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“Quilombo nos Parlamentos” elege 26 candidaturas negras; número não representa avanço de representatividade

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Foto: Reprodução.

Para articuladora, o número não representa avanço de representatividade no Legislativo.

O Quilombo nos Parlamentos, iniciativa da Coalizão Negra por Direitos para reduzir hiatos de representatividade no Congresso e nas assembleias estaduais, elegeu 26 parlamentares nas eleições do último dia 2 de outubro.

Para Sheila de Carvalho, articuladora da Coalizão Negra por Direitos e diretora política do Instituto de Referência Negra Peregum, o resultado não indica avanços na representatividade no Poder Legislativo, já que o número de representantes do movimento negro permaneceu o mesmo, e deputados com longa trajetória de defesa de direitos da população negra não se reelegeram. Além disso, dado o perfil do restante dos deputados e senadores eleitos, ela prevê um cenário de forte resistência no Parlamento a propostas de avanço na defesa de direitos da população negra, indígena e mulheres.

“Com o resultado da eleição no último domingo, o Senado, principalmente, tornou-se muito mais alinhado ao Bolsonarismo e à política de morte contra a população negra. Precisamos nos preparar para uma casa mais violenta e menos receptiva às agendas voltadas para essa população”.

Os deputados federais eleitos são Valmir Assunção – PT/BA, Dandara Tonantzin – PT/MG, Carol Dartora, PT/PR, Benedita da Silva – PT/RJ, Henrique Vieira – PSOL/RJ, Talíria Petrone – PSOL/RJ, Denise Pessôa – PT/RS, Erika Hilton – PSOL/SP, a segunda mais votada do PSOL em SP e a primeira mulher negra trans a assumir um assento no Congresso Nacional.

Entre os estaduais, estão Olívia Santana – PCdoB/BA, Andreia de Jesus – PT/MG, Macaé Evaristo – PT/MG, Carlos Bordalo – PT/PA, Lívia Duarte – PSOL/PA, Renato Freitas – PT/PR, Dani Portela – PSOL/PE, Renata Souza – PSOL/RJ, Veronica Lima – PSOL/RJ, Dani Monteiro – PSOL/RJ, Divaneide Basílio – PT/RN, Matheus Gomes – PSOL/RS, Bruna Rodrigues – PCdoB/RS, Laura Sito – PT/RS, Paula Nunes (Bancada Feminista) – PSOL/SP, Monica Seixas (As Pretas) – PSOL/SP, Leci Brandão – PCdoB/SP, Thainara Farias – PT/SP

Ao todo, essas candidaturas receberam mais de quatro milhões e 200 mil votos e são, reconhecidamente, ligadas ao combate ao racismo e aos movimentos negros em seus locais de atuação, diferentemente de outras candidaturas que aparecem computadas como negras apenas por autodeclaração.

Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul completa 15 anos

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Foto: Divulgação.

Maior janela negra cinematográfica da América Latina celebra a luta e a trajetória de importantes nomes que já passaram pelo evento.

Memória, incentivo, visibilidade. Essas são as propostas do Encontro de Cinema Negro, que chega aos 15 anos de resistência, com determinação, criatividade e resiliência, divulgando a produção de filmes de artistas pretos. Criado pelo saudoso diretor e ator Zózimo Bulbul, o evento comemora os 15 anos já de olhos – e câmeras – voltados para os próximos 15. De 18 a 24 de outubro, as telas do Cine Odeon, CCJF, Estação Net Rio e Estação Botafogo receberão 150 filmes, entre longas, médias e curtas, nacionais e internacionais de diversos eixos narrativos. 

Serão filmes com temáticas Queer, Masculinidades Negras, Olhares sobre infâncias negras e Meio Ambiente & Subjetividades, entre outros, dos quais 46 dos selecionados foram dirigidos por mulheres, 79 obras cinematográficas do sudeste, sendo 52 realizados por cariocas, e 10 filmes dirigidos por pessoas queer, além de Atividades formativas, Lançamento  do livro “Empoderadas Narrativas Incontidas do Audiovisual Brasileiro”, de Renata Martins, Master Class, Debates e Pitching.

