteirista, dramaturgo e diretor artístico, Elísio Lopes Jr, comandará nesta sexta-feira (27), a oficina promovida pelo musical NAU, dos diretores Daniel Arcades e Thiago Romero, que estará disponível à partir das 20h.

Elísio é Mestre em Comunicação e Cultura na UFBA e roteirista contratado da Rede Globo. Ele reúne no currículo experiências em teatro, televisão e cinema, assinando o roteiro de programas de TV como Esquenta (Rede Globo) e Espelho (Canal Brasil).

Elísio atuou, também, como diretor de conteúdo do Se Joga (Rede Globo) e é autor de mais de 20 textos teatrais montados no Brasil e dirigiu e roteirizou DVD’s e espetáculos de nomes como Ilê Aiyê, Carlinhos Brown, Saulo, Margareth Menezes, Mariene de Castro e Ivete Sangalo.

As inscrições poderão ser feitas através do site (https://projetonau.art.br/) até o dia 24/11.

Quem se inscrever recebe ainda, por e-mail, dois materiais gravados previamente com Elísio, com conteúdos relacionados ao tema da oficina. Haverá transmissão simultânea no canal do YouTube do NAU.

A NAU reformulou o projeto e tem promovido uma série de oficinas formativas gratuitas que acontecem online para elenco, equipe e público em geral interessado em conhecer os bastidores da preparação de um espetáculo.

Quais podcasts os podcasters estão ouvindo?

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Foto: Andre Hunter

Só em 2019, o consumo brasileiro por podcasts cresceu em 67%, sendo que 40% das pessoas conectadas à internet no País já ouviram um podcast e mais de 31 milhões ouvem com uma frequência mensal. Esses números deixam o Brasil atrás apenas do Estados Unidos, país com maior consumo global. Os dados são do IBOPE, Deezer e Spotify e revelam o quanto esse formato tende a continuar crescendo nesse contexto de Revolução Digital impulsionado pelo contexto do isolamento social que foi proporcionado pela pandemia do COVID-19. Além disso, os podcasts têm sido um grande atrativo à parcerias com marcas. De acordo com a pesquisa da Associação Brasileira de Podcasters, 63% dos ouvintes dizem já terem comprado produtos e serviços após serem anunciados em algum podcast.

Com isso, o Mundo Negro conversou com os apresentadores e apresentadoras de cinco podcasts negros para descobrir quais podcasts eles escutam e indicam. Confira:

Meteora Podcast
Apresentação: Cris Guterres e Renata Hilário

A Cris indicou os últimos podcasts que mais ouviu no último mês, que foram o ‘Afrofuturo’, podcast apresentado por Maria Morenah e Luciane Nascimento, duas mulheres cariocas que falam sobre afrofuturismo e ancestralidade. O ‘Praia dos Ossos’ que para a Cris é um presente, um podcast muito rico com um trabalho de pesquisa absurdo e que vem para nos trazer novas reflexões sobre o machismo e o feminicídio. É um podcast da rádio Novelo, produzido pela jornalista Paula Scarpin. O podcast da ‘Michelle Obama’, que apesar da barreira do inglês, segundo ela é bem gostoso, e interessante para quem já vem acompanhando a trajetória de Michelle por meio do livro e do documentário no Netflix, trazendo as questões de forma mais aprofundada. O ‘Tudo Odara’, apresentado pela jornalista baiana Rita Batista, em que ela apresenta de forma livre um podcast bem curtinho, com cerca de 3 a 5 minutos, sobre como lida com questões do dia a dia, como um dia em que o pneu do carro dela furou duas vezes na mesma semana e ela conta como lidou com isso. E por fim, o ‘Café da Manhã’, podcast que escuta todo dia pela manhã, sendo o que mais se informa. Eles se aprofundam mais em um assunto e depois dão uma breve resumida sobre os assuntos que aconteceram no dia anterior, sendo diário de segunda a sexta-feira.
Já Renata, também indicou o ‘Praia dos Ossos’, e o definiu como um estilo de rádionovela somado à documentário criminal, visto que é sobre a morte de Ângela Diniz em 1976. Ela também indicou o podcast da ‘Michelle Obama’, além do episódio com a Bozoma CMO do Netflix do ‘At home with Leaders’ e o ‘Oprha – Super Soul’.

