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Wakanda In Madureira realiza primeira edição do ano neste domingo

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Imagem: divulgação

O Festival Wakanda In Madureira vai realizar sua primeira edição de 2022 no próximo domingo (7), no Viaduto Negrão de Lima, em Madureira, no Rio de Janeiro. O evento começa ao meio-dia e vai oferecer atividades e pedagógicas para crianças, além de atrações musicais como Anselmo Salles e Soul de BR e roda de samba com o grupo Pede Teresa, que convida Marcelinho Moreira e Marcelle Motta. O encontro vai ter também DJ’s tocando charme e hip hop, e feira com empreendedores negros.

Nascido como pequenique em 2018, o Festival Wakanda in Madureira se transformou em um grande dia de encontro para celebrar a vida, a obra e o legado do povo negro no Brasil e no mundo. “Um dia pra gente celebrar as nossas próprias vidas, nossos jeitos, nossa arte. Um dia de orgulho, amor e alegria”, define o fundador e organizador do evento Jonathan Raymundo.

“Agraciado com o prêmio Carolina Maria de Jesus de direitos humanos pela Alerj em 2018, o Wakanda é um lugar de encontro, afeto e troca tendo a ancestralidade e a cultura negra como o grande tema e causa”, completa Jonathan.

Esta edição do Wakanda In Madureira conta com o apoio do Boteco Seu França, Ayo Saúde e Matri Barra. A entrada custa 1 kg de alimento não-perecível ou R$ 10.

Para meu amigo branco: Manoel Soares é convidado pela Meta para bate-papo sobre seu livro

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O jornalista e escritor falou sobre sua agenda afetiva e as estratégias que vem adotando para chamar a atenção de pessoas brancas sobre seu papel no combate ao racismo

Texto: Isadora Santos

Na tarde da última quinta-feira (4), o jornalista Manoel Soares esteve na sede da Meta, em São Paulo, para o lançamento do seu livro “Para meu amigo branco” e para um bate-papo com colaboradores da empresa. O evento inaugurou uma série de encontros chamados Black Sessions, promovidos pelo Black@, grupo de afinidade de pessoas negras e aliados da Meta, em parceria com a agência SUBA. 

Durante a conversa, o jornalista destacou a importância de pessoas brancas questionarem a própria existência. “Eu preciso que o branco comece a se questionar. Quero que ele vá questionar os pais dele, os avós deles e que através desse questionamento eles comecem a ter crises existenciais. Que eles questionem a própria existência, o próprio mérito dessa existência. Porque só quando nósacessarmos a psique da superioridade nós vamos, de fato, comprometer o pacto narcisista da branquitude”, declarou o jornalista.  

Citando um trecho de “Negro Drama”, dos Racionais, Manoel Soares também falou sobre a necessidade de trabalhar com outra agenda de combate ao racismo. Ao ser questionado por uma das participantes sobre como transformar a indignação a situações de racismo em algo positivo, o comunicador afirmou: “A gente precisa entender que eles não podem tirar da gente a nossa luz. Um dos caminhos é entender que não estou trabalhando o afeto no branco porque eu sou bonzinho, eu estou trabalhando porque eu não vou permitir que ele retire isso”. 

Foto: Fabio Marassatto

O autor de “Para meu amigo branco” ainda complementou sua fala dizendo que “Meu afeto é para que o branco não saque das suas armas de privilégio e atire em pessoas como nós”, reiterou o jornalista.

Manoel Soares também falou sobre o poder do aquilombamento como lugar de cura para pessoas negras. “Eu acho fundamental que a gente encontre também as nossas curas ancestrais e não necessariamente com religiosidade. É fundamental cuidar da saúde entre os seus. Riqueza compartilhada é riqueza abeçoada”, afirmou.

Nathalia Cabral, gerente de parcerias da Meta e líder do Black@, contou que a criação do Black Sessions surgiu da necessidade de aproximar parceiros com projetos interessantes para a população negra da comunidade interna da empresa. “Essa primeira sessão que temos com o Manoel surgiu de um papo informal que tivemos no escritório, quando ele esteve aqui para uma reunião. Ele falou que estava lançando um livro e que queria muito conversar com a gente”.


