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“Preto do caralho!” adolescente denuncia racismo durante jogo de basquete em Goiás

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Cauã e Celize Gomes. Foto: Reprodução / TV Anhanguera.

O adolescente Cauã Gomes, de 16 anos, foi vítima de racismo durante uma partida de basquete em uma escola em Caldas Novas, Goiás. Ele foi chamado de “preto do caralho” Vídeos da partida também mostram a torcida fazendo sons que imitam um macaco. Veja o vídeo:

A mãe de Cauã, Celize Gomes, desabafou sobre a situação nas redes sociais. “Racismo é crime, não é brincadeira, nem é vitimismo. Quando exposto dessa forma a intenção é de mostrar que existe sim e que deve ser combatido. Estamos em 2022 e isso ainda persiste. Passado de geração para geração, como se fosse uma herança. Basta!!! Nos respeitem, respeitem a nossa história, a nossa ancestralidade e respeitem os nossos filhos”, disse ela.

Em entrevista para a TV Anhanguera, o jovem contou que demorou a ter coragem de contar para a mãe sobre o acontecido. “Eu pensei: será que aconteceu isso mesmo?”, contou o estudante que tem o sonho de se tornar um jogador profissional de basquete.

A mãe do estudante, que não estava no local no momento do acontecido, revelou que se sentiu impotente após ouvir os relatos do filho, mas que sabe que a única forma de combater o racismo é dando visibilidade a esses casos. “Nós temos uma única forma de protestar contra o racismo, que é a nossa voz”, disse Celize.

A Secretaria de Educação de Goiás informou que vai apurar o caso.

Lilian Ribeiro finaliza tratamento contra o câncer de mama: “ACABOU!”

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Foto: Sasha Lazarev

A jornalista Lilian Ribeiro anunciou na noite desta quarta-feira (11), que finalizou as sessões de radioterapia para tratamento do câncer de mama e comemorou nas redes sociais: “ACABOU! 25a sessão de radioterapia! Sete meses de tratamento e esse dia chegou!”.

Ela também aproveitou para agradecer: “Obrigada a Deus, família, amigos e a tantos que eu nem conheço, mas pediram por mim nesse tempo. Muito obrigada!”.

Lilian foi diagnosticada com a doença em outubro do ano passado, após fazer um autoexame e revelou no mês seguinte, no programa Em Pauta, da GloboNews, usando um lenço na cabeça.

A apresentadora também passou por sessões de quimioterapia e em fevereiro deste ano, realizou uma cirurgia para retirada dos nódulos nas mamas: “Estou aliviada. O resultado foi incrível!”, celebrou. Com o sucesso do procedimento, Lilian voltou a trabalhar na GloboNews, um mês depois.

No mês passado, ela postou duas fotos comparando dois momentos diferentes dos tratamentos:”Fui postar a segunda foto e me lembrei da primeira. Parece que faz uma vida, mas essa moça sou eu há exatos 48 dias – posando ao lado da nova folha que nasceu no pé de Costela de Adão. E agora me pego pensando sobre esse ‘renascer’. Seria de fato uma vida nova? Ou apenas uma face de nós que ganha espaço para florescer?”.

E completou dizendo: “Há dias em que sou apenas o balde cheio, que qualquer gota faz desaguar. Um rio de emoções ainda me atravessa, e vira e mexe, me pego olhando pra dentro, uma mergulhadora em mim mesma, tentando reconhecer o que de novo me ocupa”.

Maria Gal estreia talk show com a proposta de dialogar sobre o protagonismo negro

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Maria Gal - Foto: Thiago Bruno.

Com a ideia de dialogar sobre diversidade, protagonismo negro e racismo, a atriz, apresentadora e criadora de conteúdo Maria Gal se prepara para estrear, no próximo dia 26 de maio, o programa ‘Preto no Branco”, no BandNews TV. O talkshow que marca a estreia de Gal como apresentadora de TV e showrunner celebra a semana em comemoração ao Dia da África. O programa fará parte da programação das noites de quinta-feira do canal a cabo, sempre às 23h30, com reprise aos domingos. Nomes como Liliane Rocha, o jogador Aranha, Renato Meirelles, Julio César Andrade, Erica Malunguinho, Gabriela Moura, Felipe Silva, sócio e fundador da agência Gana e a Advogada Cláudia Luna estão entre os entrevistados.

