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Maju Coutinho assumirá ‘Fantástico’ no lugar de Tadeu Schmidt

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A Globo anunciará novas mudanças nos próximos dias e tudo indica que a jornalista Maju Coutinho irá apresentar,  no lugar de Tadeu Schmidt, o “Fantástico”. 

Segundo fontes do site de notícias  Purepeople. O apresentador deixará a atração dominical neste mês e vai se dedicar à próxima edição do “BBB“. O nome de Tadeus Schmidt, conforme adiantamos no dia 9 de setembro, já estava no radar da emissora para o lugar de Tiago Leifert.

Já era um forte desejo da direção levar Maju para o “Fantástico”. A saída de Tiago e a ida de Schmidt para o reality foi a oportunidade perfeita para a mudança da jornalista.

A vaga deixada por Maju mudará a rotina de César Tralli, que deixa o “SP 1” para ancorar o “JH”.

“Em qualquer lugar do mundo, toda vez que encontro algum preto, eu o saúdo”, diz Thiago Nascimento, estrategista de comunicação

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Foto: Divulgação.

 * Por Rodolfo Gomes

Eu conheci o Thiago atuando em agências de comunicação, e para mim foi motivo de muita honra encontrar um irmão em um cargo estratégico, pensando em campanhas geniais para grandes marcas. A identificação foi instantânea. Sua genialidade, inteligência e insights foram e são muito relevantes pra mim até hoje. Poder trazer a história de alguém que me inspira por aqui é uma forma de levar mais esperança e fé no futuro do povo preto. 

Nascido na cidade de Santos, Thiago Nascimento é filho de escola pública. No fundamental, estudou no ensino municipal, que na cidade de Santos, na época, era conhecido por sua qualidade. Já no ensino médio, migrou para o ensino estadual. Viveu sua vida em bairros diversos, no litoral paulista. 

“Meu pai, o Seu Lino, era uma pessoa que me transmitia paz de espírito, quase como um orixá. De todas as pessoas no mundo, ele foi a que mais botou fé no meu potencial, e ainda que sem compreender tecnicamente o que era, sempre celebrou as minhas vitórias.”

Seu Lino trabalhou a vida toda em atividades diversas, principalmente em vendas, e Thiago nunca o viu reclamar. Esse exemplo o inspira até hoje a sempre refletir, antes de reclamar de qualquer dificuldade.

Mais velho de 3 irmãos, Thiago foi a grande referência para seus irmãos e primos. Em São Vicente, morou em regiões periféricas, numa rua que era a última do bairro que tinha asfalto. Convivendo lá com amigos, muitos dos quais já não estão mais vivos. Certa vez, ao sair do campo de futebol do bairro, ouviu tiros da execução de um colega, por questões relacionadas ao crime.

E aos 11 anos, sofreu sua primeira abordagem policial, com direito a “borrachadas” e tudo mais. Produto da periferia, Thiago é desde criança um amante do rap, cujas letras lhe serviram de guia para toda a sua trajetória.

Começou a trabalhar aos 14 anos, numa fábrica de suco de laranja, como ajudante geral. Ele tinha que entregar sucos, e convencer os clientes sobre a qualidade do produto, que por não levar aditivos químicos, por vezes apresentava variações no sabor. Ali, aprendeu sobre o poder de ser convincente.

Saindo da fábrica, foi trabalhar numa gráfica, também como ajudante geral, e adorava acompanhar o trabalho do designer que trabalhava lá. Dali, surgiu o desejo de fazer um curso de ferramenta de edição de imagens, e durante o curso, tendo contato com outras pessoas do meio, entendeu que Publicidade e Propaganda era sua escolha enquanto curso superior.

Com a escolha feita e com o esforço do próprio trabalho e a ajuda dos pais, ingressou na graduação, na Faculdade Santa Cecília, a maior universidade do litoral paulista. Já nos 2 primeiros anos de faculdade, Thiago achava que queria ser redator. Por isso, trabalhou redator neste período. Mas durante uma aula de marketing entendeu que havia uma área, a de planejamento, que se encaixava perfeitamente ao seu perfil e anseios.

Focado em se aprimorar em estratégia, fez diversos cursos dentro do campo de atuação, e ao tentar um estágio na área de planejamento, se deparou com o clubismo, em que apenas profissionais formados em faculdades de elite tinham acesso, e eram escolhidos para as vagas de estágio em planejamento.

