Em uma emocionante entrevista para a VOGUE Americana, Adele comentou sobre sua relação com Beyoncé e chorou falando sobre o Grammy de 2017, revelando que, em sua opinião, “Lemonade” deveria ter vencido álbum do ano. A cantora ainda afirmou que é fã de Beyoncé desde a infância e que as músicas que ela lançada sempre foram “suas melhores amigas”.
“A música era literalmente minha amiga (Quando criança). Eu era filha única, a música era minha irmã que eu nunca tive. É por isso que amo tanto Beyoncé. Ela lançava música tão regularmente que seria como vê-la. Realmente me sentia assim. Ela me fez sentir muitas coisas.” Explicou ela.
Após ser questionada sobre Grammy 2017 e sobre suas falas afirmando que “não seria justo” ganhar ao invés de Beyoncé, ela ratificou o que sempre disse e revelou a supresa em ter levado a premiação ao invés de sua ídola.
“Minha opinião pessoal é que Beyoncé definitivamente deveria ter vencido”, disse Adele, que presumiu que Beyoncé iria ganhar, até o show de premiação começar. “Eu tive esta sensação: ganhei, porra. Eu fiquei confusa, tipo, eu terei que ir e dizer a ela o quanto o álbum dela significa muito pra mim.”
“Eu disse a ela a maneira como o Grammy funciona, e as pessoas que o controlam no topo – eles não sabem o que é um álbum visual. Eles não querem apoiar a maneira como ela está levando as coisas adiante com seus lançamentos e as coisas sobre as quais ela está falando.” — Adele
Para Adele, lemonade merecia ganhar e relembrou que para as “suas amigas de cor” o lançamento do álbum foi um dos maiores de seus reconhecimentos.
Aprovado pelo Congresso em Setembro, o projeto que previa a distribuição gratuita absorvente feminino para estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro nessa quinta-feira, 7. De acordo com o texto publicado no “Diário Oficial da União”, projeto não estabeleceu fonte de custeio.
A cantora Ludmilla usou sua conta no Twitter para falar sobre a sua indignação. “É todo dia um 7×1 nesse governo. Tantas outras coisas pra eles se preocuparem, mas não, só querem f mais ainda a galera que já é sofrida e vulnerável. Imagina uma mulher não poder ir pra escola pq tá menstruada e não tem absorvente? Mas o leite condensado tá lá na mesa dele né”, disse a funkeira.
É todo dia um 7×1 nesse governo. Tantas outras coisas pra eles se preocuparem, mas não, só querem f mais ainda a galera que já é sofrida e vulnerável. Imagina uma mulher não poder ir pra escola pq tá menstruada e não tem absorvente? Mas o leite condensado tá lá na mesa dele né
A ONU estima que 1 em cada 10 meninas falte a escola durante a menstruação. Aqui no Brasil a situação é ainda mais complicada. Segundo a pesquisa, 1 em cada 4 mulheres já faltou a aula por não poder comprar absorventes. Quase metade destas (48%) tentaram esconder que o motivo foi a falta de absorventes e 45% acredita que não ir à aula por falta de absorventes impactou negativamente o seu rendimento escolar.
Em uma pesquisa feita pela marca de absorvente Always mulheres e meninas entrevistadas disseram que na falta de absorvente, elas recorrem a alternativas, como papel higiênico, roupas velhas ou toalha de papel. Essas alternativas além de desconfortáveis, não garantem a higiene o que pode acarretar em doenças.
A 6ª edição do Fórum Sim à Igualdade Racial, promovido pelo ID_BR – Instituto Identidades do Brasil –, acontece no próximo dia 23 de outubro do ano 2021.
O evento tem o objetivo de fomentar debates sobre as novas tendências do mercado de trabalho, e principalmente conectar profissionais negras, negros e indígenas com empresas que atuem em prol da igualdade racial e invistam em diversidade e inclusão.
Nesta edição, o Fórum trará oráculos, painéis, palestras, além de nomes como do líder indígena dos atores Fabrício Boliveira, Juliana Alves e atrações musicais de Péricles, Pocah, entre outras personalidades da comunidade negra e indígena. O evento é online, gratuito e será transmitido pelo YouTube.
O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) é uma organização sem fins lucrativos, pioneira no Brasil e 100% comprometida com a aceleração da promoção da igualdade racial. A partir da Campanha Sim à Igualdade Racial desenvolvemos ações em diferentes formatos para conscientizar e engajar organizações e a sociedade.
