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Após eliminação do BBB, Gabriel Fop comenta fala racista sobre cabelo de Bruno

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Foto: Reprodução

Segundo eliminado do Big Brother Brasil 2023, Gabriel Fop afirma que foi infeliz na comparação

O modelo Gabriel Fop foi o segundo eliminado do Big Brother Brasil 2023, em meio a polêmicas sobre atitudes machistas, falas racistas e homofóbicas. Durante o bate-papo com o eliminado, ele comentou suas falas comparando o cabelo crespo de Bruno com o gramado sintético da casa, alegando que o brother tinha “cabelo duro”.

“Eu fui infeliz ali na comparação do cabelo dele, mas é que a gente estava falando sobre o gel e agora eu não tenho nem o que falar. Queria olhar dentro do olho dele. Talvez ele tenha se sentido incomodado e eu nem sei, ele não me falou nada”, disse Gabriel depois de ser questionado se percebeu algo nas falas com Bruno.

Fop afirmou que vai pedir desculpas a Bruno, “mesmo que ele não tenha se sentido ofendido”: “Como eu cometi alguns erros talvez eu nem tinha esse feeling. Então acredito que mais um negócio pra me deixar um pouco mais pra baixo. De sentir o Bruno quando ele sair, conversar com ele, pedir uma desculpa mesmo que ele não tenha se sentido ofendido acho que vai ser necessário e importante fazer isso”.

Durante a semana, Bruno foi alvo de uma série de “brincadeiras” de cunho racista, gordofóbico e homofóbico por parte de Gabriel, que em diferentes ocasiões disse que ele parecia o “Garfield de tão gordo”, além de dizer que Bruno era “Penélope Gordosa?”.

Dia de Iemanjá, celebrado no Arpoador, resiste contra apagamento histórico

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Foto: Divulgação

O Dia de Iemanjá, celebrado em 2 de fevereiro, é uma data super importante para as religiões de matriz africana no Brasil. A tradicional festa do Arpoador, no Rio de Janeiro, criada pelo estilista William Vohees, 55, e pelo maestro João Nabuco, retorna para 22º edição, nesta quinta-feira a partir das 14h, depois de dois anos sem realização devido à pandemia do Coronavírus.

“Precisamos nos abraçar novamente, a sorrir, a despertar o amor no olhar”, diz Vohees, em entrevista exclusiva ao Mundo Negro, sobre o tema “União” da festa deste ano, que chega a reunir cerca de cinco mil pessoas. “Do evento em si fica o legado do encontro. Pessoas que jamais se conectariam, eu faço questão de apresentar um ao outro”, conta.

“Eu e o maestro João Nabuco achamos que teríamos que homenagear Iemanjá pelos encontros que ela promoveu no passado e unir a cidade do Rio. Resolvemos que a festa seria uma grande homenagem tendo como tema a mulher”, explica William sobre a ideia de fazer da festa a primeira dedicada a orixá em 1999, inspirados na tradicional celebração que acontece no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

William, criador da festa de Iemanjá no RJ (Foto: Divulgação)

O estilista explica que no Rio de Janeiro tudo ocorre de forma embrionária, e não foi diferente no período de pandemia. “Utilizei a grana que já vinha separando para ajudar barraqueiros em sua maioria pretos e favelados. Uma campanha que deu certo. ‘Pague agora e consuma quando a pandemia passar”‘, conta. Sempre contando com o apoio de todos, William explica que “vários amigos depositaram 100 [reais] e agora, com o verão, tem o retorno em consumo, [mas] a maioria colaborou e não faz questão agora de consumir”.

Nos últimos dias, William viu um homem branco sendo anunciado como organizador da festa de Iemanjá no Arpoador e ficou muito ofendido com o apagamento histórico, sendo um homem negro. 

“Todos os anos a festa teve como base o voluntariado para tudo. Por vários anos o babalorixá Guru Anderson, nosso patrono, veio de São Paulo e ajudou para que a festa acontecesse. Já teve ano que o artista plástico Vik Muniz doou uma obra para fechar a conta. Esse ano, gentilmente recebemos apoio da prefeitura através do apoio FOCA. E esse ano fui surpreendido por um homem branco dizendo que a festa é de autoria dele”, reclama. 

Babalorixá Guru Anderson na festa de Iemanjá (Foto: Divulgação)

“Me fez lembrar a época em que minha mãe me levava para praia escura no final do ano com suas bolsas e comidas para esperar a entrada do Ano Novo. Copacabana era tomada por terreiros de Candomblé e Umbanda, onde só se via as luzes de velas formando um grande clarão. Hoje um dos maiores espetáculos do mundo. O Brasil infelizmente ainda não aceita preto coordenando ideias, festas e afins”, desabafa.