“Estou muito feliz de iniciar o programa. Tenho o costume de dizer que é um programa de letramento disfarçado de talk show. Este projeto foi pensado após vários acontecimentos e manifestações ocasionados pelo assassinato de George Floyd, do músico Edvaldo dos Santos e da menina Agatha dos Santos. Toda vez que nos deparamos com as notícias, sempre somos surpreendidos por tragédias decorrentes do racismo”, analisa a apresentadora.

Com seis episódios na primeira temporada, o ‘Preto no Branco’ tem como proposta ampliar a discussão sobre pautas raciais na televisão e fomentar a conscientização da população sobre a urgência em tratarmos demandas de inclusão e diversidade na sociedade. Serão abordados temas como racismo e finanças, intolerância religiosa, racismo no esporte, racismo na publicidade e privilégio branco, sempre com a participação de convidados no teatro e, também, de forma remota.

Maria Gal – Foto: Thiago Bruno.

O programa é produzido pela produtora de Maria Gal, a Maria Produtora, que quebrando o paradigma do audiovisual brasileiro que tem majoritariamente em suas produções pessoas brancas, a produção de Preto no Branco tem em sua equipe 58% de profissionais negros e 42% de brancos. Mulheres negras são 76% da equipe feminina.

De acordo com Maria, o formato foi inspirado na série americana “Uncomfortable Conversations with a Black Man”, de Emanuel Acho, na série documental EUA – A luta pela liberdade e no “The Oprah Conversation”, da apresentadora e jornalista Oprah Winfrey. Produções que utilizam entrevistas para debater temas relevantes, com pessoas dos mais variados perfis, como celebridades, executivos e especialistas, para extrair diálogos de grande importância com temáticas que influenciam o mundo.

O audiovisual brasileiro precisa de mais representações e, principalmente, para a população negra, é imprescindível se sentir representada. Este será só o começo para abrirmos um leque de possibilidades para novos recomeços e novas histórias serem contadas, dentro de uma ótica que não seja pautada pelo noticiário policial”, enfatiza Gal.

Após quase 50 anos de prisão, ex-membro dos Panteras Negras ganha liberdade nos EUA

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Foto: Bettmann.

Após 49 anos preso, o ex-membro mais velho dos Panteras Negras, Sundiata Acoli, de 85 anos, será libertado nos Estados Unidos. A Suprema Corte de Nova Jersey decidiu que Acioli não apresenta mais um risco para segurança pública, destacando que ele construiu uma ficha prisional “exemplar”.

Sundiata Acoli. Foto: Reprodução.

Sundiata Acoli foi preso após a ocorrência de um tiroteio, em maio de 1973, que terminou com a morte de Werner Foerster, policial estadual. Após julgamento, Acioli foi considerado culpado e condenado à prisão perpétua. A defesa do ex-Pantera Negra afirma que ele perdeu a consciência durante o tiroteio e acordou com o corpo morto do policial Foerster ao seu lado. Por muitos anos, tal justificativa não foi aceita pela Suprema Corte.

Acoli, cujo nome de batismo era Clark Edward Squire, solicitou por diversas vezes a liberdade condicional desde que se tornou elegível, há 29 anos, mas o pedido sempre foi negado. Apesar da nova decisão garantir a liberdade do homem de 85 anos, pelo menos 12 membros idosos dos Panteras Negras ainda estão presos nos Estados Unidos.

“Agora é hora de o Sr. Acoli viver o resto de sua vida no cuidado amoroso de sua família e comunidade”, declarou a defesa de Acoli em comunicado. Criado em 1966, os Panteras Negras eram um grupo revolucionário nacionalista e socialista que defendia a comunidade afro-americana, principalmente contra a ação policial.

Panteras Negras. Foto: New York Daily News Archive / Getty Images.

*Com informações da BBC.