A atriz Charlize Theron é mãe de duas filhas adotivas, Jackson de 9 anos e August de 5 anos, duas crianças negras. Como uma sul-africana branca, Charlize diz que sabe que não terá todas as respostas quando se trata de criar meninas negras, mas não tem medo de buscar por elas durante o caminho.
“Todos nós como pais, sabemos onde nos falta e onde somos ricos. E talvez não seja aqui onde estou”, admite ela à revista Essence. No entanto, a atriz disse que tem uma rede de apoio formada por mulheres negras que a ajudam a preencher suas lacunas de conhecimento para ajudar as meninas a se orgulharem de sua aparência.
“Sou muito grata à incrível vila de mulheres negras fortes em minha vida para as quais eu posso ligar ou podem ir até minha casa e elas me dizerem: ‘Você precisa parar de fazer isso’ ou ‘O que você está fazendo? ‘”, Ela compartilhou. “Então, elas me colocaram no meu lugar e, por causa delas, sinto uma grande confiança em criar minhas filhas.”
Quanto às questões da infância negra para além dos cuidados com os cabelos, Theron diz que mantém a mente e os ouvidos abertos e ouve as orientações de suas filhas sobre o que é necessário.
“Tento manter um diálogo consistente com elas para que não pareça que estamos apenas conversando sobre as coisas quando elas já estão pirando”, disse ela sobre abordar tópicos de identidade com as filhas. “Acho que para elas é mais fácil apenas compartilhar e falar sobre essas coisas. Eu também estou olhando para elas, certo? Elas precisam de exemplos, então estou tentando criar isso para elas”, finalizou.
Em suas obras, o escritor aborda efeitos do colonialismo e a vida de refugiados. Ele é o quinto africano a conquistar o prêmio.
O escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah é o vencedor do prêmio Nobel de Literatura de 2021. Ele é o quinto escritor africano a conquistar o prêmio. O anúncio foi feito pela Academia Sueca na manhã desta quinta-feira (7). Segundo a instituição, Gurnah ganhou o prêmio “por sua penetração intransigente e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino dos refugiados no abismo entre culturas e continentes.”
“Seus romances fogem de descrições estereotipadas e abrem nossos olhares para uma África Oriental culturalmente diversificada, desconhecida para muitos em outras partes do mundo”, afirmou a Academia.
Gurnah nasceu em Zanzibar, que hoje faz parte da Tanzânia, em 1948, mas atualmente mora na Grã-Bretanha. Ele deixou Zanzibar aos 18 anos como refugiado após um violento levante de 1964 no qual soldados derrubaram o governo do país.
BREAKING NEWS: The 2021 #NobelPrize in Literature is awarded to the novelist Abdulrazak Gurnah “for his uncompromising and compassionate penetration of the effects of colonialism and the fate of the refugee in the gulf between cultures and continents.” pic.twitter.com/zw2LBQSJ4j
Os 10 romances de Gurnah incluem “ Memory of Departure ”, “Pilgrims Way” e “Dottie”, que tratam da experiência do imigrante na Grã-Bretanha; “ Paradise ” , indicado para o Prêmio Booker em 1994 , sobre um menino em um país da África Oriental marcado pelo colonialismo; e “ Admiring Silence ”, sobre um jovem que deixa Zanzibar e vai para a Inglaterra, onde se casa e se torna professor.
Antes dele, outros africanos a vencerem o prêmio foram Wole Soiyinka, em 1986; Naguib Mafouz, em 1988; Nadine Gordimer, em 1991; e J. M. Coetzee, em 2003.
Pelo segundo ano consecutivo, prêmio Nobel não terá cerimônia presencial em Estocolmo, em razão da pandemia. Os ganhadores receberão o prêmio em seus países de residência.
Espaço oferece acesso a informações de editais e recursos financeiros para que jovens e adultos se desenvolvam em diferentes fases da vida pessoal e profissional
Com o objetivo de formar e fortalecer pessoas negras e aumentar a diversidade racial em espaços de decisão, a Fundação Tide Setubal lança a plataforma Alas. A iniciativa apoia a população negra de todo o país em diferentes momentos da vida — ainda na escola, na faculdade ou no mercado de trabalho —, com aporte financeiro e oportunidades de aprendizagem, para que se desenvolvam plenamente.
A inciativa propõe um pacto coletivo pela equidade, na medida em que estimula toda a sociedade e lideranças brancas a apoiarem a população negra e a promoverem a diversidade racial nos espaços onde atuam, por meio de formações e fortalecimento e de mudanças organizacionais. O objetivo é sensibilizar pessoas físicas e jurídicas e responsabilizá-las diante do contexto racista do país, a fim de que esse quadro seja modificado, seja em instituições públicas ou privadas.
