Vencedor do Oscar, o diretor Jordan Peele, 44, anunciou nesta segunda-feira (20), que seu novo filme já está ganhando forma. A produção, ainda sem título definido, chega aos cinemas em dezembro de 2024. Expectativa é que a nova produção continue dentro do enredo de terror/suspense, assim como as produções anteriores de Peele.
Cena do filme ‘Corra’, de Jordan Peele. Foto: Divulgação.
O cineasta conquistou fama mundial ao lançar em 2017 o filme ‘Corra’, estrelado por Daniel Kaluuya, 34. A produção venceu o Oscar de ‘Melhor Roteiro Adaptado’ e arrecadou mais de US$ 255 milhões em bilheteria pelo mundo. Em 2019, Peele lançou ‘Nós’, estrelado por Lupita Nyong’o, 40, e, no ano passado, em 2022, o terceiro filme do diretor, ‘Não! Não Olhe’, estrelado por Keke Palmer, 29, e Kaluuya foi lançado nos cinemas pelo mundo.
Peele é conhecido pelos seus trabalhos que usam o suspense e o terror para traçar críticas sociais. Ele é considerado um grande nome capaz de levar milhões de pessoas aos cinemas através de histórias originais. “Todo mundo estava dizendo que os cinemas como os conhecemos podem ter acabado – para mim, a experiência teatral é tudo. É minha ligação comigo mesmo e com outras pessoas de muitas maneiras e me ensinou a amar o cinema”, disse Peele ao The New York Times em 2022. “Então, eu só queria fazer um filme que as pessoas tivessem que ir ao cinema para ver.”
Nas igrejas centenárias de Minas Gerais nós encontramos a exuberância da talha e douramentos de figuras de anjos negros barrocos. Kate (Clara Moneke), personagem da novela Vai na Fé, pela sua beleza, seu sorriso debochado e lindo mostra uma ingenuidade e uma pureza da juventude negra.
Kate é filha de mãe solteira, não estuda e trabalha informalmente quando há trabalho. Ama a música, a dança que exibe uma sensualidade e pureza de uma jovem da periferia de uma grande cidade. Os sonhos são preenchidos pelo consumo imediato de roupas, perfumes, cabelos e a ilusão de que a juventude é eterna.
O drama de Kate é o drama de milhões de jovens que fazem parte do contingente de pessoas que não estudam nem trabalham. A juventude “nem-nem” do Brasil: fora da escola, desempregada e incompreendida. O termo pelo qual é rotulada – “nem-nem” – define os jovens de forma negativa. Provém de “nem estudam nem trabalham”.
A maioria dos “nem-nem” é de mulheres: A representação típica não é um jovem inepto ou criminoso. Ao contrário, é uma jovem urbana sem diploma do ensino médio. As mulheres representam dois terços da população dos “nem-nem” da região. Na maioria das vezes, tornam-se “nem-nem” em consequência do casamento precoce, da gravidez na adolescência ou de ambos.
A resposta para esses jovens está em estratégias governamentais que mantenham os jovens na escola e que encontrem emprego para os que abandonaram a escola. Precisa de um esforço que reconheça a luta de famílias pretas pela sobrevivência. Precisamos proteger nossos jovens negros.
O ator Djimon Hounsou, 58, declarou recentemente ao jornal britânico The Guardian que se sente enganado por Hollywood em questões financeiras. O astro do cinema comentou que mesmo depois de todos esses anos de carreira ainda precisa provar que merece ser financeiramente bem pago. “Ainda estou lutando para ganhar um dólar”, disse.
Djimon foi indicado duas vezes como Melhor Ator Coadjuvante no Oscar por sua atuação em “Terra de Sonhos” (2004) e “Diamante de Sangue” (2007). Seu currículo conta com diversos filmes de sucesso como “Velozes & Furiosos 7” (2015), “Shazam!” (2019), “Guardiões da Galáxia” (2014) e “Amistad” (1997), de Steven Spielberg. Atualmente o ator dá vida ao Mago Shazam em “Shazam! Fúria dos Deuses” (2023).
