Está acontecendo até o próximo dia 10/12 mais uma edição da Feira Preta, celebrando os 20 anos de existência do Festival com uma programação incrível. Além das tradicionais vendas de produtos criados por empreendedoras e empreendedores negros, a programação traz mais de cem conteúdos produzidos, com mais de 200 profissionais negros envolvidos na cadeia de produção.
Ao todo, foram investidos mais de R$ 3 milhões em injeção de recursos financeiros para em contratação de profissionais para a entrega do Festival.
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Além de shows online, a programação completa também traz bate-papos, chamados de Preta Talks, sobre temas relevantes para a comunidade negra, como a relação com dinheiro, feminismos plurais e o que é o amor. Confira a programação completa aqui.
O MUNDO NEGRO conversou com Adriana Barbosa, idealizadora da Feira Preta, para saber mais detalhes sobre os bastidores do Festival este ano. Confira:
Chegar a esta edição da Feira Preta, este enorme festival de cultura negra, depois dos tempos mais duros que passamos em relação à pandemia traz um ar de renovação e esperança. Como foi para você e as pessoas que constroem a Feira Preta passar por este momento?
Momento difícil, de dor, de incertezas e inseguranças, mas foi o momento também que mais nos juntamos para pensar em estratégias coletivas, e traçar um plano de afeto e acolhimento mutuo.
Qual é a principal mensagem do Festival este ano?
Existe um futuro preto e não se constrói sozinho. Traçar os próximos 20 anos, não esquecendo de quais são as histórias que nos trazem até aqui, e esse movimento de luta, é um movimento coletivo e não individual.
A Feira Preta se readaptou e entrou de vez no mercado digital, tendo agora grandes parcerias que trazem mais visibilidade para os lojistas parceiros. Qual é o impacto dessa modernização para o ecossistema de produtores pretos que integram a feira?
Eu vejo três grandes impactos: Acesso e democratização digital, permitir que os empreendedores possam se digitalizar. Circulação monetária e geração de renda para os empreendedores e humanizar o consumo, ao apresentar aos consumidores, quem são os empreendedores
Este ano o Festival firmou grandes parcerias com empresas com o Facebook, por exemplo. Qual é a importância de empresas privadas na viabilização de grandes eventos como a Feira Preta?
A participação das empresas é fundamental para a continuidade desse futuro preto, na Feira Preta. E não só do ponto de vista do aporte de recursos, mas sobretudo na corresponsabilidade de realizar o festival, com apoio na co-criação dos conteúdos produzidos.
Pra você, qual é o destaque da programação deste ano, o que não dá pra gente perder?
Ai fica até difícil de dizer, são mais de 100 conteúdos, mas destaco os shows: Liniker, Emicida, Pericles, Walmir Borges homenageando o Djavan. Um papo maravilhoso da Tais Araújo com o filosofo Renato Nogueira, além da programação de gastronomia Preta Degusta Week, que destacam seis restaurantes pretos na cidade.
A Feira Preta sempre teve um pé no afrofuturismo e nessa pegada visionária. Qual é a próxima barreira a ser rompida para o povo preto no mundo do empreendedorismo?
Acesso a produção em escala industrial e a tecnologia.
Este texto é um conteúdo pago fruto da parceria entre a Feira Preta e Site Mundo Negro.
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