“A beleza tem um toque em algum lugar que se encontra como universal. Tem algumas coisas que falam com a alma da gente”. A ex-deputada, senadora e ambientalista Marina Silva deu uma entrevista ao podcast Mamilos falando de um assunto que ela raramente aborda: a beleza.
Orgulhosa de sua origem seringueira, ela faz a maioria dos colares que usa e preza por uma identidade brasileira no seu visual com grande destaque para flora e fauna amazônica. “Quando o interno e o externo se encontram, na minha opinião, você tem a beleza na sua plenitude”, reflete Marina durante o programa e complementou. “A floresta tem sua beleza magnética, imagine você olhando a beleza do bico do tucano, a combinação daquelas cores”.
Na adolescência por conta de um tio que morou com povos indígenas por 15 anos, Marina e suas primas de divertiam com as tinturas e usavam urucum com batom. O padrão de beleza que ela queria seguir veio da dos livros da avó. “A minha avó falava da literatura de cordel e aquele padrão de beleza me inspirava”, descreveu Marina.
Ela ainda lembrou de quando o seu visual era julgado pelos políticos e imprensa em Brasília em sua gestão como senadora. “Era uma época que eu era vista de uma forma muito estereotipada” lembrou ela que tempo depois foi eleita por Danuza Leão, colunista da Globo uma das pessoas mais elegantes do Senado.
Clique aqui para ouvir a entrevista completa da ex-Senadora.
Iniciamos hoje uma linda série de receitas que trazem os Sabores de África. Receitas deliciosas para compor seu caderno de receitas e surpreender sua família com novos sabores e muito prazer à mesa.
A primeira receita que apresento é pudim malva ou Malva Pudding (como é chamado em África), um preparo que serve de sobremesa e até para acompanhar o café da tarde. Traz o sabor doce e suave do damasco e uma cobertura molho de natas, muitas vezes temperado com um pouco de baunilha, quando o pudim termina de cozinhar.
Os cozinheiros farão pequenos furos na parte superior do pudim assim que ele sair do forno e despejarão o molho de creme aquecido diretamente por cima. O molho afundará nos buracos e será absorvido diretamente no pudim de malva à medida que esfria. Costuma-se reservar ainda mais molho para regar na apresentação final. Simplesmente irresistível!!!!
O resultado é um pudim doce, macio, esponjoso e úmido, geralmente servido com creme ou sorvete de baunilha. É uma receita importante da cultura de sobremesa da África do Sul e é mais popular na capital desse país, a Cidade do Cabo.
Popular entre todos os residentes, tanto os nativos da África do Sul quanto os de ascendência europeia. Os ingredientes são bastante simples, e o pudim é fácil de fazer até mesmo para um cozinheiro iniciante. Na maior parte, manteiga, ovos, farinha, geleia de damasco, leite e um pouco de vinagre são os únicos componentes de um pudim de malva. Os ingredientes devem ser batidos para formar uma massa macia, depois despejados em uma assadeira e cozidos até ficarem firmes e com aparência de bolo. Em restaurantes, o pudim é geralmente preparado em travessas individuais ou ramequins, mas você também pode fazer em formas de bolo, normalmente uso forma de bolo ingles e fica muito lindo!!!
MALVA PUDDING
Ingredientes:
180 gramas de açúcar refinado
2 ovos
1 colher de sopa de geleia de damasco
150 gramas de farinha de trigo
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
½ colher de chá de sal
1 colher de sopa bem cheia de manteiga sem sal (derretida)
1 colher de chá de vinagre
1/3 xícara chá leite
Preparo:
Bata o açúcar e os ovos na batedeira até que a mistura fique esbranquiçada. Adicione a geleia e bata novamente.
Adicione a manteiga derretida (não deixe ferver) e o vinagre à mistura do açúcar batido com os ovos.
Em um bowl misture: farinha, sal e o bicarbonato. Acrescente o leite e junte aos ingredientes anteriores, batendo até que eles se integrem. Coloque em assadeira ou refratária e deixe no forno entre 30 a 45 minutos.
Obs.: Esse tempo varia em função do tamanho da assadeira, ou do material, no caso alumínio ou vidro
Para Calda:
200 ml de creme leite
100 gramas de manteiga
120 gr de açúcar
1/3 de xícara de chá de água quente pode usar leite se desejar.
