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Mesmo com protagonistas negros, Stranger Things não aborda questões raciais

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Fotos: Divulgação

Hoje, 1 de julho, é o dia mais aguardado pelos fãs da série Stranger Things da Netflix, para assistir os dois últimos episódios da quarta temporada. Uma das teorias que rolaram desde que o público assistiu a primeira parte é que a Erica Sinclair (Priah Ferguson), se tornou uma peça fundamental para a morte do Vecna.

Em entrevista à nossa editora-chefe Silvia Nascimento, para o MUNDO NEGRO, o roteirista e escritor afrofuturista, Ale Santos, também muito fã da série, fez uma análise sobre como a série poderia explorar mais as questões raciais com a Erica e o Lucas Sinclair (Caleb McLaughlin). Leia abaixo:

Foto: Divulgação

Como você avalia a presença desses personagens negros e como eles cresceram nas últimas temporadas?

É importante entender primeiro o que significa a presença negra na tela. Tem dois conceitos que nos ajudam, o filme negro que é aquele onde o contexto social, político e de existência negra faz parte da construção da narrativa e o filme “com negros”, quando o personagem está lá, mas o contexto não, em alguns casos nem faz diferença se trocássemos o ator. Stranger Things começa mais próximo de ser uma série “com negros”, tem bons personagens e uma estrela jovem lá interpretando o Lucas, mas as temáticas raciais, ou seja, as questões que atravessam diretamente o personagem sobre sua negritude surgem da forma mais superficial possível. Isso tem chamado a atenção da audiência nos EUA, tem episódios que começam a tratar da negritude de Lucas, mas rapidamente mudam de assunto, o desfecho para o assunto nunca vem. 

Por exemplo: no episódio que todos se vestem como os antigos Caça-Fantasmas e a gente assiste o personagem se questionando “eu não preciso ser o caça-fantasma negro só porque sou negro” e logo isso desaparece, a gente não vê ele desenvolver o pensamento. Já que o assunto foi abordado, melhor que seja mais profundo ou vai parecer só uma tentativa espetaculosa de chamar a atenção da audiência negra. 

Foto: Divulgação

A Erica cresceu muito na série. O que você acha dessa personagem ?

Há quem diga que os criadores ou mesmo os produtores com a Netflix estão tomando consciência dessas discussões geradas pela comunidade negra e também por outros grupos que estão estranhando a abordagem sobre diversidade da série. A Erica Sinclair chegou ocupando muito espaço na narrativa. É uma personagem marcante, porém da mesma forma que os irmãos Duffer, que são roteiristas brancos não tratam com profundidade a questão racial em todo o show, a personagem também tem alguns problemas com isso. Em alguns momentos pode ser encarada como alguém escrita a partir de uma imagem de mulher negra raivosa, em outros momentos parece mais uma jovem empoderada. É uma personagem complicada, mas que tem brilhado sob a atuação da Priah Ferguson. 

Foto: Divulgação

Você crê que há algo neles que conecte com a audiência negra que assista o programa?

Pode ser que seja tarde demais para grandes transformações em Stranger Things, afinal parece que a próxima temporada será a última da saga. Mesmo assim é uma boa série. Filmes com personagens negros, mesmo que não tratem profundamente os assuntos da comunidade ainda podem atrair pela atuação, representatividade do elenco ou mesmo pela história que carrega outros assuntos que também fazem parte do nosso dia-a-dia. Eu mesmo fui um garoto negro do interior que jogava Dungeons & Dragons com meus amigos e passava as tardes da semana assistindo os filmes do Steven Spielberg que inspiraram o clima do Stranger Things, então curti bastante, principalmente a primeira temporada.

Foto: Divulgação

Ketanji Brown Jackson toma posse como a 1ª juíza negra da Suprema Corte dos EUA

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Foto: Kevin Lamarque-Pool/Getty Images.

