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“Prossiga com orgulho”: A história, as frases, o legado do rei. Um ano sem Chadwick Boseman

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Imagem: Tylor Hepner

Chadwick Boseman foi um astro com todas as comparações que o termo pode ter com alguns eventos astronômicos. O ator, nascido em 1976, na Carolina do Sul (EUA), brilhou rápido como um cometa passando no horizonte e sua luz perdura como as estrelas que ainda enxergamos no céu, ainda que tenham morrido há muito tempo. 

No ensino médio já demonstrava talento para atuação e escrita, escrevendo e encenando sua primeira peça, “Crossroads”. Após ser elogiado por professores pela performance, não pôde mais parar.

No set de filmagem de ‘Pantera Negra’ (Imagem: Instagram/Chadwick Boseman)

Pequenas participações em séries como  ‘Lei & Ordem’ e ‘CSI: Nova Iorque’  foram um ensaio para o que viria futuramente. Em 2010, Boseman conseguiu um papel de destaque na série dramática “Persons Unknown”, mas foi em 2013 que mostrou muito do que era capaz em seu primeiro papel principal no cinema. Em “42”, o ator interpretou Jackie Robinson, um dos maiores jogadores de beisebol da história e o primeiro afro americano da Liga principal.

No ano seguinte, a cinebiografia de James Brown ganha vida com Chadwick encarnando o lendário músico em “Get on Up“. No longa, Chadwick atuou pela primeira vez ao lado de Viola Davis. Como todo artista, papéis mais ingratos apareceram, como no péssimo “Deuses do Egito” (2016), mas em 2018 o mundo conheceu um espetáculo glorioso de representatividade que trazia a realeza da fictícia Wakanda para o centro do Universo Cinematográfico da Marvel e Chadwick era o novo rei. “Pantera Negra” virou um fenômeno pop, aumentando as vendas de quadrinhos do herói e virando símbolo de uma geração inteira ávida por representatividade em todos os setores da indústria do entretenimento. Chadwick Boseman era a representação física de onde pessoas negras de todo mundo queriam chegar e como gostariam de ser retratadas. Ele era o rei, o guerreiro, o protetor de uma nação africana rica, pacífica e bem desenvolvida. Ele estava no topo e levou milhões juntos.

“Destacamento Blood” (Imagem: Instagram/Chadwick Boseman)

“Pantera Negra” faturou 1,344 bilhões de dólares nas bilheterias mundiais, superando por muito personagens mais conhecidos da Marvel como todos os filmes do Thor e os dois primeiros filmes do Homem de Ferro. Adorado pelo público, aclamado pela crítica. O filme se tornou o primeiro filme de super herói a ser indicado na categoria de Melhor Filme do Oscar.

Quais seriam os próximos passos? O que poderia ser maior? A vida, os ideais, o propósito.

Chadwick Boseman era um ativista da educação e desde cedo já usava sua potência para defendê-la, como no caso divulgado em seu perfil do Instagram em que virou matéria de jornal por ser contra as condições precárias da escola de artes em que estudava. Em 2018 ao receber uma medalha da Universidade de Howard (Washington), o intérprete de T´Challa fez um discurso poderoso e inspirador: “Você preferiria encontrar um propósito a um emprego ou uma carreira? Propósito atravessa disciplinas. Propósito é um elemento essencial de vocês. É a razão pela qual você está no planeta neste momento em particular da história (…) Independentemente do que você escolher como carreira, lembre que as batalhas ao longo do caminho são significativas para formar vocês para o seu propósito”, disse encorajando os alunos que se formavam. “Eu não sei como o futuro de vocês será, mas, se estão dispostos a tomar o caminho mais difícil, o mais complicado, o com mais falhas no início do que sucessos, o que têm ultimamente provado ter mais significado, mais vitórias, mais glória, então vocês não vão se arrepender” (…) Agora, como vocês começam seus caminhos, prossigam com orgulho e com propósito”.

O ator escondeu um câncer de cólon para continuar atuando e entregou atuações antológicas como em “Destacamento Blood” de Spike Lee e “A Voz Suprema do Blues”, filme da Netflix que valeu a indicação póstuma ao Oscar de Melhor Ator em 2021.