Dentre os filmes internacionais, estão “The Gravedigger’s Wife”, indicado ao Oscar e vencedor do maior prêmio de ficção do FESPACO (Festival Pan-Africano de Cinema e Televisão de Ouagadougou) e “Garderie Nocturne”, vencedor do maior prêmio de documentários do FESPACO. Também será exibido o filme jamaicano “Jonkonnu Nunca Morre”, que recebeu menção honrosa no Short Cannes. A programação abre caminhos às potências diversas desenvolvidas no cinema negro contemporâneo, com salas de exibição de tema livre. 

“Os 15 anos do Encontro de Cinema Negro serão uma grande celebração, mas principalmente a divulgação de uma ação política, que demonstra o êxito de resistência e luta desde sua criação por Zózimo Bulbul, que fez do Encontro de Cinema Negro um projeto de vida orgânico que nasceu naturalmente. São 15 anos para atrás e 15 para frente, o que chamo de olhar para fora, pois ainda não se sabe o que nos aguarda nos próximos anos. Este evento é fruto de muitas conquistas, mas também de muitas frustrações em decorrência da invisibilidade da cultura negra na sociedade brasileira e da falta de espaço para o protagonismo negro em todos os segmentos do audiovisual, gerados pelo racismo estrutural que ainda vivemos em nosso país”, observa Biza Vianna, diretora e produtora executiva do Encontro.

O Encontro do Cinema Negro tem por finalidade a promoção da cultura afro-brasileira e de seus artistas, além de elaborar projetos e ações que visem à realização permanente de atividades culturais. Seu foco é a valorização das produções cinematográficas brasileira, africana e caribenha, como um ato social de transmissão de sabedoria, formação técnica e artística, profissionalização e inclusão no mercado de trabalho.

‘Queen & Slim’: Suspense estrelado por Daniel Kaluuya e Jodie Turner-Smith é lançado na Netflix

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Foto: Divulgação.

O filme ‘Queen & Slim’, estrelado por Daniel Kaluuya e Jodie Turner-Smith foi disponibilizado de forma integral na Netflix. Lançado mundialmente no ano de 2019, o longa conta a história de um casal que ao sair de casa para vivenciar o primeiro encontro, acabam se deparando com uma tragédia envolvendo a polícia.

“O único crime que nossos personagens realmente cometem é serem negros”, disse Kaluuya em entrevista ao site Time Out. “O crime é cometido por causa da opressão – eles estão se defendendo. [O perfil racial está] desencadeando para ambos e é o que leva à conexão deles”.

Foto: Divulgação.

Dentro do filme, o casal acaba sendo detido por uma pequena infração de transito. Contudo, a situação se agrava, trazendo resultados trágicos quando Slim mata um policial em legítima defesa. Dirigido por Melina Matsoukas, o filme foi gravado com diversas cenas complexas, incluindo sob a perspectiva dentro de um carro.

“É muito mais difícil do que parece: cada cena levou duas horas para ser montada“, revelou Kaluuya sobre a gravação de ‘Queen & Slim’. “O clima afetava tudo: se estivesse quente, era bom para ela [Jude]; se estava frio, era bom para mim porque eu estava com o agasalho de veludo“.

“Negros foram condenados desproporcionalmente”, diz Joe Biden ao perdoar presos por porte de maconha

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Foto: Joshua Roberts / Reuters.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta tarde de quinta-feira (6) o perdão federal para pessoas que foram presas por porte simples de maconha. O político citou a questão racial como uma das justificativas, destacando que “enquanto pessoas brancas, pretas e pardas usam maconha em taxas semelhantes, pessoas negras e pardas foram presas, processadas e condenadas desproporcionalmente.