Angu não é polenta! É comida ancestral e representa a força de nossa Cultura africana

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Foto: Juliana Verly

Angu é uma espécie de creme amarelado se feito de milho, branco se feito de mandioca, ou vermelho se feito de arroz, conhecido como a comida servida aos povos africanos escravizados no Brasil, passando a ser feita com farinha de mandioca ou milho

Tem muita gente que fala que angu e polenta, são a mesma coisa, mas não são, apesar de, hoje nos dois pratos, o protagonista ser o milho. Simplificando, o angu é feito de fubá, e a polenta, de farinha de milho de granulometria mais grossa, mas também pode ser feita de trigo ou aveia.
A polenta surgiu na região norte da Itália, e era base alimentar da população e dos legionários romanos, feita principalmente de aveia. Pouco depois da chegada dos espanhóis ao Caribe em 1492, o milho foi introduzido na Europa. Na Itália, o milho passou a ser cultivado primeiramente no norte, onde as chuvas são abundantes. A partir de então é que a polenta passou a ser feita de milho.
Sua textura varia bastante, de firme nas regiões de Veneza e Friuli a cremosa na região de Abruzzi. A polenta sempre foi feita da mesma forma: com bastante esforço e paciência, misturando a pasta de milho em caldeirões de cobre, aquecidas sob o fogo.
Pode ser servida mole, dura, grelhada ou frita. Pode ser recheada com uma miríade de molhos ou outros ingredientes, acrescentados enquanto ela ainda está mole.

O nome angu na verdade é de origem africana, o preparo também. Em África ainda hoje existem vários preparos à base de amido, cozidos em água, sem sal. Quando quentes apresentam consistência mole, muito semelhantes ao nosso angu no Brasil e quando frios representam bem o que Manuel Querino descreve como “a bola” em Arte Culinária na Bahia (2011). A bola a qual Querino se refere é um cozido de amigo e água, sem sal ou açúcar, normalmente era consumido com mel ou dissolvido em água como refresco ou suco o qual o autor chama de refrigerante. Conhecidos atualmente no continente africano como Fufu de arroz, Funge de milho ou mandioca, Ugali e muitos outros que enriquecem os cardápios do dia-a-dia dos povos em suas diversas culturas em África.

Entretanto, muita gente considera angu e polenta como o mesmo preparo; já que são gostosos, um pouco parecidos e aqui no Brasil feitos à base de milho. Mas, você sabia que, na verdade, a origem dos dois pratos é bem diferente? Pois é! Não basta só misturar água com fubá, não! Vamos entender um pouco mais sobre a história desses deliciosos e tradicionais pratos. Vamos lá?

Angu sendo base alimentar dos povos africanos escravizados no Brasil, serviu de sustento à nossos ancestrais que nos deram a vida. Ou seja, alimento forte, de sustância, carregado de histórias ancestrais dos povos africanos. Se ainda hoje depois de tantos séculos, os pratos à base de amido estão presentes na cultura culinária africana, eles tem grande importância na base alimentar destes povos.

Angu não é polenta e o ancestral mais próximo do angu são “as bolas” que Querino cita como base alimentar dos africanos que aqui viviam no começo do século passado.

Cada alimento tem sua importância em seu momento histórico, não carecendo comparações de um alimento com outro, principalmente quando presentes em momentos históricos distintos, porém se necessário fazer comparações sobre o angu, o mais coerente seria comparar o angu com seus irmãos e primos africanos (fufu, funge, ugali e muitos outros que existem no continente e são semelhantes). Trazendo à tona assim a resistência e força de nossa cultura culinária, tão rica e desconhecida por muitos.

Sabemos que a identidade cultural de um povo age como sustentação e manutenção de suas tradições, hábitos e costumes, traços peculiares como alimentos escolhidos, modos de preparos e ate de servir permitem a produção, fomento e difusão do conhecimento, e a comida mantém ligação intrínseca aos significados atribuídos aos alimentos e ao ato alimentar, criando assim, símbolos que moldam os hábitos culturais de um grupo.

A forma que os povos se alimentam está diretamente relacionada à história e sua cultura, às condições geográficas, recursos econômicos e até mesmo a religião. E Querino diz, que foi em torno desta última que inicialmente os africanos recém chegados ao Brasil se organizaram e se fortaleceram para resistir à escravização e perpetuar alguns sabores e saberes ancestrais africanos.

Assim concluímos que a cultura alimentar é um aspecto importante para recuperação da humanidade de muitos indivíduos.

Conhecendo os caminhos ancestrais de nossa cultura culinária entenderemos esta cultura culinária da diáspora africana pelas Américas é o espírito de Sankofa se materializando em nossas vidas. Conhecendo sobre nosso passado projetaremos melhor nosso futuro.

Foto: Aline Chermoula

Vamos às receitas?

