Home Blog Page 570

Moïse Kabagambe: um ano após assassinato, reús ainda não foram julgados

0
Foto: Reprodução

Há um ano, no dia 24 de janeiro de 2022, o imigrante congolês Moïse Kabagambe Mugenyi, de 25 anos, foi brutalmente assassinado em uma sequência de socos, chutes e pauladas por três homens em um quiosque na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, depois que ele cobrou dois dias de pagamento atrasado do patrão.

A família da vítima marcou um ato para hoje, em frente ao quiosque que ocorreu o crime para pedir justiça, além de ter sido rezado uma missa em memória a ele. Os três acusados estão presos desde 22 de fevereiro, mas ainda aguardam decisão da Justiça para saber se vão a júri popular ou não. 

“Não temos informação de quando será o julgamento, de como está o andamento do processo”, disse Francys Amouri, primo de Moïse, para o jornal Folha de São Paulo.

Os advogados dos réus Alesson Cristiano de Oliveira Fonseca e Fábio Pirineus da Silva renunciaram ao caso no fim do ano passado e agora estão com defensores públicos. Mas as defesas ainda não foram personalizadas. Em outubro, o defensor de Brendon Alexander Luz da Silva pediu o desmembramento do processo alegando que o réu não participou ativamente das agressões. A Justiça não aceitou o pedido. 

“As pessoas estão esquecendo do meu irmão. Queremos Justiça! Minha mãe sofre muito! Ela nem consegue ficar no quiosque (depois da morte de Moïse, uma família ganhou um quiosque em Madureira para vender comidas típicas do Congo). Tudo lembra o Moïse”, — contou Djojo Baraka, irmão da vítima, ao jornal O Globo.

Observatório Moïse Kabagambe

Nesta segunda-feira (24), o Ministério da Justiça e Segurança Pública, realizou uma solenidade em homenagem ao Moïse Kabagambe e lançou o “Programa de Atenção e Aceleração de Políticas de Refúgio para Pessoas Afrodescendentes”, além da implementação do Observatório Moïse Kabagambe – Observatório da Violência contra Refugiados.

“Ao lançar um programa focado em políticas de atenção ao refúgio para pessoas afrodescendentes, sabemos que temos grandes desafios estruturais na sociedade brasileira. Quando desenvolvemos políticas para migrantes refugiados, desenvolvemos políticas para toda a população”, afirmou a presidenta do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Sheila de Carvalho.

Rihanna e Angela Bassett recebem indicações ao Oscar; Confira outros nomes negros que concorrem

0
Foto: Reprodução

A academia acaba de divulgar a lista dos indicados ao Oscar 2023. Rihanna, Angela Bassett e Pantera Negra: Wakanda Para Sempre estão entre os principais artistas e produções negras que vão concorrer a uma estatueta da maior premiação do cinema mundial.

Angela Bassett já estava sendo cotada para concorrer ao Oscar deste ano pela atuação no papel de Ramonda, Rainha de Wakanda. Aos 64 anos, a atriz venceu o Critics Choice Awards 2023 na categoria Melhor Atriz Coadjuvante pela personagem de Pantera Negra: Wakanda para Sempre.  

Já Rihanna recebe sua primeira indicação ao Oscar. A cantora concorre na categoria Melhor Canção Original por ‘Lift Me Up’, trilha do filme Pantera Negra: Wakanda para Sempre. Um dos filmes de maior sucesso de 2022, Pantera Negra 2 está concorrendo em três categorias: Melhores Efeitos Visuais, Melhor Figurino e na categoria de Melhor Maquiagem e Cabelo.

Apesar da super produção e de atuações incríveis, o filme “A Mulher Rei”, estrelado por Viola Davis não recebeu nenhuma indicação.