Renata Hilário e Cris Guterres / Foto: Reprodução instagram

Negro da Semana
Apresentação: Alê Garcia

Como a podosfera se torna uma dimensão cada vez mais gigantesca, repleta de programas diferentes para explorar, o Ale resolveu trazer alguns dos podcasts que adora escutar para tentar facilitar a entrada de novas pessoas prestes a se apaixonar. A ordem é completamente aleatória, a sua explicação sobre por que você deve ouvir serão as mais sucintas possíveis. Ele diz que se puder conquistá-lo em uma única frase, ficará feliz e começa pelo ‘Pretas na Rede’, em que mulheres negras falam sobre o que lhes é importante: essencialmente, cultura negra; o História Preta que traz histórias fundamentais sobre cultura negra; o ‘Podcast, Mano’ que é sobre cultura Hip-Hop profunda; o ‘Lado Black’, sobre cultura negra em doses maciças; o ‘Meteora Podcast’ que são duas minas negras poderosas falando sobre cultura negra poderosa; O ‘Lado Negro da Força’, que trata sobre cultura nerd por pessoas negras e o ‘Per Raps’, sobre comportamento, música, lifestyle, na perspectiva de pessoas negras.

Foto: Divulgação

Influência Negra
Apresentação: Nath Braga e Cleyton Santanna

O Cleyton dividiu suas indicações por diferentes formatos e necessidades que ele tem. Ele começa pelo ‘Foro de Teresina’, que tem recorte político e pelo ‘O Assunto’, do G1, que são podcasts que escuta bastante e com perfil mais jornalístico. Este dois são para que possa se manter antenado, pensar no que pode transformar em conteúdo, além de fazer recorte para suas produções pessoais. Já os podcasts que escuta para se inspirar e alimenta seu bem-estar no ouvir, ele começa pelo podcast ‘Afetos’, o qual passa horas escutando. Ele diz que por morar só, parece que está com elas em casa tendo uma conversa. Também gosta muito do ‘Abroadcast’ da Bel Oliveira, que traz a perspectiva da mulher preta morando fora do Brasil e explorando outros países. Outro podcast é o ‘Sofia’, uma rádio-novela original do Spotify, um formato que já tinha pensado em fazer, mas que não colocou em prática por ser muito trabalhoso. Cleyton também indicou o ‘Praia dos Ossos’, como as apresentadoras do Meteora. Ele diz que a narração é um pouco arrastada e lenta no começo, mas gera uma reflexão importante sobre como o assassinato de uma mulher repercute nos anos 70.
Já Nath, fez um vídeo em seu canal no Youtube só para falar sobre suas indicações. Aqui selecionamos algumas delas, que são o ‘Meteora Podcast ‘(mais uma vez, estão arrasando hein Cris e Renata!), também indicou o ‘Afetos,’ da Gabi Oliveira e Karina Vieira (inclusive elas deram spoiller no último episódio sobre o feat de Afetos com Influência Negra); o ‘Angu de Grilo’, apresentado pelas jornalistas Flávia Oliveira e Isabela Reis, que são mãe e filha. Outra indicação é o ‘Afropai’, o qual ela comenta sobre o quão raro é vermos homens negros falando sobre paternidade e conta que apesar de estar há alguns meses sem novos episódios, maratonar os já gravados vale muito a pena. E por fim, outra indicação internacional, que é o ‘Jesus and Jollof’, feito por duas mulheres negras nigerianas e cristãs que vivem nos Estados Unidos, que são bem-sucedidas por lá e contam sobre como é essa vivência.

Ilustração: Pamella Paixão @pretailustre

Afropausa
Apresentação: Guilherme Dresch, Igor Pinheiro, Julia Teodoro, Laise Alves, Larissa Araújo e Larissa Santos

É Formado por seis jovens publicitários, sendo um deles a Júlia Teodoro que dividiu os principais podcasts que escuta que são, o’ AmarElo’ do Emicida, que considera muito bom! E o outro que ela gosta de escutar para dormir, e que é infantil, mas tem histórias muito legais é o ‘Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes’, com várias mulheres negras que contam histórias de um jeito leve e que contribui muito para aumentar seu repertório. 