Thiago não desistiu e continuou a aplicar as vagas às quais tinha interesse. Em um processo seletivo, com mais de 80 participantes, conseguiu se destacar pela competência durante as dinâmicas do processo e foi aprovado para uma vaga de estágio em planejamento em uma grande agência de publicidade.

Lá, encontrou grandes feras de planejamento publicitário, com os quais aprendeu muito sobre a disciplina. Thiago teve a oportunidade de trabalhar com renomados profissionais, que lhe ensinaram muito, e com os quais teve muita troca.

Ainda durante o estágio, ao olhar para os lados e se comparar com outros profissionais de seu nível, entendeu que estava atrasado em vários aspectos. Cercado por pessoas que tinham muita bagagem cultural, adquirida em intercâmbios, cursos e especializações, entendeu que precisava correr muito mais, para se desenvolver nesses aspectos.

O estigma de preto, pobre e periférico lhe rendeu uma baixa autoestima, que precisou ser trabalhada por Thiago durante o início da sua carreira. Ele não se achava ainda bom, à altura das posições que almejava alcançar.

Com sua tia avó, Dona Dindinha, que só estudou até o 4º ano por ser preta, aprendeu o poder da leitura e sempre o colocou em prática. 

Investindo todo o dinheiro que sobrava em livros, cursos e viagens, foi se especializando, se cercando do que tinha de melhor no mercado, para se sentir plenamente capaz de transformar e fazer a diferença.

Conforme foi alçando novas oportunidades, participando de reuniões com grandes executivos das marcas, via que 100% das pessoas tinham pele clara e sobrenomes incomuns. Esse fato lhe chamou a atenção, uma vez que a referência que tinha em casa (sua mãe e suas tias), era a de mérito, e não de elitismo. Nesse momento, Thiago entendeu que precisava ser um ativista dentro do mercado, buscando sempre representatividade nas campanhas das quais participava. Inclusive, encabeçou grandes discussões com diversas lideranças, nos momentos que se fazia necessário, sempre para defender seus pontos de vista.

“Odeio as palavras meritocracia e aspiracional. Elas afastam as pessoas de um Brasil de verdade.”, diz Thiago. 

Sua sede por realizar o fez, aos 26 anos, liderar a área de planejamento de uma agência, sendo responsável pela criação de campanhas de grandes marcas. Cursou um MBA na FGV, que lhe chancelou perante os clientes aos quais atendia. Daquele momento em diante, ele via que ter uma instituição de renome pesava muito numa mesa de reuniões, principalmente quando o assunto era estratégia.

“Só estou aqui porque minha mãe, Dona Sandra, foi muito foda antes. Junto com suas 6 irmãs, entendeu que o funcionalismo público era o único caminho no qual mulheres pretas poderiam estar em pé de igualdade com as brancas e se esforçaram para passar em concursos e ocupar cargos, inclusive de liderança.” conta. 

Toda essa jornada percorrida por sua mãe permitiu que ele chegasse aonde chegou. Para ele, sempre vão existir as diferenças, mas nós negros temos que chegar antes em algumas coisas, para abrir espaço para os que vem depois. Seu sobrinho, desde os 5 anos, escuta que pode sonhar, que não tem limites para o que ele quiser ser, mas Thiago cresceu acreditando que havia limites para ele e precisou se desfazer dessa crença enquanto trilhava o seu caminho. Mas mesmo assim, ele construiu uma carreira de muito sucesso e reconhecimento, chegando ao cargo de Diretor de Estratégia, em grandes agências de publicidade.

No mercado publicitário, apesar dos avanços, Thiago entendeu que mudar o sistema por dentro, abordando questões de inclusão e diversidade, era um fardo muito pesado. Conversando com sua parceira Débora, planejaram um ano sabático, para amadurecer as ideias e desbravar o mundo. Na época, ambos já trabalhavam de forma remota há um tempo, e decidiram viajar pelo mundo, passando por diversos países, em vários continentes.

“Era uma jornada para me desobrigar de produzir, dar espaço e conhecer o novo. A gente é tão condicionado a ser produtivo, que acha que não é possível apenas viver.”

A jornada se iniciou pelo continente africano. Morando em Cape Town, capital da África do Sul, viu lá uma realidade na qual os pretos ocupavam grandes cargos de liderança, mesmo num país que teve o apartheid até outro dia. Na África do Sul, teve a oportunidade de entender e se questionar o porquê no brasil não podia ser assim.

