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Rede de Observatórios da Segurança divulga números de mortes negras realizada pela Polícia no Brasil

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Reprodução

Pelo terceiro ano consecutivo, a Rede de Observatórios da Segurança divulgou os números de óbitos negros realizado pela polícia. Os dados são das secretarias de segurança e foram obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Os números mostram que a polícia é o núcleo duro do racismo no Brasil: ao menos cinco pessoas negras são mortas por policiais todos os dias.

Foram 3.290 mortes em ações policiais em 2021 nos sete estados monitorados pela Rede de Observatórios (Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo).

Dessas, 2.154 vítimas eram negras – utilizando como referência o critério do IBGE que considera como negros a soma de pardos e pretos. Mas esse número é maior porque o estado do Maranhão não acompanha a cor das vítimas e, nos demais locais, há casos que não têm classificação racial – no Ceará o percentual de não informados chega a 69%.

Levando em consideração somente os casos com informação racial, nota-se que o percentual de negros mortos pela polícia é muito maior que a presença de negros na composição populacional em todos os estados monitorados. A Bahia continua com o maior percentual com 98%, mas é o Rio de Janeiro que tem o maior número absoluto com 1.060 vítimas.

“Pode não ser surpreendente, porque os dados se alteram pouco a cada ano, mas não deixa de ser chocante ver registrado, mais uma vez, uma distribuição racial tão radical de algum fenômeno social no Brasil. A pergunta é: o que precisa ser feito para as polícias entenderem que o racismo é um mal que afeta suas corporações e que precisa ser combatido?”, explica Silvia Ramos, coordenadora da Rede de Observatórios.

Pesquisa da Rede de Observatórios da Segurança ainda traz os dados em cada estado:

Bahia

Na Bahia, uma pessoa negra é morta pela polícia a cada 24h. Foram 603 mortes de pessoas negras registradas no último ano. O estado é o mais letal do nordeste, apresenta o maior número absoluto de mortes na região (nacionalmente fica atrás apenas do Rio de Janeiro) e tem o maior percentual de pessoas negras mortas pela polícia quando descartamos os não informados – 98%.

Pernambuco

O estado tem o segundo maior percentual de negros mortos entre os sete monitorados pela rede, com 96%. A cada quatro dias, uma pessoa negra é morta pela polícia. Esses números são puxados pela situação da capital Recife, onde todos os mortos pela polícia são negros.

Piauí

No estado, o percentual de pessoas negras mortas pela polícia é de 75%, e na capital, onde se concentra essa letalidade, chega a 83%. A incidência dessas mortes é maior em Teresina porque lá existe um maior contingente policial. Dos 6 mil homens do estado, quase 2 mil estão na cidade. Os casos são mais evidentes nas periferias da capital. O bairro com maior registro é Itararé.

Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro é o estado com maior registro. Dos 57 registros policiais com 3 vítimas ou mais, 30 deles apresentam totalidade de vítimas negras. Ao todo, foram 155 vítimas e 138 delas eram pretas ou pardas.

Rio de Janeiro e São Gonçalo são os municípios que mais matam pessoas negras no estado. Seguidos por outros cinco da Baixada Fluminense: Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Japeri e Nova Iguaçu. Na capital, as três áreas integradas de segurança mais letais para negros são Costa Barros, Jacarezinho/Méier e Realengo/Bangu.

São Paulo

O estado tem experimentado reduções seguidas nos números de letalidade policial nos últimos meses. O uso de câmeras nos uniformes dos agentes fez os números de mortes provocadas por esses profissionais despencarem, mas a cor dos mortos seguiu inalterada: 69% eram negros. Uma pessoa negra é morta a cada 72 horas.

Ativista Graça Machel realizará uma palestra em SP, no Fórum Internacional Empresarial pela Equidade Racial

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Foto: Divulgação

Graça Machel, ativista de direitos humanos, ex-ministra da Educação de Moçambique e ex-esposa de Nelson Mandela, realizará uma palestra na 2ª edição do Fórum Internacional Empresarial pela Equidade Racial, na Universidade Zumbi dos Palmares, em São Paulo.