Foto: Divulgação

O Lado Negro da Força
Apresentação: Augusto Oliveira

Indico meus cinco podcasts favoritos, que são o ‘People’s Party With Talib Kweli’,  podcast de um MC que não parou no tempo, nem de produzir. Cheio das histórias de estúdio e de rolê que eu amo tanto. O podcast não tem medo de abordar conversas difíceis e discordar com força do convidado. O ‘AfroPausa’, que ele considera como os primos publicitários do Lado Negro. Com um tom de voz mais institucional e foco no mercado publicitário esse time aí entrega as pautas difíceis num pacotinho muito bonito. O ‘Factually With Adam Conover’, podcast que me ensina muito sobre o funcionamento do mundo. Quando eu tô bravo com o Brasil lembro que tem outros lugares com problemas piores e mais específicos através desse podcast. O ‘Comedy Trap House’, para quando você só quer ouvir uma besteira. Esses 5 negrões são comediantes que consegue fazer episódios de uma hora sobre como um deles não sabe a letra de “It wasn’t me” e canta tudo torto. Ou como um deles furou a quarentena pra transar mas nem tudo saiu como esperado. E por fim, o ‘Programa Freestyle’. Apresentado por Marcílio Gabriel, que foi o primeiro podcaster preto do Brasil. Ele é amante do Hip-Hop, jornalista que, segundo Augusto, sabe exatamente como extrair o melhor de cada entrevistado e andou pra que muita gente pudesse correr. 

Foto: Reprodução instagram

Bônus: As top indicações em comum entre os podcasters foram os podcasts Praia dos Ossos, Afetos, Michelle Obama e o próprio Meteora Podcast que foi entrevistado para essa matéria. 

Bia Ferreira, Bixarte e Ventura Profana estão no lineup da 5ª edição do Festival Periferia Preta

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Foto: Divulgação

Desde o dia 2 de Novembro o coletivo Periferia Preta realiza a 5ª edição do seu festival anual de modo online, com lives-ocupações de gastronomia, dança, yoga e contação de histórias infantis. O evento, até este ano acontecia presencialmente na quebrada onde o coletivo está localizado, na Fazenda da Juta, região de Sapopemba, em São Paulo. Neste ano, 100% online, as apresentações artísticas ocorrerão nos dias 27, 28 e 29 de novembro e conta com artistas como Bia Ferreira, Bixarte e Ventura Profana no lineup.

A preocupação em manter o festival acessível e plural seguiu a mesma, por isso mulheres e LGBTQIA+ foram priorizadas no line, e as apresentações serão transmitidas de graça pelo Youtube e pelo site do Periferia Preta. “Nosso festival nasceu com a necessidade de ecoar o trabalho de artistas periféricos, especialmente do nosso território. Com isso, nossa curadoria baseou-se em mapear os artistas que neste ano apresentaram trabalhos que acreditamos no potencial e que dialoga com os princípios do coletivo. Trazendo para seus shows inclusive a provocação do que é possível produzir em tempos de pandemia, onde somos as primeiras a sofrer os revezes da falta de investimento financeiro em nossos trabalhos”, explica o ator e gestor cultural Thiago Felix, um dos integrantes do coletivo, sobre a curadoria musical.

Para ele, colocar os artistas do território junto com artistas de maior projeção – ainda sim oriundos de outras periferias -, foi o ponto positivo que o festival online pôde trazer. “Há muitas das nossas ganhando espaço na mídia ou no mercado, mas sabemos o quanto esses espaços ainda são hegemonicamente brancos e juntar essas artistas em um line composto inteiramente por corpos fora da norma e periféricos, é uma celebração do quanto somos plurais e potentes”, aponta.

O festival Periferia Preta deste ano é também a celebração de uma conquista há muito aguardada: a conquista de um espaço físico que servirá de centro cultural. Ainda não inaugurado oficialmente, o local já está pronto, mas só será aberto dentro de um contexto sanitário futuro e mais favorável em relação ao controle da pandemia da Covid-19 em São Paulo. 

PROGRAMAÇÃO, todos os dias a partir das 19:00:

  • Sexta, 27 de Novembro
    Intervenção poética: Sueli Ribeiro e Ariane Oliveira
    DJ set: Paulete Lindacelva
    Pocket shows: Diane e John Halles
    Shows Lives: Bixarte e Bia Ferreira
  • Sábado, 28 de Novembro
    Intervenção poética: Pikeno Kebra e Tari Eshe
    DJ set: Thalligeira
    Pocket show: Alinega e JahPam
    Shows Lives: Ventura Profana e Lei Di Dai
  • Domingo, 29 de Novembro
    Intervenção poética: Lais Borges, Caru e AFRODUN
    DJ set: Aline Vargas
    Shows Lives: Pituka Santos e Didi Carvalho com participação de Sidnei Ferreira e Marcelo Glick