Durante o ano sabático, se planejou para passar a trabalhar em qualquer lugar do mundo, de forma remota, entregando o trabalho com a mesma qualidade. No início, enfrentou certa rejeição de alguns contratantes, que não estavam preparados para o trabalho remoto, e teve inclusive alguns trabalhos negados. Mas mesmo diante das negativas, Thiago não desistiu do sonho, e insistiu, aumentou sua network, partindo para trabalhos com empresas que topavam seu novo estilo de vida. Hoje, Thiago tem a oportunidade de escolher os projetos que atua, e de onde os fará. 

“Amadurecer é saber o que você não quer. E quando você sabe o que não quer, tudo fica mais fácil.”

Com disciplina para administrar sua carreira, os prazos de entrega têm encontrado pessoas dispostas a olhar para a entrega em si e não para o horário em que o trabalho será produzido. Transparente com toda a sua rede, Thiago tem o superpoder de atuar para grandes agências, trabalhando simultaneamente em diversos projetos, o que amplifica ainda mais o seu potencial criativo.

Para o futuro, Thiago e Debora, pais do Noah, de 2 meses e meio, planejam continuar vivenciando outras culturas, por um determinado espaço de tempo, tendo o Brasil como base para começar até o Noah ficar maior para viver as aventuras junto aos pais. 

E quando ele se vê em apuros ou mesmo buscando entender quais são seus próximos passos, ele não hesita em perguntar: “O que o seu Lino faria? Com a resposta a essa pergunta eu guio minhas decisões”. 

Apesar de todo o sucesso da sua trajetória, Thiago ainda se depara com o racismo, principalmente aqui no Brasil. Em um shopping de São Paulo, num bairro nobre, ele recentemente foi parado e questionado pelo segurança, logo na porta, sobre qual era o motivo da sua visita. É difícil acreditar que em pleno 2021, o racismo no Brasil é ainda muito forte, e que vai demorar para mudar. Ele considera que o Brasil ainda tem muito a evoluir. Para Thiago, desde que os racionais cantavam “sobrevivendo no inferno”, os números que a música menciona só pioraram para os negros. E que  a inclusão tem acontecido na base da marretada.

“Estamos pulando a janela e ocupando espaços que não eram nossos. Mesmo na TV, as narrativas continuam as mesmas, com pouquíssimos espaços para pessoas negras, além dos já tradicionais papéis de escravos em novelas de época, ou serviçais em novelas contemporâneas” fala. 

Por educação, acesso e compreensão do que pode acontecer, Thiago espera que para seu filho as questões raciais sejam um pouco menos cruéis. Inclusive, atua ativamente para acelerar a inclusão, priorizando sempre que possível junto com a sua mulher, declaradamente uma antirracista, o trabalho de pessoas negras, como a pediatra de seu filho recém-nascido, a doula, entre outros profissionais que o casal contrata. Somente privilegiando profissionais negros, com olhares atentos, no dia a dia, é possível acelerar a diminuição do racismo no Brasil.

“Precisamos estar sempre alertas. Na desatenção, o racismo permanece”

Das frases que Thiago carrega consigo, ele ressalta a dos Racionais, que diz que a vida é batalha, a vida é desafio. 

“Eu visto preto, por dentro e por fora. Em qualquer lugar do mundo, toda vez que encontro algum preto, eu o saúdo. Como é tão raro e tão escasso, a gente se reconhece como irmão, e se orgulha de nos vermos ali”.

 * Rodolfo Gomes é cofundador da PPTGO, Startup de Tecnologia com foco em apresentações de alto impacto e vídeos interativos e colunista do Black ID.

Dia das Crianças: Fizemos uma lista de presente que vai encantar os pequenos

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Imagem: Divulgação

Dia das crianças está chegando e não é novidade que muitas pessoas vão em busca de presentes para os seus pretinhos (as). Por isso, separamos um lista de presentes que trazem bonecas, quebra cabeças e até livros que vão encantar os pequenos:

O pequeno príncipe preto: Presente bom e educativo, que faz as crianças pretas se reconhecerem em cada página. A história gira em torno do menino negro que espalha as sementes da Baobá, que ele batiza de Ubuntu, por outros planetas, com o objetivo de mantê-la viva por meio da ancestralidade e de desenvolver uma relação de coletividade e união.