FUNGE ANGOLANO

• 1/2 litro de água
• Farinha de milho branco ou amarelo o quanto baste

PREPARO
• Coloque a água em uma panela e leve ao fogo brando até ficar um pouquinho morna. Adicione 1 xícara de farinha de milho e mexa sem parar até ficar cremoso como um mingau e levantar fervura. Deixe ferver por alguns minutos e adicione aos poucos 3 xícaras de farinha de milho ou menos, até engrossar, sem parar de mexer com uma colher de pau, durante uns 15 minutos. Coloque numa marmita térmica, coma em seguida. Aconselho que sirva com carne estufada, calulu de peixe, feijão ou peixe grelhado com molho de tomate e couves. Acompanhe de Moamba de galinha bem suculenta.

ANGU BRASILEIRO


INGREDIENTES
• 4 colheres (sopa) de fubá mimoso
• 150 ml de água para misturar o fubá
• 400 ml de água para ferver

PREPARO
• Inicie colocando os quatrocentos ml de água em uma panela preferencialmente com o corpo mais alto e ferva a mesma. O corpo da panela deve ser mais alto senão vai espirar na hora de incorporar os ingredientes. Em uma vasilha pequena coloque cento e cinquenta ml de água e despeje na mesma as quatro colheres de fubá. Misture e deixe a parte. Quando a água estiver fervendo, adicione o fubá já incorporado com os cento e cinquenta ml de água e misture tudo por cerca de três a cinco minutos e tampe a panela. É importante notar que a incorporação dos ingredientes vai engrossar e ficar um mingau. Se ficar muito grosso, coloque mais um pouco de água, mas não muito. Uma vez ou outra mexa o angu para que não queime e todo corpo do alimento seja cozido por completo. O angu deve ser preparado com colher de pau. Para saber se o angu esta pronto basta observar a panela. Se nas bordas se o mesmo estiver desprendendo esta pronto. Para finalizar, coloque o angu em um prato fundo e tampe com outro prato por cima. Destampe de dez em dez minutos para tirar o suor que fica no prato de cima. Deve ser feito isto pelo menos três vezes para que o angu não fique enxarcado de água. Após esfriar um pouco sirva. De preferência acompanhando um delicioso frango com quiabo.


Referências

QUERINO, Manuel Raymundo. A Bahia de Outrora – Vultos e Fatos Populares. 3. ed. Livraria Progresso/Coleção de Estudos Brasileiros, série 1a – Autores Nacionais, 1946
___. A Bahia de Outrora – Vultos e Fatos Populares. Bahia: Econômica, 1916
___. Costumes Africanos no Brasil. Recife: Fundação Joaquim Nabuco – Ed. Massangana,
1988
___. As Artes na Bahia (Escorço de uma contribuição histórica). Bahia: Typ. E Encadernação do Lyceu de Artes e Offícios,1909
___. As Artes na Bahia, (Escorço de uma contribuição histórica). 2. edição melhorada. Officinas do Diário da Bahia, 1913
___. Artistas Bahianos – indicações biográficas. 2. Ed. (melhorada, cuidadosamente revista). Bahia: Officina da Empresa “A Bahia”, 1911
SHARPE, Jim. A História vista de baixo in BURKE, Peter (org.). A Escrita da História, 1992

Lashana Lynch vai viver esposa de Bob Marley em cinebiografia do ícone do reggae

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Foto: Reprodução.

Filme terá o mesmo diretor de “King Richard”

A atriz Lashana Lynch, de “007 – Sem Tempo para Morrer” foi escolhida para interpretar Rita Marley, a esposa de Bob Marley, na cinebiografia do cantor que está sendo produzida pela Paramount.

Lynch foi escalada após um longo processo de testes, incluindo leituras ao lado de Kingsley Ben-Adir, que vai interpretar o cantor. Lynch é nascida na Inglaterra, mas tem ascendência jamaicana e teve sua escalação para o papel aprovada pela própria Rita Marley e pelos filhos do cantor.

A direção é de Reinaldo Marcus Green, que assinou outra cinebiografia recente, “King Richard – Criando Campeãs”, sobre o pai das tenistas Venus e Serena Williams.

Rita, Ziggy e Cedella Marley estão entre os produtores do filme, que tem roteiro assinado por Green e Zach Baylin (também de “King Richard”).

Maior nome do reggar em todo o mundo, Bob Marley morreu em 1981, aos 36 anos, vítima de câncer. Mas apesar de ter morrido jovem, deixou clássicos como “Get Up, Stand Up”, “One Love”, “No Woman, No Cry” e “Could You Be Loved” eternizados na história da música mundial.