Fazendo história, Ketanji Brown Jackson foi empossada nesta quinta-feira (30) como juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos. Ela é a primeira mulher negra a ocupar o cargo na mais alta corte do país. “Com todo o coração, aceito a solene responsabilidade de apoiar e defender a Constituição dos Estados Unidos e administrar a justiça sem medo ou favor, então me ajude Deus. Estou realmente grata por fazer parte da promessa de nossa grande nação”, disse a juíza em comunicado.

Foto: Justin Sullivan / AFP.

Jackson ingressa no tribunal num momento em que a corte se mantém com baixa confiança do público, principalmente após a polêmica decisão de derrubar o aborto legal no país. Ainda em abril, a juíza foi confirmada pelo Senado para a Suprema Corte. Durante audiência de confirmação, ela prometeu ser justa e imparcial com todos os cidadãos. “Sou juíza há quase uma década e levo muito a sério essa responsabilidade e meu dever de ser independente. Decido os casos com uma postura neutra. Avalio os fatos, interpreto e aplico a lei aos fatos de o caso diante de mim, sem medo ou favor, consistente com meu juramento judicial”, disse ela em sua declaração de abertura perante o Comitê Judiciário do Senado. “Sei que meu papel como juíza é limitado, que a Constituição me dá poderes apenas para decidir casos e controvérsias que sejam devidamente apresentados. E sei que meu papel judicial é ainda mais limitado pela cuidadosa adesão ao precedente.”

A juíza Jackson também fez um juramento judicial de “administrar justiça com respeito às pessoas”, além de garantir o “igual direito aos pobres e aos ricos”. A profissional de 51 anos nasceu em Washington, D.C., e cresceu em Miami. Ela se formou na Harvard College e na Harvard Law School.

“Os pretinhos mais lindos do Brasil”, diz Neymar Jr em foto com Paulo André

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Foto: Reprodução.

O jogador de futebol Neymar Jr. e o atleta e ex-BBB Paulo André estiveram juntos na madrugada desta quinta-feira (30) em uma festa na mansão do jogador em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. Nas redes sociais, Neymar fez questão de postar a foto que registra o encontro com a legenda: “Os pretinhos mais lindos do Brasil”.

https://www.instagram.com/p/CfaeDaROY7s/?utm_source=ig_web_copy_link

“Você é brabo moleque.. te amo e não é de hoje!”, disse PA nos comentários do post que recebeu mais de um milhão de curtidas no perfil do jogador.

FUTURO DA CARREIRA — Nos últimos dias o futuro profissional de Neymar ficou incerto. Isso porque seu atual time, o Paris Saint Germain, anunciou que não conta mais com o atleta para a próxima temporada. O time teria decidido tornar Mbappé seu atleta principal e, para isso, o jogador teria solicitado algumas mudanças na equipe.

A imprensa espanhola apontou na semana passada que Neymar teria sido oferecido ao Barcelona. O valor da negociação seria de 50 milhões de euros (cerca de R$ 277 milhões), um preço bem inferior ao pago pelo Paris Saint-Germain em 2017. Outros times como Juventus, Chelsea e Newcastle também podem ser a nova casa do jogador em um futuro próximo.

“Minha arma contra o racismo é o afeto, mas não discordo dos outros métodos de luta”, diz Manoel Soares

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Foto: Reprodução.

A partir do dia 4 de julho, o jornalista Manoel Soares passa a apresentar o programa Encontro, ao lado de Patrícia Poeta. Ele foi o convidado do programa Conversa com Bial da última quarta-feira (29). Durante a entrevista, ele falou sobre as novas perspectivas na carreira e relembrou um pouco de sua trajetória e da luta contra o racismo.