Após falecimento do pai, Linn da Quebrada anuncia afastamento das redes sociais

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Foto: reprodução

Lino Pereira, pai da cantora e atriz Linn da Quebrada, faleceu em São Paulo (SP) na madrugada desta quarta-feira, 11 de maio, após sofrer um infarto. A artista e o pai ficaram anos sem se falar, mas haviam reatado o contato no último Ano-Novo. Em um vídeo postado no Instagram, a ex-bbb aparece ao lado de seu pai e diz na legenda fala “Com vocês, Lina e Lino. Frente a frente. Depois de muitos e muitos anos, mais do que eu consiga me lembrar, finalmente nos conhecemos. 2022 começou realmente com tudo. Feliz ano todo para nós desatarmos”

Durante o vídeo, Lino Pereira diz ”ainda não entender como ela mudou da água para o vinho”, que a ama, e ”Que Deus te abençoe e proteja, hoje, amanhã e sempre”

Por meio de um post no Instagram, Linn confirmou a morte do pai, agradeceu as mensagens de apoio recebidas, disse que precisaria deum tempo para compreender o que aconteceu e que voltaria para às redes sociais quando fosse possível.

Mano a Mano reúne Thiaguinho, Salgadinho e Marquinhos Sensação no próximo episódio

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Foto: Jef Delgado

No episódio do podcast Original Spotify Mano a Mano desta quinta-feira (12), o rapper Mano Brown reúne Salgadinho, ex-vocalista do grupo Katinguelê; Marquinhos Sensação, intérprete consagrado do gênero e ex-líder do grupo Sensação; e o cantor Thiaguinho, ex-vocalista do Exaltasamba. A conversa entre o MC e seus convidados revive grandes momentos do pagode no Brasil nos anos 90. E o show não podia faltar: Thiaguinho pega o violão, Salgadinho o cavaco, e Marquinhos canta junto com seus companheiros e também com Mano Brown sucessos do Sensação como Apelo e Pra Gente Se Encontrar De Novo, além de Remanso, do Katinguelê, e Estrela, do Exaltasamba. “Esse é o poder do samba!”, diz Brown. “A música é um acalanto para as pessoas”, afirma Salgadinho. “A música tem um poder muito forte na vida das pessoas”, completa Thiaguinho. 

Durante a conversa, Brown relembra como o pagode tomou conta das rádios e foi o gênero mais popular nos anos 90. “Vocês estavam muito alto! Chegavam e a gente saía (…) Eleni (Katinguelê) estava tocando na rádio forte. Eu reparava que quando o Racionais estava tocando, a música batia nos caras (negros) e voltava. Eles não estavam nem aí para as minhas ideias. Os caras choravam quando escutavam Eleni (…) vocês cutucavam a sociedade sem anestesia”.
 

Salgadinho reflete sobre o espaço conquistado na época: “A gente estava ocupando espaços que a gente mesmo criou sem saber que a sociedade não aceitava (…) trazíamos mais empatia para nós, construindo uma história que a gente nem sabia”. Considerado o Imperador do Samba, o paulista Marquinhos se aventurou no Rio de Janeiro, uma região já consagrada no samba, e comentou sobre o desafio na carreira. “Sair do comodismo é necessário. Se quiser ganhar um dinheiro razoável, vai em vários pagodes de São Paulo. Eu saí da minha zona de conforto: Fui para o Rio de Janeiro. Saí daqui sem nada (…) Lá é outro samba, a pancada é outra”, diz. “Cada lugar tem sua magia”, completa Brown.
 

Thiaguinho também recorda do momento que decidiu sair do Exaltasamba. “No melhor momento do grupo (Exalta), eu senti vontade de fazer algo diferente e tive coragem de sair”. Vindo de outra geração, Thiaguinho é diversas vezes elogiado pelos seus colegas de bancada durante o papo e diz que é recíproco, e que eles foram inspirações. “Fui muito fã de todos vocês! Tenho até hoje uma toalha que você jogou (Marquinhos) e eu peguei no primeiro show de samba que fui, que foi do Sensação. Racionais me deu coragem de sair de casa com o peito aberto! Até hoje coloco para me encorajar. Então, quando tive a oportunidade, me dediquei 199%, assim como faço todos os dias da minha vida”.
 

Nesta temporada do Original Spotify Mano a Mano, o MC continua recebendo personalidades de diferentes gerações, expandindo o diálogo com temas até então não explorados e também sempre dá um jeito de revelar o lado mais pessoal do convidado e da sua própria história. O rapper, apresentador e escritor Emicida, a cantora Jojo Todynho, o cantor e ator Seu Jorge e o cineasta Jeferson De, os humoristas Felipe Kot e Yuri Marçal, o neurocientista Sidarta Ribeiro, a ex-presidente Dilma Rousseff e os jornalistas especialistas em Segurança Pública André Caramante e Cecília Oliveira já passaram pela segunda temporada.