Gabi de Pretas comemora aprovação no processo de adoção: “Família Oliveira oficial”

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Foto: Reprodução/Instagram

“Bom dia pra quem acordou com a notícia de que o Ministério Público deu parecer favorável no processo de adoção”, twittou a ativista e youtuber Gabi de Pretas nesta sexta-feira (5). Pelo Instagram, ela também postou uma foto sorridente em comemoração ao fim do processo: “Família Oliveira oficial”.

https://twitter.com/depretas/status/1555552317348483073

Em resposta a uma seguidora, Gabi explicou que agora não cabe mais alegação e não tem mais como pedir nada. Só falta o juiz responsável pelo processo assinar.

Gabi estava em processo de adoção desde 2019. Ela adotou um menino de 9 anos e uma menina de 4. Morando juntos há quase um ano, ela nunca expôs a identidade das crianças nas redes sociais, para aguardar o fim do processo.

Desde o início, a youtuber tem compartilhado todo o processo e as experiências da família em seu canal do Youtube. No vídeo mais recente, publicado ontem (4) “Vlog da nossa primeira viagem de férias”, ela mostra eles se divertindo, em viagem de carro para Teresópolis (RJ), no hotel Le Canton e mostrou todos os preparativos.

Relembra o processo de adoção

Em 2021, devido a pandemia, Gabi contou que precisou ir aos Estados Unidos para tomar a vacina contra a Covid-19, pois não havia previsão da vacinação no Brasil antes do encontro presencial com as crianças pela primeira vez. Eles fizeram diversos encontros pelas chamadas de vídeo antes deste momento. “A menorzinha disse ‘Você é a minha mamãe, não é?’, e eu fiquei com cara de tacho, gente, porque eu não esperava”, contou.

Em agosto do ano passado, em poucos dias de convivência com as crianças, a youtuber já havia postado a emoção de compartilhar a vida com as crianças: “Nós caminhamos muito até nos reencontramos, meus filhos. E que sorte a minha!”. E completou: “Oficialmente mãe de dois”.

Lares de mulheres negras são mais afetados por insegurança alimentar, revela pesquisa

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Foto: Igor Alecsander / Getty Images.

Um estudo realizado em Salvador por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) revelou que os lares chefiados por mulheres negras são os mais ameaçados pela fome: 21,2% deles têm insegurança alimentar moderada ou grave e outros 25,6% possuem insegurança alimentar leve. Somadas as duas categorias, os dados indicam que preocupações em relação ao acesso à comida em quantidade e qualidade estão presentes em mais da metade desses domicílios.

Os resultados do estudo constam de artigo científico publicado na edição desta sexta-feira (5) da Revista Cadernos de Saúde Pública, editada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os pesquisadores trabalharam com uma amostra de 14.713 domicílios em 160 bairros da capital baiana. Um questionário com 62 perguntas foi aplicado de forma presencial e online. A coleta de dados ocorreu entre 2018 e 2020.

Gravidade

Os pesquisadores utilizaram a classificação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia). A situação é considerada grave quando há ocorrência de fome ou quando a quantidade de alimentos para as crianças é restrita, moderada quando os alimentos para adultos são restritos e leve quando as pessoas não sabem se terão acesso à comida num futuro próximo.

Já a segurança alimentar se configura quando há acesso à alimentação em quantidade e qualidade. Essa situação está mais presente em lares chefiados por homens brancos. Em 74,5% deles, não há preocupações relacionadas com a comida.

A nutricionista Silvana Oliveira, uma das pesquisadoras que assina o artigo, explica que diversos estudos comprovam que a insegurança alimentar se relaciona com fatores socioeconômicos como renda e escolaridade. Ela pondera, no entanto, que eles não explicam tudo e a discriminação racial também deve ser considerada.

“As pessoas ainda têm uma visão que o lugar da mulher negra é no trabalho doméstico. São alguns estereótipos que estão associados, por exemplo, à falta de oportunidades de ter melhor renda. Mesmo que tenha a escolaridade igual a de uma mulher branca, a mulher negra tende a ter um salário menor porque paira no imaginário social que ela tem uma menor valoração”, analisa.

Segundo Silvana, para ter efetividade, as ações para combater a fome precisam estar associadas ao reconhecimento da desigualdade racial e ir além de medidas universais que desconsideram especificidades.