Confira a lista dos nomes negros que concorrem ao Oscar 2023:

Melhor Atriz Coadjuvante: Angela Bassett em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre;

Melhor Ator Coadjuvante: Brian Tyree Henry indicado pelo filme ‘Passagem’;

Melhor Canção Original: Rihanna é indicada ao Oscar 2023 por ‘Lift Me Up’;

Melhores Efeitos Visuais: Pantera Negra: Wakanda Para Sempre;

Melhor Maquiagem e Cabelo: Pantera Negra: Wakanda Para Sempre;

Melhor Figurino: Pantera Negra: Wakanda Para Sempre;

Melhor Animação: A fera do Mar.

Historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto é primeira mulher negra a assumir direção geral do Arquivo Nacional

0
Foto: divulgação

Nome de Ana Flávia deve anunciado nesta terça-feira (24) pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos

Segundo informações divulgadas pela CNN, a historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto deve assumir a direção geral do Arquivo Nacional. O anúncio deve ser feito nesta terça-feira (24). A área está subordinada ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, liderado pela economista Esther Dweck.

Doutora pela Unicamp, mestre pela UnB, licenciada em História pela Universidade Paulista (Unip) e formada em Jornalismo pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB), Ana Flávia será a primeira mulher negra em 185 anos a ocupar o cargo no Arquivo Nacional, que ganhou status de secretaria no novo governo.

Pesquisadora nas áreas de História, Comunicação, Literatura e Educação, Pinto deve liderar a equipe que vai cuidar de um acervo quilométrico de documentos, fotografias, registros sonoros, mapas, plantas arquitetônicas e demais materiais que ajudam a contar a historia do Brasil e que estão preservados na sede do Arquivo Nacional, localizada no Rio de Janeiro e na Superintendência Regional do órgão em Brasília.

Zoe Saldaña se torna a primeira atriz a estrelar quatro filmes que faturaram US$ 2 bi em bilheterias

0
Fotos: Divulgação/Getty Images/Divulgação

Com o sucesso do filme “Avatar: O Caminho da Água“, Zoe Saldaña, 44, se tornou a primeira atriz da história de Hollywood a estrelar quatro filmes que ultrapassaram a marca dos US$ 2 bilhões nas bilheterias.

Os outros filmes que renderam a marca bilionária com a Saldaña foram: “Avatar” (2009), “Vingadores: Guerra Infinita” (2018) e “Vingadores: Ultimato” (2019).

“Sinto-me grata e como a garota mais sortuda desta cidade por saber que fui convidada para participar de filmes com diretores especiais em um elenco especial”, disse Saldaña ao portal Deadline em dezembro do ano passado. “E eles ressoaram tanto com as pessoas que temos a chance de voltar novamente e voltar outra vez. Se posso dizer alguma coisa, é que colhi todos os benefícios disso, ganhei amigos. Ainda tenho mentores com quem eu falo e em quem eu me apoio”.

Mãe de três filhos, Zoe também relatou a dificuldade conciliar o trabalho com a rotina em casa: “Acho que depois que comecei minha família, ficou muito difícil para mim sustentar os dois mundos e também atender a essa curiosidade de interpretar outros personagens diferentes ou interpretar terráqueos, sabe? Mas estou feliz no espaço. Sempre fui feliz no espaço. Também me relaciono com pessoas que amam o espaço”.

Os fãs da Marvel poderão ver Zoe Saldaña nos cinemas novamente em maio, interpretando a Gamora no filme “Guardiões da Galáxia Vol. 3“.

Amor preto: por que o compromisso é menor com os nossos e maior com nossas figuras de opressão?

0
Foto: Freepik

Texto: Shenia Karlsson

Caros leitores, tenho o hábito de escrever somente a partir de minha prática clínica, enquanto uma psicóloga negra, terapeuta de casais negros e interraciais e ativista da saúde mental, penso que todo o arcabouço teórico nos norteia em nossas discussões, entretanto, ainda penso que a experiência é soberana. Esse artigo é sobre a dificuldade que casais negros enfrentam para sustentar o bordão “amor negro cura” na prática, os desafios reais das relações afrocentradas e como nossos afetos ainda são poluídos de colonialidade.