O protagonismo dos jovens pretos das quebradas, eles fazem pela cultura e arte da população menos favorecida

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Imagem: Pixabay

Texto por Reinaldo Calazans

Pouco se fala sobre os jovens negros que atuam de forma positiva nas comunidades e nos guetos. Infelizmente, a grande mídia sempre mostra o jovem negro oprimido, mas não podemos esquecer e deixar de lado o legado de muita gente preta que tem papel fundamental dentro das periferias e favelas do nosso Brasil.

A periferia é vista pela sociedade como o berço de desigualdade, e isso é fato, mas existe muita resistência e luta nas comunidades, todos os dias as pessoas vão atrás dos seus sonhos e desejos. Sim, lá as pessoas trabalham, estudam e ainda acham tempo para militância com base nas necessidades e dificuldades.

Existem aqueles jovens que se empenham em compartilhar conhecimentos com os demais seja na aula de dança, música pintura, na arte do grafite e os que se mostram na politica, usando sua voz para lutar pelos direitos e melhorias. Muito me admira o trabalho assistencial e de comunicação que o @renesilva morador do Morro do Adeus, na comunidade do Alemão faz em beneficio daquela população carente.

Não muito longe, em outra comunidade, da zona oeste, tem o jovem @kawanlopesrj negro e favelado ele desempenha em sua região um trabalho fantástico na educação e é o percursor de um coletivo “Cultura Zona Oeste” que tem como finalidade capacitar a juventude através da Arte e Cultura.

Na capital paulista existe um grupo de comunicação @agenciamural que destacam as principais matérias jornalísticas sobre as periferias, e quem escreve sobre os fatos das comunidades são os jovens em sua grande maioria que vivem a realidade da periferia. 

Esses trabalhos têm como finalidade mostrar que dentro dos guetos e nos extremos das grandes cidades existem jovens pretos empenhados em mudar a historia do seu povo, através da arte, cultura, politica e da comunicação.

Paulo André derrete a internet em post com o filho PAzinho

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Foto: Reprodução.

O atleta e ex-BBB Paulo André fez o fofurômetro estourar em um post com seu filho, chamado de PAzinho pelo atleta e pela família. O bebê de 8 meses é fruto do relacionamento de PA com a ex-namorada Thays Andreata.

Na postagem, PA conta que está se despedindo do filhote após uma viagem que fez para encontrá-lo no Espírito Santo, onde ele mora com a mãe. “Foi um período curto de tempo, mas era o que eu mais precisava! Papai já volta, filhão. Te amo”, disse PA no post.

https://www.instagram.com/p/Cda_UtZuhJw/

“Cara do papai, tão lindinho meu Deus”, disse uma seguidora. “Que lindo!”, disse uma outra. Em menos de uma hora no ar, as fotos publicadas já tinham mais de cinco mil comentários.

PAzinho foi uma dos motivos que fez com que Paulo André aceitasse participar do BBB, mesmo com o bebê tendo apenas cinco meses de nascido.

Com a saída do programa como vice-campeão, os vários trabalhos que aguardam PA na publicidade, além do atletismo poderão garantir a vida que ele deseja dar ao filho único. Esta semana, PA anunciou que fechou contrato com uma das maiores agências de modelos do Brasil.

Rihanna anuncia vendas da Fenty no continente africano

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Foto: Divulgação | Instagram

Rihanna anunciou nesta terça-feira (10), a venda das marcas Fenty Beauty e Fenty Skin no continente africano, a partir do dia 27 de maio. “Esperei por esse momento!!”, vibrou a cantora no instagram.

Já estão confirmadas as vendas na Botswana, Gana, Quênia, Namíbia, Nigéria, África do Sul, Zâmbia e Zimbábue.

A marca de maquiagens Fenty Beauty, foi lançada em 2017, com quarenta tons de base, acolhendo todos os tons de pele. E em 2020, foi lançada a Fenty Skin, para os amantes de skin care.

Além das marcas serem um exemplo em respeito a diferentes tons de pele, elas também são livre de crueldade animal e possui produtos veganos.

As marcas Fenty também levaram Rihanna a fazer parte da lista de bilionários da Forbes, acumulando uma fortuna de US$ 1,7 bilhão, pela primeira vez, neste ano.

