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Confira os filmes natalinos com protagonismo negro para assistir em dezembro

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Foto: Divulgação

O clima natalino está no ar! Faltando poucos dias para um dos feriados mais importantes do ano, o MUNDO NEGRO selecionou seis filmes sobre o Natal com protagonismo negro para assistir neste final de ano.

Na lista, tem o filme brasileiro “Juntos a Magia Acontece“, estrelado por Milton Gonçalves, que interpreta um Papai Noel e traz a magia do Natal para sua casa. Também está “Uma Esposa de Natal“, um longa nigeriano sobre três filhos que lutam para encontrar esposas e levar para casa no Natal para agradar a mãe idosa. 

Veja a lista completa:

Juntos a Magia Acontece

Com a morte da matriarca às vésperas do Natal, a família Santos não tem clima para ceia, nem dinheiro para troca de presentes. A salvação aparece quando o viúvo Orlando procura um trabalho e descobre sua vocação como Papai Noel. O filme é estrelado pelo grande Milton Gonçalves, Camila Pitanga, Tony Tornado, entre outros grandes nomes de atores negros brasileiros. Disponível no Globoplay.

[O trailer disponível foi gravado para comercial da TV Globo, há 3 anos]

O Feitiço do Natal

Desencantada com a vida, uma talentosa fotógrafa herda um calendário mágico que parece estar prevendo o futuro e a ajudando a encontrar o amor. Original Netflix, a comédia romântica conta com Kat Graham e Quincy Brown no elenco.

Black Nativity

Langston é um adolescente rebelde criado pela mãe solteira que viaja para passar o Natal com seus avós, com quem não tem muito contato. Além da dificuldade em seguir as regras do avô, ele se depara com difíceis relacionamentos em sua família e a descoberta do pai que não conhece. O musical dramático é estrelado por Forest Whitaker, Angela Basset, Jennifer Hudson, entre outros grandes nomes do cinema e da música. Disponível na Disney+.

O Natal Está No Ar

Com Romany Malco, grande nome na comédia norte-americana, o filme da Netflix conta a história de um famoso locutor de rádio é despedido pouco antes do natal. Assim, ele e seus quatro filhos mimados são forçados a cortar despesas e repensar o que realmente importa.

Uma Esposa de Natal

Determinados a realizar o único desejo de sua mãe, três homens lutam para encontrar esposas que possam trazer para casa no Natal. A mãe idosa que está abatida porque seus filhos se recusaram a se casar e dar netos para ela. Enquanto isso, sua mãe planeja a festa de Natal mais linda de todos os tempos. O filme nigeriano é da Netflix e conta com a participação de Rachel Oniga e Kunle Remi.

Um Crush Para o Natal

Peter pede que seu melhor amigo finja ser seu namorado para o Natal. Só que os planos e os sentimentos mudam quando a família dele tenta bancar o cupido. Uma comédia romântica com referência LGBTQIA+ da Netflix.

Margareth Menezes desmente revista Veja e diz que não possui dívidas com os cofres públicos

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Foto: José de Holanda / Divulgação.

Nesta manhã de sexta-feira (16), a revista Veja publicou uma matéria alegando que a cantora Margareth Menezes possui dívidas com os cofres públicos. A matéria acusou a futura Ministra da Cultura de acumular dívidas na Receita Federal, Previdência e no próprio ministério. Após tomar conhecimento da notícia, Margareth, através de uma nota oficial à imprensa, classificou como falsas as acusações feitas pela Veja.

“A matéria da revista Veja reforça o que foi vivido nos últimos anos no Brasil, período marcado por um ataque permanente e criminalização do setor cultural”, disse Menezes por meio da assessoria. “Por meio desta, a assessoria de imprensa da futura Ministra da Cultura, Margareth Menezes, traz aqui esclarecimentos importantes em relação à matéria publicada nesta sexta-feira, 16 de dezembro de 2022, a começar pelo fato de que não é verdadeira a firmação que Margareth Menezes acumule dívidas de mais de R$ 1 mi com os cofres públicos, manchete da referida publicação”.