Tenho notado em meus atendimentos, com uma boa frequência, a intolerância e exigência de pessoas negras para com seus parceiros/as negros e uma condescendência quando os parceiros/as são brancos. Em seus relatos, noto que os rompimentos se dão com mais facilidade, menos culpa, como se a relação naturalmente estivesse fadada ao fracasso, como se não houvesse novidade: “ah, eu já sabia”. Percebo um investimento afetivo menor com expectativas menores.

Por outro lado, também ouço com cuidado, muitas pessoas negras em relações extremamente duvidosas, abusivas, infelizes e às vezes em situações até desprezíveis, e, no entanto, um enorme esforço em manter a relação com os respectivos parceiros/as brancos/as mesmo que lhe custe sua saúde mental e emocional. Daí convido à reflexão: por que o compromisso é menor com os nossos e maior com nossas figuras de opressão?

Esses dias a notícia da separação de uma casal negro relativamente famoso nos chamou a atenção e foi motivo de crítica principalmente sobre a postura do ator Luís Navarro que, aparentemente, decidiu pôr fim numa relação formal com sua esposa Ivi Pizzott, mesmo ela estando no seu período de puerpério, período esse considerado um dos mais frágeis que uma mulher pode vivenciar.

Dois fragmentos de frases foram emblemáticos em minha opinião e vou discorrer sobre eles. 

“Ser pai, marido, artista e ser um dos alicerces de uma família preta não é pra poucos, meu espírito sucumbiu, enfraqueceu”.

É uma frase interessante, pois se pensarmos que historicamente os homens têm sido forjados pelo machismo (independente de ser negro ou branco) e consequentemente são autocentrados e tendem a priorizar suas necessidades individuais, não nos surpreende tal atitude. Outro aspecto é que ser pai, marido, ter uma profissão e ter responsabilidades tanto práticas quanto simbólicas faz parte de ser homem, participar da vida adulta. Mas, o que realmente está por trás desse sentimento de enfraquecimento, meu irmão negro?

Nosso histórico é de desencontros, já falei sobre isso em outros artigos. A autora Angela Davis aponta sobre as heranças malditas do sistema colonial e a destruição da família negra, já Neusa Souza ressalta a dificuldade de nos construir enquanto sujeito negro de forma plena, ao passo que bell hooks nos ensina o exercício do auto amor e a amorosidade como fator fundamental para a nossa sobrevivência. A autora Isildinha Baptista nos faz refletir sobre o fardo dos signos perversos que somos obrigados a carregar em nossos corpos e inscritos em nossa psiquê e, Frantz Fanon, através de sua frase emblemática: “o homem negro não é um homem, e sim um negro” deixa um recado reto para o bom entendedor entender.

Todos eles abordam majestosamente a questão do negro tanto no âmbito social quando na esfera psicológica e quão custosa são nossas interações e relações. Sabemos que homens negros, devido aos processos de colonização e escravização, não foram de certa forma livres para exercerem seus papéis enquanto chefes de família e as consequências vemos nos índices oficiais. Dependendo da vivência de cada homem negro, essa lógica pode ser introjetada causando assim uma sensação de impotência, de não capacidade em assumir um lugar social reservado para homens brancos: o de chefe de família. 

“É com muita, muita dor e em respeito a todos vocês que sempre torceram por nossa família, que venho comunicar que eu e o Luis não estamos mais juntos. Tá difícil e eu não tive escolha”

Por outro lado essa frase é a realidade da mulher negra, pois qual escolha ela teria numa situação dessa, não é? O homem negro ao introjetar a ideia de sua impotência, não se vê responsável em humanizar a mulher negra, ele espera o que a sociedade espera, que ela “aguente” qualquer coisa, corroborando assim com a animalização social ao qual mulheres negras são submetidas frequentemente. Ademais, a mulher negra como antes não era vista como objeto de desejo e corpo merecedor de afeto, acaba por sofrer retaliações mesmo quando escolhida a estar numa relação formal. A pergunta de milhões é: será que se fosse uma esposa branca, seria submetida a esta situação? Quantos homens negros abandonam suas esposas brancas no puerpério?