Recentemente, ela publicou um vídeo mostrando como usar um produto da Fenty Skin, e exibiu o barrigão, nas redes sociais.

Coalizão Negra por Direitos vai ao STF pedir reconhecimento do genocídio da população negra no Brasil

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Foto: Leo Malafaia / AFP.

Além do reconhecimento, as organizações requerem medidas de reparação voltadas para sanar o cenário atual e a elaboração e implementação de um Plano Nacional de Enfrentamento ao Racismo Institucional e à Política de Morte à População Negra, em um prazo de um ano.

A Coalizão Negra por Direitos, em parceria com os movimentos Mães de Maio, Mães de Manguinhos e Mães da Maré, organizações que reúnem mães e familiares das vítimas da violência do Estado, a articulação nacional de mais de 250 organizações mobilizou partidos políticos para protocolar, na próxima quinta-feira (12 de maio) uma ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para o reconhecimento do genocídio da população negra no Brasil.

“Buscamos o reconhecimento por parte do STF de que existe no Brasil uma política de morte à população negra estruturada no racismo. A denúncia do movimento negro é secular, mas segue sem o devido amparo das instituições. Necessitamos que haja
comprometimento público em reverter esse cenário, por isso, a ação centraliza em demandar políticas que possam responsabilizar e reparar as comunidades negras impactadas por essa política de morte”, afirma Sheila de Carvalho, advogada e diretora
do Instituto de Referência Negra Peregum e integrante da Coalizão Negra por Direitos.

A ação ainda registra diversos dados que comprovam impactos desproporcionais para a população negra, 56% do país, como: aumento de 1,6% dos homicídios entre negros de 2009 a 2019 e redução de 33% no número absoluto de vítimas; mulheres negras terem mais chances de sofrerem violência obstétrica e receberem menos anestesia durante o corte no períneo (10,7%); e que, em 2018, 58,1% dos lares com insegurança alimentar grave eram chefiados por pessoas autodeclaradas pretas ou pardas. “Os dados
apresentados na ação comprovam o que já alardeamos há tanto tempo, é hora de dar um basta nesse genocídio”, diz Douglas Belchior, cofundador da Uneafro Brasil e integrante da Coalizão.

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) que será protocolada pede que sejam reconhecidas e sanadas as graves lesões à população negra praticadas pelo Estado brasileiro, seja por ações ou omissões reiteradas que culminam na violação
sistêmica dos direitos constitucionais à vida, à saúde e à alimentação digna. “Estamos cansadas de chorar nossos mortos, de ver mães morrendo de tristeza por essas mortes, quantos mais morrerão nessa guerra que nunca acaba?”, diz Débora Silva, do
movimento Mães de Maio.

O pedido na íntegra será disponibilizado no site www.adpfvidasnegras.org, no dia do protocolo no STF. O portal foi criado para pedir o apoio da sociedade a pressionar o STF a reconhecer a ação, além de mostrar como o Brasil foi fundado no racismo estrutural
e no racismo institucional que sustentam uma política de morte financiada e aplicada pelo Poder Público à população negra brasileira.

Os coletivos e entidades do movimento negro e antirracista que atuam coletivamente na promoção de ações de incidência política à população negra brasileira ainda realizarão na quinta (12), às 9h, um ato em frente ao STF para chamar a atenção dos ministros da Corte sobre como, na prática, a inconclusão da abolição no Brasil gera inúmeros impactos na vida da população negra.

Entre eles, o crescente aumento da letalidade de pessoas negras em decorrência da violência institucional (sobretudo, fruto da atuação policial), no desmonte de políticas públicas voltadas à atenção da saúde da população negra e nas políticas de
redistribuição de renda que dificultam e impossibilitam o acesso às condições de vida digna, inclusive o acesso à alimentação saudável.

Ações práticas contra o racismo
Além do reconhecimento ao estado inconstitucional, as organizações requerem medidas de reparação voltadas para sanar o cenário atual, além da elaboração e implementação de um Plano Nacional de Enfrentamento ao Racismo Institucional e à Política de Morte à População Negra, em um prazo de um ano.

Entre as ações neste plano, estariam a implementação de protocolos relativos à abordagem policial e ao uso da força alinhados aos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal e nos tratados internacionais de direitos humanos, segurança e
paz dos quais o Brasil é signatário; construção de um Fundo Nacional para o Enfrentamento ao Racismo; entre outros pontos.

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