SERVIÇO
5ª edição Festival Periferia Preta

  • Atrações: Shows, Pockets shows, DJ sets e Intervenções artísticas
  • Período: 26, 27 e 28 de novembro
  • Horário: A partir das 19h
  • Ingresso: Gratuito
  • Plataformas: Youtube e site do coletivo

Agência Iyabá promove curso gratuito de Planejamento Artístico para mulheres negras

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Foto: Sofia Coeli

Após a ação realizada nos dias 19 e 20 de novembro em que projetaram textos de mulheres negras brasileiras no centro de São Paulo, a agência Iyabá promove novo curso gratuito. Ambas as ações fazem parte do Re(Orí)entar – Novas imaginários,  projeto que propõe reposicionar o imaginário da mulher negra, das mulheres não-brancas, e das relações sociais que as perpassam através de um trabalho de repolitização da mulher não-branca através da cultura. Em outubro ocorreu o curso de Gestão e Produção Cultural, e para os dias 25, 26 e 27 ocorrerá o curso de Planejamento Artístico. As inscrições estão abertas e não possuem limite de vagas. 

Créditos: Divulgação

O curso voltado para profissionais não-brancas do setor cultural e da economia criativa, ou quem deseja se profissionalizar, e será transmitido ao vivo pelo Youtube. A proposta é fomentar a reflexão sobre como organizar, estruturar e planejar uma carreira artístico-cultural, além de entender a importância do planejamento estratégico, posicionamento, valores e as possíveis formas de compartilhar subjetividades raciais para o público e clientes. 

“Para reposicionar o imaginário das mulheres negras e das relações sociais que as perpassam, é imprescindível fazer um grande trabalho de repolitização dessas mulheres através da cultura afro-brasileira e do conceito do (Orí). Orí que diz respeito à essência divina de cada ser. Assim, essa mulher desperta a (Orí) potência dela, se torna dona da própria história e a conta. Ela desperta uma (Orí) presença e se posiciona como a Iyabá (Deusa) que ela é”, explica Raiany Fernandes, Diretora de Planejamento da agência Iyabá.

Confira a programação completa do curso de Planejamento Artístico:

Aula 1 – Novos imaginários: Raça, etnia e gênero no empreendedorismo
Profissionais: Marta Carvalho e Raiany Fernandes
Data: 25 de novembro
Horário: 19h às 20h
Carga Horária: 40 minutos

Aula 2 – Novas formas planejamento de carreira para artistas
Profissionais: Michelle Serra e Raiany Fernandes
Data: 26 de novembro
Horário: 19h às 20h
Carga Horária: 40 minutos

Aula 3 – Marketing digital para artistas
Profissionais: Raiany Fernandes
Data: 25 de novembro
Horário: 19h às 20h

SERVIÇO
Re(orí)entar – novos imaginários: Curso de Planejamento de Carreira para Artistas

Origens do pilão: item essencial para a gastronomia africana

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A chefe Aline Chermoula especialista em cozinha afrodiaspórica

Originário da África, o pilão (ou almofariz) é utilizado há centenas de anos para triturar, amassar e moer, ou seja, para pilar alimentos e transformá-los em algo novo. Historicamente, os pilões da África são grandes e podem ser utilizados por várias pessoas ao mesmo tempo, com o intuito de moer grãos.

Em nosso dia a dia, o pilão pode ser um grande aliado para criar preparos muitos saborosos. Na África o costume é que as mulheres pilem ao ritmo de uma música característica, que também marca as batidas no pilão.

Como utilizar o pilão?

O uso do pilão pode mesmo gerar dúvidas, mas basta colocar o que você deseja moer e segurar o pilão com uma mão enquanto a outra amassa os ingredientes. Escolha a mão com maior controle para pilar e segure com a outra o recipiente, procurando tapar a boca do pilão para que os ingredientes não caiam.

Em primeiro lugar, comece moendo os itens mais densos para depois unir à mistura os temperos que se desfazem facilmente. Por último, são colocados os temperos em pó – como o curry, a pimenta e o sal – para se juntarem à pasta formada anteriormente pelos temperos moídos.

Pilão de pedra

O pilão de pedra é um utensílio chave nas cozinhas tradicionais do campo e da cidade, amplamente utilizado no preparo de receitas. Hoje em dia, além de sua função na gastronomia, o pilão de pedra também cumpre função decorativa na cozinha, trazendo um toque rústico e natural.