Esse texto tem o objetivo de demonstrar como é possível sim repetir as violências que o racismo produz em relações afrocentradas, e que o discurso “amor preto cura” é um esforço contínuo e um exercício de atenção concentrada, todo cuidado é pouco. A descolonização dos afetos é um caminho importante para que possamos garantir minimamente relações saudáveis, sem a poluição causada pelo ideal de ego branco imposto a nós. Humanizarmos de forma profunda, sem superficialidade.

Essa discussão não é para culpabilizar somente os homens negros, mesmo porque mulheres negras também enfrentam as mesmas problemáticas. É uma questão coletiva de nossa comunidade, de responsabilidade afetiva e de preservação de nossa sobrevivência enquanto grupo. É urgente a necessidade de olharmos para as nossas contradições, e se possível estarmos atentos para as armadilhas que o racismo nos prega. Bora descolonizar os afetos? 

Sequência do filme “Viagem das Garotas” será gravado em Gana

0
Foto: Divulgação

Estrelado por Regina Hall, Tiffany Haddish, Jada Pinkett Smith e Queen Latifah, o sucesso de bilheteria “Viagem das Garotas” já tem a próximo destino confirmado pela roteirista Tracy Oliver, para o segundo filme: elas vão para Gana, na África Ocidental.

Em entrevista à Variety, Oliver divulgou alguns detalhes sobre a sequência enquanto divulgava a segunda temporada da sua série “Harlem” do Prime Video, no Festival de Cinema de Sundance no último final de semana.

“[Will Packer, produtor do filme] vai me matar por dizer isso, mas o novo Viagem das Garotas vai se passar em Gana”, disse Oliver. “Isso está acontecendo oficialmente”.

Em janeiro de 2022, Packer anunciou que o filme teria uma sequência. A escritora disse que ainda tem que “escrever mais” para o projeto durante sua conversa com a Variety.

A comédia dirigida por Malcolm D. Lee, lançado em 2017, conta a história de quatro melhores amigas de longa data que viajam para Nova Orleans, durante o Essence Festival, para retomar a irmandade entre o grupo e os lados selvagens são redescobertos com muita dança, bebida e romance. O filme está disponível no Prime Video.

Aos 18 anos, atriz Marsai Martin será produtora executiva de série no Disney Channel

0
Foto: Reprodução/Instagram

As gravações de Saturdays tiveram início em maio de 2022, Marsai Martin assinou contrato com a Disney em novembro de 2021

Jovem e com uma carreira promissora, a atriz Marsai Martin, de 18 anos, acumula mais uma conquista profissional. Martin está prestes a estrear a série Saturdays, na qual trabalha como produtora executiva, no Disney Channel.

Em novembro de 2021, depois que um piloto da série foi escolhido pela Disney, Ayo Davis, presidente da Disney Branded Television, contou em entrevista ao portal Deadline que a empresa estava “emocionada por trabalhar ao lado de Marsai”.

Escrita por Norman Vance Jr., a série contará a história de Paris Johnson, vivida pela atriz Danielle Jalade, uma adolescente que ama patinação e que espera a chegada dos finais de semana para ir à pista de patinação, que considera ser seu santuário. “Eu sempre quis ter um tipo de patinação. Patinação é apenas isso! É tão grande na comunidade negra. É uma atividade divertida em geral, mas apenas a estética, a vibração disso, eu sou como , ‘Isso precisa ser mostrado mais'”, comentou Martin em entrevista.

De acordo com a Screen Magazine, as gravações de Saturdays tiveram início em maio de 2022, com previsão de encerramento no mês de setembro do mesmo ano. O portal ainda afirmou que inicialmente, seriam gravados 15 episódios de meia hora cada. A data de lançamento da série ainda não foi revelada. 