Biden pediu ainda aos governadores dos Estados Unidos que adotem medidas relacionadas ao porte de maconha nos cenários estaduais. “Muitas vidas foram derrubadas por causa de nossa abordagem fracassada sobre a maconha”, acrescentou ele. “É hora de corrigirmos esses erros.”

De acordo com a Casa Branca, o perdão pode ajudar milhares de pessoas a superarem obstáculos relacionados à compra de imóveis ou a busca por novos empregos. “Estou perdoando todas os crimes federais anteriores de simples porte de maconha”, disse Biden. “Existem milhares de pessoas que foram anteriormente condenadas por posse simples e que podem ter perdido emprego, moradia ou oportunidades educacionais como resultado. Meu perdão removerá este fardo”.

Vale destacar que o perdão não cobre condenações por posse de outras drogas ou por acusações relacionadas à produção ou posse de maconha com a intenção de distribuir. “O Departamento de Justiça administrará rapidamente a proclamação do presidente, que perdoa indivíduos que se envolveram no simples porte de maconha, restaurando direitos políticos, civis e outros aos condenados por esse crime”, disse o departamento em comunicado.

Jada Pinkett Smith deve publicar livro de memórias  em 2023: “sem restrições”

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Foto: Rich Fury / Getty

A atriz e apresentadora Jada Pinkett Smith, 51, está preparando um livro de memórias que deve ser lançado no ano que vem. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (6) pela editora Dey Street, marca da HarperCollins. 

A informação é de que a apresentadora do Red Table Talk contará “memórias honestas e emocionantes” sobre sua trajetória, além de dar detalhes sobre o que chamou de “casamento complicado com Will Smith”. De acordo com informações da revista People: “Sem restrições, Jada revela sua educação não convencional em Baltimore – de filha de dois viciados a uma promissora estudante de teatro e um violento interlúdio como um pequeno traficante de drogas – seguida por uma ascensão paralela ao estrelato ao lado de seu amigo próximo Tupac , então apaixonar -se e casar-se com Will Smith , e um alegre abraço da maternidade.”

O comunicado enviado para a imprensa pela editora diz que “No coração deste livro poderoso”, descreve, “estão duas histórias de amor inesperadas, uma delas sendo o casamento complicado de Jada com Will Smith, a outra sendo aquela com ela mesma.”

De acordo com a equipe de comunicação da editora, o livro “relata as lições aprendidas ao longo de uma jornada difícil, mas fascinante – uma montanha-russa das profundezas da depressão suicida às alturas da redescoberta pessoal e da celebração do poder feminino autêntico”, detalha.

“No centro de todas as especulações e histórias falsas está uma mulher que, como tantas mulheres, teve que conciliar sua personalidade com as necessidades daqueles que ama. Este livro de memórias é Jada dando ao mundo sua verdade, levando os leitores a uma jornada de menina perdida a mulher guerreira”, detalhou Carrie Thornton, vice-presidente da Dey Street Books e diretora editorial. “É uma grande honra fazer essa jornada com ela.”

Kanye West é acusado de copiar ideias de pequenos designers: “Em vez de nos apoiar, ele nos rouba”

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Foto: AFP / Los Angeles Times.

O rapper Kanye West está sendo acusado de roubar ideias criativas de pequenos designers em ascensão. O artista teria, supostamente, copiado uma série de projetos e inserido em peças de sua marca, a Yeezy. Os recentes óculos prateados, lançados por Kanye e que se tornaram um sucesso imediato entre as celebridades, estão sendo descritos como uma cópia.

Kanye West utilizando óculos prateado. Foto: Getty Images.