A revista também declarou que em dezembro de 2020, o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou a Associação Fábrica Cultural, empresa de Margareth, a devolver 338 000 reais aos cofres públicos. A artista informou que essa informação também não é verdadeira. “Margareth Menezes jamais sofreu qualquer condenação do TCU. A artista não é parte no processo, não foi indicada como responsável
pelo TCU e não há qualquer condenação contra a sua pessoa. O processo se refere a um convênio firmado entre o Ministério da Cultura e a Associação Fábrica Cultural para implementação do projeto “I Encontro com as Culturas Identitárias/BA”, que ocorreu no período de 22 a 30 de outubro de 2010
“, destacou a nota. “No julgamento, o TCU entendeu que restou comprovada a execução integral do evento e a aplicação dos recursos repassados pela União, e a responsabilização da Fábrica Cultural se deu, apenas, pela constatação de impropriedades na documentação apresentada como prestação de contas, sendo que os débitos, inicialmente, imputados vêm sendo, formalmente, negociados, com a AGU para regular pagamento pela Associação“.

Ainda sobre possíveis débitos junto à Receita Federal, Menezes declarou que os pagamentos estão sendo efetuados regulamente. “Inexiste dívida Tributária nos valores citados pela publicação e o passivo atualmente existente vem sendo parcelado e com pagamento de parcela em dia, seguindo o seu curso regular“.

Harvard nomeia primeira mulher negra para ocupar a presidência

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Claudine Gay. Foto: Stephanie Mitchell/Harvard Staff Photographer

A Universidade de Harvard, uma das mais importantes do mundo, nomeu nesta última quinta-feira (15), Claudine Gay, 52, reitora da faculdade de Artes e Ciências, como sua 30ª presidente. Ela se torna a primeira pessoa negra a ocupar o prestigiado cargo.

A universidade relata que, nos últimos 16 anos, Gay, 52, ensinou sobre temas ligados a governo e estudos afro-americanos, além de atuar como uma importante cientista política. Ela deve assumir a nova função de presidente em 1º de julho de 2023. “Para mim, esse papel é aproveitar o poder das ideias e apoiar as pessoas que as perseguem”, disse Gay em comunicado. “Poucas coisas me dão mais alegria, mais energia, do que conversar com um colega que trabalha em uma área que é nova para mim ou ouvir as perguntas que estão na mente de uma nova geração de alunos. Essas conversas me permitem ver o mundo com novos olhos.”

Filha de imigrantes haitianos, Gay relembrou o caminho que seus pais trilharam e que a levou a seguir a carreira acadêmica. “Eles vieram para os Estados Unidos com muito pouco e se matricularam na faculdade enquanto criavam nossa família. Eles acreditam que a educação torna tudo possível. Ser um acadêmico abriu meu mundo e me ajudou a realizar um sonho que eu nunca poderia imaginar.”

Gay obteve seu bacharelado em Economia pela Universidade de Stanford. “Se minha presença nesta função afirma o sentimento de pertencimento de alguém a Harvard, isso é uma grande honra”, destacou ela sobre a representatividade em ser a primeira pessoa negra no cargo. “E para aqueles que estão além de nossos portões, se isso os levar a olhar novamente para Harvard, a considerar novas possibilidades para si e para o futuro, então minha nomeação terá um significado para mim que vai além das palavras.”

Para Gina Prince-Bythewood, ‘A Mulher Rei’ se tornou possível pelo sucesso de ‘Pantera Negra’

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Fotos: Dan Doperalski/Variety

Ryan Coogler diretor de “Pantera Negra” conduziu um bate-papo com a Gina Prince-Bythewood, diretora de “A Mulher Rei” e falaram na revista Variety sobre serem referências negras um para o outro no mundo do cinema e refletiram sobre os dois filmes trazerem histórias de guerra em reinos africanos.

“A Mulher Rei”, estrelado por Viola Davis, estreou em setembro deste ano e “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”, em novembro. Uma sequência de grandes sucessos com heróis negros nas telas.

“Em toda essa turnê de divulgação, adoro falar, não apenas sobre o sucesso de ‘Pantera Negra”’ mas sobre o que você fez com ele. Como você contou a história, e como você nos infundiu cultura e profundidade, absolutamente abriu as portas para este filme. Não sei se ‘A Mulher Rei’, seria feito se você não fizesse o que fez com ‘Pantera Negra'”, disse Gina ao Ryan.

