“Nações do Candomblé” é um projeto de autoria do cantor e compositor Mateus Aleluia onde ele apresenta suas pesquisas mais recentes no âmbito da ancestralidade ritualística musical pan-africana. O projeto surgiu do desejo de registrar e reatar a herança afro musical do Brasil com o continente africano, comparando os toques e cantos praticados aqui no Brasil com os toques e cantos dos Orixás, Nkises e Voduns em suas terras de origem.
O Museu Virtual, homônimo ao projeto, conta com registro do percurso da pesquisa e o álbum inédito “Afrocanto das Nações – Jêje” serão lançados no dia 30 de novembro, às 18h, no site do projeto (www.nacoesdocandomble.com.br) e nas plataformas digitais.
Notícias Relacionadas
Cida Bento é homenageada no projeto Donas da Rua, da Maurício de Souza Produções, no Dia da Consciência Negra
Pequena África recebe R$ 7,3 mi do BNDES; anuncio de investimento foi feito durante o G20 social
Em uma primeira etapa realizada de forma remota, o projeto se debruçou sobre as contribuições poético-musicais dos povos africanos das etnias Fon/Ewe /Ashanti do antigo Reino de Daomé, atual Benin. Apesar destas etnias também terem as suas raízes em outros Estados – Países do continente Africano, os trabalhos foram iniciados nas cidades de Ouidá, Porto Novo, Dassa Zoumé e Savalu, no Benin e pelas casas de Candomblé Jêje em Salvador e Cachoeira, na Bahia. “Abrindo a bússola às compreensões que vão além do poder das fronteiras, navegamos por mares antigos com olhos de nascente. Nessa primeira edição miramos o Benin, Cachoeira e Salvador para registrar e conhecer os cantos para os Voduns, divindades da nação de candomblé conhecida como Jêje aqui no Brasil”, ressalta Tenille Bezerra, que assina a direção artística do projeto com o idealizador Mateus Aleluia.
O registro dos cantos para os voduns bem como as entrevistas com sacerdotes e líderes de culto são parte do material que integram o Museu Virtual que será lançado no próximo dia 30 de novembro.
As conexões entre esses cantos, práticas e modos de vida advindas dos cultos pesquisados foram alvo da escuta atenta do cantor Mateus Aleluia que criou um álbum de canções inéditas com a sua leitura das relações entre esses cantos e a relação do homem com o sagrado. Nas palavras dele: “Estou me impondo e me dando vida com o início do desenrolar deste projeto que permitiu um processo de pesquisa etnomusical no Benin e no Brasil, para revelar os enlaces e conexões dos cantos dos Nkisis, Voduns e Orixás, em sua terra de origem no continente africano e na Bahia. São essas conexões, que me permito reatar em um processo que resultou em músicas inéditas, mas também em um museu virtual com conteúdo em diversas linguagens que traduzem o que foi vivenciado”.
Após o período de pesquisa e registro, Mateus Aleluia estabeleceu com esses cantos um diálogo sensível traduzido em canções inéditas. O álbum é composto dos cantos e das canções e será acompanhado de um Museu Virtual que apresenta através de fotografias, vídeos e textos, o material de pesquisa e todo o processo de composição da obra.
O Afrocanto das Nações é uma obra de formato inédito que afirma com ênfase a fronteira entre a arte e a etnomusicologia, onde situa-se a obra de Mateus Aleluia desde a época dos Tincoãs. Cruzando as diversas linguagens artísticas: música, fotografia, audiovisual, com procedimentos etnográficos, a obra contribui de forma significativa para o entendimento dos contornos identitários do povo brasileiro a partir das culturas advindas da diáspora africana.
Serviço
Lançamento do Museu Virtual “Nações do Candomblé” e do álbum inédito “Afrocanto das Nações – Jêje”, de Mateus Aleluia
Data – 30 de novembro (terça-feira)
Horário – 18h
Site – www.nacoesdocandomble.com.br
Notícias Recentes
Cresce número de franceses que migram para o Senegal em busca de pertencimento e progresso
Brasil protagonista: lições de uma jovem empreendedora no Quênia