“As políticas públicas devem incorporar a interseccionalidade, que é esse olhar para as diferenças dentro dos grupos e para a interação entre os diferentes eixos de opressão. A desigualdade racial afeta toda a população negra. Mas também existem demandas específicas da mulher negra. E é preciso levar em conta essas demandas que estão sendo colocadas”, diz.

Desigualdade racial

Embora a pesquisa tenha se debruçado sobre a realidade de Salvador, a nutricionista afirma que os resultados dialogam com dados que documentam a desigualdade racial no país.

Além disso, explica que o referencial teórico foi composto com estudos nacionais. “Considero que a pesquisa veio para somar e contribui para a discussão do quadro de insegurança alimentar não apenas de Salvador, mas do Brasil”, afirma.

Ao mesmo tempo, ela observa que as características específicas da capital baiana foram levadas em conta. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com aproximadamente três milhões de habitantes, Salvador tem 80% de sua população autodeclarada preta ou parda.

Dentre os 14.713 domicílios que compuseram a amostra da pesquisa, a maioria (50,1%) tinha como responsável uma mulher negra, seguida de homem negro (35,4%), mulher branca (8,3%) e homem branco (6,2%). “Apesar de ter uma população majoritariamente negra, Salvador tem uma desigualdade muito profunda que não foi enfrentada”, finaliza Silvana.

Com informações da Agência Brasil

“A resiliência é um exercício que se constrói diariamente”, diz Serena Williams na Expert XP 2022

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Serena Williams, a maior tenista da história, encerra a Expert XP 2022, nesta quinta-feira. (Foto: UOL Economia)

Serena Williams, a maior tenista da história, marcou presença no encerramento da Expert XP 2022, o festival de investimentos da XP Inc. na noite desta quinta-feira (4). A atleta e investidora falou sobre sua trajetória, superação e os desafios em torno da sua empresa ‘Serena Ventures’, companhia de capital de risco que investe em ideias não convencionais de pessoas e mercados historicamente negligenciados.

“Estou animada por estar aqui apresentando um lado diferente da Serena, mas falando um pouco sobre tênis também”, destacou Williams em sua fala inicial. “Comecei a realizar investimentos há cerca de nove anos. Sempre pensei em investir em algumas empresas, mas me questionava ‘como devo investir?’, então passei um tempo estudando“.

Serena Williams na Expert XP 2022. Foto: Maycon Cabral / Mundo Negro.

A atleta destacou a importância em torno de seus investimentos, indo além das grandes corporações e das grandes empresas já estabelecidas, focando em um processo de impacto e representatividade. “Estamos fazendo aquilo que pregamos na nossa empresa, que é o investimento de impacto. Estou analisando empresas em todos lugares”, destacou Williams. “Estamos continuamente investindo em fintechs , dando suporte, falando sobre inclusão e diversidade, mas investindo em todo mundo. Por conta de quem somos, porque somos mulheres, naturalmente outras vêm até nós, elas se sentem cada vez mais confortáveis para falar conosco, elas sentem que possuem uma chance, uma chance de serem escutadas, de serem vistas. Nosso portfólio agora possui cerca de 68% de mulheres e pessoas negras, o que é muito incomum no mundo dos investimentos, nós fazemos o que dizemos. Impactando e investindo, principalmente em estágios iniciais”.

Serena também citou o sucesso em torno de ‘King Richard: Criando Campeãs’, filme que apresenta detalhes sobre sua carreira no mundo do tênis. “O filme foi incrível, ficou excelente. Realmente ficamos felizes que puderam ver meu pai de uma forma verdadeira“, destacou a tenista. “Acho que Will Smith fez um ótimo trabalho interpretando meu pai, Aunjanue também roubou a cena interpretando minha mãe, foi incrível. Não nos preocupamos com nada porque participamos muito do processo, estávamos muito próximos”.

Serena falou ainda sobre as características que admira em que busca pelo seu apoio, principalmente quando se trata sobre fundadores de empresa em busca de investimentos. “Uma coisa que sempre digo quando fundadores falam comigo é sobre autencidade. É preciso ter autenticidade. Você gosta dessa ideia porque é um espaço em branco e porque alguém precisa no mercado ou você gosta dessa ideia porque ela te afeta e você acredita que seu produto, ou sua ideia, seja capaz de resolver o problema?”, questionou Williams. “Eu descobri que a maioria dos fundadores desejam resolver um problema que os cercam e isso funciona bem melhor. Então sempre aconselho a serem autênticos porque quando as coisas ficam difíceis, quando os momentos de baixa chegam, o que você vai fazer? E isso é inevitável. Quando você está construindo uma empresa, em algum momento ela vai cair e você precisa construir de novo, mas é preciso lutar. Então se um fundador está construindo algo que não possui uma conexão muito forte é muito difícil pra mim para ajudar por trás e seguir com essa ideia”.