Link de compra: Amazon

Boneca Milena Turma Da Mônica: Milena foi a primeira personagem a ser apresentada ao público em sua versão ao vivo antes mesmo de chegar aos quadrinhos, no final de 2017, na Corrida Donas da Rua. Desde então, vem ganhando espaço, com cabelo crespo e roupas coloridas, Milena faz parte da coleção Turma da Mônica Clássicos.

A boneca Milena e a coleção Turma da Mônica são destinadas a crianças acima de três anos e estão à venda em todo território nacional, nas principais lojas do varejo e online, por meio dos marketplaces.

Link de compras: Americanas

Lindara, a menina que transbordava sentimentos – Lindara, conhecida personagem de Sonia Rosa, autora best-seller de Literatura Infantojuvenil afro-brasileira, é uma menina muito tagarela. Fala tanto que, quase nunca, as pessoas conseguem entender o que ela quer dizer…  O livro trata das oralidades e necessidades de ser escutado e fazer-se entender. É também uma metáfora da relação de algumas crianças com as palavras, tão presentes em suas vidas.

Link de compras: Mercado Black Money

Boneca Africaneesa – Boneca Articulada, 30 centímetros , acompanha suporte para bonecae um lindo colar com mapa da África.

Link de compras: Mercado Black Money

Blusa de Moletom Infantil – Trata-se de uma Blusa de Moletom cheia de estilo, mas sem perder o essencial que é o conforto. É uma peça despojada e que pode ser usada no dia a dia.

Link de compras: Mercado Black Money

Quebra Cabeça – Quebra Cabeças, exercitam a memória visual e a resolução de problemas. Neste são três animais, bordados no Feltro que por sua textura macia ajuda na aderência das peças a folha de rosto ou guia que acompanha cada animal.

Link de compras – Mercado Black Money

Vamos dar um viva ao baião de dois neste Dia do Nordestino brasileiro

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Baião de Dois. Foto: Aline Chermoula.

Por Aline Chermoula

Muitos não sabem, mas 8 de outubro é Dia do Nordestino e para reverenciar este povo, nada melhor que uma boa receita de baião de dois, este prato tão saboroso e nossa chef sertaneja Aline Chermoula nos conta um pouco da história do prato e traz receita deliciosa.

O ‘Baião de Dois’ é um prato típico do Nordeste do Brasil, come-se muito no Ceará, na Paraíba ganha uma cremosidade e seu nome é rubacão. É um preparado de arroz e feijão, usado preferencialmente o feijão de corda. Especula-se que nome “baião” deriva de uma dança típica, um ritmo musical que foi muito difundido por Luiz Gonzaga, que ficou conhecido nacionalmente como “O Rei do Baião”.

O Baião de Dois é um prato completo, ou seja, não precisa de acompanhamento. Para fazê-lo deve-se cozinhar o arroz no caldo do feijão já cozido e temperado, misturando o feijão cozido com o arroz na panela ainda no fogo.

Sua história remete aos tempos das grandes dificuldades do povo nordestino com as secas quando a comida era escassa e nada podia se estragar ou desperdiçar. Dessa forma, o povo uniu as sobras da cozinha, arroz e feijão com o pouco que tinha de carne seca e queijo de coalho, surgindo assim esse famoso prato da cozinha nordestina. Com o passar do tempo as receitas foram sendo adaptadas e diversificadas.

Confira aqui como preparar o Baião de Dois:
Ingredientes

1/2 kg de feijão verde
1 paio cortado em rodelas
2 tabletes de caldo de carne
1 cebola ralada
1 dente de alho amassado
3 colheres (sopa) de óleo
1/2 colher (sopa) de coento picado
2 xícaras e 1/2 (chá) de arroz lavado e escorrido
150 g de queijo de coalho cortado em fatias finas

Modo de preparo:

Deixe o feijão de molho um dia antes. No dia seguinte cozinhe o feião juntamente com o caldo de carne e 2,5 litros de água fria. Tampe a panela e deixe cozinhar em fogo baixo por aproximadamente 1 hora.

Em outra panela doure a cebola e o alho, no óleo. Junte o coentro e o arroz e refogue bem. Acrescente o feijão já cozido, juntamente com o caldo. Misture bem, tampe a panela e deixe cozinhar até que o arroz fique cozido, úmido e com consistência cremosa.