Emocionado com a fala da diretora, Coogler diz que cresceu assistindo aos filmes de Gina. “Seu trabalho como diretora apresenta personagens em um espaço seguro. Lembro-me da sensação em ‘Love & Basketball‘, aqueles dois personagens na quadra um com o outro, parece que você se inclina e fica confortável, e vê essas pessoas se abrirem. Você fez isso em todos os seus filmes”.

Gina então relembrou de quando conheceu Ryan em 2014, quando ele lançou o filme “Fruitvale Station” com Michael B. Jordan. “Não gosto de chorar em público, mas literalmente chorei feio nisso. Eu estava tão animada para conhecê-lo por causa do que você fez com aquele filme e a profundidade dele. Se você olhar para o seu corpo de trabalho, cada filme que você fez mudou a cultura. A maneira como você centra os homens negros e a masculinidade negra e mostra isso de maneiras diferentes e vai contra o que muitos de nós crescemos pensando que deveria ser, isso é uma coisa poderosa”

Manoel Soares representará Zumbi dos Palmares no desfile da Rosas de Ouro

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Foto: Rodrigo Godoi/ASCOM Rosas de Ouro

O apresentador da Rede Globo atuará também como embaixador do enredo da escola para o próximo carnaval.

A Sociedade Rosas de Ouro, escola do Grupo Especial do carnaval paulistano, contará em seu desfile com a presença do jornalista e ativista social, Manoel Soares, que irá representar Zumbi dos Palmares no desfile da Roseira em 2023.

“Eu estou muito feliz e emocionado porque agora faço parte também da família Rosas de Ouro. Fui escolhido para ser o Zumbi dos Palmares nessa edição do desfile, o que muito me honra, pois vou representar um dos grandes líderes da história brasileira, imortalizado como um símbolo da resistência e luta”, afirma o jornalista.

O convite ao apresentador do programa Encontro, da Rede Globo, foi feito na tarde desta quinta-feira, 15, em uma visita que o artista fez ao barracão da escola, localizado na Fábrica do Samba, região central de São Paulo.

Foto: Rodrigo Godoi/ASCOM Rosas de Ouro

Acompanhado do carnavalesco Paulo Menezes, Manoel conheceu o projeto da escola para o próximo carnaval, que terá o enredo “Kindala – que o amanhã não seja só um ontem com um novo nome”, onde exaltará a luta, a força e as conquistas do povo negro através dos tempos, e agora, terá o apresentador interpretando Zumbi dos Palmares em uma das alegorias.

Neste ano, Manoel foi nomeado Embaixador Cultural da União Africana pelo Conselho Econômico e Cultural da The African Pride, organização que existe desde 2002 e que vem promovendo a integração entre os países do continente africano. Na Rosas de Ouro, o comunicador aceitou também o convite para ser Embaixador do tema que a azul e rosa da Brasilândia levará ao Sambódromo do Anhembi.

“Eu como como Embaixador da União Africana fico lisonjeado. Acho que é muito importante que nós entendamos que esse ano, o enredo da escola tem como principal função naturalizar no nosso cotidiano a palavra Kindala, que em bantu quer dizer “agora”. Precisa fazer parte da nossa vida. E mais que isso. A história negra precisa ser naturalizada, não somente como história de escravizados, mas como história de vencedores. Acho que vai ser um momento muito especial. Um momento de aprendizado“, destaca Soares.

A Rosas de Ouro será a quinta escola a desfilar no Sambódromo do Anhembi, no dia 17/2 (sexta-feira) pelo Grupo Especial do carnaval de São Paulo.

Mulher negra, Keila Simpson se torna 1ª travesti Doutora Honoris Causa do Brasil

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

O conselho da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) aprovou nesta última quinta-feira (15), em unanimidade, o título de Doutora honoris causa à ativista LGBTQIA+ Keila Simpson, 57, presidente da ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais). O feito é histórico. Keila se torna a 1ª travesti do Brasil com a honraria em questão. “Os agradecimentos são muitos e não queria nominar aqui para não incorrer e deixar ninguém sem os devidos agradecimentos”, celebra ela.

A qualificação é atribuída a personalidades, nacionais ou estrangeiras, que se destacam por contribuições singulares à cultura, educação ou cidadania. Mulher negra, Keila é pioneira no combate ao HIV e luta pelos direitos das pessoas trans e travestis que enfrentam o preconceito e as discriminações em todos os setores da sociedade. Ela foi presidente do Conselho Nacional de Combate à Discriminação de LGBT em 2013, ano em que recebeu da então presidenta Dilma Rousseff o Prêmio Nacional de Direitos Humanos pelos relevantes serviços prestados à população LGBTQIA+ do Brasil.