Francisco Mateo Baca, que também atende por Franky Baca, acredita que alguém da equipe de Ye “pegou emprestado” seu conceito para os óculos de sol e aplicou dentro da Yeezy. Baca conta ainda que trabalhou em suas próprias versões do produto por cerca de dois anos antes de compartilhar imagens com representantes do rapper. Ele revela que recebeu um convite para conversar com o time criativo de Kanye, chegando a mostrar diversos materiais seus para a equipe do artista. Tempos depois, a Yeezy apareceu com itens semelhantes aos designers de Baca, mas sem nenhuma menção, crédito ou valor financeiro em troca.

@b.frankybaca Not accusing anyone specifically but I need your help small creatives! My design taken from hero’s 😑 #sustainablefashion #smallbusiness #kanyewest #yeezy #stolen #fyp ♬ original sound – Before Franky

Além dos óculos, Baca também diz que Kanye e seu time copiaram outras peças, envolvendo balaclavas. “Meus designs foram roubados pelo meu herói. Ninguém quer ir contra alguém que é um herói publicamente de maneira negativa. É algo que foi muito difícil para mim”, relata ele.

O jovem profissional não está sozinho em sua experiência específica com Yeezy. A Harlem Legendary6ix, pequena marca com base em Nova York, também já acusou Kanye West de roubo, dessa vez, pela concepção de um chapéu estilizado. “Ele [West] me disse para trazer todos os chapéus que eu tinha em estoque, relatou Harlem. “Ele nos disse para fazer algumas [ideias] para uma colaboração com a Yeezy, mas depois que fizemos, Kanye parou de responder. Agora, em vez nos apoiar, ele rouba nossa ideia e faz seu próprio chapéu.”

Ambos os designers relatados dizem que se encontraram com a equipe de Kanye e tempos depois viram suas ideias criativas serem expostas sem os devidos créditos. Até o momento, nenhum representante do rapper ou da Yeezy falou sobre o assunto. Durante a última semana, cercado de polêmicas, West estreou sua nova coleção na Semana de Moda de Paris.

Bolsonaro bloqueia R$ 2,4 bilhões da educação e personalidades negras reagem

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Fotos: Magê Monteiro/UOl e Reprodução/Redes Sociais

Jair Bolsonaro bloqueou R$ 2,4 bilhões do orçamento do MEC (Ministério da Educação) deste ano. O corte será impactado na educação infantil, além das universidades e institutos federais. O orçamento para a educação infantil para 2023 é de R$ 5 milhões. Um corte de 96,6% em relação a 2022.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (5), com o ofício enviado através do Decreto 11.216. Até o momento, o MEC e o Ministério da Economia não se pronunciaram sobre as razões dos cortes.

O candidato à Presidência da República desta eleição, Leo Péricles, convocou a população para grande ato no dia 18 de outubro contra o corte, em nome do partido UP (Unidade Popular). “Mais uma vez o fascista ataca a educação pública no Brasil. O inimigo da educação confiscou 2,4 bilhões de reais das verbas dos Institutos e Universidades Federais, que já estão com seus orçamentos sufocados”.

https://twitter.com/LeoPericlesUP/status/1577815419783634945

Erika Hilton, deputada federal eleita no último domingo (2), anunciou nesta manhã que a bancada de parlamentares do PSOL protocolou um Decreto para suspender o confisco da verba. “NÃO PERMITIREMOS a destruição das Universidades brasileiras!”, twittou.

https://twitter.com/ErikakHilton/status/1578029048139087873

O advogado e filósofo Silvio Almeida, também se pronunciou no Twitter contra o confisco no MEC: “Bolsonaro é inimigo declarado da educação, dos professores e, especialmente, da juventude deste país”.

A professora e ex-BBB Jessi Alves, lembrou que o anúncio foi feito no Dia Mundial dos Professores, 5 de outubro. “Vocês sabiam que a educação é a área mais atingida pelo atual governo? Para onde está indo esse dinheiro?”, questionou.