“Estou trabalhando a festa esse ano com muitas mulheres e em sua maioria preta. Tem preta designer, tem preta de comunicação visual e por aí vai…. A festa que organizo somos nós desde dos tempos de senzala”, diz William que faz o convite. “Convido mulheres de todo o segmento da sociedade. Desde artista até andina de casa preta que nunca veio à praia mesmo morando no Rio de Janeiro”.


Waller: Viola Davis volta a interpretar vilã em nova série da DC

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Foto: Warner Bros./Cortesia Coleção Everett

James Gunn e Peter Safran, os co-CEOs da DC Studios, revelaram as primeiras produções do novo DCU, nesta terça-feira (31). Entre eles, um dos mais aguardados é “Waller“, um spin-off da série “Pacificador” sobre a vilã Amanda Waller, estrelado por Viola Davis, da HBO Max.

A atriz interpretou a antagonista pela primeira vez no filme “Esquadrão Suicida“, em 2016, e na sequência lançada em 2021. Waller também teve uma participação especial em “Adão Negro“, de 2022, estrelado por Dwayne Johnson.

“Alguns dos personagens que estamos fazendo nós iremos mudar, já que isso é um multiverso, e alguns dos personagens vamos manter os mesmos atores”, disse Gunn sobre o retorno da Viola Davis.

A série será escrita por Christal Henry, roteirista do filme “Watchmen” e Jeremy Carver, de “Supernatural”. A história será ambientada entre as duas primeiras temporadas de Pacificador, que Gunn ainda desenvolve.

No universo da DC Comics, Amanda Waller é diretora da organização A.R.G.U.S. e fundadora do grupo de anti-heróis que atuam em operações secretas. Uma das personagens mais perigosas, que conquistou o respeito e o ódio de políticos dos Estados Unidos.

Nos quadrinhos, Amanda intimida até o Batman em diversos momentos e já foi considerada uma das melhores vilãs de todos os tempos, pela IGN.

Com 5 indicações ao Oscar, “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” chega no Disney+

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O filme que se tornou a terceira maior bilheteria americana e mundial de 2022 chega na próxima quarta-feira (1) na plataforma de streaming Disney+, assim, os fãs poderão assistir novamente a linda homenagem prestada a Chadwick Boseman e o renascimento do povo de Wakanda em meio a dor do luto.

A produção recebeu 5 indicações ao Oscar, sendo elas: Melhor Atriz Coadjuvante para Angela Bassett, Melhor Canção Original com “Lift Me Up” na voz de Rihanna, Melhor Figurino, por Ruth E. Carter, Melhor Cabelo e Maquiagem e Melhores Efeitos Visuais.

“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” poderá ser visto no Disney+ a partir das 4 da manhã do dia 1º de fevereiro

Sobre o filme:

Após a morte de T’ChallaRamonda se une a Shuri (Letitia Wright) e a Okoye (Danai Gurira) a fim de enfrentar uma nova ameaça que chega a WakandaNamor (Tenoch Huerta), o líder da nação submersa Talokan.

Após as grandes potências mundiais descobrirem que em Talokan também há vibranium, o líder Talokan está disposto a tudo para manter seu povo oculto do resto do planeta. Mesmo que isso signifique entrar em conflito direto com a nação africana.

M’Baku (Winston Duke) e as Dora Milaje (incluindo Florence Kasumba) se juntam a esta luta para proteger seu país. Com a ajuda da Cão de Guerra Nakia (Lupita Nyong’o) e do agente Everett Ross (Martin Freeman), eles tentam encontrar um novo caminho para Wakanda.

Além disso e – em meio a um cenário de dor, perda e destruição – é preciso descobrir como e quem assumirá novamente o manto do Pantera Negra.

Fonte: Disney+

Ele não para: Will Smith confirma Bad Boys 4, com Martin Lawrance

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Parece que a polêmica do Oscar do ano passado não parou os planos de Will Smith de continuar fazendo filmes que levam multidões ao cinema. Nas suas redes, Smith confirmou que ele e seu parceiro Martin Lawrance gravarão “Bad Boyy 4”.

A Sony Pictures confirmou na revista Variety que a sequência ainda sem título está em processo de pré produção com Adil El Arbi e Bilall Fallah e será escrita pelo roteirista Chris Bremner.

