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“Devolvam o pardo ao Movimento Negro” diz Carla Akotirene

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Foto: Divulgação

Nos últimos dias, o debate sobre a definição da cor da pele das pessoas tem sido constante nas redes sociais. Para a escritora baiana Carla Akotirene, o termo “pardo” está sendo tirado do contexto do movimento negro.

“Peço licença aos intelectuais Boaventura de Sousa e Sueli Carneiro, pois, acredito que na luta antirracista do Brasil o termo ‘Pardo’ vem sofrendo morte violenta na raiz política e filosófica de onde parte: Movimento Negro”, escreveu nas redes sociais, nesta terça-feira (13), ao refletir sobre o epistemicídio – conceito utilizado para explicar o processo de invisibilização dos conhecimentos e culturas não-brancas.

“Os brancos brasileiros, ao estilo ‘morenos do Tchan’, resolveram que, na verdade, são pardos. ‘Ninguém aqui é Branco’. Nós sabemos que pardo não é papel, bem como *branco, preto e amarelo* são igualmente opções de autodeclaração racial para fins de políticas públicas. O pardo é a opção de cor para os ‘negros de pele clara’, afinal, nem todo negro tem a cor da pele Preta, correto?”, pontua.

“Depois de 25 anos juntando pretos e pardos para dimensionar o tamanho da população negra, surge nas redes sociais uma geração de ‘NeoPardos’ – pardos não negros. Arrumem outro termo para vocês serem vistos fora da brancura brasileira, explicada por Guerreiro Ramos, um renomado intelectual do assunto. O pardo brasileiro é negro. Tem fenótipo africano”, explica.

“Se você não é negro, esqueça o termo pardo”, enfatiza Carla. “Independentemente de atrapalharem a autodeclaração das pessoas descendentes de africanos, o pardo continuará previsto no Estatuto da Igualdade Racial e IBGE como indicador de Raça Negra”, completa.

“Negro não é ‘necro’. Negro é todo aquele que para fins de autodeclaração em concursos, CENSO, ENEM e cotas raciais tem opção de marcar a cor preta ou parda. Não existe preto de pele clara. Se é preto, a pele obviamente não é ‘clara’. Sejam justos com o movimento negro brasileiro”, destaca.

A escritora também aponta que no Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010, “ninguém queria ser preto”. Segundo o levantamento, 43,1% da população brasileira se declararam pardos e apenas 7,6% se declararam pretos. Em dez anos, aumentou 32,4% o número de brasileiros que se declaram pretos e quase 11% os que se declaram pardos.

Para Carla Akotirene, brancos se declarando pardos é culpa de más influências de blogueiros e blogueiras. “Não conhecem a organização militante antirracista do seu próprio país”, diz.

“Se eu fosse amiga do querido Babu Santana, pediria para repensar a fala dele sobre negro ser “necro” e que o certo é preto, porque foi nessa intenção boa que causou problemas na autodeclaração racial do Brasil. E contradizendo o próprio militante do Teatro Experimental do Negro, o Abdias Nascimento. Redes sociais e realitys, apesar do engajamento, estragam as conquistas do Movimento Negro”, lamenta a intelectual, em referência à fala do ator e ex-BBB.

Babu Santana, ator e participante do BBB 20 (Foto: Plinio Pietro)

“Quando se afirmar branco era bom a gente que fazia de tudo para embranquecer. Agora o branco não tá aguentando dizermos sobre as marcas perversas das branquitude e resolveram que são mestiços e pardos. Não!!!!”, finaliza o texto. 

Pare com esse papo de ocupar todos os espaços

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Foto: Reprodução

Texto: Ricardo Corrêa

A maior arma usada contra o negro é a desorganização.

– Marcus Garvey

Uma influenciadora branca anunciou que 50% dos convites para a sua festa seriam destinadas a pessoas negras. Quando li a notícia imaginei que fosse mais uma piada racista, mas não era. A meu ver, mera banalização de uma das práticas políticas conquistadas pelos negros no campo das ações afirmativas. Mas, não me arrisco aprofundar nesse debate. O meu diálogo será noutra linha.