Ela se reunirá com mais de 50 CEOs das maiores empresas do país nos próximos dias 17 e 18 de novembro, em um ato simbólico de reafirmação do compromisso com o combate ao racismo e com a realização de ações afirmativas para promoção da equidade étnico-racial nas empresas.

O evento é realizado pela Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial em parceria com o MOVER (Movimento pela Equidade Racial). Serão dois dias de evento com uma programação que reunirá lideranças internacionais e nacionais de grandes empresas, do poder público e da sociedade civil em torno de reflexões sobre ESG, Meio Ambiente, Clima e Ações Afirmativas, promovendo movimentos concretos de transformação. 

“O Fórum é, sem dúvida, uma quebra de paradigma no nosso país. Estamos demonstrando que há um movimento e um compromisso público de grandes lideranças empresariais em direção à promoção de resultados efetivos quanto a promoção da diversidade racial. Além disso, ainda no dia 18, vamos apresentar os resultados da 3ª edição do Índice de Equidade Racial nas Empresas, outro dado histórico que já alterou o patamar de discussão quanto a equidade racial no país, com a participação de 48 das maiores empresas do mercado”, reforça Raphael Vicente, diretor geral da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial. 

 “O racismo é uma temática transversal a diversas áreas e para que seja de fato enfrentado precisa ser debatido em profundidade por todos os setores da sociedade, especialmente no âmbito corporativo. Unindo forças e atuando em sinergia na realização de ações afirmativas, as empresas vêm trilhando uma jornada fundamental para que haja uma mudança de cultura e valores, essencial para promoção da equidade racial e para a diminuição das desigualdades sociais no país”, afirma Marina Peixoto, diretora-executiva do MOVER.

Outro destaque internacional do evento é o workshop virtual com o Dr. Steve Robbins – doutor em ciência da comunicação, psicologia e neurociência cognitiva pela Michigan  University, expert em DE&I e comportamento humano. 

O Fórum, que terá como mestres de cerimônia AD Junior e Lana Pinheiro, também contará com a apresentação de uma Pesquisa da Bain & Company – uma das líderes mundiais de consultoria, que trará dados sobre a inclusão no ambiente corporativo. Haverá ainda um painel para debater ações concretas, reunindo nomes como Juliana Kaiser (ABRH), Amanda Abreu, (Indique uma Preta) e Breno Barlach (Plano CDE), além de uma entrevista com Jal Vieira, Estilista do Ano do Prêmio Geração Glamour 2021 e primeira brasileira a assinar uma coleção com a Marvel.

Sobre o MOVER

O Movimento pela Equidade Racial (MOVER) foi criado a partir de um Manifesto em que algumas das maiores empresas do país de vários segmentos econômicos assumiram o compromisso público de evoluir coletivamente em uma jornada antirracista, promovendo ações de diversidade, equidade e inclusão no ambiente corporativo e junto à sociedade. O MOVER e suas associadas pautam sua atuação, ações e investimentos em três pilares: Liderança, Conscientização, Emprego e Capacitação. 

O MOVER é formado atualmente por 47 empresas: Alcoa, Aliansce Sonae, Ambev, Americanas S.A., Arcos Dorados-McDonald’s, Atento, Bain & Company, BRF, Cargill, Coca-Cola Brasil, Colgate-Palmolive, CSN, Danone, Descomplica, DHL Supply Chain, Diageo, Disney, EF, General Mills, Gerdau, GPA, Grupo Carrefour Brasil, Heineken, JBS, Kellogg, Klabin, Kraft Heinz, L’Oréal Brasil, Lojas Renner, Magalu, Manserv, Marfrig, MARS, Michelin, Mondelëz International, Moove, Nestlé, PepsiCo, Petz, RD – RaiaDrogasil,  Sodexo, Tenda Atacado, UnitedHealth Group Brasil, Vale, Via, XP Inc. e 3M. Mais informações em www.somosmover.org.

Ludmilla é convidada para participar da Academia do Grammy Latino: “feliz demais, nunca imaginei”

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

A cantora Ludmilla revelou nesta tarde de quarta-feira (16) que foi convidada para integrar a academia de gravação do Grammy Latino como membro votante. A ação reforça a presença da brasileira no cenário internacional e firma sua imagem como um grande nome da música global.