Cubra o arroz com as fatias de queijo.
Tampe a panela novamente e deixe que o vapor derreta o queijo.
Sirva acompanhado de carne-de-sol frita ou assada

Oficina de produção audiovisual gratuita para jovens negros, indígenas e quilombolas tem inscrições abertas

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Foto: Gift Habeshaw on Unsplash

Interessados podem garantir uma das 35 vagas até o dia 15 de outubro

Estão abertas até 15 de outubro as inscrições para as oficinas de produção audiovisual da MIMB Olhares Periféricos. A edição especial tem parceria com a Globo e oferece aulas de direção, produção audiovisual de impacto social, produção criativa, roteiro, direção de arte, som, direção de fotografia e produção audiovisual com celular. A programação é gratuita.

Podem ser inscrever jovens negros, indígenas ou quilombolas, com idade de 16 a 30 anos integrantes da rede publica de ensino. 60% das vagas serão destinadas para alunos do ensino médio.

Os encontros acontecem de 26 de outubro a 05 de novembro, de maneira remota, e serão conduzidos por Jeferson De, Joyce Prado, Marise Urbano, Naina de Paula, Naymare Azevedo, Marcelo Lima, Amanda Lima  e Fabíola Silva. As oficinas terão como resultado filmes de 1 minuto, que participam de um concurso com votação popular na segunda fase da formação.

Inscrições e outras informações por meio do link: https://tinyurl.com/yznxv5jy.

Uma das idealizadoras e diretora geral da Mostra, Daiane Rosário explica a escolha pelo foco no laboratório. “Entendemos que a formação é o principal pilar para mudança social. Lançar um edição voltada para atividades formativas foi o caminho que encontramos para  capacitar novos agentes negros e prepara-los para o mercado de cinema e audiovisual. Precisamos de espelhos na frente e por trás das telas”, argumenta.

A edição “MIMB – Olhares Periféricos” tem patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura, do Fundo Nacional da Cultura por meio do Ministério do Turismo com apoio financeiro da Novelis, tendo como parceiros e apoiadores a Wolo TV, Globo, VideoCamp, TVE Bahia, Hub Cultural, Olivieri Consultoria Jurídica, Rede Educare e Janela do Mundo.

“Suas decisões médicas são da sua conta”: Lakeith Stanfield volta a falar sobre vacinação e exclui postagem

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Foto: Steven Ferdman/Getty Images.

O astro de Atlanta e Judas e o Messias NegroLaKeith Stanfield, que anteriormente recebeu críticas por fazer provável post antivacina, voltou a tocar no assunto no Instagram.

Desta vez, o ator indicado ao Oscar compartilhou uma postagem com mensagem semelhante, onde falou sobre “decisões médicas”. Embora ele não tenha mencionado especificamente a pandemia em curso no post original, era claramente uma referência às vacinas.

“Suas decisões médicas são da SUA CONTA”, dizia o post de Stanfield. “Essas decisões não interessam a todo mundo só porque vivemos em uma época assustadora.” 

Stanfield também respondeu a uma série de comentários subsequentes e confirmou que apesar de pensar dessa forma, ele está realmente vacinado.

Em um comentário, Stanfield disse acreditar que há “medidas equilibradas de ambos os lados”. Outro fã destacou que Stanfield tem uma plataforma de amplo alcance devido à sua celebridade, e que deve “ter em mente que suas ações e decisões impactarão mais pessoas do que a média das pessoas”.

Em resposta, Stanfield confirmou que foi vacinado e disse que deseja “fornecer algum equilíbrio sobre esta questão”. Ele também mencionou que as pessoas são “violentas com as pessoas do outro lado”, embora não esteja totalmente claro a qual “lado” ele está se referindo no comentário.

Val Perré volta à TV como Potifar em “Gênesis” e estreia nos cinemas em “Cabeça de Nêgo”

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Foto: Márcio Farias.

Após sucesso de “Coisa Mais Linda”, série da Netflix que lhe rendeu indicação no Prêmio Notícias de TV, o ator estreia nos cinemas e volta à cena nas novelas.

A sétima fase de “Gênesis” marca a reta final da trama e o retorno de Val Perré à TV aberta. Após hiato de dois anos, na novela bíblica da Record o ator baiano interpreta Potifar, homem de confiança do faraó e general do exército egípcio. Em paralelo, dia 21 de outubro poderá ser visto nos cinemas em “Cabeça de Nêgo”, longa-metragem de estreia de Déo Cardoso, e aguarda ansioso o resultado do Prêmio Notícias da TV, onde está indicado como Melhor Ator Coadjuvante pela série “Coisa Mais Linda”, da Netflix.