Os pretos não têm que ocupar todos os espaços. Nem sempre compensa. Este é o ponto inicial. Se o domínio está na mão dos brancos, o papel dos negros será de submissão na maioria dos ambientes reivindicados. O endosso à representatividade demanda cautela. E assim, sabemos que diariamente pessoas negras sofrem racismo, mas está tão naturalizado que a comoção pública é bem seletiva. Diante dessa realidade, não pode mais haver dúvidas entre nós: inexiste possibilidades individuais que nos permita escaparmos da opressão racial. Para alcançarmos a emancipação política, somente com uma intensa luta coletiva. Sem medo.

No entanto, deixa-me bastante perplexo os negros Iludidos, aqueles que acreditam que a ascensão econômica possibilitará melhor tratamento da sociedade, e passam a vida inteira buscando o embranquecimento. Incompreendem que mesmo furando uma parte dos arranjos estruturais do racismo, os brancos não se despirão do olhar de “sinhôzinhos”. Quando acharem que está tudo bem, se surpreenderão com ofensas racistas, perseguição de segurança privada e pública, exclusão em oportunidades profissionais, entre outras manifestações de quem tem repulsa aos negros.

Devemos agir estrategicamente na busca de soluções para os nossos problemas. Não podemos ficar à mercê de ações elaboradas pelos brancos. Vamos construir espaços que fortaleçam a cultura africana e afro-brasileira, fomentar a formação política e buscar o desenvolvimento econômico coletivo. Essas são maneiras de nos enxergarmos e sobrevivermos como donos de nosso próprio destino. Lembremos do pan-africanista Abdias do Nascimento ao colocar em prática um ambicioso projeto em prol da representatividade do povo negro. O Teatro Experimental do Negro (TEN) foi fundado em 1944, no Rio de Janeiro, e trouxe para a arte os negros como protagonistas das histórias que retratavam as condições de sobrevivência do nosso povo, sem os estereótipos que os brancos escreviam para os personagens dos artistas negros, como disse Abdias “priorizar a valorização da personalidade e cultura específicas ao negro como caminho de combate ao racismo”. O TEN também abordava a riqueza cultural que formou a sociedade brasileira com a fundamental herança dos povos africanos, e “oferecia cursos de alfabetização e de cultura geral a seus integrantes: empregados domésticos, trabalhadores e operários, desempregados e funcionários públicos diversos. Formou a primeira geração de atores e atrizes negros e favoreceu a criação de uma dramaturgia que focalizasse a cultura e a vida dos afro-brasileiros”. 

Nos Estados Unidos, vimos movimentos importantes direcionados aos negros. A Motown Record Corporation foi a mais importante gravadora focada em músicos negros, fundada pelo empresário Berry Gordy Jr., em 1959. No catálogo havia artistas da soul music e R&B como Diana Ross, Stevie Wonder, Jackson 5, Marvin Gaye, The Marvelette, Gladys Knight e The Pips. Em entrevista, Berry Gordy comentou a dificuldade inicial “Às vezes, lançávamos álbuns sem rostos pretos para que as pessoas não fossem julgadas pela capa do álbum. Ao fazer isso, sempre havia equívocos – como o de que eu estava tentando ser ‘branco’.” Podemos acrescentar a essas experiências, o canal BET (Black Entertainment Television), criado nos EUA, em 1980, pelo empresário de mídia Robert L. Johnson. O canal é focado no entretenimento para o público negro, e o sucesso foi tamanho que nos anos 90, tornou-se a primeira empresa controlada por negros a negociar na Bolsa de Valores de Nova York. 

Dito isso, basta de reforço de estereótipos, exploração e humilhações atingindo violentamente a psique de todos nós ao participarmos de ambientes racistas. Não se iluda com os brancos. Impulsionemos projetos que deem autonomia e fortaleçam a nossa comunidade; pois, palavras de ordem nas redes sociais, e nos cartazes em manifestações, não salvam ninguém. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NASCIMENTO, do Abdias. Teatro Experimental do Negro: trajetória e reflexões. Estudos Avançados, 50: 209-224, jan./abr. 2004.