Informações sobre data de estreia ainda não foram divulgadas, mas os fãs aguardam ansiosos o retorno da dupla após 3 anos de “Bad boys para sempre”

O ator Will Smith reforçou o anúncio através de um reels em seu Instagram.

https://www.instagram.com/p/CoFkzJDpP39/

Sheryl Lee Ralph vai abrir show de Rihanna no Super Bowl 2023

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Foto: Jeff Kravitz/Filmmaagic

A atriz Sheryl Lee Ralph anunciou em seu Instagram que vai abrir o show da cantora Rihanna em seu primeiro Super Bowl, previsto para acontecer no dia 12 de fevereiro. Aos 66 anos, a atriz fez história ao vencer o Emmy na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia por seu trabalho em Abott Elementary.

“Alguém me acorde desse sonho! Nunca desista de você, baby! Cantarei Lift Every Voice and Sing no Super Bowl LVII – Vejo vocês lá”, comemorou a atriz na rede social.

Ralph, que também é cantora, contou que vai performar a canção “Lift Every Voice and Sing”. A música tem um significado especial. para a comunidade afro-americana, sendo considerada pela Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), dos Estados Unidos, o “hino nacional negro”.

Sheryl Lee Ralph emocionou o público do Emmy ao fazer um discurso emocionado: “Para qualquer um que já teve um sonho e pensou que seu sonho não poderia se tornar realidade, estou aqui para lhe dizer que acreditar é assim. É assim que se parece o esforço”, disse na ocasião.

Meninas negras celebram aprovação em universidades de prestígio

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Fotos: Reprodução/Instagram

Meninas negras recebem aprovação de universidades de prestígio e comemoram nas redes sociais. A estudante Fatou Ndiaye foi aprovada na Gettysburg College, nos Estados Unidos, onde irá cursar Economia Matemática e Ciências Política e relembrou quando foi vítima de racismo em colégio particular no Rio de Janeiro, em 2020.

“Seu valor é determinado por você. Você não deve depender de ninguém para saber quem você é. – Beyoncé Knowles”, começa citando a Queen Bey. “Toda vez que me perguntam como eu me senti após o caso de racismo que eu passei no Colégio Franco-Brasileiro essa frase era a minha resposta. Nos últimos três anos eu tive enumeras oportunidades para mostrar que eu era muito mais que uma manchete. Eu agarrei cada uma delas”, explica.

Além do curso em que foi aprovada, Fatou também anunciou que ganhou outra bolsa de estudos, “através do programa do Instituto Eisenhower, que oferece aulas com políticos influentes em diversos lugares do mundo e outras oportunidades acadêmicas”.

A estudante aproveitou a oportunidade para agradecer aos pais, familiares, amigos, a equipe da Escola Eleva, entre outros profissionais envolvidos para que se tornasse possível a aprovação em uma universidade internacional e no trabalho como criadora de conteúdo. “Agora rumo à uma nova etapa. Estamos só começando”, finaliza o texto em comemoração.

Uma aluna negra do renomado Colégio Marista Arquidiocesano, em São Paulo, também recebeu ótimas notícias! Bianca Camillo da Hora, 17, foi aprovada na USP (Universidade de São Paulo) e na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), nos cursos de Física Médica, Engenharia Física e Biomedicina. A vestibulanda relatou as dificuldades que enfrentou até chegar neste momento tão importante.

“Vou ser sincera com vcs, durante o ano eu não fui a melhor Bianca possível. Tiveram muitos dias em que eu tive preguiça, vontade de desistir e confiança concreta que eu não ia conseguir alcançar nada. Esse ano foi o mais cansativo da minha vida, sem dúvidas!”, conta.

“Apesar disso, eu dividi momentos com as pessoas mais especiais pra mim atualmente. O carinho delas me salvou. Com elas eu aprendi que por mais que eu não ache, o meu melhor foi o que eu consegui fazer no momento, e tá tudo bem! Esse melhor me trouxe esse resultado incrível que eu me orgulho muito. E se não fosse agora, exatamente, seria mês que vem, ano que vem…”, reflete Bianca.

Depois de explicar a importância de ter uma rede de apoio, Bianca deixou os agradecimentos para celebrar a aprovação nas universidades. “Aos grandes mestres que eu tive esse ano, vocês são gigantescos! Obrigada. BJ NOS MEUS BESTS DO ARQUI MEUS GATOS AMO VCS. OBRIGADA EM DOBRO PRA MINHA FAMÍLIA!”, finaliza.

Influenciador Junior Caldeirão denuncia racismo e homofobia durante abordagem policial

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Foto: Reprodução/Instagram

No último domingo (29), o influenciador Junior Caldeirão, denunciou em seu Instagram uma abordagem policial sofrida pela família na saída de uma festa em Madre de Deus, na Bahia.