Esse não é o primeiro trabalho de Marsai como produtora. Em 2019, aos 14 anos, a jovem lançou o filme “A Chefinha”. O que lhe rendeu o título de Produtora Executiva mais Jovem de Hollywood da Guinness World Records

Dia de Iemanjá no Arpoador: festa no RJ reunirá atrações artísticas e religiosas

0
Fotos: Divulgação e Getty Images

Em 1923, há exatos 100 anos, os peixes estavam escassos na Praia do Rio Vermelho, em Salvador, coração da Bahia, e uma turma de 25 pescadores resolveu levar presentes a Iemanjá, pedindo fartura e prosperidade. A graça foi atendida e, daí em diante, todos os anos um número crescente de barcos saíam com oferendas no dia do Orixá mais cultuado do Brasil. Era 2 de fevereiro. Esse ano, haverá uma festa similar na Praia do Arpoador, no Rio de Janeiro.

Idealizada pelo músico Marcos André, de família umbandista e praticante do Candomblé, o Dia de Iemanjá no Arpoador 2023 reunirá, das 15h às 22h, representantes de casas de Umbanda e Candomblé de linhagens centenárias, além de grupos de jongo, afoxé, samba e maracatu, a fim de celebrar Iemanjá no seu dia. Marcos, que atua há 27 anos em quilombos de jongo do Vale do Café e em projetos culturais em Madureira, mobilizou cerca de 120 mestres, líderes religiosos, artistas e filhos de santo, integrantes de 10 grupos grandes, para o ritual na rede de comunidades tradicionais que coordena.

“Em 2020, sozinho no meio do isolamento da pandemia, senti muito forte a presença dos guias espirituais e tive uma revelação importante: um chamada para, junto com os meus, reunir as famílias dos terreiros e quilombos que participo para fazer uma festa de tambor nas areias da praia no Dia de Iemanjá. Os cariocas precisavam naquele momento pedir paz, equilíbrio e harmonia para as suas cabeças agitadas pela pandemia, mortes e pelo desgoverno que passamos”, recorda Marcos.

Ele conta que “no Candomblé, Iemanjá é justamente o Orixá que cuida do equilíbrio e paz das nossas cabeças, coisa que a gente precisa muito hoje. Ela é querida por todos, tem o poder de nos unir. Era uma hora importante também dos terreiros voltarem para as praias cariocas no Dia de Iemanjá. Uma rica tradição nossa que diminuiu muito. Uma afirmação e celebração da importância do tambor na história dessa cidade”.

A celebração – que começou no dia 2 de fevereiro de 2022, nas areias da Praia do Flamengo, marcando a abertura do Festival Multiplicidade, de Batman Zavareze – cresceu e, este ano, o axé para Iemanjá ocupará as pedras do Arpoador, em Ipanema, das 15h às 22h, com um número ainda maior de casas e grupos de matriz africana. Todo o ritual de oferendas será liderado pelo lendário Mestre Bangbala, 103 anos, o Ogan mais antigo do país em atividade e patrono do Dia de Iemanjá no Arpoador.

Afinado com os novos tempos da sustentabilidade e proteção dos mares, o antigo mestre é categórico: “Todas as oferendas do ritual serão biodegradáveis. Pedimos ao público que não leve plástico, vidro ou madeira. É uma saudação à Rainha do Mar, à sua morada e às forças da natureza. Somente flores e frutas serão oferecidas nas águas”, adverte Ogan Bangbala, no alto dos seus 103 anos.

Ao final o público será convidado para um mutirão de limpeza das areias e pedras ao redor da celebração.

Cortejo abre os trabalhos às 15h
A concentração do cortejo começará às 15h, no calçadão da praia de Ipanema, aos pés da estátua do Tom Jobim, com apresentações do grupo Tambores de Olokun, do Afoxé Filhas de Ghandy, do Afoxé Oré Lailai e do Ogan Kotoquinho.

Às 17h, casas de Umbanda e de Candomblé de origens centenárias e artistas de grupos de afoxé, jongo, samba e maracatu realizarão um grande cortejo com balaios de flores e frutas, presentes para Iemanjá, em direção à Pedra do Arpoador onde serão oferecidas.