Foto: Djimon em Shazam! Fúria dos Deuses (2023) | Reprodução
Ele também comentou que em algumas reuniões com estúdios ouviu que não sabiam que sua carreira no cinema contava com tantos filmes. “Fui a estúdios para reuniões e eles disseram: ‘Uau, achávamos que você só tinha feito ‘Amistad’. Não sabíamos que você estava aqui como um verdadeiro ator’”, revela.
Além disso, Djimon reforça que mesmo sendo um ótimo ator a indústria sempre oferece valores baixos. “Eles sempre vêm até mim com um orçamento baixo e completam: ‘Temos apenas isso para o papel, mas amamos muito você e realmente achamos que você pode trazer tanto’. Ele ainda complementa: “Filme após filme, é uma luta. Ainda não encontrei o filme que me pagou de forma justa.”
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou nesta segunda-feira (20), uma lista com 930 pomadas capilares que poderão voltar ao mercado. A agência afirma que é uma lista restrita e mais de 1.500 continuam interditadas.
Segundo as investigações, a maioria dos produtos que causam efeitos graves nos olhos, apresenta altas concentrações da substância Ceteareth-20.
A lista completa com as marcas liberadas está disponível no site da Anvisa.Acesse aqui! As que não forem citadas continuam com a venda interditada porque possuem mais de 20% da substância Ceteareth-20.
Durante todo o processo de investigação, a Anvisa já cancelou a autorização de 635 produtos por uso de ingredientes não autorizados, acima do limite ou proibidos.
A série mostra a realidade de uma escola pública da Filadélfia, com foco na trama da jovem professora Janine Tieges, vivida por Quinta Brunson, que também é criadora e escritora da produção.
Em setembro do ano passado, a ABC já havia divulgado o trailer da segunda temporada da série. No trailer, Janine Teagues, segue olhando com um otimismo um pouco exagerado para as novas dificuldades que se apresentam, e precisa superar a diferença de personalidade entre ela e os colegas.
Abbott Elementary foi uma das grandes vencedoras do Emmy em 2022, levando o prêmio de “Melhor Série de Comédia”. Além disso, a atriz Sheryl Lee Ralph, que interpreta Barbara Haward foi premiada na categoria de “Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia”.
Na ocasião, a atriz fez um discurso emocionante e foi ovacionada durante a premiação. “Sou uma espécie em extinção, mas não canto a música de nenhuma vítima/Sou uma mulher que sou um artista/E eu sei onde minha voz pertence”, disse.
O elenco da série também é formado por Tyler James Williams, Janelle James, Lisa Ann Walter e Chris Perfetti.
Rafaella Tuma, ilustradora com o quadro de vídeos animados no BBB 23, fez uma publicação racista em seu Instagram com 2,6 milhões de seguidores, neste domingo (19).
O ativista Isuperio publicou um print do “meme” nos stories da ilustradora, em que uma amiga diz via Whatsapp que está sofrendo por um rapaz, e na foto, aparece um homem negro com o estilo chavoso, muito popular nas periferias do Brasil. A outra amiga, então, pergunta qual a razão do sofrimento. “Ele te roubou?”, encerra a conversa considerada uma piada.
“Esse é o tipo de pensamento que colocou o Chavoso da USP na lista de procurados da polícia e a razão que muitas pessoas negras morrem todos os dias. As polícias matam pessoas negras como se fossem objetos por conta desse tipo de pensamento. Isso não é brincadeira e isso mata”, afirma Isuperio na publicação.
Na publicação do Isuperio, o estudante de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, classificou o “meme” compartilhado por Rafaella Tuma como racismo recreativo. O termo se refere a “piadas” e “brincadeiras” que associam as características físicas e culturais das pessoas negras, e que são bem rotineiros nas redes sociais.
“Não existe nenhuma ligação desta foto com a bandidagem que não ser a racialidade”, diz Isuperio em um trecho do post. A ilustradora apagou o meme dos stories, mas não se pronunciou publicamente até o fechamento da matéria.
Foto: Gina Prince-Bythewood - Robin L Marshall/Getty Images/Essence
Foto: Viola Davis - Sony Picture
Gina Prince-Bythewood,diretora de ‘A Mulher Rei’ falou, durante evento organizado pela revista norte-americana Essence, sobre a importância de ver mulheres negras poderosas em Hollywood contando sua própria história.