De acordo com o influenciador, um familiar estava saindo do Festival de Madre, que acontece na cidade, quando foi abordado por policiais e acusado de ter cometido um roubo em Feira de Santana, tendo sido agredido durante a abordagem. Outro familiar que tentou intervir também foi agredido pelos policiais.

https://twitter.com/FOFOQUEl/status/1619694699442499585

Segundo Caldeirão, na delegacia, os policiais abriram o perfil do influenciador na frente dos primos. “Levaram eles presos. Chegando lá dentro abriram meu perfil e começaram a fazer chacota dos meus primos, falando que meus primos me comiam, humilharam eles”, contou ele. “Falaram, ‘Ah, então vocês são parentes daquele v* [em referência à palavra ‘vindo’, usada de forma pejorativa para se referir a homossexuais]”, continuou ele.

No Instagram, o prefeito da cidade, Dailton Filho, soltou uma nota sem citar diretamente o caso: “”Estamos buscando, juntos aos órgãos competentes, por meio do diálogo, que o trabalho dos policiais e demais profissionais que prestam suporte na segurança de nosso evento, seja executado seguindo sempre a obediência aos procedimentos técnicos usuais em quaisquer circunstâncias”.

Os vídeos das agressões foram compartilhados pelo influenciador no Twitter. 

Estudar cultura negra para avançar até constituir o país justo que podemos ser

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foto: Freepik

Por Prof. Dr. Ivair Augusto Alves dos Santos

A sociedade brasileira é estruturalmente racista, hierarquizada e violenta em diferentes dimensões. O racismo é exercido sem a necessidade de expor a raça e de afirmar a superioridade já posta do branco, pois ele é dinâmico, se renova e atualiza com muita rapidez.

A educação reproduz esse racismo de muitas formas. Em sala de aula, na relação aluno e professor. No currículo, nos materiais didáticos e paradidáticos. Na hierarquia da escola. Os intelectuais negros e as lideranças do movimento negro denunciaram essa violência ao longo dos séculos XIX e XX, e só no XXI conseguiram aprovar uma legislação educacional que colocava o tema do racismo. A partir de 2003, em razão da obrigatoriedade da Lei 10.639, os representantes do Estado brasileiro foram instados a iniciar um processo de reparação histórica. A assumir a responsabilidade de eliminar a invisibilidade do negro, de fazer a crítica aos estereótipos associados a ele e de resgatar a sua história no Brasil.

O combate à discriminação racial e ao racismo nas instituições educacionais públicas e privadas foi incumbido, de forma compartilhada, aos gestores, diretores  de  escola, coordenadores pedagógicos, professores, pesquisadores, e também às merendeiras, aos vigias e demais funcionários, incluindo ainda no esforço as famílias dos estudantes e o entorno da comunidade escolar. Todos foram convocados ao esforço de combater o racismo estrutural ali onde se ensina como funciona o mundo, e onde se aprende que é possível mudá-lo para funcionar melhor.

A Lei 10.639 reconhece que vivemos em uma sociedade com múltiplas culturas. Falar em sociedades plurais é pensar na diversidade cultural, religiosa e étnica, e reconhecer a legitimidade de todas as suas expressões. Mas uma sociedade multicultural não é a fragmentação dela mesma em partes estanques, isoladas, e sim a combinação de pluralidades, intercâmbios e comunicações, que se expressam mediante suas culturas e produzem um ambiente efetivamente democrático. Pensar na sociedade brasileira como sendo multicultural pressupõe que ela seja constituída com base na democracia, a participação de todos os grupos sociais e culturais componentes da nação.

As instituições escolares desempenham um papel fundamental na conquista de uma sociedade mais justa e, sobretudo democrática. Uma educação multicultural reconhece que não vivemos num mundo homogêneo e admite a existência de diferentes grupos sociais. Essa é base da Lei 10.639/2003 — uma conquista que levou décadas de negociação, articulação política, trabalho intelectual e pressão do movimento negro, para promover a alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) e estabelecer a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, na Educação Básica do país.

Uma lei criada para dar diretrizes e orientar a formulação de projetos de valorização dos afro-brasileiros e africanos, na imensa contribuição histórica e cultural que deram e dão ao país. Diretrizes e projetos comprometidos com a produção de relações étnico-raciais positivas, a que os novos conteúdos educacionais devem conduzir. Como ficou claro em parecer do Conselho Nacional de Educação sobre ela, de 2004.