Em seguida, será aberta uma Roda de Tambor na areia da praia, com pontos de Candomblé cantados pelo Mestre Ogan Bangbala e pelo Pai Dário de Ossain, do Ilê Axé Onixegun e mestre de jongo do Morro da Serrinha. Logo depois, o célebre cantor de umbanda, Tião Casemiro, vai entoar pontos de umbanda acompanhado pela sua orquestra de tambores.

Depois será a vez do Jongo do Pinheiral representar mais de 100 anos de história do Vale do Café, berço do jongo, na festa. “O jongo é considerado o pai do samba carioca e o Jongo de Pinheiral é incrível, um dos grupos de jongo mais antigos do país”, explica Marcos.

O Jongo de Pinheiral subirá ao palco ao lado dos jongueiros do Morro da Serrinha, de Madureira, da Companhia de Aruanda e de Marcos André. Para fechar a roda e a parte sagrada da festa, a Companhia de Aruanda e o grupo Samba Jongo convidarão o público para dançar muito samba de roda, coco, jongo e cirandas praieiras.

A apoteose final da festa será uma roda de samba, prevista para às 20h, a ser realizada num palco montado ao lado da Pedra do Arpoador, com a participação dos célebres sambistas Nina Rosa, Marcelinho Moreira, Hamilton Fofão, Carlinhos 7 Cordas, PH Mocidade, Nenê Brown, entre outros. Mais samba no pé promete embalar a plateia.

Durante todo o evento, a Feira Crespa estará a postos, com barracas de gastronomia e moda sob o comando de afroempreendedoras, bem ao lado do palco.

O Dia de Iemanjá no Arpoador vai contribuir para a visibilidade do calendário comemorativo de festas de Iemanjá que vem renascendo na cidade, celebração com forte identidade religiosa e cultural para a população do Estado do Rio, com potencial para gerar um impacto muito positivo na valorização das tradições cariocas de matrizes africanas e seus fazedores e para as cadeias produtivas do Turismo e da Economia Criativa do Rio de Janeiro.

Odoyá, Iemanjá. Salve a Rainha do Mar e as forças da natureza!

PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

15h – Concentração (em frente à estátua do Tom Jobim)

Tambores de Olokun

Ogan Kotoquinho

Afoxé Filhas de Ghandy

Afoxé Oré Lailai

17h – Cortejo e Presente para Iemanjá (Pedra do Arpoador)

17h30 – Roda de Candomblé com Ogan Bangbala e Pai Dário de Ossain

Roda de Umbanda com Tião Casemiro

Jongo de Pinheiral e Companhia de Aruanda

Samba de Roda, Coco e Ciranda com Companhia de Aruanda e grupo Samba Jongo

19h30 – Boas vindas com Ogan Bangbala, Tia Ira Rezadeira da Serrinha, Mestra Fatinha do Jongo de Pinheiral, Pai Dario de Ossain, Ogan Kotoquinho e Marcos André.

Roda de Afoxés e Umbandas

20h – Roda de samba com Nina Rosa, Hamilton Fofão, Marcelinho Moreira, Carlinhos 7 cordas, PH Mocidade, Nene Brown, Raymundo Jonathan e convidados.

22h – Encerramento

Das 15h às 22h – Feira Crespa

Dia de Iemanjá no Arpoador é uma realização do Instituto Floresta e da Rede de Patrimônio Imaterial do Estado do Rio, com patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro através do Edital Foca 2022, Prefeitura do Rio de Janeiro. Os parceiros são: Riotur, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Secretaria Municipal de Políticas da Mulher, Coordenadoria Executiva de Diversidade Religiosa, Subprefeitura da Zona Sul, Ilê Axé Onixegun, Companhia de Aruanda, Alalaô Kiosk e Hotel Arpoador.

Pai de 2, Luis Navarro termina casamento com Ivi Pizzott para “reencontrar sua essência” e recebe críticas

0

“Eu me encontro confuso com a vida e tomei a decisão de reencontrar a minha essência e pra isso precisei dar um tempo no relacionamento. Não lembro a última vez que fiquei sozinho pra refletir, que li um livro (…)” foi assim que o ator Luis Navarro, o “Mark de Todas as Flores” anunciou na última sexta-feira (20), que estaria dando um tempo da sua relação com a atriz Ivi Pizzott. Os dois são pais de duas meninas, e as justificativas dessa separação causaram muita polêmica, por conta da idade das crianças. A mais nova tem apenas 4 meses.