PORTAl IPEAFRO. Abdias do Nascimento

Disponível em: < https://ipeafro.org.br/personalidades/abdias-nascimento/>. Acesso em: 11 jun.23

Em 2024, Grammy estreia categoria ‘Melhor Performance de Música Africana’

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Foto: Bet Bettencourt

A Academia do Grammy incluiu três novas categorias que passam a valer a partir de 2024: melhor performance de música africana, melhor gravação pop dance e melhor álbum de jazz alternativo.

Segundo o The Hollywood Reporter, na categoria de música africana, o Grammy irá reconhecer “gravações que utilizem expressões locais únicas de todo o continente africano”, pela primeira vez na história. 

Os veículos internacionais destacam o sucesso global de artistas africanos como Burna Boy, Wizkid, Angelique Kidjo, Rema e Tems, para a adição da nova categoria, considerada ultrapassada por muitos.

A ‘Melhor Performance Musical Africana’ vai levar em consideração os gêneros Afrobeats, Afro-fusion, Afro pop, Bongo Flava, Ethio jazz, Kizomba, High Life, Fuji, Ndombolo, Mapouka, Ghanaian drill, Afro-house e hip-hop sul-africano.

A categoria de melhor gravação pop dance vai separar artistas como a Beyoncé dos trabalhos de música eletrônica, como do Skrillex. Já o ‘Melhor Álbum de Jazz Alternativo’ pretende reconhecer “os trabalhos híbridos que misturam jazz com outros gêneros, incluindo R&B, hip-hop, música clássica, improvisação contemporânea, música experimental, rap, música eletrônica/dance e/ou palavra falada”.

Tatuador e empresário tem visto negado três vezes e denuncia racismo

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Foto: Reprodução

Ubiratan Amorim, dono de um estúdio de tatuagem renomado em Anália Franco, São Paulo, relatou que seu visto para os Estados Unidos foi negado três vezes por racismo. Ele contou que sua mulher, que é branca, teve um tratamento diferente.

“Eu sou negro. Tenho um visual black. Eles nem olham na minha cara. Senti que há muito preconceito”, denunciou o Amorim.

Segundo o tatuador, ele teria tentado tirar seu visto desde o começo do ano em três estados diferentes e todos foram negados. “Na primeira vez, tentamos em Recife. Na segunda, em São Paulo e, agora, em Brasília. A funcionária que nos atendeu nem olhava para mim. Olhava apenas para a minha esposa, que é branca”, disse Amorim.

Já segundo as informações oficiais, ele teria sido rejeitado por “falta de vínculos” com o Brasil, mesmo sendo dono de um estúdio de tatuagem. “Tenho três carros no meu nome no Brasil, um imóvel e um contrato de 10 anos para o funcionamento do meu estúdio de tatuagem. Também tenho uma construtora em São Paulo, que tem terrenos, casas no nome da empresa. Levei comprovante de propriedade de um apartamento que eu tenho, mas eles não pediram nenhum documento. Eu fico sem entender. Nas três vezes, ele só entregaram um papel dizendo que o visto tinha sido negado”, disse o empresário.

Ele iria para a Disney com sua mulher, e suas filhas, mas por conta dos transtornos terão que mudar os planos.

Em nota divulgada ao Site Mundo Negro, a Embaixada e Consulado dos EUA no Brasil, diz que a Lei de Privacidade dos Estados Unidos os impede de revelar informações sobre casos específicos de visto. “Mas podemos garantir que nossos oficiais consulares são altamente treinados para tratar todos os solicitantes de visto de forma respeitosa e igualitária. A diversidade e a inclusão são uma prioridade para todas as nossas embaixadas e consulados ao redor do mundo e são exercidas em todos as áreas de nosso trabalho”.