Três pilares estratégicos estruturam a iniciativa: Asas, Elos e Caminhos. O primeiro, atende jovens do ensino médio e recém-formados de 16 a 24 anos que passam por diferentes formações no intuito de inspirá-los para o exercício de liderança. O segundo, Elos, cria pontes entre lideranças e universidades para cursos de graduação ou mestrado ou espaços de formação para gestão pública, por exemplo. O terceiro, Caminhos, aprimora competências e habilidades das lideranças negras que já estão mais estabelecidas no mercado, financiando com até R$ 15 mil desde cursos livres, pós-graduações e intercâmbios até fonoaudiólogos e psicólogos, a depender da necessidade específica do candidato.
A seleção é realizada por meio de editais que terão as informações disponibilizadas na plataforma. Hoje, a iniciativa conta com as seguintes instituições parceiras: Fundação Getulio Vargas, GOYN, Imaginable Futures, Insper, Instituto Ibirapitanga, Instituto Singularidades, Open Society, Porticus América Latina e Vetor Brasil. Vetor, FGV, Singularidades, Insper e GOYN participam com projetos. Já o Ibirapitanga, Open Society, Porticus e Imaginable Futures apoiam a Alas com recurso financeiro.
A FGV oferece bolsas para cursos de graduação e mestrado, o Insper, bolsas para cursinho preparatório para o vestibular e o Instituto Singularidades, bolsas de graduação. No caso da FGV, a instituição paga metade das mensalidades e, quanto ao Insper, após a aprovação no vestibular, os jovens concorrem ao programa de bolsas da instituição.
Para obter informações, é preciso preencher um formulário na plataforma e, assim, sempre que novas oportunidades estiverem disponíveis, os inscritos serão notificados via e-mail. Os interessados devem então procurar diretamente as instituições que estão oferecendo os projetos, como o lançamento de editais periódicos. Candidatos às bolsas da FGV e do Singularidades, por exemplo, precisam se inscrever e passar no vestibular das instituições no fim do ano para acessarem os benefícios. Já para obter uma bolsa para o cursinho preparatório para o vestibular do Insper, deve-se contatar a Educafro, que oferta a formação.
O Vetor Brasil, por sua vez, já está com inscrições abertas para suas bolsas do programa de trainee de gestão pública. Ainda em outubro, será lançado pela plataforma o edital Traços com apoios individuais de R$ 15 mil para fortalecer lideranças dos campos político e jurídico. Pessoas físicas e jurídicas também podem participar da Alas doando para as campanhas de matchfunding da plataforma.
Quanto maior a arrecadação, maior o número de lideranças negras apoiadas em suas trajetórias. As doações podem ser direcionadas para o Fundo ou diretamente para uma das iniciativas, por meio do financiamento coletivo, realizado em parceria com a Benfeitoria. Para cada R$ 1 doado, o fundo Alas investe mais R$ 2 em cada ação, triplicando as doações obtidas.
De acordo com Viviane Soranso, coordenadora do Programa Raça e Gênero da Fundação, “dados do Instituto Ethos apontam que, de 56% da população negra ou parda do país, apenas 4,7% estão em cargos de poder, seja na área política, na carreira corporativa ou em organizações do terceiro setor. Isso mostra que a caneta não está na mão da população negra”. Segundo ela, foi esse cenário de desigualdades que motivou a criação da plataforma.
Além de conectar pessoas negras a oportunidades e de oferecer recursos para o desenvolvimento em suas trajetórias, a Alas visa expandir sua atuação por meio da adesão de novos parceiros, com o foco na capacitação dos profissionais dessas organizações. Para isso, a iniciativa convida e instiga diversas organizações a discutirem e a implementarem uma política de diversidade racial em suas próprias instituições que de fato promova a inclusão e não meramente a inserção de pessoas negras.
“A ideia é que, a cada novo apoiador da plataforma, um exercício de olhar da porta para dentro seja feito. Ou seja, estimularemos a reflexão sobre de que modo as instituições estão olhando para a diversidade no seu quadro de colaboradores. Se for uma universidade, no seu quadro de professores e assim por diante. Então, além da bolsa, esses parceiros precisam se comprometer internamente e se questionar: há pessoas negras em cargos de decisão nos nossos espaços?”, finaliza Viviane Soranso.