“O convite para Gênesis aconteceu antes da pandemia, mas daí veio a pandemia, tudo parou e muita coisa aconteceu. Tivemos mudança no elenco, fiquei na expectativa de como tudo ficaria. Foi uma experiência incrível vivenciar todo o processo. Potifar perdeu sua esposa e seus dois filhos na guerra. E é ele quem compra José (Juliano Laham) numa feira de escravos e o leva pra ser seu servo”, pontua o baiano, cujo último trabalho na TV aberta foi em “Verão 90”, na TV Globo.

Tendo sua fé fundamentada nas religiões de matrizes africanas, o ator conhecia a história bíblica à qual ajudou a dar vida. “Antes mesmo de conhecer a minha própria origem, minha própria história, eu já conhecia a história da Bíblia, e isso ocorre devido à opressão que historicamente vivemos até os dias de hoje. Nós fomos proibidos de amar e cultuar nossa religião, então agradeço a todos que resistiram e mantiveram a memória da nossa cultura viva. Resistência! Ogunhê!”, brada.

E a preparação para o papel contou com algumas fases. “Começamos antes da pandemia, então foram muitos ensaios, workshop, palestras com historiadores, documentários, alguns sobre batalhas… Foram muitas referências, e entender o universo do personagem me serviu de grande inspiração”, rememora Val, que está indicado como Melhor Ator Coadjuvante no Prêmio Notícias da TV pelo papel de Duque Araújo em “Coisa Mais Linda”.

“Esta indicação foi realmente uma surpresa. É uma sensação tão incrível… É como a realização de um dever cumprido. Em 2020 tive a indicação como Melhor Ator no Prêmio Shell pelo meu papel como Solano Trindade no espetáculo ‘Solano, vento forte africano. E foi diferente, teve um outro impacto emocional. Estava em casa quando recebi a notícia pela minha assessoria. Chorei, agradeci aos meus orixás, aos meus ancestrais. Hoje, aos 25 anos de carreira, acredito ter adquirido mais experiência e amadurecimento, tanto na vida pessoal quanto profissional. E também me permito acreditar que isso tem me levado a lugares cada vez mais desafiadores. Aos críticos que hoje me veem com outros olhos, minha gratidão!”, celebra Val.

Às vésperas de estrear um novo filme nos cinemas, o ator comemora a força da cultura nacional. “É uma imensa alegria participar do primeiro longa do cineasta Déo Cardoso, um manifesto contra o racismo e toda precariedade do sistema educacional no Brasil. Rodamos o filme no Ceará e, por lá, nos festivais pelos quais passou ele já saiu vencedor”, gaba-se o integrante de “Cabeça de Nêgo”, eleito pelo júri oficial como Melhor Longa na Mostra Olhar do Ceará, e Melhor Longa-Metragem Cearense pela Associação Cearense de Críticos de Cinema (2020).

O movimento no mercado para atores negros segue sendo acompanhado de perto por Val. “Percebo que será cada vez mais importante estarmos atentos não apenas à inserção do negro na TV, mas também aos papeis destinados. Precisamos de escritores, autores, diretores e produtores negros para contarmos nossa própria história. No geral, a cultura foi muito castigada pela pandemia, e naturalmente se impôs diante de tudo e todos e se mostrou essencial na vida da humanidade”, reflete.

Formado pelo Curso Livre de Teatro da Universidade Federal da Bahia, Val Perré iniciou a vida artística como dançarino no Balé Folclórico da Bahia, no Teatro Miguel Santana, em Salvador. Com diversas peças e filmes no currículo, na TV o ator participou das novelas “Além do Tempo”, “Babilônia”, “O Rebu”, “Amazônia” e fez participações em “O Canto da Sereia”, “Gabriela”, “Viver a Vida”, “Força Tarefa”, “Guerra e Paz”, “Insensato Coração”, “Linha Direta” e “Desejo Proibido”. Em 2008, integrou o elenco de “Filhos do Carnaval”, com direção de Cao Hamburguer, exibido no HBO.