O pilão de pedra – Foto Arquivo Aline Chermoula

Os modelos mais comuns são feitos de mármore, pedra sabão e granito. O pilão de mármore e o de pedra sabão se destacam pela excelente resistência e durabilidade. Se manuseados com o devido cuidado, podem se transformar em verdadeiras relíquias de família. Já o pilão de granito é uma alternativa de utensílio de cozinha elegante e, acima de tudo, atemporal, ideal para quem deseja trazer um toque de requinte e estilo ao preparo de receitas.

Pilão de pedra na gastronomia

A função do pilão de pedra é, principalmente, a de recipiente para macerar ou socar alimentos. Grãos, ervas, frutas e temperos são alguns dos exemplos de alimentos comumente preparados no pilão. Diferente do pilão de madeira, o pilão de pedra não tende a se impregnar com o aroma e sabor dos alimentos e, por isso, pode ser utilizado no preparo de todos os tipos de receitas, desde que seja lavado imediatamente após o uso. O uso do pilão de pedra é uma alternativa artesanal ao triturador de alimentos. A maceração traz um toque caseiro aos pratos e viabiliza a preparação de temperos, sopas, caldos e sobremesas com o toque inconfundível de comida de interior.

Aline Chermoula: temperos e combinações

  • Alho e sal: fica muito melhor do que aqueles que vêm prontos. Basta moer os dentes de alho e, em seguida, acrescentar o sal.
  • Molho pesto: feito tradicionalmente com manjericão, o molho pesto pode ganhar uma nova roupagem com coentro. Basta misturar uma castanha e um dente de alho às folhas (um maço) e amassar. Quando estiverem bem moídos, misture uma pitada de sal e azeite suficiente para dar consistência.
  • Tempero baiano leva uma colher de sopa de cominho em grão, uma colher de sopa de semente de coentro e uma colher de sopa pimenta do reino em grão. Logo após moer, torre em uma frigideira por 2 minutos antes de usar.

Deu água na boca? Então não perca tempo e adicione à sua cozinha um pilão e novos temperos!

Alberto Pereira Jr. é o mago do conteúdo afrourbano do Trace Trends

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Alberto Pereira Jr. apresentador e roteirista do Trace Trends da Trace Brasil

A Trace Trends completou um ano com uma programação 100% dedicada à cultura negra pela Rede TV. Alberto Pereira Jr. é o nome por trás do conteúdo do programa e traz a experiência de quem trabalhou em empresas de mídia importantes como a Folha de S. Paulo academia de Filmes, Conspiração Filmes e FremantleMedia Brasil, só para citar alguns. Ele é artista social, ator e atua há seis anos no mercado audiovisual como diretor, roteirista e gerente criativo e também é apresentador do jovem canal.

Nós conversamos com ele para entender mais de onde vem a inspiração para criar conteúdo para um projeto tão especial e de brinde ele nos contou quais são seus 5 momentos preferidos na programação da Trace Trends desde seu lançamento em 20 de novembro de 2019.

Mundo Negro ( Silvia Nascimento) – O que você consome para se sentir criativo e conseguir ter referências para fazer seu trabalho na Trace?

Eu sou um apaixonado por cultura, política e novidades artísticas. Para pensar a curadoria de conteúdos da Trace, eu estou sempre ligado aos lançamentos musicais de todos os gêneros afrourbanos. Navego muito pela internet e redes sociais (Twitter, Instagram, Facebook, Tik Tok, YouTube). Leio sites, revistas e jornais nacionais e internacionais. Também troco figurinha com produtores, curadores, profissionais da comunicação, da tecnologia e do esporte. Uso minha experiência jornalística para identificar tendências e para abordar assuntos já conhecidos sob uma nova ótica. 

Por que demoramos tanto para ter um canal como esse no Brasil? Mesmo tendo existido o TV da Gente do Netinho de Paula, essa é a primeira vez que existe um programação 100% black com qualidade técnica de transmissão. 

Infelizmente, o racismo estrutural é a única explicação para que em 70 anos de TV no Brasil só agora tenhamos um canal 100% dedicado a conteúdos e pessoas negras. Somos um país com mais de 55% de negros, mas sempre fomos subrepresentados em todas as mídias, os poucos exemplos que existiram, como a TV da Gente, programas como “Manos e Minas” (TV Cultura), Yo! (MTV), “Mister Braun” (TV Globo), são exceções que confirmam a regra. O mercado publicitário e os executivos de TV sempre foram reticentes em mostrar o Brasil real na tela. Mas graças às pressões dos movimentos negros, estamos quebrando essa bolha e mostrando que somos diversos, que queremos nos ver na frente e atrás das câmeras, temos boas histórias para contar, não apenas casos de racismo.