“Minha arma contra o racismo é o afeto, mas não discordo dos outros métodos de luta, acho que são legítimos. Cada um tem que fazer a sua escolha”, disse o jornalista. Recentemente, Manoel viralizou nas redes sociais após sua intervenção muito afetiva numa situação de racismo no programa É de Casa. Dona Silene, uma cozinheira que vende cocadas era convidada do programa e foi colocada, pela apresentadora Talitha Morete para servir a todos os presentes. Manoel, com muita sensibilidade, pediu que a convidada o orientasse, para que ele, então, servisse os presentes.

https://www.instagram.com/tv/CewRh9JDZFy/

Durante a conversa com Bial, Manoel também relembrou momentos da infância e as dificildades enfrentadas por ele e sua família, como o período em que viveram em situação de rua. “Já vivi em muitas casas na minha vida, entre elas casas fragilizadas e também em condição de rua. Não faço todo um drama em cima disso porque é uma realidade brasileira e não tem que ser explorada de maneira indevida”, pontuou.

“Peguei cascas de madeira e fiz uma casa para minha mãe. Casa é o lugar onde seu coração está em paz, onde tem amor é a minha casa”, resumiu Manoel. Ele falou também sobre como chegou a viver nas ruas de Porto Alegre, após ter sido enviado ao sul pela mãe.

Foi no Rio Grande do Sul também que o novo apresentador do ‘Encontro’ deu os primeiros passos no jornalismo, exibidos durante a entrevista, o que o emocionou. “Passa um filme na cabeça quando vejo isso”. De lá para cá, ele trabalhou com Caco Barcellos até ser convidado a integrar a equipe do matinal de Fátima Bernardes e o elenco do “É de Casa”. Seu trabalho mais recente é o livro “Para Meu Amigo Branco“, lançado em abril.

Neguinho da Beija-Flor é alvo de fala racista de comentarista da Jovem Pan: “Na escuridão a gente só vê a gengiva”

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Foto: Reprodução.

Durante a edição do Morning Show da última terça-feira, a comentarista Zoe Martínez, da Jovem Pan, disse que Neguinho da Beija-Flor é “negro que na escuridão a gente só vê a gengiva”. O programa debatia a fala racista do ex-piloto da Fórmula 1 Nelson Piquet sobre o britânico Lewis Hamilton. O brasileiro se referiu a Hamilton como “neguinho”, e gerou revolta no mundo automobilístico e nas redes sociais.

“Então o Neguinho da Beija-Flor também é racista? E olha que ele é negro, negro, que na escuridão a gente só vê a gengiva. Ele tem muito orgulho de ser negro, da cor da pele dele. Tanto é que o nome dele é Luiz Antônio, alguma coisa. E ele é conhecido como Neguinho da Beija-Flor porque ele tem orgulho aí da sua raça”, disse a comentarista.

Veja:

https://twitter.com/AAstrone/status/1541802675431526404

“Eu assisti ao vídeo e não vi nada demais. Ele não falou ‘neguinho’ de uma forma para atacar, para diminuir. Claro que não, foi uma conversa informal, estava conversando, sendo entrevistado. Quantos ‘neguinhos’ gostam de ser chamados de ‘neguinhos’, com carinho? Qual é o problema disso? Quem vê racismo nesse tipo de fala, da forma que o Piquet colocou, é porque o racismo está nele. Porque existem formas e formas”, continou.

Na noite desta quarta-feira (29), dia do aniversário de Neguinho da Beija-Flor, a escola de samba soltou uma nota se manifestando sobre o caso. “As frases de Martínez revoltam e causam repugnância em familiares e admiradores do aniversariante do dia. Ninguém tem licença para falar de Neguinho da Beija-Flor. Para presumir ou ironizar sua postura diante da intolerância”, diz trecho da nota. Confira a íntegra:

R. Kelly é condenado a 30 anos de prisão por exploração sexual de meninas e mulheres, sequestro e extorsão

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Audiência em maio de 2019, para R. Kelly responder sobre as acusações de tráfico sexual (Foto: Nuccio Dinuzzo/Getty Images)

O cantor R.Kelly, 55, foi condenado nesta quarta-feira (29) a 30 anos de prisão por tráfico sexual e extorsão. Preso desde julho de 2019, ele aguardava a decisão em um tribunal de Nova York.

A sentença marca o fim da carreira do então consderado rei do R&B. Ele foi considerado culpado pela exploração sexual de crianças, sequestro, abusos sexuais e suborno. Ao todo, foram nove normas violadas pela Lei Mann, que garante punições contra o tráfico sexual.