“Foi um processo de libertação”, diz Lumena Aleluia sobre implante de silicone nos seios

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Lumena Aleluia (Foto: Waldir Evora / Ale Monteiro / Divulgação)

A influenciadora digital e ex-BBB Lumena Aleluia falou sobre sua primeira cirurgia estética – implante de silicone nos seios – à revista Vogue.  “Assumi desejos que até então não tive oportunidade de realizar e, sobretudo, apoio. Então, para mim, foi a realização de um sonho, que transcende meramente a parte física, estética, mas fala de autoestima”, disse.

A cirurgia veio após a participação de Lumena no reality show, que deu a ela entrada no mundo das celebridades. Apesar de ser um procedimento comum nesse meio, ela nega que tenha cedido a pressões estéticas para realizar a transformação.

“Eu não sou uma mulher de ser cooptada por pressões alheias, muito pelo contrário, eu gosto de me sentir, tendo referências, várias mulheres me inspiram”, disse ela à publicação. “Essa foi mais uma decisão baseada nas referências que eu tenho, de mulheres empoderadas, que assumem seus desejos, suas liberdades. Foi um processo de libertação”.

Para mostrar o resultado da cirurgia ao público, ela fez um ensaio fotográfico.

“Hoje me torno muito mais confortável para trazer esse debate sobre a estética no âmbito da saúde da mulher, porque tem a ver com saúde mental, emocional, projetos de vida, projetos de novas identidades. A gente precisa cada vez mais naturalizar essas tomadas de decisões nas nossas experiências de liberdade enquanto mulheres”, concluiu.

Folha de bananeira: Um modo afrodiaspórico de servir alimentos

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Imagem: Aline Chermoula

A folha de bananeira é uma alternativa natural e sustentável a embalagens de papel alumínio.
Uso da folha de bananeira na cozinha não é nenhuma novidade. Sua utilização faz parte da tradição e cultura de muitos países, inclusive é um modo de servir as comidas de matrizes africanas aqui no Brasil!

Na Bahia a folha de bananeira é elemento central tradições alimentares, estão presentes em importantes preparos que marcam identidades e receitas de matriz africana. São os casos do abará e do acaçá, aberén e muitos outros citados por Manuel Querino em seu livro A arte Culinária na Bahia (1957).

Raul Lody, antropólogo da alimentação no Brasil diz “Essas comidas de matrizes africanas são de comidas do tabuleiro tradicional da baiana de acarajé, onde as folhas da bananeira se destacam como modo de servir alimentos” (1992).

A bananeira é nativa da Ásia, migrou para África e depois para as Américas. Basicamente, é cultivada em toda a faixa tropical e subtropical. Sua folhas são grandes, flexíveis, impermeáveis e anti-aderentes. Além de serem lindas e darem aquele ar tropical.
Na África e na Ásia, ficamos a folha de bananeira faz parte dos preparos do dia-a-dia. Inclusive em grandes centros urbanos.

Apesar das folhas serem versáteis e terem uma participação tão importante na história alimentar de muitos países, os avanços tecnológicos trouxeram materiais substitutos (ex. papel alumínio e papel manteiga). E pasmem! A folha de bananeira muitas vezes foi deixada de lado. Não são comestíveis, mas tem papel muito importante na culinária. Ela ajuda no preparo, no serviço, no consumo e no transporte.

Imagem: Aline Chermoula

Vamos as dicas de uso!

Embrulho para cozinhar ou assar
A folha de bananeira consegue segurar os líquidos da comida, sendo o pacote perfeito para cozinhar o que quiser – legumes, peixe, frango. Apesar da folha não ser consumida, ela possui um alto teor de antioxidantes, este antioxidantes são absorvidos pelo alimento junto com o aroma da folha.

Envoltório para fermentação de alimentos
A folha de bananeira é uma ótima embalagem para fermentação aeróbica de alguns alimentos, pois ela permite a troca de ar, protege o alimento e deixa a fermentação ocorrer naturalmente. Como é o caso do Kenkey, prato do Noroeste da África, uma massa de milho fermentada.

Outro exemplo, é o uso das folhas de bananeira para cobrir o cacau na sua fermentação.
Revestindo pratos – não suja e fica lindo.

Em meus eventos com a Chermoula é bem comum os pratos serem servidos com “forro” de folha de bananeira, neste caso, a folha de bananeira tem duas funções, além de ficar lindo, não deixa o prato sujar tanto, economizando água. A folha da bananeira é um elemento essencial em
meu trabalho, utilizo como técnica de preparo e quanto na estética.