“Essa foi uma batalha gerada no ventre das travestis”, diz Keila. “Os agradecimentos então seguem para UERJ e a todas a sua equipe de professoras empenhadas nessa jornada. Sigo agradecendo as inúmeras mensagens recebidas dos muitos amigos, conhecidos e colegas de trabalho e luta. A lista é grande, mas darei um jeito de alocar todo mundo no discurso de outorga. Obrigada a ANTRA também por me permitir atuar e me dar a liberdade para conduzir as suas bandeiras. Aqui é a metade do caminho. A máxima “nossa vingança é envelhecer” foi atualizada com sucesso. Obrigada“.

O legado de bell hooks: Ontem (15/12) recordamos um ano de sua partida

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Há um ano bell hooks nos deixava. No dia 15 de agosto de 2021, fomos abatidos pela notícia do seu falecimento, aos 69 anos. A escritora feminista ativista afro-amerciana conhecida como bell hooks foi registrada com o nome de Gloria Jean Watkins. No processo de tornar-se escritora ela decidiu mudar a forma pela qual era chamada, adotando assim o nome de bell hooks em homenagem à sua bisavó, Bell Blair Hooks, conhecida por sua coragem em falar mesmo diante de uma sociedade racista e machista.

A grafia do pseudônimo em letras minúsculas é justificada a partir de dois argumentos: primeiro que ela não se reduz a um nome e segundo que suas produções não devem ser lidas em função deste nome, como expôs Joana Plaza no artigo Estranha a ‘mulher’

bell hooks nasceu em 25 de setembro de 1952, na pequena cidade de Hopkinsville, no Kentucky, Estados Unidos. Ela viveu sua infância e adolescência com sua numerosa família (cinco irmãs e um irmão) no sul dos Estados Unidos, numa região segregacionista. Sua mãe era dona de casa e seu pai funcionário dos correios, e mesmo exercendo as mesmas funções e mesma carga horária, ele recebia um salário mais baixo do que os funcionários brancos.  

Ela fez graduação e mestrado em Língua Inglesa e doutorado em Literatura Inglesa, onde desenvolveu um trabalho sobre a escritora Toni Morrison (primeira mulher negra a vencer o Nobel de Literatura, em 1993). Mas foi ainda na graduação que ela escreveu o que veio a se tornar seu livro mais famoso: Ain’t I a Woman? que no português foi publicado como E eu não sou uma mulher? obra clássica da teoria do feminismo negro.  

Ela tem mais de 30 livros, alguns deles traduzidos para nós. Sua longa produção acadêmica também foi acompanhada por forte atuação como professora em diferentes instituições de ensino americanas, como na Universidade de Yale e na Universidade do Sul da Califórnia. Os principais temas que nortearam as inúmeras obras de hooks são: a crítica à pedagogia tradicional, reflexões sobre amor e autoconhecimento e as dinâmicas de raça, classe e gênero, só para citar alguns. hooks foi fortemente impulsionada pela produção e atuação do pensador brasileiro Paulo Freire, como ela mesma menciona no seu livro Ensinando a transgredir

A escritora não fazia distinção entre sua prática acadêmica e sua prática política. Ela ficou muito conhecida por popularizar os debates sobre feminismo negro. Ela teorizou questões importantes sobre raça, classe e gênero numa linguagem direta, e estavam entre suas maiores preocupações comunicar as pautas de luta do feminismo negro para o maior número de pessoas, um exemplo disso é o livro O feminismo é para todo mundo.

Aquela primeira sensação experienciada com a notícia do falecimento de bell hooks que nos encontrou há um ano pode (ou poderia) ser completada com a concepção de herança. Somos a cada livro que lemos dela enriquecidas e fortalecidas na nossa jornada de luta antirracista.

Por falar em legado, terminarei o texto com um trecho dela, talvez bell hooks tenha sido a principal ativista que destacou a importância do amor e do amar na construção dos movimentos políticos e sociais. Nas eternas palavras de bell hooks: “No momento em que escolhemos amar, começamos a nos mover contra a dominação, contra a opressão. No momento em que escolhemos amar, começamos a nos mover em direção à liberdade, a agir de formas que libertam a nós e aos outros”. 