“Tantas coisas aconteceram nos últimos dias que até esqueci de contar pra vcs que fui convidada pra fazer parte da Academia do Latin Grammy como membro votante. Feliz demais, nunca imaginei“, escreveu Lud através do Twitter. O Grammy Latino, maior premiação de música latina do mundo, acontece nesta quinta-feira (17).

Este ano, Ludmilla concorre ao prêmio com o projeto ‘Numanice’. Ela também foi confirmada como uma das apresentadoras do evento e, portanto, deve marcar presença na cerimônia, que acontece diretamente de Los Angeles, nos Estados Unidos. “Acordei com a notícia de que estamos indicados ao Grammy Latino com um projeto que saiu da minha cabeça, que quase ninguém colocou fé mas que eu acreditei e fui até o fim pra entregar pra vocês. É o Numanice #2 na maior premiação de música do mundo. Obrigada meu Deus”, comemorou Lud à época da indicação.

Will Smith surpreende e emociona em novo trailer de ‘Emancipation’

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Foto: Apple TV+.

A Apple TV+ lançou nesta quarta-feira (16) um novo trailer do filme ‘Emancipation’, estrelado por Will Smith. O vídeo de dois minutos nos dá uma nova visão intensa de guerra e mostra o personagem principal lutando para reencontrar sua família.

Dirigido pelo cineasta Antoine Fuqua, dentro da produção, Smith estrela como Peter em uma jornada surpreendente de cinco dias pelos pântanos da Louisiana. Além disso, o longa-metragem marca o retorno cinematográfico de Smith após o incidente do Oscar 2022 com Chris Rock.

Will Smith em ‘Emancipation’. Foto: Apple TV+.

De acordo com a Apple TV+, o longa apresenta a seguinte sinopse: “Inspirado na emocionante história real de um homem que faria qualquer coisa por sua família e pela liberdade. Quando Peter, um homem escravizado, arrisca sua vida para escapar e voltar para sua família, ele embarca em uma perigosa jornada de amor e resistência, onde é forçado a despistar caçadores implacáveis e os pântanos impiedosos da Louisiana numa tortuosa jornada em direção ao Norte.”

‘Emancipation’ será lançado nos cinemas dos Estados Unidos no dia 2 de dezembro de 2022 e estará disponível globalmente no Apple TV+ a partir de 9 de dezembro de 2022.

Com Marina Silva e Sônia Guajajara, negros e indígenas são anunciados na equipe de transição do governo Lula

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Marina Silva e Sônia Guajajara. Foto: Divulgação.

O vice presidente eleito Geraldo Alckmin anunciou nesta quarta-feira (16), novos nomes que integrarão a equipe de transição do governo Lula. Entre os profissionais escolhidos estão Marina Silva, Sônia Guajajara, Marivaldo Pereira e Viviane Ferreira. O anúncio aconteceu na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília.

Conforme previsto em lei, a equipe de transição orienta os membros da futura gestão, de modo com que o novo governo tenha acesso a documentos e informações da gestão atual. Durante os últimos dias, nomes como Margareth Menezes, Anielle Franco e Silvio Almeida foram anunciados como membros do governo de transição de Lula.

Marina Silva e Lula. Foto: Ricardo Struckert.

Ao todo, foram feitas 161 novas indicações de integrantes. Com isso, a lista de nomes para a equipe de transição ultrapassa a casa dos 250. O grupo técnico dos ‘Povos Originários’ possui os seguintes nomes: Ashaninka, Celia Nunes Correia, Celia Xakriaba, Davi Yanomani, João Pedro, Gonçalves da Costa, Joenia Wapichana, Juliana Cardoso, Marcio Meira, Marivelton Baré, Sônia Guajajara e Tapir Iwalapiti.

Marina Silva foi anunciada dentro do grupo responsável pelo ‘Meio Ambiente’. A cineasta Viviane Ferreira foi incluída em ‘Comunicação Social’. Na ‘Justiça e Segurança Pública’, o auditor federal de finanças Marivaldo Pereira apareceu entre os nomes confirmados por Alckmin.

Destaque também para a professora Iraneide Soares da Silva, da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), que foi anunciada como mais uma integrante do grupo de discussão sobre ‘Ciência e Tecnologia’. 