Um piloto, realizado em 2019 e 2020, já selecionou e apoiou 31 lideranças negras de todo o país, de diferentes idades, formações, necessidades e expectativas. Entre os beneficiados pelo edital Caminhos está a graduanda em engenharia civil mineira, Ana Luiza Nascimento Silva, que realizará um intercâmbio de estudos em 2022. “É um sonho de quase dez anos. Ainda na adolescência sonhava com essa possibilidade. Quando iniciei meus estudos, o programa Ciências Sem Fronteiras foi cortado. Eu não desisti. Realizei alguns processos seletivos, mas, somente agora, com o apoio da Fundação, isso se materializou”, relata.
Lewis Hamilton lançou um projeto para formação e capacitação de professores negros no Reino Unido. A iniciativa faz parte da parceria entre a Mission 44, fundação de Hamilton, e a Tech First, instituição britânica voltada capacitação de profissionais da educação.
No lançamento do projeto, o heptacampeão disse querer garantir que jovens e crianças negras se enxerguem em seus professores, e assim tenham maiores oportunidades profissionais. Um dos objetivos da iniciativa é abrir espaço para pessoas negras nas áreas da ciência e do automobilismo.
“Crianças afro-caribenhas têm duas vezes mais chances de serem expulsas das escolas. Quero entender como posso garantir que jovens que se pareçam comigo não passem por isso.” Explicou Hamilton, que afirmou querer levar educação de qualidade para as pessoas e lembrou de seus momentos da infância.
“Já tive professores que disseram ‘você nunca vai alcançar nada’, mas nunca acreditei nisso. Trabalhamos muito nos últimos 18 meses para isso. Todos merecem a oportunidade de ter uma ótima educação e uma ótima carreira”, concluiu.
O projeto, que terá duração inicial de um ano e meio, irá capacitar 150 professores negros para suprir as necessidades representativas do sistema educacional.
Após divulgar que o funkeiro e ex-participante do reality show A Fazenda foi encontrado em um motel na companhia de duas mulheres, a Polícia Civil do Rio de Janeiro voltou atrás e informou que ele estava sozinho no estabelecimento. “A Polícia Civil esclarece que a primeira informação dada pelo estabelecimento era de que Nego do Borel teria entrado com duas mulheres no motel. No entanto, ao entrarem no quarto com a autorização do cantor, os agentes constataram que ele estava sozinho”, disse a corporação em comunicado.
Na saída da delegacia na tarde de ontem (5), Nego do Borel disse que sumiu para ficar sozinho e “pensar na vida” e não imaginava que a mãe fosse envolver a polícia. “Saí ontem, não avisei minha mãe, quis me isolar porque estou passando por um momento muito difícil, muitas coisas acontecendo na minha vida, mas eu quis ficar sozinho. Tomei remédio e dormi, dormi, dormi, porque eu queria dormir”, disse o cantor, que pediu desculpas à mãe e negou que estivesse com mulheres.
Recentemente, a mãe do cantor, Roseli Pereira, falou nas redes sociais sobre as preocupações que tem em relação à saúde mental do filho e a preocupação de que ele tire a própria vida.Foi Roseli quem registrou queixa do desaparecimento do filho, após ele sair de casa sem prestar informações sobre onde iria.
Nos últimos tempos, a vida de Nego do Borel tem sido permeada de denúncias e polêmicas. Ele foi eliminado do reality show A Fazenda após ser acusado de estupro de vulnerável, e também sofreu uma série de acusações da ex-noiva, Duda Reis, já desmentidas pela polícia.
O Youtube removeu dois canais oficiais de R. Kelly da plataforma após o cantor ser condenado por tráfico sexual de mulheres e menores de idade. Segundo a agência Bloomberg, um porta-voz da empresa confirmou que as contas foram removidas “de acordo com as diretrizes de responsabilidade” da plataforma.
Os canais R. Kelly TV, que tinha 3,5 milhões de inscritos e R. Kelly Vevo, com 1,6 milhões, estão fora do ar, apresentando a mensagem “Página indisponível. Lamentamos o transtorno. Tente pesquisar algo diferente.” A plataforma disse, no entanto, que vídeos e canais criados por terceiros antes da exclusão dos dois canais oficiais do cantor podem ser acessados e que não pretende eliminar vídeos compartilhados por outros usuários.
R. Kelly não poderá mais usar ou criar qualquer outro canal na plataforma. As músicas do cantor, porém, continuam disponíveis no serviço de streaming Youtube Music. As contas do cantor no Facebook, Instagram e Twitter também foram desativadas.
Em 27 de setembro, Kelly foi considerado culpado no tribunal federal de Nova York por liderar um esquema para recrutar mulheres e meninas para o sexo, após décadas de mulheres que o acusaram de crimes sexuais. Em 2008, Kelly foi absolvido das acusações de pornografia infantil em Illinois, onde ainda enfrenta acusações adicionais.