Em outro tweet, ela ainda alfineta a população pela sabedoria na hora de votar: “Enquanto isso, os governos anteriores triplicaram o investimento nos diferentes níveis da educação, criaram centenas de universidades e creches, reestruturou o ENEM, fortaleceu o PROUNI e FIES. A nossa resposta precisa ser nas urnas!”.

Já o deputado estadual do Rio Grande do Sul, Matheus Gomes, também eleito no último domingo, puxa o ‘Fora Bolsonaro’ nas redes sociais, convocando todos ao ato: “O movimento estudantil vai à luta de novo. Se preparem, vai ter tsunami da educação na rua contra Bolsonaro!”

Durante show, Mano Brown anuncia novo disco dos Racionais MC’s

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Foto: Jef Delgado

“Vem aí disco novo 2023”, anunciou o rapper Mano Brown durante um show do grupo Racionais Mc’s em Ribeirão Preto, no interior paulista, para a plateia. Por enquanto, não há detalhes sobre o nome do novo projeto. Confira:

https://twitter.com/portalrapdab/status/1577742614111084546?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1577742614111084546%7Ctwgr%5Ea2c0c0d2712175a09f92a109179ff9fb0953674c%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fexame.com%2Fpop%2Fracionais-mcs-anuncia-novo-album-para-2023-diz-mano-brown%2F

O último álbum, ‘Cores & Valores’, foi lançado há 8 anos, em 2014. Antes disso, eles ficaram 12 anos sem nenhum lançamento. Nesta semana, Racionais Mc’s anunciou também a venda da nova prensagem do LP deste álbum. “O disco recebe uma edição de luxo com vinil 180 gramas, capa gatefold (dupla) empastada, livreto com ficha técnica, fotos inéditas e letras revisadas. A edição ainda acompanha um pôster exclusivo 70×50 cm”, diz na publicação do perfil no Instagram. 

O grupo formado na zona sul de São Paulo, por Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay, somam quatro álbuns gravados em estúdio, lançados em 34 anos de carreira: Raio X Brasil (1993), Sobrevivendo no Inferno (1997), Nada como um Dia após o Outro Dia (2002) e Cores & Valores (2014).

Com a agenda cheia sempre cheia, em setembro o grupo de rap se apresentou pela primeira vez no Rock In Rio e foi atração principal no Palco Sunset.

Dona de loja no Rio de Janeiro é denunciada por racismo e injúria racial pelo MP

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Foto: Reprodução/TV Globo

O Ministério Público denunciou a chinesa Li Chen por racismo, injúria racial, dano ao patrimônio privado e vias de fato depois que a mulher, de 48 anos, foi presa em flagrante no mês de setembro, quando teria feito ataques racistas a uma cliente em sua loja de bijuterias, localizada em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. 

De acordo com informações do G1, a denúncia feita pelo órgão contra Li Chen afirma que um acordo de não persecução “não se mostra suficiente” e aponta que os crimes cometidos pela mulher “atingem, direta ou indiretamente, uma coletividade”:  “não se mostra suficiente para reprovação e prevenção dos crimes, devido à prática de crime de racismo e de injúria racial, notadamente porque são crimes que atingem, direta ou indiretamente, uma coletividade indeterminada de indivíduos”.

A denúncia ainda afirma que: “A denunciada, agindo consciente e voluntariamente, recusou e impediu acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender e receber cliente comprador na loja Marisa, localizada na Rua Siqueira Campos, nº 117, bairro Copacabana, por razões de discriminação e preconceito de raça e cor, ao fazer a vítima Laura Brito dos Santos Viana se retirar do estabelecimento comercial, intimidando-a dizendo que ‘Não quero ninguem da sua raça em minha loja” e ‘Não quero essas neguices na linha loja”.

A defesa de Li Chen nega as acusações de racismo. Na nota enviada ao portal pela advogada Camila Félix, afirma que “as supostas ofensas informadas à imprensa e à polícia nunca foram proferidas. Tratam-se de palavras e expressões que a acusada, de nacionalidade chinesa, desconhece. A lojista não fala português e consegue”.