Ginecologista vira ré após dizer que mulheres negras têm “odor forte” em partes íntimas

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Foto: Reprodução / TV Globo.

A ginecologista Helena Malzac virou ré após o Ministério Público do Rio de Janeiro apresentar denúncia a profissional pelo crime de racismo. A informação é do Fantástico (TV Globo). De acordo com o veículo, em 2022, a ginecologista disse à uma paciente, de 19 anos, que a maioria das mulheres negras têm cheiro forte nas partes íntimas.

“Muito forte, aqui, oh. Quando você sua, o cheiro piora. É a mesma coisa do sovaco. É o mesmo cheiro, é um cheiro forte, mas é por causa da cor e do pelo. Você vai ser a vida inteira assim, então, você tem que se preocupar com isso, tá?“, disse ela durante a consulta.

O caso aconteceu quando a madrinha da vítima levou a afilhada para realizar uma consulta médica. Após ouvir a fala preconceituosa da ginecologista, as mulheres prestaram um boletim de ocorrência. “Na consulta comecei a ouvir que as pessoas negras tinham odores diferentes e aí veio meio um estranhamento. Comecei a gravar essa conversa porque, a partir desse estranhamento, eu entendi que não se tratava de uma informação útil para aquele momento”, relatou a vítima.

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou a ginecologista por racismo. Em audiência realizada no último mês de maio, Helena Malzac confirmou o relato da vítima. “Eu disse o seguinte, que as pessoas de cor, eles têm um cheio mais forte. Pela minha experiência de 44 anos como ginecologista atendendo mulheres, a negra tem um cheiro mais forte”, disse a ginecologista para a Justiça. “E aí ela perguntou: ‘Mas por que esse cheiro?’ Eu falei, de repente pode ser por causa da melanina, mas a gente vê que a maior parte das pessoas negras tem um odor muito forte, tanto que essas firmas de desodorante, o desodorante para negro é diferente“.

Especialistas ouvidos pela reportagem do Fantástico destacaram que a fala criminosa da ginecologista não tem nenhum embasamento científico. 

Mariana Nunes reflete romance com Tati Villela: “namorar uma mulher preta é se olhar no espelho”

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Foto: Reprodução/Instagram

As atrizes Mariana Nunes e Tati Villela, estão compartilhando a comemoração do Dia das Namoradas com muitos mimos e reflexões sobre serem mulheres negras em um relacionamento amoroso, nas redes sociais.

“Dizem que o amor preto é um ato político. Namorar uma pessoa preta é desafiar, todos os dias, o racismo que nos constitui. É desafiar, todos os dias, o auto ódio que nos foi ensinado”, escreveu Mariana, estrela de ‘Todas as Flores‘, da Globoplay, em uma publicação no Instagram.

“Namorar uma mulher preta é se olhar no espelho, é reconhecer traumas: os superados e os que ainda nos comem por dentro. É aprender a olhar pra dentro. É entender que mesmo tendo muito em comum temos experiências diferentes que reagimos de formas distintas a questões parecidas. Isso às vezes dói agudo como as injustiças do mundo”. E completa: “Mas eu tenho coragem e tenho sorte também”.

“Tenho sorte de ter ao meu lado uma mulher que não tem medo de amar. A vida não poderia ser mais gentil comigo”, disse a artista, em referência à Tati, atriz da novela ‘Vai na Fé‘, da TV Globo.

“Feliz dia das namoradas para todas as pessoas pretas. Pra todas as pessoas pretas que, junto ou separado, conhecem o estado do amor. E pras que ainda não conheceram, pras que querem conhecer e pras que nem sabem que o amor existe”, celebra.

Para finalizar, Mariana Nunes deixa mais uma mensagem de amor: “Enquanto isso seguimos teimosas, insistindo na única coisa possível: O risco da felicidade”.

Tenoch Huerta, o Namor de ‘Pantera Negra’, se manifesta após ser acusado de assédio sexual: “foi consensual”

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Foto: Getty Images / Lia Toby.