O anúncio do término do casal chocou os internautas, afinal, há apenas 4 meses Ivi Pizzott dava à luz a Zuri, sua segunda filha, fruto do casamento com o ator Luis Navarro. Durante toda a gestação até o início do pós-parto, o casal dividia com seus seguidores a rotina de papais de recém-nascido, compartilhando dicas, dores e delícias desse momento especial.

Na última sexta-feira veio o anúncio do término, em um longo texto o ator Luis Navarro detalhou o motivo da separação, segundo ele estava na hora de reencontrar a própria essência. “Ser pai, marido, artista e ser um dos alicerces de uma família preta não é pra poucos, meu espírito sucumbiu, enfraqueceu”, revelou Luiz.

Já em suas redes sociais a atriz e bailarina Ivi Pizzott anunciou o término do seu ponto de vista “Tá difícil e eu não tive escolha”.

“Daqui pra frente, é saber como vou lidar com a situação e pra isso, conto com o carinho, respeito e orações de vocês. 🙌🏾
Seguimos, da maneira mais cordial possível, como os melhores pais que pudermos ser pras nossas meninas. Elas merecem! ❤️” lamentou a atriz.

Nas redes sociais o assunto foi debatido por seguidores, formadores de opinião e ativistas. Afinal, Luis Navarro encerra um relacionamento de 7 anos para reencontrar sua essência e tentar ler um livro com um filho de 4 meses e uma parceira vivendo o puerpério.

Com todo esse assunto rolando, um questionamento também é levantado: a solidão da mulher negra. Por que é tão fácil para um homem abandonar uma mulher negra, ainda que em um dos momentos mais difíceis da sua vida? Por que os homens não lutam e nem se esforçam para manter seus relacionamentos quando sua parceira é uma mulher preta?

Atriz Regina King faz homenagem ao filho um ano após sua morte: “Continue a brilhar, minha luz guia”

0
Foto: Getty Images

Em suas redes sociais, Regina King compartilhou um vídeo com uma mensagem especial para Ian Alexander Jr., falecido em janeiro de 2022

A atriz Regina King compartilhou em suas redes sociais um post em homenagem ao filho, Ian Alexander Jr., que morreu no dia 22 de janeiro de 2022, aos 26 anos. King compartilhou um vídeo de uma lanterna de papel laranja voando e escreveu uma mensagem especial para o filho: “Minha coisa absolutamente favorita sobre mim é ser… Regina, a mãe de Ian, o Deus Rei. Continue a brilhar, minha luz guia”.

O texto também lembrava o dia do aniversário do rapaz: “19 de janeiro é o dia dos méritos de Ian. Enquanto ainda processamos sua ausência física, celebramos sua presença”.

Na legenda ela ainda ressalta: “Estamos todos em lugares diferentes do planeta … assim como Ian. Seu espírito é o fio que nos conecta. Claro que laranja é a sua cor favorita…É o fogo e a calma. Vejo você em tudo que respiro [sic]”.

Filho único da atriz, Ian Alexander Jr. foi encontrado morto em sua residência, no dia 22 de janeiro do ano passado, depois de cometer suicídio. “Nossa família está devastada no nível mais profundo pela perda de Ian”, teria informado King em um comunicado enviado à PEOPLE na época. “Ele é uma luz tão brilhante que se importava tão profundamente com a felicidade dos outros. Nossa família pede consideração respeitosa durante este tempo privado. Obrigada.”, dizia a nota.

Ian era filho da atriz com seu ex-marido, o produtor musical Ian Alexander Sr.

Clique aqui e encontre alguns links úteis para pessoas com pensamento suicida: https://www.cvv.org.br/links-uteis/

error: Content is protected !!