2 colheres de chá baunilha
Preparo:
Misture os ingredientes no fogo e mexa até derreter o açúcar.
Temos ouvido discussões sobre a palavra privilégio entre pessoas negras há algum tempo, o que faz conectá-la às questões de racismo, mas o termo vai além desse âmbito. Ter privilégios é em algum momento estar com grande vantagem sobre outras pessoas. Aqui, vários marcadores sociais podem te colocar nesse lugar, como sua cor de pele, seu ‘status’ social, seu CEP e até mesmo seu gênero.
Em um grupo no qual estava fazendo uma interação para falar sobre inclusão e diversidade, um executivo perguntou por que eu nunca saí de um trabalho no qual uma das barreiras à minha evolução era o racismo.
Alguns que estão lendo esse artigo talvez saibam que sou da região da Zona Leste de São Paulo, tenho dois filhos e sempre precisei estudar e trabalhar. Com isso, sempre enfrentei deslocamentos por horas para longe de casa, pois os melhores salários geralmente estão do outro lado da ponte.
Nesse período, o meu filho mais velho era pequeno, eu levava três horas para chegar ao trabalho, saía direto para a faculdade, me deslocando por mais duas horas, e depois levava mais duas horas para chegar em casa. A gestão deixava um celular comigo e não havia horário para atender, porque respondia pelos atendimentos aos clientes para garantir o SLA dos contratos.
Foi um lugar onde aprendi muito, conheci pessoas incríveis, fiz cursos, viajei, fui a única mulher negra durante todo o tempo em que estive ali, e só consegui contratar um homem negro. O salário era bom, mas todas as pessoas que entravam começavam recebendo mais do que eu, afinal os nomes dos cargos justificavam isso.
Enquanto os jovens contratados compravam carros e saíam para a balada, eu procurava manter as contas em dia para poder cuidar das minhas responsabilidades.
Trago essa parte da minha história para mostrar que o meu movimento foi consciente, almejava ter uma chance de melhorar de vida e estar em um lugar repleto de oportunidades era uma chance de ser escolhida, o que nunca aconteceu.
O querido Marco Pellegrini retratou uma experiência similar em sua fala no 9º Fórum Inclusão Diversidade da ABRH-SP, na mesa sobre “Como promover uma sociedade mais inclusiva e acessível”: “…na ETE Lauro Gomes eu sofri talvez a mais importante e mais decisiva pra mim, discriminação,… eu era o único aluno negro… as empresas buscavam os alunos ali e eu não fui buscado, apesar de ter boas notas, de ter bom desempenho, apesar de eu ter me formado na mesma forma que todo mundo, eu não fui escolhido…” – v. 1:56:22 do vídeo (https://youtu.be/TuSZJ9iUUEw).
Sim, o privilégio de outros estudantes não negros, de educadores, de gestores, de colegas, sobre nossos caminhos no ambiente corporativo e nas oportunidades de acesso fica nítido conforme avançamos na carreira e nossos esforços sempre são maiores, para conseguirmos menos.
Hoje, como coordenadora de um programa para promover diversidade e inclusão, percebo que, para um executivo perguntar a uma mulher negra por que ela não se “libertou” de uma situação opressora, a expectativa é aumentar seu entendimento sobre uma realidade que ele nunca irá viver. Eu sofro várias opressões, entre elas a de gênero, étnica e social, algo que ele desconhece. Mas, ao saber sobre isso, o que irá mudar para ele? E para mim?
Se as pessoas que lerem este artigo não saírem de seus lugares privilegiados para apoiar outras mulheres negras, para que elas não precisem passar pelo que passei, haverá uma exposição desnecessária, de uma dor que ainda dói.
A mudança está nas mãos das empresas, sim!
Elas podem escolher se instalar em avenidas chiques nos centros financeiros e criar polos de trabalho nas periferias, podem contratar com exigência das universidades consideradas A pelo MEC ou podem atrair talentos que estudam pelo EAD nos UniCEUs. Podem, ainda, levar em conta que uma mãe com filhos pequenos precisa de escolas e creches de período integral, porque o Conselho Tutelar as ameaça quando precisam deixá-los sozinhos para garantir o alimento de cada dia, entre tantas outras ações que estão “subentendidas” na pergunta feita por um executivo de sucesso a uma mulher negra que há anos atua para crescer com os ganhos, um terço menores que os dele, no mínimo.