Prince observou com crítica como o exército Agojie e o Reino do Daomé tem sido relatados. “A crítica online historicamente imprecisa sobre o Agojie e o Reino do Daomé é impressionante e é alimentada pelas narrativas historicamente imprecisas escritas por colonizadores com um incentivo para nos desumanizar”, disse.
“O famoso romancista Chinua [Achebe] escreveu, ‘até que o leão aprenda a escrever, as histórias sempre glorificarão o caçador.’ Mas a beleza de The Woman King é que, pela primeira vez, as leoas escreveram sua própria história.”, destacou a cineasta.
Se referindo ao longa protagonizado por Viola Davis, Gina descreveu o filme como uma história “épica” e destacou que “temos que começar a curar nossas raízes”. “Contamos uma história intimamente épica sobre nós, mulheres negras, nossa força, nossa beleza, nossa suavidade, nosso heroísmo, nossa complexidade , nossa dor, nossa alegria e nossa bagunça. Temos que mostrar a incrível amplitude de nossa humanidade, o poder de nossa irmandade. E temos que começar a curar nossas raízes.”
Prince-Bythewood também fez uma crítica à indústria do cinema, que não valoriza o trabalho de mulheres negras. “Agora, mais do que nunca, trabalhamos em uma indústria que muitas vezes não vê o valor de nossas histórias em nossos personagens em nosso trabalho”, disse. “Temos que lutar pelo nosso valor em salas onde somos os únicos e, ainda assim, encontramos uma maneira de ser excelentes.”, reforçou.
E eis que piscamos, fevereiro passou e com ele se foi o mês do Carnaval, do agito e das purpurinas. Podemos dizer que este Carnaval inclusive ficou muito parecido com o mundinho corporativo: pessoas negras em posições relevantes bem perto dos mesmos números de pessoas negras em posições de CEO nas empresas brasileiras. A arte imitando a vida ou a vida imitando a arte?
Pois bem: 2023 começou! A largada oficialmente foi dada e chegou a hora de tirar os planos do papel, ser disruptivo, traçar novas ideias e metas, aquele famoso meter marcha. Mas, não só de potencialidades, jargões em inglês e ideias mirabolantes sobrevivem nossas carreiras corporativas ou nossas iniciativas de empreendedorismo, qualquer que seja a nomenclatura, cargo e status que você adote no seu dia a dia para negócios.
Quando se é uma pessoa negra, a premissa de adotarmos estratégias corporativas é determinante. Não é opcional e nem tão pouco uma tendência. É sobrevivência. É garantir a continuidade das nossas carreiras e jornadas corporativas que já estão marcadas por armadilhas visíveis e invisíveis que o racismo estrutural nos coloca e que temos que enfrentar desde o primeiro “bom dia” corporativo diário..
Durante toda a minha trajetória, acompanhei muitos profissionais negros com conhecimentos técnicos excepcionais e com características hoje determinadas como “soft skills” tão incríveis que poderiam tranquilamente estar em rankings de profissionais do ano. Muitos deles se perderam por diferentes fatores, mas um fator era claro para todos: falta de direcionamento na adoção de estratégias corporativas.
O diretor Jordan Peele no filme eita-atrás-de-vixe chamado “Corra”, aborda diferentes problemáticas relacionadas ao racismo, e entre elas, a necessidade de pessoas não negras se apropriarem das potencialidades de pessoas negras, como um instrumento de protagonismo, ascensão e excelência. Uma das frases mais marcantes do filme é: “Um dia você revela fotos no quarto escuro, no outro, vive na escuridão para sempre.”
CNPJS para pessoas negras são grandes quartos escuros e peço licença com toda a minha humildade corporativa adquirida em mais de 12 anos de atuação em empresas, para propor algumas dicas de estratégias um pouco mais assertivas para que você adote em 2023, adaptando ao seu mercado de atuação única e exclusivamente com o objetivo de que você não tenha que correr e viver na escuridão para sempre.