Astro do filme ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’, o ator Tenoch Huerta, que interpreta o personagem Namor, foi acusado de assédio sexual. Em uma série de tweets postados no fim de semana, a musicista e ativista María Elena Ríos descreveu Huerta como um “predador sexual”.

Sem maiores detalhes, Ríos ainda declarou que Huerta cometeu assédio sexual com outras vítimas. “É muito difícil falar de abuso emocional e de poder de um predador sexual que é amado no mundo por interpretar um personagem de um filme, como é o caso de Tenoch Huerta. Aparentemente encantador, a grande característica de um narcisista + uma boa dose de vitimização. #JáNãoTenhoMedo Sua fama não voltará a me intimidar”, publicou a musicista.

Nesta tarde de segunda-feira (12), Huerta se manifestou e declarou como ‘falsas’ as acusações feitas por Ríos. “Cerca de um ano atrás, namorei Elena por vários meses”, escreveu o ator. “Foi totalmente consensual em todos os momentos, como vários outros podem atestar. E ao longo disso foi um relacionamento amoroso, caloroso e de apoio mútuo. Depois que acabou, no entanto, Elena começou a deturpar nossas relações tanto em particular quanto na frente de grupos de amigos em comum“.

Tenoch Huerta como Namor em ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’. Foto: Reprodução.

Huerta informou que contratou uma equipe jurídica para lidar com o caso. “Por isso, há alguns meses, contratei uma equipe jurídica para iniciar as ações cabíveis para proteger meu depoimento e refutar essas manifestações irresponsáveis e falsas que podem causar grandes prejuízos e danos”, continuou ele. “Embora eu não seja perfeito, sei que essas alegações são simplesmente falsas. E, embora eu sempre trabalhe para melhorar, preciso contestar afirmativamente que são falsas e ofensivas. Sou profundamente grato à minha família e às pessoas que me apoiaram e agradeço muito a todos que estão dispostos a olhar para os fatos e refletir antes de chegar a uma conclusão falsa e injusta”.

Com 14 anos, filho de camaroneses animou cena de Lego em “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”

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Foto: Sony Pictures

Preston Mutanga, 14 anos, filho de camaroneses, pode ser considerado um prodígio e se orgulhar de fazer parte do novo filme do Miles Morales, “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”. Ele foi responsável por animar as cenas de Lego após viralizar com sua recriação do trailer no começo do ano.

Mutanga foi descoberto pela produção do filme após ter recriado o trailer oficial de “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” todo em Lego. Quando decidiram que o filme teria um multiverso Lego do amigo da vizinhança, ele foi o primeiro nome que pensaram. 

Ao The New York Times, os produtores do longa e diretores do filme “Uma Aventura Lego”, Chris Miller e Phil Lord, disseram que ficaram impressionados com o trabalho do menino.

“Descobrimos que era um garoto de 14 anos que fez isso e pensamos: ‘isso parece incrivelmente sofisticado para uma pessoa não adulta, não profissional. Isso nos surpreendeu, inclusive surpreendeu também alguns dos melhores animadores do mundo.”, contou Miller.

Quando o convite surgiu, seus pais Theodore e Gisele Mutanga, ficaram desconfiados se não era uma pegadinha. Em dezembro ele teve sua conta hackeada. Para confirmar se o convite era realmente de Hollywood eles procuraram no Linkedin. Seu pai, para apoiar seu filho, comprou um computador de última geração para ajudar.

Preston Mutanga é filho de imigrantes, mas nasceu em Minnesota, nos EUA, e atualmente vive em Toronto, Canadá. Sua história com a animação começou cedo, aos oito anos seu pai apresentou o programa Blender, ele se apaixonou pela área e começou a aprender sozinho vendo vídeos na internet. “Meu pai me mostrou um software 3-D chamado Blender e fiquei instantaneamente viciado nele. Assisti a muitos vídeos do YouTube para me ensinar certas coisas”, comentou o menino.

Em 2021, Mutanga juntou sua paixão por animação com sua paixão por Lego e começou a publicar seu próprio conteúdo na internet.