CRÍTICA | A Voz Suprema do Blues - InC | Instituto de Cinema | Cursos de  Cinema e Atuação
“A Voz Suprema do Blues”. O filme rendeu uma indicação póstuma de Melhor Ator a Chadwick (Imagem: Divulgação)

Chadwick Boseman entrou para a história do cinema com seu inegável talento e como símbolo de tempos que anseiam por mudança. Não só como rosto de um príncipe que vira rei, mas não sabe se está no caminho certo, mas como alguém que na vida real sempre se comprometeu com o melhor para os seus. As atuações que conseguiu entregar enquanto convivia silenciosamente com a dor mostram que seus passos continuavam firmes rumo a uma presença cada vez maior em Hollywood. Chadwick nunca pareceu mediano em seus personagens ou em suas entrevistas e sua precoce morte em 28 de agosto de 2020 foi como perder um membro da família que vemos orgulhosamente voar. A nota de seu falecimento é o tweet mais curtido da história com mais de seis milhões de curtidas. 

E não é exagero dizer que Chadwick se colocou entre os grandes da história e com relação à busca por representatividade está ao lado de Jordan Peele, Viola Davis, Denzel Washington e Barry Jenkins como expoente da potência negra acontecendo no cinema quando oportunidades são oferecidas.

Chadwick Boseman foi um orador inspirador. Abaixo algumas lições do eterno rei.

“Quando você investe em uma semente, vendo-a crescer sem você, é uma pílula difícil de engolir”, disse ele. “Às vezes você precisa sentir a dor e o aguilhão da derrota para ativar a verdadeira paixão e propósito que Deus predestinou dentro de você.”

“Todos nós sabemos o que é ouvir que não há um lugar para você ser destaque. No entanto, você é jovem, talentoso e negro. Nós sabemos o que é ouvir que não há uma tela para você ser apresentado, um palco para você ser apresentado. Nós sabemos o que é ser a cauda e não a cabeça. Nós sabemos o que é estar por baixo e não por cima. É com isso que trabalhávamos todos os dias porque sabíamos … que tínhamos algo especial que queríamos dar ao mundo. Que pudéssemos ser seres humanos completos nos papéis que desempenhamos. Que pudéssemos criar um mundo que exemplificasse um mundo que queríamos ver”

“Você tem que valorizar as coisas de uma maneira diferente quando sabe que o tempo está passando, você está sob pressão “

Imagem: Instagram

“Receber um prêmio por interpretar um super-herói é incrível, mas é ainda maior reconhecer os heróis que temos na vida real,”

“Há uma infinidade de histórias em nossa cultura que não foram contadas porque Hollywood não acreditava que fossem viáveis”, disse ele. “Seria legal ver pedaços da história que você não viu com as figuras africanas. Como os africanos na Europa – os mouros na Espanha. Ou se for a Portugal, tem estátuas de negros por todo o lado. Portanto, não apenas estivemos aqui ”, mas afetamos diretamente tudo o que você pensa que é europeu ”.

Comemorando 20 anos de carreira, grupo Bongar lança “Festa de terreiro”

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Rennan Peixoto

Com 20 anos de estrada, completados no último dia 11 de agosto, o Grupo Bongar lança seu “Festa de Terreiro” nas principais plataformas de streaming, neste mês do seu aniversário. O disco é uma compilação de músicas do primeiro e segundo CDs do grupo “29 de junho” e “Chão Batido Coco Pisado”, respectivamente, com as clássicas composições “Acorda Maria” e “Ogum”. O lançamento ocorre por meio do Selo Colmeia22 e já está disponível para download.


“Era uma cobrança do nosso público, que não encontrava as músicas do Bongar no Spotify, Deezer, Itunes. Esse convite do Selo Colmeia22 veio no momento em que estávamos nos preparando para isso. E chega também para compor as comemorações dos 20 anos do grupo”, conta a produtora do Bongar, Marileide Alves.


Outra ação para celebrar os 20 anos do Bongar é a live de aniversário, que será realizada no dia 30 deste mês, pelo canal do grupo no Youtube. Agora com nova formação, após o falecimento do seu vocalista e líder Guitinho da Xambá, o Bongar mantém a tradição do Coco da Xambá com a incorporação de elementos eletrônicos. O grupo conta com a participação de dois novos integrantes, os adolescentes Paulo Henrique e Yngrid Batista, que também integram o Grupo Pirão Bateu e fazem parte das oficinas de percussão ministradas pelo Bongar no Centro Cultural Grupo Bongar, na comunidade Xambá. Durante a live, o grupo fará uma homenagem a Guitinho e toda sua luta em prol da cultura e do povo negro.