Viola Davis é indicada ao Grammy e pode conquistar o título EGOT

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Foto: Getty Images

Nesta terça-feira (15), Viola Davis foi indicada ao Grammy Awards 2023 na categoria Melhor Gravação de Audiobook, Narração e Gravação por “Em Busca de Mim”. Caso vença, ela pode se tornar a terceira mulher negra a conquistar o título EGOT. Ela concorreo prêmio ao lado do ator Jamie Foxx, Questlove, integrante da banda The Roots, Mel Brooks e Lin-Manuel Miranda.

Jennifer Hudson, Whoopi Goldberg e John Legend são os únicos negros de 18 artistas a conquistarem o título dado a artistas que ganham os prêmios Emmy, Grammy, Oscar e Tony.  

A versão audiobook de “Em Busca de Mim” é uma autobiografia da atriz lançada em abril deste ano. “Obrigada a todos por lerem e ouvirem a minha história”m agradeceu no Instagram. A cerimônia da premiação será no dia 5 de fevereiro de 2023.

Em 2011, Davis ganhou seu primeiro Tony pela peça “Rei Hedley II” e ganhou outra em 2010 pela produção teatral de “Um Limite Entre Nós“. A atuação impecável como Annalise Keating em “How To Get Away With Murder“, lhe rendeu um Emmy Award de Melhor Atriz Principal, em 2015. Já em 2016, ela levou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme “Um Limite Entre Nós”. Com o Oscar, a artista se tornou a primeira mulher negra a garantir a Tríplica Coroa de Atuação (Tony, Emmy e Oscar).

Depois de estrelar o grande sucesso de “A Mulher Rei“, Viola Davis confirmou que vai produzir e protagonizar novo filme de suspense da Amazon “G20”. O longa se passará no encontro dos líderes dos países que formam o grupo do título e Davis viverá Taylor Sutton, ex-militar e presidente dos Estados Unidos que precisa usar sua experiência para derrotar terroristas que se infiltraram no evento.

Trancistas ganham até R$ 6 mil por mês e formam novas gerações de cuidados ancestrais 

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Foto: Agência RBS.

De uma ação de resistência a um gesto de afeto, o ato de trançar o cabelo possibilita oportunidades de fortalecimento financeiro para mulheres negras, com renda que pode variar entre R$ 4 mil a R$ 6 mil por mês, além de formar novas gerações de cuidados que se reconectam com esse saber ancestral, se tornando uma das tecnologias sociais mais importantes de serem lembradas no mês da Consciência Negra. 

Pamela Sousa, 33, moradora de São Paulo capital, aprendeu a trançar ainda criança, com 11 anos, os cabelos de amigos e parentes. Ela não sabe dizer ao certo como aprendeu o ofício, mas consegue perceber a importância da atividade na construção da autoestima e identidade racial. “No início eu fazia as tranças em mim mesma. Era meu momento de trabalhar a minha autoconfiança, amor próprio e aceitação diante o impacto direto com o racismo estrutural presente na sociedade”, conta.

As tranças, com origem na cultura africana, carregam uma bagagem ancestral muito forte. Foram utilizadas como ferramenta de sobrevivência durante o período da escravidão, e hoje em dia ainda continuam trazendo o significado de sobrevivência, mas, dessa vez, financeira, para 90% das mulheres negras de periferia, segundo levantamento de mercado feito pala Ginga Hair, primeira fábrica de fibras premium para cabelos 100% brasileira. No caso de Pamela, mãe de dois filhos, Isabela e Gael, a atividade foi essencial durante um período de sua vida.

“Percebi, realmente, a potência econômica da atividade de trancista quando casei. Senti uma forte necessidade de empreender para ajudar dentro de casa e vi que, na verdade, eu poderia ter uma carreira de sucesso fazendo penteados com fibras”, conta Pamela, que afirma já ter ganhado entre R$ 4 mil e R$ 6 mil por mês com os procedimentos. E os horários, quem fazia era ela: trabalhava até 12 horas, entre quatro a cinco dias por semana, a partir de agendamento prévio.

Atualmente, Pamela é consultora e responsável pelo desenvolvimento de produtos da Ginga Hair, e enxergou, no seu novo cargo, a possibilidade de fortalecimento da sua ancestralidade e do afroempreendedorismo através de produtos que facilitam o trabalho das trancistas, trazendo economia de tempo e custos para as profissionais da área. 