“A resiliência é um exercício diário, é algo que você constrói com coisas pequenas, diariamente“, enfatizou Serena. “Acho que é absolutamente possível construir sua resiliência, não acho que seja necessariamente inato de cada um, é algo que você pode constantemente trabalhar”.

Karol Conká revela que buscou diagnóstico de transtorno mental após o BBB 21

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Foto: Divulgação.

Em recente entrevista para o ‘De Lado com Fefito’, do Splash UOL, Karol Conká relembrou sua intensa e polêmica participação no Big Brother Brasil 21. A cantora revelou que buscou ajuda profissional para entender se possuía transtorno de personalidade. “Não fui diagnosticada com nada disso que falaram”, destacou ela. Com grande reprovação pelo público, Conká chegou a ser eliminada do reality com rejeição recorde, batendo 98,76% dos votos.

Karol Conká. Foto: Reprodução / TV Globo.

Para a entrevista, Karol destacou a forma como as pessoas tentaram imprimir a ela uma condição mental falsa. A artista conta que chegou a fazer exames psiquiátricos para comprovar se tinha o transtorno. “Falaram [o público] que eu tinha transtorno de personalidade. É triste, porque tem quem acredite”.

Apesar de toda a rejeição que veio após o BBB, Karol conseguiu se recuperar, e destaca que hoje em dia até olha com humor para a situação em torno de suas ‘várias personalidades’.

‘Manhãs de Setembro’: Segunda temporada da série estrelada por Liniker ganha data de estreia

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Foto: Divulgação / Amazon Studios.

A aclamada e consagrada série nacional ‘Manhãs de Setembro’ ganhará uma nova temporada no próximo mês. A produção do Prime Vídeo, estrelada por Liniker será disponibilizada ao público no dia 23 de setembro. A obra acompanha a história de Cassandra, uma mulher trans cuja vida muda completamente após o retorno do filho Gersinho (Gustavo Coelho).

De acordo com a plataforma de streaming, dentro da nova temporada, todas as certezas da protagonista se desmancham no ar. Além da data de estreia, a série também ganhou nesta quinta-feira (4) seu novo cartaz oficial.

Foto: Amazon Studios.

‘Manhãs de Setembro’ é produzida por Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck, da O2 Filmes, e Luis Pinheiro. Assim como na primeira temporada, o roteiro é de Josefina Trotta, Alice Marcone e Marcelo Montenegro, Carla Meireles, com direção de Luis Pinheiro e Dainara Toffoli, e ideia original de Miguel de Almeida.

Rússia condena estrela do basquete Brittney Griner a 9 anos de prisão

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Foto: Christian Petersen/Getty Images

O tribunal da Rússia responsável pelo julgamento da Brittney Griner, declarou nesta quinta-feira (4), que a jogadora de basquete da WNBA terá que cumprir pena de 9 anos de prisão por crimes de porta de drogas e contrabando, além de uma multa de 1 milhão de Rublos, cerca de R$ 85.650.

A promotoria russa havia pedido sentença de nove anos e meio de prisão para Griner, sentença quase máxima para a jogadora, que poderia chegar a dez anos. Segundo o juiz, ela terá de cumprir a pena em uma colônia penal na Rússia. A defesa de Griner disse que vai protestar contra o veredito.

“Nós estamos muito desapontados com o veredito. Como advogados, nós acreditamos que a corte deve ser justa com todos, independentemente da nacionalidade. A corte ignorou completamente todas as evidências da defesa e, o mais importante, a declaração de culpa”, afirmam.

Griner afirmou que faz uso da maconha medicinal para tratar suas lesões crônicas: “Eu cometi um erro honesto. E espero que, pelas suas leis, não acabe com a minha vida aqui”. Ela defende o UMMC Ekaterinburg desde 2014 durante os intervalos da WNBA.

Em comunicado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a detenção da jogadora é injusta: “Inaceitável e eu peço que a Rússia a liberte imediatamente, para que ela possa ficar com sua esposa, seus entes queridos, amigos e suas companheiras de equipe”.

Considerada uma das melhores jogadoras de basquete do mundo, Brittney Griner foi detida em fevereiro quando desembarcou em Moscou, por posse de cartuchos de vape com óleo de cannabis.

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