O Centro Cultural também se prepara para retornar as atividades sócio-educativas-culturais com as crianças e adolescentes da comunidade de forma presencial. O que deve ocorrer em meados de setembro e início de outubro, quando os adolescentes já devem estar vacinados contra a Covid-19. Outro projeto do Grupo que voltará com as atividades é a Escola de Música Afro-Brasileira Grupo Bongar, criada com o objetivo de difundir a música vivenciada na comunidade Xambá e o toque dos tambores (engomes) do Terreiro Xambá. É um espaço também de criação e discussão de conteúdos de música e temática afro-brasileira.

Dublado por Rihanna, “Cada um na sua Casa” é irregular, mas rende bons momentos cômicos

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Os Boovs são uma uma raça alienígena que invade a Terra em busca de um novo lar. Porém, uma esperta garota chamada Tip (Rihanna) consegue fugir e acaba virando cúmplice de um alienígena exilado chamado Oh e os dois vão aprender a romper barreiras de preconceito para ajudar ambas as raças a acharem seu lugar.

Dica de Filme - Cada Um na Sua Casa - Jornal da Economia
Imagem: Reprodução

O filme da Dreamworks apresenta os Boovs de forma atrasada. As criaturinhas são carismáticas, mas vindos depois dos Minions parecem derivados. O pequeno alienígena, Oh (interpretado no original por Jim Parsons de Big Bang Theory), tem um jeito meio engraçado e meio irritante de falar tanto no dublado quanto no original e suas interações com Tip são sempre o ponto alto do filme.

Em nenhum momento a produção tenta ousar e se diferenciar de seus pares de estúdio ou da concorrência (Pixar e Universal). A todo momento o filme soa como mais do mesmo (a dinâmica entre Tip e Oh emulam algo já visto em “Lilo e Stitch“), o que pode aborrecer os fãs mais assíduos de animações, mas não vai atrapalhar a diversão dos pequenos ou do público adulto casual.

Tip é uma protagonista simpática e esperta. Rihanna acertou o tom na interpretação assim como os Boovs secundários tem momentos hilários ao tentarem parecer ser mais espertos que a garota. Curioso que os alienígenas mudam de cor conforme as emoções e o filme foi lançado em 2015, mesmo ano de “Divertida Mente”, que usa as cores para diferenciar as principais emoções.

A qualidade da animação é já conhecida dos públicos da Dreamworks. O visual é muito bonito, a textura da areia e da água são incríveis e tudo isso se junta a boas cenas de ação. Inclusive as cenas agitadas com a trilha sonora pop funcionam bem, assim como as sequências cômicas. O filme derrapa quando tenta imprimir drama. Pouco do tentado para comover funciona para engrandecer o filme, colaborando apenas para a perda do ritmo.

Cada um na sua Casa” cumpre bem o papel de divertir crianças e (alguns) adultos misturando aventura intergaláctica com lições sobre respeito e amizade.

Disponível na Netflix e Telecine.

Plataforma gratuita com profissionais negros da saúde é lançada no Brasil

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Reprodução/Google fotos

Startup busca dar visibilidade aos profissionais e desenvolver soluções tecnológicas em serviços de saúde para a população negra

Pacientes de todo o Brasil que estão em busca de um profissional negro das diversas atuações em saúde já podem ter acesso à versão completa da plataforma AfroSaúde. A ferramenta gratuita para pacientes, lançada nesta segunda-feira (23), conta com funcionalidades como agendamento de consultas e/ou procedimentos para atendimento online ou presencial, receituário eletrônico, dentre outras funções. O aplicativo está disponível para aparelhos com sistema Android, ou na versão web, disponível no endereço www.afrosaude.com.br.

Fundada em 2019, a startup AfroSaúde busca desenvolver soluções tecnológicas em serviços de saúde para a comunidade negra. Pensando no problema do racismo estrutural, a empresa é uma healthtec de impacto social que busca dar visibilidade ao profissional de saúde negro e conectá-los a pacientes que buscam representatividade e atendimento mais qualificado em diversas atuações da área.

De acordo com o sócio fundador, o dentista Arthur Lima, este é um marco na empresa, tendo em vista que a plataforma completa já estava sendo esperada por pacientes pré-cadastrados de todo o Brasil.