Quando falamos de privilégio, é difícil para quem está na área superior olhar quem está mais abaixo. Há alguns filmes que retratam isso de forma muito direta, como “Parasita”, de Bong Joon Ho; “O poço”, de Galder Gaztelu-Urrutia; e “Querô, uma reportagem maldita”, de Plínio Marcos. Reconhecer seu privilégio é o primeiro passo para mudar a realidade que nos cerca. No entanto, na pergunta “por que você não se libertou desse lugar opressivo?” – há toda uma estrutura de privilégios – e só faz sentido se quem pergunta é capaz de fornecer oportunidades para que a história seja diferente. No mais, vira uma vitrine para conhecer as dores do outro, como no filme “A Vênus Negra”, de Abdellatif Kechiche, onde até o corpo morto da mulher negra é visto como material para consumo, só uma mercadoria, sem nenhum privilégio.
*Samanta Lopes é coordenadora MDI da um.a #DiversidadeCriativa, agência de live marketing – uma@nbpress.com
Após quase 5 meses em pausa, a atriz Letitia Wright retornou às gravações do filme ‘Pantegra Negra: Wakanda Forever’. Informação foi anunciada pela BBB News nesta sexta-feira (14). Filmagens do filme entraram em pausa no mês de Novembro de 2021, mas Letitia já estava afastada do set de gravação após sofrer um acidente durante o trabalho. O que anteriormente foi descrito como uma lesão leve, agora foi anunciado pelos representantes da Marvel como uma “fratura crítica no ombro e uma concussão com efeitos colaterais graves”.
Personagem ‘Shuri’ em ‘Pantera Negra’ (2018).
Longa está previsto para estrear mundiamente em Novembro deste ano. De acordo com representantes de Letitia, apesar do tempo em recuperação, pausa não afetará o calendário de lançamento da obra. “As filmagens foram retomadas neste mês [de Janeiro] confome planejado e estamos dentro do cronograma“, anunciou porta-voz da atriz.
Representando a personagem Shuri dentro do longa, especula-se que Letitia possua maior destaque dentro da continuação de ‘Pantera Negra’.
Ye, o rapper antigamente conhecido como Kanye West, está sendo investigado pela polícia por um caso de agressão que teria acontecido nesta quinta-feira (13) em Los Angeles.
De acordo com o site Deadline, a polícia da cidade americana listou o cantor como um dos suspeitos, contudo, ninguém foi preso ainda.
Segundo o mesmo portal de notícias, tudo teria acontecido por volta das 3h da manhã, entre as ruas Santa Fe e Bay, de Los Angeles. O rapper, supostamente, teria agredido e derrubado um fã após o rapaz pedir um autógrafo.
Depois que a agressão teria acontecido, o rapaz foi prestar um boletim de ocorrência contra o cantor. Aparentemente, imagens foram entregues à polícia, que mostram um homem não identificado surge deitado no chão e, embora aparentemente consciente, não se levanta. Já o rapper aparece gritando com uma funcionária. “Se afasta de mim”, diz ele, enquanto ela tenta acalmá-lo e diz: “Me dá sua mão”.
Nesta quinta, ele também foi confirmado como uma das atrações principais do Coachella 2022, que acontece em abril nos EUA. O festival tem participação também de Anitta e Pabllo Vittar.
Dona do enorme sucesso viral “Hrs and Hrs”, a cantora norte-americana Muni Long viu sua carreira disparar após a canção viralizar dentro do TikTok. Com uma trajetória curiosa, a cantora de 33 anos se tornou ao longo dos últimos meses uma das grandes promessas do R&B mundial.
Anteriormente conhecida como Priscilla Renea, no início dos anos 2000, Muni chegou a fechar um contrato com a Capitol Records, mas projeto acabou não decolando. Apesar de não ter alcançado o sucesso imediato como cantora, Muni se estabeleceu como uma das maiores compositoras da indústria, escrevendo músicas para nomes como Rihanna e Mariah Carey.
Tudo mudou em 2020, quando a artista decidiu passar por uma transformação criativa, buscando se relançar como cantora no mercado. Naquele ano, Long previu a força do TikTok no mundo da música, e assim, viu a plataforma como uma grande oportunidade. Segundo a cantora, ela entendeu que a mercadoria mais valiosa nas redes sociais é a autenticidade.