O julgamento aconteceu em setembro do ano passado. Durante seis semanas, foram ouvidas 45 testemunhas que revelaram como o artista usava seus funcionários e facilitadores para atrair fãs e aspirantes a carreira musical para cometer os crimes de abusos sexuais e as deixava em condições precárias.

Nove mulheres e dois homens depuseram contra o R. Kelly. Três delas confirmaram que eram menores de idade quando foram abusadas por ele. As vítimas ainda ficavam trancadas por dias, sem comida e acesso a banheiro.

Segundo o jornal The New York Times, ao sugerir que a condenação do cantor fosse acima de 25 anos, os promotores escreveram em sua carta de condenação que ele nunca demonstrou nenhum remorso e por décadas “exibiu um descaso insensível” pelos danos causados nas vítimas. E ainda reforçaram que as ações foram “alimentadas pelo narcisismo e pela crença de que seu talento musical o absolvia de qualquer necessidade de conformar sua conduta”.

“Ele cometeu esses crimes usando sua fama e estrelato tanto como escudo, o que preveniu um olhar minucioso ou a condenação de seus atos, como uma espada, que lhe deu acesso a riqueza, uma rede de facilitadores para ajudar em seus crimes e uma série de fãs adoradores, entre os quais selecionou suas vítimas”, escreveram os promotores.

A advogada do cantor, Jennifer Bonjean, pediu a condenação menor de 10 anos, alegando de que ele teve uma “infância traumática” e que sofreu uma “história grave de abuso sexual” por parentes e outros. Ele já havia relato essa história à revista GQ em 2016.

“Ele não é um monstro maligno, mas um ser humano complexo (inquestionavelmente falho) que enfrentou desafios esmagadores na infância que moldaram sua vida adulta”, escreveu a advogada.

Na década de 90, Kelly foi acusado de fazer sexo com menores de idade pela primeira vez e gerou polêmica por se casar em 1994 com a cantora Aaliyah, que na época tinha apenas 15 anos. Em 2002, foi indiciado por acusações de pornografia infantil, mas foi absolvido em 2008.

Em agosto deste ano, o músico deve ser transferido para Chicago para enfrentar o julgamento por pornografia infantil e obstrução de justiça. E ainda precisa enfrentar acusações nos estados de Illionis e Minnesota.

Michaela Coel é confirmada em ‘Sr. & Sra. Smith’, nova série estrelada por Donald Glover

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Michaela Coel e Donald Glover. Foto: Getty Images.

A atriz Michaela Coel foi confirmada dentro do elenco da série ‘Sr. & Sra. Smith’, nova produção da Amazon Prime Vídeo. A vencedora do Emmy se une ao ator Donald Glover, que será o protagonista da obra. Detalhes sobre a personagem de Coel ainda estão mantidos em sigilo.

‘Sr. & Sra. Smith’ conta a história de um casal que é contratado por uma misteriosa agência de espionagem. Os personagens se aventuram em diversos acontecimentos, mistérios e muita aventura. A nova série é inspirada no filme de mesmo nome, sucesso de 2005 que conquistou as bilheterias do mundo todo.

Michaela Coel durante o Emmy 2021. Foto: Getty Images.

Coel é amplamente conhecida por atuar, produzir e dirigir a série ‘I May Destroy You’. Aclamado pela crítica, a obra recebeu quatro indicações ao Emmy, vencendo o título de ‘melhor roteiro para uma série limitada’. Vale destacar que Coel também foi confirmada dentro do elenco do filme ‘Pantera Negra: Wakanda Forever’.

Donald Glover é creditado como co-criador e produtor executivo de ‘Sr. & Sra. Smith’. “Tendo o prazer de colaborações de sucesso com o incrivelmente talentoso Donald Glover, como ‘Ilha de Guava’, todos nós começamos a conversar sobre outros projetos para fazermos juntos e quando ele sugeriu a ideia de uma nova versão do filme ‘Sr. e Sra. Smith’, da New Regency, aproveitamos a chance de começar imediatamente”, disse o empresário Milchan Yariv, porta-voz da Amazon Studios.