O Nó do Diabo. Foto:Vermelho Profundo/ Divulgação.
Não é muito comum aqui no Brasil, mas Outubro é considerado pelos estadunidenses como o mês da Ficção Científica ou Ficção Especulativa Negra (Black Speculative Fiction Month). Essa data faz muito sentido quando a gente olha para o que podemos chamar de “Tradição da Ficção especulativa” e entende que os maiores nomes dessa produção eram apenas pessoas brancas, eram, porque nas últimas décadas os ficcionistas negros começaram a ocupar uma fatia muito grande do imaginário popular com livros, filmes, séries e Histórias em Quadrinhos.
Nos últimos anos você deve ter assistido no mínimo uma das produções de Jordan Peele, como os filmes “Corra” ou “Nós”, acompanhou o sucesso estrondoso do filme Pantera Negra, viu as obras de Ficção da Octavia Butler traduzidas por editoras Brasileiras e assistiu produções afrofuturistas como a produção do Spike Lee na Netflix, “A Gente Se Vê Ontem” ou de heróis como Luke Cage e Raio Negro.
Se você já conhece algumas dessas obras então entendeu que a Ficção Especulativa Negra só tem crescido como tendência cultural e audiência. Claro que a produção Negra Brasileira não fica de fora, por isso eu vou indicar algumas obras e autores nacionais pra você compartilhar nesse mês da Ficção Especulativa Negra.
Essa HQ conta a história de Ludmila, uma jovem com um talento sem igual para dança, aos poucos vai descobrindo outras habilidades das quais podem trazer problemas aos invés da fama e sucesso. Sua vida muda totalmente quando seus poderes eclodem ao se deparar com seres poderosos e perigosos chamados TREVAZ. Agora Mila vai lutar para manter seu lado humano e como LUME, assume a missão de trazer luz onde a sociedade insiste em manter na escuridão
O roteiro e as ilustrações são do artista PJ Kaiowá, ele é uma das minhas maiores referências quando penso no poder de um ficcionista negro brasileiro, o cara simplesmente já trabalhou com alguns das maiores editoras de quadrinhos e games do mundo: Legendary Comics, Capcom, Warner, Dark Horses Comics e Devils Due Comics. Alguns trabalhos de destaque com quadrinhos foram PACIFIC RIM: TALES FROM YEAR ZERO, HOW TO PASS HUMAN.
Ìségún de Lu Ain-Zaila
Não dá pra falar de fantasia e ficção negra no país sem citar a Lu Ain-Zaila. Em 2015, após uma visita a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a autora percebeu que não haviam livros em que poderia ser identificar, resolveu então criar uma história de ficção científica semi-distópica na Duologia Brasil 2408, composta pelos romances In) Verdades (2016) e (R) Evolução (2017), lançados de forma independente, os romances contam a história de uma heroína negra chamada Ena, que luta contra a corrupção no Brasil do século 25. Essa parte da história da Lu é muito parecida com a mãe do afrofuturismo, a Octavia, que começou a escrever após assistir um filme e pensar que poderia fazer melhor e mais próximo a realidade dela.
No livro Ìségún a autora constrói uma literatura ousada que já considera uma evolução na sua própria produção afrofuturista: “Ìségún é meu passo além no afrofuturismo à brasileira, no campo da literatura especulativa negra, que mescla entre abebés e ofás pensadores negros e encruzilhadas epistemológicas, literatura periférica e poética social, pessoas negras que entendem o poder contido em suas raízes ou estão a conhecer”
Esse filme traz cinco contos de horror com histórias que se entrelaçam em um período em que a escravidão ainda era vigente no Brasil e uma série de fenômenos estranhos passam a acontecer e cenas de morte passam a ser evidentes. São Vários diretores nesse longa: Ramon Porto Mota, Ian Abé, Gabriel Martins e Jhésus Tribuz. Aqui gostaria de destacar o Gabriel Martins, o Gabito Mineiro que é um dos sócios da produtora Filmes de Plástico. Sua trajetória no cinema tem ganhado bastante reconhecimento com produções como “No Coração do Mundo”. https://www.filmesdeplastico.com.br/no-coracao-do-mundo
Junto com os outros diretores ele consegue entregar uma obra realmente assustadora em Nó do Diabo. Se você tiver estômago para horror sobrenatural e colonial, dá o play que não vai se arrepender.
Foram apenas três nomes aqui, mas fica o convite pra você vasculhar as redes sociais e encontrar outros ficcionistas negros pra celebrar com a gente este mês.