Após o lançamento de seu EP de 2021, “Public Displays of Affection”, Long se concentrou em se envolver com os fãs, ação, que segundo ela, foi a mais importante para o sucesso. Sua base de fãs rapidamente transformou a faixa “Hrs and Hrs” num fenômeno. A música disparou dentro do TOP 10 nas paradas norte-americanas do iTunes, Apple Music, Shazam, Spotify e SoundCloud.
Para a Variety, Muni comenta sobre o efeito das redes sociais em sua ascensão: “Por conta do TikTok a música explodiu. É um momento completo incrível. Eu sabia intuitivamente para onde a indústria estava indo há cerca de dois anos. O TikTok definitivamente fazia parte da estratégia, com certeza”, conta a artista.
Cantora revela que um dos principais segredos em torno do sucesso nas redes, se dá pela relação de troca com os fãs: “Percebi que tinha que ser minha própria empresa de marketing. Fui criando meus próprios anúncios e colocando-os em meu próprio outdoor, que é meu TikTok”, conta ela. “Outro dos meus pequenos segredos é que você realmente tem que gostar de seus apoiadores. Você não pode esperar que as pessoas passem tempo assistindo você e transmitindo sua música, indo aos seus shows e se envolvendo com seu conteúdo, se for unilateral. Então eu me certifico de curtir o máximo de comentários que puder. Faço questão de visitar suas páginas. Inclusive, assistirei os storys deles se forem interessante para mim”.
“Meus seguidores sabem a importância que possuem“, comenta Muni à Variety. “Acho que isso é parte da razão pela qual minha música explodiu também, porque as pessoas estavam vendo que eu estava respondendo e deixando comentários em seus vídeos e dizendo a eles o quão lindos eles soam ou o quão bonitos eles eram ou o quão incrível eles são juntos. Trata-se apenas de fazer as pessoas se sentirem especiais, retribuindo esse amor. Eu não acho que os artistas fazem isso o suficiente. E não fazer ninguém se sentir mal ou julgar ninguém. Acho que isso é tudo o que os torcedores e os fãs realmente querem. Eles querem se sentir apreciados”, finaliza.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Fandango, site de vendas dos Estados Unidos, ‘Pantera Negra: Wakanda Forever’ é o filme mais aguardado de 2022. Após adiamentos, novo filme, que dará maior visibilidade para a personagem Shuri, irmã do Rei T’challa, interpretada pela atriz Letitia Wright, está previsto para estrear em Novembro deste ano.
Fandango, 2022.
Segundo pesquisa, realizada com mais de 6 mil pessoas, continuação do filme ‘Pantera Negra’ se manteve à frente de grandes obras como ‘The Batman’, ‘Avatar 2’ e ‘Doutor Estranho no Multiversos da Loucura’.
O primeiro filme da saga ‘Pantera Negra’, lançado em 2018, quebrou diversos recordes ao redor do mundo. Aclamado pela crítica, arrecadou mais de U$ 1,3 bilhão de dólares pelo mundo, recebeu 7 indicações ao Oscar e venceu 3 categorias. Longa foi o primeiro filme de super-herói a receber uma indicação de ‘Melhor Filme’ ao Oscar, bem como o primeiro do Universo Cinematográfico da Marvel a vencer estatueta dentro da premiação. Expectativa em torno da continuação se mantém alta, já que primeiro filme se tornou um verdadeiro marco cultural.
A personalidade Jennifer Hough retirou voluntariamente as acusações que fez contra Nicki Minaj, no caso aberto em 2021. Dentro do processo, Jennifer acusava Minaj de coerção, perseguição e ameaça. Ação judicial também envolve Kenneth Petty, marido de Nicki. Jennifer acusa o homem de agressão sexual, num episódio, que segundo ela, aconteceu em 1994. De acordo com a Variety, Jennifer retirou a intérprete de “Super Bass” do processo sem nenhuma explicação ou provas. Embora Kenneth ainda esteja envolvido no caso, as reivindicações contra Minaj foram removidas.
No início deste ano, os advogados de Nicki Minaj foram contundentes, ao oferecem até o dia 30 de Janeiro para que Jennifer Hough retire suas falsas acusações, como anunciaram, contra a rapper na justiça. Jennifer afirmou que Nicki e Kenneth a assediaram direta e indiretamente e a ameaçaram para não falar sobre o incidente ocorrido em 1994. Apesar das acusações contra a rapper, nenhuma prova ou evidência foi apresentada.