“Ser trancista é mais que uma profissão e a trança não traz somente beleza para suas clientes. Elas têm um papel importante tanto para a resistência e sobrevivência das nossas negritudes, quanto da nossa gente. Portanto, além de contribuir para a autoestima de mulheres pretas, homenageio meus ancestrais e ainda mostro a essas mulheres uma forte possibilidade de renda”, conta, acrescentando que se sente “muito honrada com isso”.

Passado entre gerações, trançar é um momento de troca de saberes, não só de técnica, mas de vida. E Isabela, filha de Pamela, apesar da pouca idade, já segue os passos da mãe. “É interessante como esse conhecimento é passado, porque a Isa, minha filha, de tanto me ver trançar, aprendeu. Já até vendeu o trabalho na escola”, conta Pâmela aos risos, mas reforçando que não aprovou a atitude e pediu que a filha devolvesse o dinheiro. “Mas é bom que ela já venha criando essa consciência empreendedora. Vejo que ela gosta e, quando tenho a oportunidade, ela me ajuda a finalizar as tranças que faço em mim”, continua Pamela, lembrando que o filho também gosta das tranças, mas de utilizá-las. “Se sente bonito”, diz.

Pamela faz parte dos 56% de pessoas negras ou pardas do país, segundo o IBGE, e que vêem no mês da Consciência Negra a importância das discussões e ações afirmativas para combater o racismo e a desigualdade social no país. A data é institucionalizada no dia 20 de novembro, e serve para gerar reflexões sobre parcela da população que ainda sofre com falta de desigualdade, oportunidades e acesso. 

Jornalista da Globo Brasília sofre ataques e denuncia: “Racistas devem ser punidos com o rigor da lei”

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Foto: Reprodução.

O jornalista Fred Ferreira, apresentador da TV Globo em Brasília sofreu ataques racistas na internet e denuciou o caso na última terça-feira (15) nas redes sociais. Em uma publicação, o comunicador foi chamado de “preto, desgraçado”. Na segunda-feira (14), Fred denunciou o crime à Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial (Decrin), da Polícia Civil do Distrito Federal.

“Racismo é crime. Se outras mensagens vierem, outros processos virão. Para piorar, descobri que o criminoso ainda manda outros tipos de mensagens constrangedoras para colegas, numa espécie de importunação. Lamentável”, postou o jornalista nas redes sociais.

Nesta quarta-feira (16), o jornalista voltou a comentar o caso e agradecer o apoio que tem recebido do público. “Agradeço às mensagens recebidas. Estou muito tranquilo. Quem deve tá preocupado é quem vai ser responsabilizado”, escreveu Fred. “Esses racistas devem ser denunciados e punidos com o rigor da lei. E que a lei, cá entre nós, seja cada vez mais rígida com relação ao racismo”, finalizou.

“As pessoas estão morrendo pela boca”, diz Bela Gil sobre combate à fome no Brasil

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Foto: Reprodução.

A chef e ativista Bela Gil integra a equipe de transição do governo Lula e falou sobre o que esperar de sua atuação no grupo técnico de Desenvolvimento Social e Combate à Fome onde ela vai atuar. “O que eu posso trazer é o olhar para a qualidade (do alimento) do povo brasileiro. É preciso que o acesso a uma alimentação saudável seja possível. Está na constintuição que a alimentação saudável e adequada é um direito”, disse Bela, que elogiou a “equipe de peso” do grupo técnico em entrevista à GloboNews

Bela destacou que a política de combate à fome é intersetorial e envolve o trabalho de muitos ministérios, como Educação, Saúde, Agricultura e Meio Ambiente. Bela destacou, ainda, que a discussão sobre alimentação passa sobre o entendimento do que é uma alimentação de qualidade, acesso à informação e sobre que produtos são subsidiados e passam a ter um custo mais barato e ser mais consumido pela população mais vulnerável.

Para ela, o assunto é um grande desafio no Brasil. “As pessoas estão morrendo pela boca, ou por falta de comida ou por alimentação inadequada”. “É uma questão de saúde pública, isso tem um impacto muito grande no SUS – Sistema Único de Saúde. Por isso a importância da educação alimentar”, afirmou.