Como está sendo a parceria com a TV Bahia e de que forma essa união pode ser vista na grade da programação da Trace?

A parceria com a TVE Bahia veio coroar esse primeiro ano da Trace no Brasil, depois do Trace Trends, na RedeTV! e da chegada do nosso canal Trace Brazuca, na TV por assinatura. A Bahia é o estado mais negro do Brasil, uma potência cultural. Poder trocar conteúdos tão relevantes com a TVE Bahia é algo incrível. De nossa parte, levamos um pouco da cultura afrourbana internacional, com destaque para: “Djouba”, uma lista com as músicas africanas contemporâneas o que estão bombando; o nosso Trace Trends, uma revista eletrônica de empoderamento social; “Mwana Afrika”, que mostra curiosidades do continente que é o berço da civilização; além de um giro pelas novidades musicais de artistas brasileiros que estão se consolidando no cenário, em “Focus”. Da TVE Bahia, exibiremos para o Brasil e para o mundo filmes e documentários especiais, shows e o programa “Soterópolis”, além de especiais sobre o maior carnaval do mundo, que é o baiano!

Os 5 momentos preferidos do Alberto no Trace Trends

20/11/2019

A estreia da primeira temporada do Trace Trends ocorreu especialmente numa quarta-feira, no Dia da Consciência Negra, apresentado por Magá Moura. Para marcar a nossa chegada no Brasil, falamos da Batekoo (festa e coletivo preto LGBTQIA+ e periférico); do estilista baiano Isaac Silva, que estava estreando na SPFW; mostramos o som e uma entrevista com Djonga, rapper mineiro que ganhou o país com suas rimas fortes e muito suíngue, e uma entrevista com Eliane Dias, no nosso quadro Poderosa, que fala sempre de uma mulher negra que é destaque em sua área de atuação.

19/5/2020

Estreia da segunda temporada. Já realizada inteiramente na quarentena e no distanciamento social. Estreia do Ad ao meu lado na apresentação, cada um da sua casa. Entrevista com Marcelo D2 e o quadro poderosa com Triscila Oliveira, escritora.

AD Junior e Alberto Pereira Jr. – Foto: Reprodução Instagram

23/06/2020

Foi um lindo programa, começando com uma entrevista inédita de Djavan no Brasil, realizada pela equipe da Trace em Paris. Também mostramos a potência dos turbantes, com a especialista Thaís Muniz.

03/11/2020

Ainda em meio a pandemia, resolvemos ir pra rua e gravar, depois de alguns meses, uma externa. O primeiro especial musical, em comemoração ao nosso aniversário de 1 ano. O convidado foi o rapper Projota. 

17/11/2020

Especial musical com Paula Lima.

Alberto e Paula Lima- Foto: Reprodução Instagram

Receber Paula Lima no programa para um bate-papo e um musical foi muito especial. A cantora possui uma das mais belas vozes da música nacional e também é bastante contundente e consciente da necessidade de agirmos enquanto seres políticos, em busca de um mundo melhor.

Produtora criada por Michelle e Barack Obama fará série de comédia política para a Netflix

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De acordo com a revista Variety, a série irá misturar elementos de documentário com esquetes de comédia. A intenção será retratar os bastidores da política norte-americana de uma maneira mais leve e irreverente. A produtora criada por Michelle e Barack Obama, Higher Ground Productions, se unirá ao comediante Adam Conover para produzir a série que se chamará “The G Word with Adam Conover”. A produção, para Netflix, ainda não tem data de estreia.

Conover irá apresentar os funcionários que fazem o complexo mecanismo político dos EUA funcionar e fará uma abordagem satírica das falhas e deficiências desse sistema. Ainda segundo a revista, o programa será vagamente inspirado no livro best-seller do jornalista Michael Lewis, “The Fifth Risk”.

Os Obama fundaram a Higher Ground e assinaram um contrato de produção com a Netflix em 2018. Até o momento, eles produziram “American Factory”, que ganhou o Oscar de Melhor Documentário de Longa-Metragem este ano, e “Crip Camp: Revolução pela Inclusão”, que chegou no catálogo do streaming no mês de março.

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