Mas não precisa de banquetes e festividades para comer no “prato” de folha de bananeira.
Para embrulhar os restos de comida
Se ela é utilizada para cozinhar, servir, transportar…porque não armazenar? As folhas de bananeira duram bastante tempo na geladeira e congelam muito bem.
Para deixar a apresentação do prato linda e tropical.
Se um prato forrado com folha de bananeira no já tem outra aparência, imagina servir sua receita em uma cumbuca de folha de bananeira ou fazer um origami com a folha e deixar na mesa?

Imagem: Aline Chermoula

Aprenda a preparar a filha da bananeira!

Dicas para preparar e cozinhar com a folha de bananeira
Antes de usar a folha de bananeira, é importante entender algumas características.

Para começar, você sabia que a bananeira não é uma árvore e sim uma erva gigante?
A folha de bananeira pode chegar a mais de 2 metros de comprimento. Ela tem um talo central (pecíolo) que divide a folha em 2 lâminas. O lado de cima da folha é mais brilhante e o lado de baixo é mais fosco.
Para grande parte dos usos que listamos acima, é preciso separar estas duas lâminas do talo central. Se você comprar a folha de bananeira em mercados, provavelmente esta etapa já terá sido feita. Então é só seguir as dicas abaixo:
• Limpe as folhas no sentido das fibras, assim não corre o risco de rasgar.
• Antes de usar, ferva em água ou esquente as folhas na chama para que fique maleável.
• Quando as folhas são destacadas do talo central, fica uma parte fibrosa do lado que estava anexado. Esta “linha” de fibra pode ser utilizada para amarrar os seus embrulhos.
• Corte no tamanho que precisar, rasgue as folhas com a mão no sentido da fibra. Se quiser um formato específico, use uma tesoura.
• Se for cozinhar no vapor ou assar, use um palito de dente para fechar os embrulho. Assim não corre o risco de abrir.
• Você pode congelar as folhas de bananeira. É mais prático congelar as folhas já cortadas em tamanho menor. Quando for usar, é só descongelar em temperatura ambiente.
• Se a sua receita soltar muito suco ou tiver algum molho, melhor considerar uma dupla camada de folha de bananeira. Ela aguenta, mas nem tanto.
Sabia que você pode cozinhar com o umbigo de bananeira?
Por um mundo mais com mais folha de bananeira
Além de ser tão versátil é uma alternativa barata, biodegradável e mais bonita que papel alumínio e plástico, não acha?
Imagina só se ela saísse dos pratos tradicionais e da cozinha caiçara e nativa e fosse parar nos refeitórios, praças de alimentação e food trucks de hoje em dia? Potencial e benefícios têm.

Adele fala sobre sua relação com Beyoncé e chora ao lembrar do Grammy: “Eles não sabem o que é um álbum visual”

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Em uma emocionante entrevista para a VOGUE Americana, Adele comentou sobre sua relação com Beyoncé e chorou falando sobre o Grammy de 2017, revelando que, em sua opinião, “Lemonade” deveria ter vencido álbum do ano. A cantora ainda afirmou que é fã de Beyoncé desde a infância e que as músicas que ela lançada sempre foram “suas melhores amigas”.   

“A música era literalmente minha amiga (Quando criança). Eu era filha única, a música era minha irmã que eu nunca tive. É por isso que amo tanto Beyoncé. Ela lançava música tão regularmente que seria como vê-la. Realmente me sentia assim. Ela me fez sentir muitas coisas.” Explicou ela. 

Após ser questionada sobre Grammy 2017 e sobre suas falas afirmando que “não seria justo” ganhar ao invés de Beyoncé, ela ratificou o que sempre disse e revelou a supresa em ter levado a premiação ao invés de sua ídola.

 “Minha opinião pessoal é que Beyoncé definitivamente deveria ter vencido”, disse Adele, que presumiu que Beyoncé iria ganhar, até o show de premiação começar. “Eu tive esta sensação: ganhei, porra. Eu fiquei confusa, tipo, eu terei que ir e dizer a ela o quanto o álbum dela significa muito pra mim.”  

“Eu disse a ela a maneira como o Grammy funciona, e as pessoas que o controlam no topo – eles não sabem o que é um álbum visual. Eles não querem apoiar a maneira como ela está levando as coisas adiante com seus lançamentos e as coisas sobre as quais ela está falando.” — Adele

Para Adele, lemonade merecia ganhar e relembrou que para as “suas amigas de cor” o lançamento do álbum foi um dos maiores de seus reconhecimentos. 

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