E o que Wakanda Forever tem a ver com isso? Quando estratégias assertivas são adotadas e de forma coletiva, temos o sucesso de uma nação unida em valores reais e tangíveis. Como T’Challa nos ensinou: “Em tempos de crise, os sábios constroem pontes, enquanto os tolos constroem muros”
Corra:
Representatividade importa, mas pense se o bônus e o ônus de ocupar este espaço é viável para você: a ascensão de profissionais negros que ocorreram nos últimos anos (poucas eu sei), criaram uma demanda massiva nos CNPJS de ocupação de alguns espaços com o selo de “representatividade importa e você precisa estar lá”. Bino, pode ser uma cilada! Coloque a sua segurança psicológica em primeiro lugar, avalie os prós e contras do que poderá demandar antes, durante e após “ocupar” estes lugares e valide se não é mais uma ação para você se tornar um “token” ou uma ação real e legítima que permita que você exponha as suas potencialidades e conhecimentos. Vai por mim, já passei por isso e depois a solitude para a reconstrução é pesada…
Tecnologias emergentes estão em construção e, portanto, tenha uma análise crítica: nem toda tecnologia emergente será “abraçada” por todos os cnpjs de forma rápida como imaginamos e, portanto, antes de investir em capacitações que prometerão posições corporativas de destaque e com salários “zerei o game”, faça uma análise crítica de diferentes pontos de vistas. Um grande exemplo disso em 2023, o ano que a “demissão em massa” foi consolidada definitivamente como lay off, foi o impacto em profissionais negros que investiram recursos financeiros em formações em áreas de tecnologia do futuro e que foram descontinuadas e hoje estão com um nível surreal de dificuldade para reposicionarem no mercado. Analisar de forma crítica a sua jornada profissional pode te ajudar a estar preparado para oportunidades sim, mas de forma estratégica, como por exemplo, investir inicialmente em capacitações técnicas mais demandadas pelo mercado, como a fluência em inglês.
Wakanda-se:
Participe e atue ativamente em grupos de profissionais negros: Wakanda, como já devem ter visto nos filmes, é como um quilombo contemporâneo, especializado e acolhedor, com a sua própria tendência. Temos vários minis Wakanda que podem nos ajudar na construção das nossas carreiras. Exemplos: Conselheiras 101, para mulheres negras executivas que querem se aprimorar para atuação em conselhos; Instituto Pactuá: programa para desenvolvimento de profissionais negros de média e alta gestão; Blackrhbrasil: grupo com foco em desenvolvimento de carreiras de profissionais negros em áreas de gestão de RH; Blck.hour plataforma para reunir profissionais negros que atuam no mercado financeiro criado pela Conta black e Black Swan; Pretahub que é um hub de criatividade e inventividade para profissionais e empreendedores negros; Movimento Black Money Experience que é um evento de negócios e novas tecnologias para nós. Isso sem falar dos grupos de Whats que nos fortalecem e podem ser criados a partir de profissionais negros mais próximos de vocês (Salve Herdeiras da Oprah). Estes são somente alguns exemplos…
Cuide da sua imagem para fortalecimento pessoal e também coletivo: se posicionar é necessário, mas precisa ser estratégico. Não estamos falando sobre silenciamento, mas estamos falando sobre a forma e não o porque, sobretudo quando falamos sobre redes sociais e postura corporativa. Lembrem-se que rótulos são colocados o tempo inteiro para nós profissionais negros e muitas vezes o posicionamento sobre uma situação de adversidade corporativa ou mesmo de racismo corporativo, se não muito bem estruturado, pode causar mais danos para você (risco de imagem) e para o coletivo. Um posicionamento muito nem estruturado e com os devidos suportes necessários, inclusive jurídico, conforme a situação é uma forma estratégica para cuidar da sua imagem pessoal e do novo povo também.
DESCORPORIZE: o espaço desta coluna para você entender que a carreira também se faz com momentos de ócio: divirta-se com o conteúdo gerado pela Wakanda Gossip no insta. Diversão, polêmicas e reflexões na medida certa;
CONHEÇA E INSPIRE-SE: o espaço desta coluna para você conhecer novos nomes do mundo black dos cnpjs:
Mônica Marcondes: Executiva do segmento financeiro e de energia, conselheira de empresas, com formação que inclui USP e Mackenzie e um papo reto que só nos engrandece como comunidade. Linkedin: https://www.linkedin.com/in/monica-marcondes-b2a01b13/
*Viviane Elias Moreira é C-level em uma edtech, conselheira, palestrante, professora de MBA e uma realista esperançosa pela igualdade racial e de gênero.