A advogada também alega que sua cliente não fala português e que só consegue realizar “comunicações básicas”: ”As supostas ofensas informadas à imprensa e à polícia nunca foram proferidas. Tratam-se de palavras e expressões que a acusada, de nacionalidade chinesa, desconhece. A lojista não fala português e consegue apenas realizar comunicações básicas, como cumprimentos e agradecimentos, entender e responder sobre os valores de produtos”, dizia um trecho da nota.

Na nota, Félix também informou que a prisão foi arbitrária e deve solicitar o trancamento da ação penal, além de ingressar com uma ação por falso testemunho e denunciação caluniosa.

Relembre o caso

A chinesa Li Chen, de 48 anos, foi detida em flagrante no dia 21 de setembro depois de ter feito ataques racistas a uma cliente em sua loja de bijuterias, localizada em Copacabana, zona Sul do Rio de Janeiro. A mulher foi liberada depois de pagar fiança de R$ 1,5 mil.

A vítima, Laura Brito, uma mulher negra de 28 anos, contou em entrevista para o RJTV, que entrou na loja de Li Chen para comprar um anel para o marido, quando a dona do estabelecimento parou na sua frente. A mulher então desviou de Chen, que continuou a segui-la por outros corredores.

Ao questionar o motivo de estar sendo seguida, a dona da loja então começou a disparar ofensas racistas: “Eu não quero você e esse tipo de gente na minha loja, ‘neguinha’, eu não quero uma ‘neguinha’ igual a você na minha loja. Sai”, contou.

Laura conta que respondeu à Chen afirmando que tinha dinheiro para consumir na loja e que não ia roubar, mas a comerciante continuou com as agressões, inclusive físicas. A vítima conta que levou tapas no braço: “Me deu dois tapas no braço, pegou a cestinha que estava na minha mão com o meu celular e outras bijuterias, tirou a cestinha de mim, tacou o meu celular no chão. Eu fui saindo da loja pedindo socorro, catando as minhas coisas no chão, e ela me ofendendo”.

Alguns clientes que estavam na loja no momento das agressões cobraram explicações de Li Chen. A polícia foi chamada e Chen foi levada para a 12ª DP de Copacabana. Clientes e testemunhas que estavam fora da loja gritavam chamando Li Chen de racista no momento em que ela era levada para o DP. A mulher foi liberada depois de pagar fiança. O caso foi registrado como injúria racial.

Filme sobre Harriet Tubman, icônica abolicionista dos EUA, é um dos filmes mais vistos da Netflix

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Foto: Reprodução.

Harriet, filme de drama lançado em 2019, acaba de chegar ao catálogo da Netflix e está fazendo sucesso entre os assinantes brasileiros da plataforma. Entre os mais curtidos atualmente no serviço, o filme esteve recentemente no TOP10. A produção é uma cinebiografia de Harriet Tubman, grande ícone abolicionista dos EUA, que conseguiu a liberdade e voltou para libertar centenas de escravizados.

Na época da estreia, o filme foi sucesso de público e crítica. Com 73% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme tem como grande destaque a performance de Cynthia Erivo como Harriet Tubman.

Nascida sob a escravidão, Tubman conseguiu escapar e organizou 19 missões para resgatar mais de 300 pessoas escravizadas. Com o tempo, a rede de ativistas anti escravatura organizada por Tubman ficou conhecida como A Ferrovia Subterrânea.

Por sua performance como Harriet Tubman, Cynthia Erivo foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz. O elenco conta também com Janelle Monáe, Leslie Odom Jr., Clarke Peters, Vanessa Bell Calloway e Vondie Curtis-Hall (Demolidor), que interpreta o Reverendo Samuel Green, um abolicionista religioso que também ajuda Harriet a libertar pessoas.

Confira o trailer:

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