Tyler Perry revela ser padrinho da filha de Meghan Markle: “absolutamente honrado”

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A última leva de episódios da série documental “Harry e Meghan” revelou outros detalhes da relação do casal com amigos de fora da realeza. O diretor Tyler Perry, de 53 anos, que é considerado um dos artistas negros mais importantes dos Estados Unidos, contou ser padrinho de Lilibet Diana, de 1 ano e 6 meses, a filha caçula de Meghan Markle e do príncipe Harry.

O convite, ele explicou, veio logo após o nascimento da menina, em junho de 2021. “Eles foram muito sérios ao telefone”, disse o diretor, contando que os amigos são mais alegres. “Eu disse: ‘Ok, o que está acontecendo?'”, lembrou.

“Eles falaram: ‘Bem, nós gostaríamos que você fosse o padrinho de Lili’, contou. ‘Eu disse: ‘Uau’. Precisei de um minuto para assimilar tudo. “E eu pensei: ‘Eu ficaria honrado. Eu ficaria absolutamente honrado'”, acrescentou.

Tyler contou ainda que conheceu Meghan depois que ele enviou uma carta à duquesa, antes de seu casamento, afirmando que estava orando por ela, em meio à polêmica do relacionamento de Meghan com o pai, Thomas Markle.

Ele explicou, ainda, que depois de um momento teve que ligar para o casal para falar sobre a cerimônia.

“Eu liguei para eles e disse: ‘Uh, espere um segundo – isso significa que temos que ir [para o Reino Unido] e fazer tudo isso na igreja com [a Família Real]? Porque eu não quero fazer isso'”, explicou ele. “’Talvez possamos fazer uma pequena cerimônia privada aqui [nos Estados Unidos] e deixar assim, e se vocês tiverem que fazer lá, tudo bem'”, disse.

Programa Conselheira 101 realiza a primeira formatura com executivas negras que se prepararam para conselhos administrativos

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Foto: Divulgação

Mais de 60 mulheres já passaram pelo C101. Das participantes, 47% delas ingressaram em Conselhos Administrativos, Consultivos, Eméritos, Fiscais/Auditoria

Uma ação afirmativa criada com o objetivo de ampliar o conhecimento – e as oportunidades – em governança corporativa para mulheres negras. Assim é o Conselheira 101, programa sem fins lucrativos que, em dezembro, realiza a formatura das alunas participantes das três primeiras turmas. O evento, que aconteceu nesta quinta-feira (15) em São Paulo, reuniu executivas negras ocupantes de cargos de alta liderança em empresas nacionais e multinacionais.

“Acho que não é sobre protagonismo, mas sobre criar plataformas para que as pessoas possam brilhar. Nós, assim como Viola Davis, acreditamos que tudo o que as mulheres pretas precisam é de uma oportunidade. E quando a gente deu oportunidade para essas três turmas, elas preencheram conselhos fiscais, consultivos, de auditoria, e tem muito mais por vir”, diz Lisiane Lemos – advogada, especialista em transformação digital e co-líder do C101, que credita a força do projeto, principalmente, à união das nove pessoas negras e não negras, de todas as gerações, engajadas em transformar a governança corporativa atual.

Seguindo a mesma linha sobre o mote se contrapor ao protagonismo, Jandaraci Araújo acredita que o que move o sucesso do Conselheira 101 é a força do coletivo. “Não é sobre protagonismo, é sobre transformação e nenhuma transformação acontece sozinha. Então, hoje, estar com as três turmas aqui, formando essas mulheres e já idealizando a T4, é sobre acreditar que podemos transformar de verdade e criar novos espaços. Por que o nosso topo da montanha é platô e cabe muita gente”.

Para Ana Paula Pessoa, o ambiente também se faz relevante, especialmente pela troca, pelo reflexo e pela representatividade. ”Chega de dizer que não existe, por que elas estão aí, enchendo uma sala com muito potencial, com mulheres negras absolutamente preparadas para qualquer posição. É muito poderoso elas estarem se vendo, a imagem uma da outra, por que a força delas também é estarem juntas. Esse caleidoscópio é o Brasil, ukm Brasil 54% negro. O que estamos vendo é muito lindo”.