Nos últimos anos, a indústria cinematográfica tem produzido diversas adaptações de animações clássicas em live action. E com a popularidade desses remakes, muitos fãs têm se perguntado se a animação ‘A Princesa e o Sapo’ também ganhará uma nova versão protagonizada por atores e atrizes reais.
Um dos grandes lançamentos do ano, ‘A Pequena Sereia’, estrelado por Halle Bailey, deve impactar significativamente o mercado cinematográfico. A animação clássica de 1989 da jovem princesa Ariel é um verdadeiro fenômeno. Agora, pela primeira vez, teremos uma representante negra para a consagrada história.
‘A Princesa e o Sapo’ é uma animação de 2009 produzida pela Disney que conta a história da princesa Tiana, que sonha em abrir um restaurante em Nova Orleans. Durante sua jornada, ela se transforma em um sapo e precisa se unir ao príncipe Naveen para que ambos possam voltar a sua forma humana.
A Princesa e o Sapo. Foto: Reprodução / Walt Disney Studios.
Rumores sobre uma possível adaptação em live action de ‘A Princesa e o Sapo’ surgiram pela primeira vez em 2018, quando a Disney anunciou que estava desenvolvendo um novo projeto baseado na história. Desde então, não houve nenhum comunicado oficial da empresa sobre a produção do filme.
No entanto, recentemente surgiram novos rumores indicando que a adaptação em live action da obra pode estar em desenvolvimento. Segundo informações divulgadas em alguns sites de entretenimento, a Disney estaria em busca de novos diretores e roteiristas para produzir a obra. Embora esses rumores não tenham sido confirmados pelo estúdio, muitos fãs estão animados com a possibilidade de ver a história de Tiana e Naveen em uma nova versão. A animação original foi um marco para a Disney, pois foi a primeira vez que a empresa apresentou uma princesa negra como protagonista de um filme.
Tendo como base experiências negativas ao realizar um ensaio fotográfico, muitas pessoas me questionam se realmente há uma diferença entre fotografar pessoas brancas e negras. Fotografia é luz e sombra, todo fotógrafo ouviu isso pelo menos alguma vez na vida e aprendeu a medir a luz tendo como base o fotômetro.
Existem estudos que comprovam que a cor branca espalha mais luz enquanto a cor preta absorve luz e, na prática, você pode testar isso no fundo fotográfico ou na camiseta que você veste para tirar um retrato. Quando você utiliza um fundo branco, a possibilidade de entrar mais luz na sua fotografia é muito maior, fazendo com que o profissional tome muito mais cuidado na hora de configurar o seu flash. Por outro lado, no fundo preto o controle de luz na teoria é maior e, assim, também se aplica na blusa que você está vestindo. Sim a blusa branca facilita a entrada de luz no seu rosto.
Tendo isso como base, a dúvida que fica é: a cor da pele interfere no resultado da foto? Sim, e não precisa procurar muito para encontrar clientes negros insatisfeitos ao realizar um ensaio fotográfico pela falta de cuidado com o tom da sua pele. Muitos profissionais sentem dificuldades em fotografar pele negra por não saber a quantidade de luz correta ao fotografar o mesmo e por isso você pode encontrar fotos muito escuras ou claras demais podendo ver até mesmo a luz do fundo desproporcional com a do modelo.
Outra grande reclamação é na edição dessa “cor de pele” já que os softwares de edição ainda reconhece o tom de pele negro como laranja ou magenta dificultando uma edição de tonalidades mais natural deixando o modelo laranja ou roxo. Mas ao que se deve tanta displicência aos profissionais da área para com a pele negra? Talvez o mercado?
A fotografia é elitista. No seu inicio, era a responsável por registrar famílias imperialistas de poder aquisitivo muito alto e obviamente brancas. E com o passar dos anos a indústria pouco mudou. O mercado fotográfico é consumido na sua grande maioria por pessoas brancas e por isso a dificuldade de encontrar um profissional que se interesse e tenha o cuidado necessário ao registrar a negritude.