Ainda de acordo com a Variety, mesmo com a desistência em torno do processo, agora, a equipe jurídica de Nicki Minaj revidará acusações de Jennifer. “É apenas o começo dos esforços de Nicki para fazer você pagar por sua conduta vergonhosa com dinheiro e, se o Tribunal recomendar, sanções disciplinares”, declarou Judd Bernstein, advogado de Minaj.
A série “Atlanta” está voltando com episódios inéditos. Trailer, sinopse e diversos detalhes da 3ª temporada foram divulgados pela FX, canal norte-americano que exibe a obra. Tida como uma comédia dramática, criada e estrelada por Donald Glover, a série apresenta a história de dois primos que sonham em se destacar no cenário rap de Atlanta, em um esforço para melhorar suas vidas e as vidas de suas família.
Através de anúncio oficial, Eric Schrier, o presidente da FX Entertainment declarou: “Estamos emocionados por ter ‘Atlanta’ de volta com uma nova temporada em 24 de março de 2022. Mais uma vez, Donald Glover , os produtores e elenco entregaram outra temporada de assinatura, sinônimo de excelência que torna ‘Atlanta’ tão grande”, finalizou. Abaixo, você confere um dos novos trailers divulgados pela FX.
A seguinte sinopse oficial também foi divulgada: “Se passando quase inteiramente na Europa, a 3ª temporada encontra Earn (Donald Glover), Alfred / Paper Boi (Brian Tyree Henry), Darius (LaKeith Stanfield) e Van (Zazie Beetz) em meio a uma bem-sucedida turnê europeia, enquanto o grupo navega por seus novos arredores como estranhos e luta para se ajustar ao sucesso recém-alcançado que aspiravam“. A 2ª temporada da série foi lançada em Maio de 2018, desde então, fãs seguem ansiosos pelo retorno da aclamada obra.
A 3ª temporada de “Atlanta” ainda não possui data de estreia no Brasil.
O ano de fato começou. Mas é dia 13 de janeiro. Sim. Contudo, para os soteropolitanos e todos que vivem na primeira capital do Brasil o ano só tem início, de fato, depois da segunda quinta-feira de janeiro, dia da Lavagem do Bonfim. Uma festa negra na qual as convidadas de honra são as baianas, mulheres de traje de origem africana, levando ora na cabeça, ora na mão uma quartinha com flores e água de cheiro (água com flores e ervas aromáticas) para lavar o adro da igreja dedicada ao Nosso Senhor do Bonfim.
Imagem: Ulisses Lima
A celebração, que tem seu ápice na segunda quinta-feira do ano com a conhecida lavagem, conta com ritos de diferentes universos religiosos: do catolicismo e das religiões de matrizes afro-brasileiras.
Oficialmente não é feriado na cidade, mas isso não impede que milhares de pessoas, de irem às ruas de branco para homenagear Jesus Crucificado e Oxalá em 2020, segundo dados da prefeitura, o público ultrapassou a marca de um milhão. Como vivemos num país de maioria católica, Jesus já é um antigo conhecido muito citado (como no Natal, quando falamos bastante dele, ainda como menino) e por isso vou me concentrar em, ao menos algumas linhas, Oxalá.
Ele é o orixá associado à criação do mundo e de nós, humanos. Representa a paz, é o pai maior no candomblé. É calmo, sereno, pacificador; é o criador e, portanto, é respeitado por todas as divindades. Apresenta-se de duas formas: jovem (Oxaguiã) e velho (Oxalufã). Oxaguiã carrega com sigo uma idá (espada), “mão de pilão” e um escudo, veste-se de branco um pouco mesclado com azul; já Oxalufã carrega opaxorô (uma espécie de cajado em metal) e usa apenas branco. O dia consagrado para eles é a sexta-feira.
Mas precisamos voltar um dia na semana. Junto com os primeiros raios de sol da segunda quinta-feira do ano, já é possível encontrar devotos na Cidade Baixa. É da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa, que sai o cortejo até o alto da Colina Sagrada, morada do Nosso Senhor do Bonfim, onde ocorre a lavagem do adro da igreja dedicada a esse santo. É o maior cortejo religioso da cidade, são 8 quilômetros de percurso. Além das baianas, há um conjunto diversificado de manifestações culturais no decorrer da procissão, entre elas: blocos, bandas, grupos de capoeira, afoxés e protestos políticos.