“Lançamos a primeira versão da plataforma, por onde os pacientes podiam encontrar os profissionais e resolver o principal problema notado na criação do negócio, que foi a falta de visibilidade dos profissionais de saúde negros no mercado e a dificuldade de os pacientes encontrá-los. Agora, com o lançamento, essa conexão será mais completa, pois o paciente poderá agendar os atendimentos online ou presencial, além de ter na palma da sua mão profissionais das mais diversas atuações em saúde”, afirma.

Atualmente, a plataforma possui cerca de 900 profissionais cadastrados em todo o Brasil, que terão à sua disposição uma plataforma completa que funcionará como um consultório digital, disponibilizando a agenda e acesso a prontuário eletrônico, atendimento online/telemedicina (para as áreas liberadas), receituário com assinatura digital, pagamentos automatizados, dentre outras funcionalidades.

Tamarindo: uma delícia africana para receitas incríveis

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Imagem: Aline Chermoula

Muita gente acha que o tamarindo é indiano por conta do sua presença em receitas deste país, mas na verdade, o tamarindo é africano!

Tamarindus indica, seu nome científico, é uma fruta. Ele vem do tamarindeiro, uma árvore originária da África equatorial e que pode atingir até 30 metros de altura. Muito consumido no sul da Ásia, aqui no Brasil o tamarindo ainda não é muito popular. Um dos seus principais benefícios é ser considerado um laxante natural.

O alto teor de fibra alimentar melhora o funcionamento do intestino e combate a prisão de ventre, o suco gástrico é estimulado, o que acelera a digestão. Essa fruta também estimula a atividade da bile, o que ajuda a dissolver mais rapidamente os alimentos ingeridos.

Uma curiosidade é que, mesmo que pareça estranho e contraditório, estudos mostram que o tamarindo também pode ser eficaz para combater a diarreia crônica.

Ele também faz muito bem para o coração, porque possui uma boa quantidade de potássio, que ajuda na redução da pressão arterial. Além disso, as fibras também ajudam a diminuir os níveis de colesterol.

É uma ótima fonte de ferro, sendo um bom alimento para ajudar a combater a anemia. O ferro também melhora a circulação, garantindo uma boa taxa de glóbulos vermelhos no sangue e uma boa circulação de oxigênio por todo o corpo.

Com propriedades anti-inflamatórias, o tamarindo é muito utilizado na preparação de remédios fitoterápicos e pode ajudar a reduzir a dor de artrite e doenças reumáticas. O tamarindo também contém magnésio, que ajuda a combater a insônia, e ácido fólico, ótimo para mulheres grávidas.

Como se já não bastasse, ainda é fonte de vitamina C, que age como um antioxidante e fortalece o nosso sistema imunológico. Além de consumir a fruta propriamente dita, que tem uma mistura de doce e azedinho em seu sabor, o tamarindo também pode ser usado para fazer doces, sucos, chás, licores. Também é bastante usado como tempero e ingrediente de molhos.

Hoje trago pra vocês já receita deliciosa de doce de tamarindo. Doce fácil de ser preparado, só dá um pouquinho de trabalho na hora de descascar, minha sugestão é convocar as crianças para ajudarem a quebrar a fava separando a casca durinha dos bagos da fruta. E quem tiver coragem de provar, o seu sabor é bem ácido… Fica o desafio!!! vale super a pena, garanto!

Geleia de tamarindo:

INGREDIENTES

• Para 1 kg de tamarindos

• 700g de açúcar

• 1 cm de pau de canela

• 5 cravos

Preparo:

Descasque os tamarindos, coloque os bagos de fruta em uma tigela, cubra com água e descarte a água, apenas para lavá-los. Cubra-os novamente com água e deixe-os de molho de um dia para o outro. No dia seguinte solte as sementes, dos bagos das frutas, elas vão escorregar facilmente. E coloque apenas a polpa obtida e a água onde ficou de molho em uma panela, acrescente o açúcar, a canela e os cravos.

Cozinhe mexendo algumas vezes com uma colher de pau até o doce tomar ponto, quer dizer até aparecer bem o fundo da panela. Aguarde até esfriar para retirar da panela. Se o doce ficar muito duro, junte meia xícara de água e mexa até ferver. Se ficar muito mole, cozinhe mais um pouco. Não tem ponto errado uma vez que o açúcar é solúvel e é simples de se consertar até um ponto de geleia mais durinho ou mais macio.

Após 5 anos, julgamento dos assassinos de Luana Barbosa é marcado

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Foi agendado para terça feira, 31 de agosto de 2021, às 10 horas da manhã o julgamento dos policiais que assassinaram Luana Barbosa há 5 anos na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.