Salientando que o programa deu visibilidade aos talentos escondidos, Leila Loria reforça a importância de “poder apresentar para o mercado essas novas conselheiras 101”. Além de Lisiane e Jandaraci, o grupo fundador é formado também por Ana Paula Pessoa, Graciema Bertoletti, Marienne Coutinho, Ana Beatrix Trejos, Elisangela Almeida, Leila Loria,  Patrícia Molino e Mayra Stachuk.

Dois anos de C101

Lançado em 2020, o Conselheira 101 já atendeu 62 mulheres negras nas três turmas formadas. Ao todo foram 50 speakers convidados para os 45 encontros realizados. Neste período, 47% das participantes ingressaram em Conselhos Consultivos, Eméritos, Fiscais/Auditoria e/ou Administrativos, alcançando 50% de movimentações executivas.

Viviane Elias, participante da T1, entende o C101 como um divisor de águas para a sua jornada pessoal “por toda a construção que foi feita depois do C101, toda a visibilidade que veio. E ser da primeira turma é mais que uma responsabilidade, mas uma obrigação de trazer mais mulheres para furar a bolha comigo e fazer as coisas acontecerem de maneira proativa para todo o coletivo de mulheres negras que precisam ser visibilizadas nas suas potências, nas suas carreiras e no seu entendimento”.

A economista Dirlene Silva, que também é empreendedora, tentou se inscrever para a primeira turma desde que tomou conhecimento do projeto, há dois anos. A segunda turma se formou e ela também não conseguiu garantir participação, que só veio em 2022, com a formação da T3. “Estar aqui é uma grande emoção porque, para mim, significa uma transformação que vai ajudar a mudar o meu entorno e promover, realmente, um impacto social”.

Considerado um momento de relevância histórica, a expectativa é que a 4ª turma seja anunciada em breve. “Se alguém falasse que a gente teria essa quantidade de mulheres negras interessadas em assumir posições em conselhos, se preparando para assumir posições, fazendo parte desse networking de governança e, de fato, ocupando posições em conselhos há pouco (ou muito) tempo, diríamos que isso era impossível. Até porque a gente vinha com outras causas também há muito tempo sem uma evolução significativa. Então, para mim, realmente esse movimento e esses resultados são históricos”, pontua Marienne Coutinho.

Michelle e Barack Obama vencem Emmy pela produção da série animada ‘Lições de Cidadania’

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Foto: WIN MCNAMEE / Getty Images.

A animação ‘Lições de Cidadania (We The People) venceu o Emmy 2023 de ‘Melhor Série Curta’ no Children’s & Family Emmy Awards. Com o feito Kenya Barris, Barack Obama e Michelle Obama também ganharam a estatueta mais importante da televisão mundial, já que atuam como produtores da obra.

Chris Nee, criadora de ‘Lições de Cidadania’, celebrou a vitória. “Nessa animação fomos tão livres sobre quem contratamos como diretores e artistas. Em nossos cargos de diretor, deixamos duas vagas para mulheres negras em ascensão ”, disse Nee. “É importante porque você está lançando algo no mundo onde eles vão pular várias etapas, fazer suas coisas do ponto de vista deles, eles vão contratar toda a diversidade de que precisamos. É assim que fazemos mudanças reais.”

Kenya Barris também celebrou a vitória. “Oh meu Deus, finalmente ganhei um Emmy. Estou tão orgulhoso e inacreditavelmente grato por ter feito parte deste projeto incrível ao lado de Michelle Obama e Barack Obama e liderado pela incrivelmente talenrosa Chris Nee. Obrigado à Netflix e a todas as equipes de todos os lados que fizeram isso acontecer. E acima de tudo agradecer a Deus e a todas as pessoas que votaram em nós”, disse o produtor.

A série ‘Lições de Cidadania’ explica o básico sobre direitos civis de um jeito bem diferente, combinando música e animação para mostrar o poder do povo à nova geração. Com uma combinação inovadora de estilos e músicas originais de artistas como H.E.R., Janelle Monáe, Brandi Carlile, Lin-Manuel Miranda, Adam Lambert, Cordae, Andra Day e da poeta Amanda Gorman, cada um dos 10 episódios da obra convida o público a repensar a dinâmica da vida em sociedade e mudar de perspectiva sobre o significado do governo e da cidadania na atualidade.

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