A série ainda não possui data de lançamento.

*Com informações da revista Variety.

Sony Music Brasil lança obra visual que enaltece a cultura negra brasileira

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Sandra de Sá. Foto: Divulgação / Sony Music Brasil.

A Sony Music Brasil, em parceria com o ID_BR (Instituto Identidades do Brasil), anuncia o lançamento do mini documentário ‘Vozes e Tons DOC’. A obra visual, que faz parte de um amplo projeto de potencialização, tem o objetivo de destacar a importância da cultura negra para as novas gerações.

Em formato de série, serão disponibilizados, semanalmente às quartas-feiras (12h) , a partir do dia 29 de junho, dentro do canal Filtr Brasil no Youtube, episódios que expressam a importância da cultura negra, sobretudo na indústria fonográfica. A produção resgata referências ancestrais e propõe debates pautados nas vivências, percepções e experiências de cantoras e cantores negros, além de empresários da economia criativa, representantes das gravadoras Sony Music Brasil, Som Live e do Instituto de Identidades do Brasil.

Rebecca durante gravações do ‘Vozes e Tons’. Foto: Divulgação / Sony Music Brasil.

O mini documentário conta com o depoimento de 13 pessoas negras da indústria, incluindo nomes como Rennan da Penha, Rebecca, Sandra de Sá e Alexandre Carlo. Cada episódio da obra possui uma temática única, buscando celebrar a cultura negra na indústria da música. Entre os temas retratados estão as primeiras conexões com a arte, as dificuldades de hackear o sistema fonográfico e, acima de tudo, as vozes que são inspiração para um futuro melhor.

De acordo com Cristiane Simões, Vice Presidente Marketing e Promoção da Sony Music Brasil, o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos e todos os acontecimentos que ganharam destaque na mídia internacional, incluindo o movimento o #BlackoutTuesday, de 2 de junho de 2020, foram essenciais para que as práticas antirracistas da empresa partissem para ações afirmativas concretas.

“Foi aí que, em conjunto com o time da Sony, veio a ideia do Vozes e Tons. O objetivo é enaltecer a cultura negra através de vídeos que contam as histórias da carreira de grandes compositores como Pretinho da Serrinha e cantoras como Sandra Sá, além de depoimentos de executivos que moldaram este mercado, mas que são pouco conhecidos pela nova geração”, comenta Cristiane.

Projeto Vozes e Tons

O ‘Vozes e Tons DOC’ faz parte da segunda fase do grande projeto  de mesmo nome da Sony Music Brasil. A ação é composta por três frentes: pela websérie ‘Vozes e Tons Inspiram’, pelos grafites em pontos turísticos do Rio de Janeiro no ‘Vozes e Tons Ocupam’ e pelo mini documentário ‘Vozes e Tons DOC’. O objetivo geral do projeto, que vem sendo desenvolvido há cerca de um ano, é potencializar o trabalho de artistas pretos e pardos na indústria musical através de uma série de atividades.

Dentro da ação, o ID_BR se posiciona com sua expertise, auxiliando na construção e desenvolvimento, na parte criativa e também na consultoria racial. “Muitas organizações entendem que temos um problema estrutural, mas não sabem como iniciar as mudanças. Nós apoiamos e damos o suporte necessário para que elas encontrem as melhores práticas e ações para a transformação interna. Em paralelo, mas também como parte ativa de que precisamos potencializar o movimento antirracista, o Vozes e Tons vem como forma de amplificar vozes negras potentes e talentosas”, diz Tom Mendes, Diretor Financeiro Administrativo do ID_BR.

Esse é um conteúdo pago por meio de uma parceria entre a Sony Brasil e site Mundo Negro.

Após ser chamado de “negão” em reunião, executivo encerra contrato de R$ 1 milhão

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Foto: Reprodução.