Segundo coletivos da cidade,

“Infelizmente, como sabemos, a Comissão Jurídica responsável pelo novo julgamento tem tido ao longo do tempo um posicionamento favorável aos policiais, tendo inclusive inocentado policiais envolvidos no Carandiru.

Por isso, o Dr Rondi, em conjunto com os outrxs advogadxs, inclusive o Dr. Rodnei acredita ser extremamente importante que entidades/organizações escrevam um email pedindo para participar da audiência. Ainda que talvez mais tarde não possam assistir, o fato de pedir participação faz uma pressão e “obriga” (de alguma forma…) eles a julgarem de forma mais comprometida com a verdade dos fatos.”

É preciso e necessário que haja uma mobilização para que este caso não acabe em pizza, há filmagens e testemunhas que presenciaram a ação violenta e covarde. Após a morte de Luana iniciou-se uma narrativa contada pela polícia, culpando a vítima pelo, mas o caso, enfim, será levado a júri popular.

O absurdo deste caso me deixa, enquanto mulher negra, com medo. O simples fato de existir pode fazer com que eu seja alvo, mesmo sendo inocente. É inadmissível viver numa sociedade que estruturalmente está doente, é preciso que todos entendam ser necessário quebrar essa lógica, todas as vidas importam.

Que seja feita justiça por Luana Barbosa


Festival Imersivo das Favelas vai até domingo com programação voltada para realidade virtual e afrofuturismo

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Programação é online e gratuita e conta com nomes como DJ Rennan da Penha e Nina da Hora.

A edição de estreia do Festival Imersivo das Favelas (FIF) começa nesta sexta-feira (27) e vai até o dia 29 de agosto, com programação inédita. A proposta do evento, totalmente on-line e gratuito, transmitido pelo canal do festival no Youtube é engajar e promover um networking entre jovens negros e indígenas de periferias e zonas rurais de todo o Brasil, que são amantes de tecnologia 3D e 360º, cinema afro, fotografia e audiovisual. Com conceito e estética afrofuturista, o FIF também quer ampliar vozes de artistas e filmmakers de realidade virtual inovadores que trabalham com artes visuais ancestrais, bem como tecnologias imersivas.

Para potencializar a experiência dos participantes, grandes personalidades engajadas em causas sociais confirmaram presença. Entre eles, o DJ Rennan da Penha e o criador da Batekoo Brasil, Mauricio SacramentoNina da Hora, referência do afrofuturismo, e a ativista e comunicadora indígena Alice Pataxó também integram o Festival. Como destaque, curadores de arte e designers do continente africano estarão ao vivo para falar sobre representação de corpos negros em tela. Alguns dos nomes são: Mohammed Blakk , artista criativo e empresário de Gana, que foi creditado como o artista corporal para o filme Black is King de Beyoncé, e Thokozani Madonsela , da África do Sul, que é artista de mural e tipógrafo, especialista em desenhos a carvão, pintura e arte em mosaico.

Como peça principal, o FIF exibirá pela primeira vez no Brasil o “Na Pele VR” – documentário inédito em realidade virtual e interativo produzido no Complexo do Alemão. A obra, de autoria da produtora Sete Léguas , em parceria com a escola GatoMÍDIA e Coletivo Papo Reto , já foi estreada no IDFA 2020 – Doc Lab Competition for Digital Storytelling e teve apresentação ilustre no festival South by Southwest, em Austin, no Texas. O FIF tem apoio da Fundação Heinrich Böll Brasil, Oak Foundation e da FordFoudation, que ajudam a financiar projetos que saem das periferias.

Entre as temáticas a serem debatidas no Festival estão: sonoridades imersivas, animação, projeção mapeada (3D e 360º), fotografia, colagem e memória ancestral. O evento será transmitido ao vivo, através de seu canal no YouTube (FIF – Festival Imersivo das Favelas) e pela página do Facebook do Voz das Comunidades.