“É importante salientar que tais políticas têm como meta o direito dos negros se reconhecerem na cultura nacional, expressarem visões de mundo próprias, manifestarem com autonomia, individual e coletiva, seus pensamentos (…). A demanda por reparações visa a que o Estado e a sociedade tomem medidas para ressarcir os descendentes de africanos negros, dos danos psicológicos, materiais, sociais, políticos e educacionais sofridos sob o regime escravista, bem como em virtude das políticas explícitas ou tácitas de branqueamento da população, de manutenção de privilégios exclusivos para grupos com poder de governar e de influir na formulação de políticas, no pós-abolição. Visa também a que tais medidas se concretizem em iniciativas de combate ao racismo e a toda sorte de discriminações”.

Ao reler esse documento histórico, coordenado por sua relatora, a professora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, não podemos deixar de celebrar a grande conquista que ele representa. Mas há desafios importantes a vencer, para que a Lei 10.639 ganhe efetividade. Os sistemas de ensino e os estabelecimentos educacionais, nos níveis de Educação Infantil, Fundamental, Média, de Jovens e Adultos, e Superior, ainda precisam converter em realidade alguns pontos essenciais do parecer técnico do CNE. Tais como:

– Garantia, pelos sistemas de ensino e entidades mantenedoras, de condições humanas, materiais e financeiras para execução de projetos, com o objetivo de Educação das Relações Étnico-raciais e estudo de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, assim como organização de serviços e atividades que controlem, avaliem e redimensionem sua consecução, que exerçam fiscalização das políticas adotadas e providenciem correção de distorções.

– Inclusão de personagens negros, assim como de outros grupos étnico-raciais, em cartazes e outras ilustrações sobre qualquer tema abordado na escola, a não ser quando tratar de manifestações culturais próprias, ainda que não exclusivas, de um determinado grupo étnico-racial.

– Introdução, nos cursos de formação de professores e de outros profissionais da educação: de análises das relações sociais e raciais no Brasil; de conceitos e de suas bases teóricas, tais como racismo, discriminações, intolerância, preconceito, estereótipo, raça, etnia, cultura, classe social, diversidade, diferença, multiculturalismo; de práticas pedagógicas, de materiais e de textos didáticos, na perspectiva da reeducação das relações étnico-raciais e do ensino e aprendizagem da História e cultura dos Afro-brasileiros e dos Africanos.

– Inclusão, respeitada a autonomia dos estabelecimentos do Ensino Superior, nos conteúdos de disciplinas e em atividades curriculares dos cursos que ministra, de Educação das Relações Étnico-Raciais, de conhecimentos de matriz africana e/ou que dizem respeito à população negra. Por exemplo: em Medicina, entre outras questões, estudo da anemia falciforme, da problemática da pressão alta; em Matemática, contribuições de raiz africana, identificadas e descritas pela Etno-Matemática; em Filosofia, estudo da filosofia tradicional africana e de contribuições de filósofos africanos e afrodescendentes da atualidade.

– Instalação, nos diferentes sistemas de ensino, de grupo de trabalho para discutir e coordenar planejamento e execução da formação de professores para atender ao disposto neste parecer quanto à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao determinado nos Art. 26 e 26A da Lei 9394/1996, com o apoio do Sistema Nacional de Formação Continuada e Certificação de Professores do MEC.

A Lei 10.639 está em vigor e vem produzindo efeitos notáveis de mudança social e reposicionamento do negro na sociedade brasileira. Falta fazê-la valer em toda a sua extensão e avançar até constituir o país diverso, integrado e justo que podemos ser. Para a vida plena que queremos ter.

Adama Niane de ‘Lupin’, morre aos 56 anos e Omar Sy lamenta: “grande ator”

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Foto: Reprodução

O ator francês Adama Niane, famoso por integrar o elenco da série “Lupin“, da Netflix, faleceu no último domingo (29), aos 56 anos. A causa da morte não foi revelada.

Grande sucesso do streaming, em Lupin, Adama interpretou o ex-presidiário Léonard Kone, assassino contratado pelo vilão Hubert Pellegrini. 

Omar Sy, protagonista da série, lamentou a morte do colega no Twitter, confirmando a morte do ator: “Envio minhas profundas condolências aos entes queridos de Adama Niane, um grande ator ao lado do qual tive a chance e o prazer de interpretar. Um homem de rara benevolência… Que sua alma descanse em paz”.

Adama Niane já esteve em outras grandes produções de sucesso como as séries A ilha dos 30 caixões, Recursos Desumanos e A Louva-a-Deus, e os filmes Um Amor Necessário e Estranhos em Casa.

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