Uma renegociação de trabalho acabou em ação judicial após um contrato de implementação de software no valor de R$ 1 milhão ter sido encerrado devido a uma denúncia de racismo envolvendo uma fornecedora homologada de serviços da empresa de tecnologia Oracle e um dos clientes desta prestadora. A informação é do Uol.

Em uma videoconferência para tratar da revisão de um contrato, o diretor-técnico da Proz Educação, Juliano Pereira dos Santos, afirma ter sido chamado de “negão” por Matheus Mason Adorno, representante da Optat Consulting. Por entender que a colocação foi racista, o executivo entrou com processos na Justiça por danos morais, no valor de R$ 50 mil cada.

Para o Uol, Santos relatou que, após seis meses de trabalho conjunto, o projeto não andava e apresentava erros básicos de implementação por parte da Optat. Reconhecendo que a Proz tinha a sua parcela de responsabilidade, ele diz que a empresa estava disposta a arcar com parte do prejuízo para “recomeçar do zero”. Durante uma reunião em outubro de 2021, a Optat propôs cobrar R$ 230 mil pelo retrabalho, que demandaria 1.800 horas.

O executivo da Proz esperava que a Optat arcasse com metade do prejuízo, uma vez que a implementação inicial levaria só 200 horas. “Como eles disseram que não iam ajudar, eu falei: ‘Pô, eu expus meu nome endossando o trabalho de vocês. Será que agora não seria o caso de alertar essas empresas sobre o que tá acontecendo conosco?’.” A resposta de Adorno, segundo Santos, foi a seguinte: Aí não, negão. Aí você quer me foder.”

Até então, os dois só tinham conversado uma vez. Para Santos, o tratamento dispensado por uma pessoa que mal conhecia e durante uma reunião de trabalho só tinha uma explicação: racismo. A reação, relata, foi explosiva. “Eu disse: ‘Negão, o caralho’. Disse que não tinha desculpa, que não negocio com racista, que aquilo era crime e que não ia ficar assim”, conta. Se viesse de um amigo, negro, e se a gente estivesse conversando num ambiente familiar, não teria problema. Mas num contexto de uma pessoa branca que eu não conheço, com quem não tenho intimidade, discutindo comigo uma soma de dinheiro considerável, é claramente agir de forma a me desmoralizar, e isso é inaceitável. É muito simples separar uma coisa da outra”.

Contatado pela reportagem do UOL, o executivo Thiago Mason Adorno não quis se pronunciar. “Não tenho nada a comentar sobre o assunto”, disse.

Marina Silva anuncia pré-candidatura a deputada federal pelo estado de SP

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Foto: Wanessa Soares

Após rumores de que seria vice-governadora na chapa de Fernando Haddad (PT), Marina Silva (REDE) anunciou a pré-candidatura a deputada federal pelo estado de São Paulo, nas redes sociais nesta manhã (29), em parceria com a pré-candidata a reeleição a deputada estadual Marina Helou (REDE).

Com o meio ambiente sempre em pauta, Marina já citou os planos para o mandato se for eleita. “Preparar o estado e o país para a urgente transição necessária para nos adaptarmos às mudanças climáticas. A sociedade paulista, pela sua complexidade, diversidade e pujança reúne recursos, capacidades e condições de responder a tantas crises que nos assolam, contribuindo assim, como já fez em outros momentos históricos, para a instituição de novo ciclo de desenvolvimento no estado e do país, deixando para trás as tragédias que hoje minam nossas esperanças”.

“Venho do movimento dos seringueiros que teve seu auge na década de 80 e também sua grande tragédia, com a morte de Chico Mendes e tantas outras pessoas assassinadas por suas lutas em defesa da floresta amazônica”, relembra trajetória política.

Com evento aberto ao públco, o lançamento da pré-candidatura de Marina Silva e de Marina Helou será realizado no dia 2 de julho, na capital paulista.

Durante a carreira política, Marina Silva exerceu os cargos de senadora pelo Acre entre 1995 e 2011 e de ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008.

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