Confira a programação completa:

Dia 27 de agosto

10H: Ideias para adiar o fim do mundo através da lógica de programação no ciberespaço

Com Isys Maciel, Nina Da Hora e Jefferson Barbosa

11H: Viajando no Ciberespaço: sonoridades imersivas, animação e projeção mapeada

Com Biarritzz, Wassa, Lucas Carvalho e SIL BAHIA

16H: Encruzilhadas do Atlântico

Com Palesa Motsumi, Mauricio Sacramento, Bibiseck e Dan Minkar

19H:Tijolin Studio – Animação: Vanguarda e território

Com Nana Frea, Jefferson Arcanjo, Byula e Raphael Cruz

Dia 28 de agosto

10H:Africanidades XR: o passado, presente e futuro da linguagem imersiva no sul global

Com Ibrahim Arome, Brian Afande, Andressa Nubia e João Inada

11H: Africanidades XR – o passado, presente e futuro da linguagem imersiva no sul global

Com Jumoke Sanwo, Kombo Chapfika, Jon Thomaz e Thamyra Thâmara

16H:Novos Mundos: imaginação negra na realidade imersiva

Com Leonardo Souza, Tulanana Bohela, Pedro Sodré e Gabriel Massan

17H: Magia Negra: fotografia, colagem e memória ancestral

Com Shai Andrade, Kerolayne Kemblin, Preta Velha e Naymare Azevedo

19H:Corpos negres em tela

Com Heloisa Hariadne, Thokozani Madonsela, Mohammed Blakk e Marcela Lisboa

Dia 29 de agosto

10H: Afrovisualidades e encantamentos

Com Panamby, Ventura Profana e Rafaela Mariah

11H:Cinema Nacional, Independente e Afrofuturista

Com Jeferson D, Everlane Moraes, Diego Paulino e Marina Luísa

16H:Sessão Pitch – Apresentação de projetos em 360º

Com João Araió, Lisa Jobson, Victor Lopes e selecionados

17H:De onde vem os recursos?

Com Atila Roque (Ford), Marilene DePaula (Boll), Carolina Munis (OAK)

19H:Favela AGORA: novas tecnologias e os alcances globais

Kelvin Harrison Jr. e Aaron Pierre são confirmados como protagonistas da sequência de ‘O Rei Leão’

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A  Disney  confirmou  os atores Kelvin Harrison Jr. e Aaron Pierre como protagonistas do elenco de vozes para a sequência de “O Rei Leão” (2019), que terá direção de Barry Jenkins (Moonlight).A sequência será uma prelúdio, mostrando eventos anteriores ao filme de 2019. 

Harrison Jr esteve recentemente no elogiado “Os 7 de Chicago” e também em “Monstro”, da Netflix e será Taka, enquanto Pierre, que estrelou a série da Amazon Prime VideoThe Underground Railroad”, será  Mufasa. O elenco adicional não foi divulgado, mas espera-se nomes importantes se envolvendo na produção.

Barry Jenkins explorará ainda mais a mitologia dos personagens icônicos, incluindo a história de origem de Mufasa.

Além dessa sequência, Harrison Jr poderá ser visto como  B.B.King no filme biográfico de Elvis Presley dirigido por  Baz Luhrmann. Pierre está em cartaz com o filme  mais recentemente em M. Night Shyamalan’s, “Tempo”.O novo filme usará a mesma tecnologia fotorrealística do primeiro filme. “O Rei Leão” arrecadou US $1,6 bilhão em bilheteria.

Conheça Nia DaCosta, primeira diretora negra da Marvel e responsável por ‘A Lenda de Candyman’

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Essa semana chegou ao Brasil “A Lenda de Candyman”, continuação do original de 1992 e atrás das câmeras uma jovem diretora comanda a produção. Nia  DaCosta tem apenas 31 anos e já desponta como uma das recentes promessas da indústria do cinema.

Imagem: Rachel Murray/Getty Images)

Além de dirigir o terror sobrenatural produzido por Jordan Peele, Nia será a primeira mulher negra a dirigir   um filme da Marvel Studios. A norte-americana do Brooklyn (Nova York) será responsável por dar continuidade a história de “Capitã Marvel” (2019), filme previsto para estrear em 2022. Em tempos que pedem por inclusão e representatividade, é de importância tremenda que uma jovem cineasta preta chegue ao topo dento dos maiores estúdios da de Hollywood. 

DaCosta começou a ser reconhecida com o lançamento com o curta-metragem “Night And Day” e depois a produção do filme “Little Woods” (2018), filme com Tessa Thompson e Lily James sobre uma especialista em contrabandear remédios na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá. Após deixar a vida criminosa para trás, ela decide buscar um emprego para começar uma vida nova, mas a morte de sua mãe a deixa como herança uma enorme dívida, forçando Ollie a fazer uma nova mudança de planos. Depois desses projetos bem recebidos pela crítica, Jordan Peele a chamou para trabalhar em “A Lenda de Candyman”.