Bela Gil defendeu, ainda, que democratizar o acesso à alimentação saudável passa por democratizar o acesso à terra. “Eu trago esse olhar muito forte para essa transição, de que a gente precisa de uma reforma agrária bem feita no Brasil, porque só com o acesso democrático à terra, a gente vai ter acesso democrático aos alimentos”.

TRANSIÇÃO

O governo de transição do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva tem anunciado, nas últimas semanas, os nomes de pessoas que vão compor a transição nestes últimos momentos do governo atual. Já foram anunciadas pessoas como Sílvio de Almeida, Anielle Franco, Margareth Menezes, Nilma Lino Gomes, Givânia Maria da Silva, Ieda Leal, entre outros.

Faculdade XP abre 400 vagas para cursos de tecnologia 100% gratuitos; 50% serão para mulheres e pessoas negras

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Foto: Freepik
  • Inscrições têm início nesta quarta-feira (16) e seguem até o dia 12 de janeiro de 2023

A Faculdade XP, da XP Inc., está abrindo as inscrições do segundo processo seletivo para os cursos de graduação em tecnologia a custo zero: Análise e Desenvolvimento de Sistemas; Ciência de Dados; e Sistemas de Informação, todos chancelados pelo MEC. Das 400 vagas ofertadas, 50% serão destinadas a mulheres e pessoas que se autodeclaram negras. O candidato deve escolher a categoria na qual se enquadra no ato da inscrição, tendo em vista que são aplicadas três “esteiras”, contemplando, além da diversidade de gênero e raça, a ampla concorrência.  

“O nosso sonho grande é formar a próxima geração de talentos em tecnologia preparada para os desafios da economia digital, para que se tornem líderes exponenciais, impactando positivamente o processo de transformação digital do país. Exatamente por isso, já no processo seletivo, temos o propósito de atrair alunos engajados e de alto potencial”, afirma Paulo de Tarso, CEO da Faculdade XP

Os interessados devem se candidatar por meio do link: www.xpeducacao.com.br. Após a inscrição, os candidatos passam por um processo seletivo dinâmico de duas etapas. Na primeira fase, o aluno escolhe o modelo de avaliação teórica (prova de conhecimentos gerais da própria XP Educação ou via ENEM), responde um questionário de motivação, participa de um minicamp de duas semanas e, por fim, aqueles que forem certificados pelo minicamp têm seus perfis avaliados (teste comportamental e cognitivo). Na segunda fase, é realizada a prova de conhecimentos gerais ou é utilizada a nota do ENEM, de acordo com a opção efetuada na inscrição.  

Os três cursos com inscrições abertas são conectados ao ecossistema da XP Inc., o que permite o aprendizado prático dos alunos de forma integrada às demandas de uma grande empresa, e, consequentemente, do mercado de trabalho. O modelo de ensino é a distância, ao vivo e com interações em tempo real, criando as condições para uma educação superior sem fronteiras. Dessa forma, jovens e profissionais de todo Brasil podem estudar na XP Educação. Além disso, o corpo docente das graduações reúne profissionais altamente experientes e com ampla bagagem mercadológica, incluindo profissionais da própria XP Inc.  

Minicamp – curso prático certificado dentro do processo seletivo para graduação

No Minicamp de duas semanas que acontece dentro do processo seletivo, o aluno vai aprender sobre os conceitos básicos de programação de software e, com isso, terá a oportunidade de conhecer a metodologia de ensino da Faculdade XP. Ao final, mesmo se não for aprovado para o processo seletivo da graduação, o aluno recebe um certificado de conclusão, o que pode enriquecer seu currículo para outras oportunidades. O curso é formado por aulas ao vivo e gravadas, bem como por testes práticos. 

Serviço 

2º PROCESSO SELETIVO PARA GRADUAÇÕES DE TECNOLOGIA | XP EDUCAÇÃO 

Período de inscrições: 16 de novembro de 2022 a 12 de janeiro de 2023  

Taxa de inscrição: R$ 147 – isenção para inscritos no CadÚnico  

Valor dos cursos: custo zero  

Link para inscrições: www.xpeducacao.com.br

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