Até o fechamento desta matéria, o filme sobre um assassino sobrenatural tinha 86% de aprovação no agregador de críticas Rotten Tomatoes e avaliação positiva também no IMDB.

Os caminhos de Nia Dacosta seguem promissores

“Eu quero Beyoncé carregada de diamantes”: Ícaro Silva divulga carta a Aguinaldo Silva

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Ter atacado uma mulher preta, poderosa e vista como uma régua para muitos negros no mundo, como é a cantora pop Beyoncé, não caiu nada bem para o autor Aguinaldo Silva. Hoje o ator Ícaro Silva postou uma carta aberta ao escritor de “Roque Santeiro” que esta semana questionou o uso de um diamante milionário pela cantora em uma foto com seu marido, Jay-Z. Junto à mensagem o ator postou fotos junto à mãe, Josefa Maria do Espírito Santo e de Beyoncé usando o Diamante Tiffany.

Imagem: Instagram/ícaro Silva

O protagonista de ‘Legalize Já” (2017) iniciou a postagem em seu Instagram lembrando da vivência como homem negro filho de mulher negra: “Não nos conhecemos e é provável que isso nunca aconteça, dado que já sou muito grande para os papéis medíocres reservados aos pretos em suas obras, mas me sinto no dever de te apresentar Jô do Espírito Santo, uma mulher preta, nordestina e periférica, que criou dois filhos na favela, sob violência constante, com um salário de faxineira. Isso porque tenho certeza que você não é capaz de falar por Joelly, nem por qualquer outra mulher preta brasileira”, escreveu Ícaro se referindo ao tweet de Aguinaldo Silva que pede comoção por domésticas pobres. “Jô, que tinha 25 anos quando me deu à luz, me ensinou tudo sobre exaltar e celebrar os nossos em sua ascensão. Me ensinou a torcer por todo e qualquer preto que estivesse posto à prova, como você tenta agora fazer com a imensurável Beyoncé”, escreveu.

Ícaro Silva ficou conhecido nacionalmente por interpretar Rafa na novela “Malhação” entre 2004 e 2007 e tem entre seus trabalhos a dublagem na versão mais recente de “O Rei Leão” e o audiolivro de “Harry Potter e as Relíquias da Morte“.

Imagem: Divulgação

Confira a continuação da carta   abaixo: 

“Graças à educação antirracista de Jô, minha referência de infância é a Biba de Cinthya Rachel e não a Xuxa de Maria Meneghel.

Graças à educação antirracista da minha mãe, aprendi que haveria aqueles que se usariam de sua língua ferina e seu privilégio branco para tentar diminuir nossas conquistas e apontar nosso lugar.

Você não sabe nada de Joelly, Aguinaldo. Não sabe nada de Jô, nem de Beyoncé.

É visível que não.

Seu olhar viciado sobre a sociedade brasileira, expresso em novelas ainda hoje tão embranquecidas, não contempla nossa história, tampouco nosso tamanho.

Eu quero Beyoncé carregada de diamantes, Aguinaldo. Quero vê-la coberta da cabeça aos pés das pedras mais preciosas já roubadas do continente africano pelos europeus. Quero ver Beyoncé nadando em um cofre de diamantes como se fosse tio Patinhas, quero ter que usar óculos escuros para ver Beyoncé, quero que “Beyoncé” seja sinônimo de diamante de 30 milhões de dólares.

E o dobro eu desejo para toda e qualquer mulher preta neste planeta!

Beyoncé é o presente e cada vez mais o futuro, Aguinaldo.

Beyoncé é Joelly, é Jô, Taís, Pathy, Sheron, Cris, Jéssica, Sofia, Lellê, Iza, Uriass, Drika, Tassia, Linn, Liniker, Alcione, Eliana Pittman, Carol de Niterói e Elza. Beyoncé sou eu. Algo que você não consegue identificar e que nunca soube representar.

A Elite Preta que o racismo te impede de sequer reconhecer e que torna obsoleta qualquer representação falha proveniente da ignorância racista”.

A publicaçã recebeu apoio de atrizes negras como Aretha Oliveira, Jennifer Nascimento e Cinthya Rachel.

Apesar da reação de fãs e personalidades a respeito da declaração polêmica, Aguinaldo Silva segue em silência sobre o assunto.

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