Ele ainda está no Ensino Médio e sua rotina foi dividida entre a vida comum de um menino da sua idade, indo para escola e fazendo lições de casa, e a vida de um animador profissional, trabalhando remotamente com reuniões periódicas. 

“Uma coisa nova que aprendi foi definitivamente o aspecto do feedback, como quantas coisas realmente são alteradas desde o início até o produto final”, disse Mutanga.

De repente pais: o impacto da chegada do bebê na vida de um casal

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Foto: Freepik

Sim, não faz sentido dizer que foi “de repente”, já que uma gravidez dura cerca de 40 semanas e nós planejamos cada passo desse processo, mas muita gente pode achar que a parentalidade nasce logo que engravidamos. E desde que meu bebê nasceu, há seis meses, entendi que nada se compara à presença de um ser humano tão pequeno em casa. E, se já não fosse assustador cuidar de um bebê em seus primeiros meses de vida, é impossível não dizer que como casal nossa dinâmica é totalmente impactada pela chegada de um filho.

Como pais, priorizamos o acolhimento total do nosso bebê sempre que ele precisasse e isso significa para nós manter uma presença constante, até mesmo em nossos horários de trabalho. Ter um filho e ser presente na vida dele também significou uma sistematização da nossa relação como um casal, no sentido de que sentamos para entender que nesse momento também não gostaríamos de esquecer um do outro enquanto também tentamos manter nossa individualidade e o respeito pelo tempo de cada um, afinal, ainda sou uma mulher que está vivendo o puerpério.

Quando assisti na Netflix o especial “Nossa Luz Interior: Michelle Obama e Oprah Winfrey” pude me reconhecer nas palavras de Michelle Obama quando ela disse que suas filhas “arrancaram o amor da casa” e que a única pessoa que ela podia culpar era seu marido, Barack Obama. Porque é sobre isso também, os filhos demandam nossa energia emocional e física.

Do ponto de vista das mães e com todos os recortes que carrego por ser uma mulher negra e por toda a minha história pessoal, eu entendo que existe e, provavelmente ainda vão existir, muitos momentos em que a sobrecarga materna me fará olhar para o meu companheiro culpando-o porque não consigo lidar com a desorganização da casa ou com uma noite de sono mal dormida porque o neném acordou muitas vezes e queria mamar.

No meio de tantas tarefas diárias que não podem ser deixadas de lado, nós também corremos o perigo do desencontro porque estamos cansados e preocupados com a criação do nosso filho e com a manutenção da nossa casa. Se antes podíamos maratonar uma série juntos, hoje em dia pensamos nas coisas que duram o mínimo de tempo possível ou enquanto um dos dois está ninando o neném o outro vai assistindo para contar os detalhes para quem não pôde estar presente.

A espontaneidade se tornou algo precioso e raro por aqui, já que cada passo precisa ser planejado para que um de nós consiga estar presente com nosso bebê, tendo em vista que nossa rede de apoio é bem reduzida.

O impacto da chegada de um bebê na relação de um casal é muito maior do que imaginamos, mas também nos mostrou mais companheiros porque estamos dispostos, na maioria dos dias, a lidar com o desencontro. E eles acontecem com mais frequência do que o esperado. Como no sábado à noite, em que meu companheiro preparou com todo carinho um jantar especial de Dia dos Namorados enquanto eu ninava nosso filho. Comemos bem, bebemos pouco ou quase nada e o neném não dormiu. Feliz Dia dos Namorados!

Jovem tenista Victoria Barros conquista terceiro título seguido

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Foto: Reprodução

Victoria Barros, uma jovem tenista do Rio Grande do Norte, está conquistando troféus em sua primeira participação no circuito internacional juvenil para jogadores de 18 anos. Depois de vencer dois torneios de nível 30 no Chipre, ela alcançou um título ainda maior no J60 de Larnaca.

Com apenas 13 anos, Victoria manteve sua sequência invicta de 15 partidas e derrotou Vanessa Dobiasova, da República Tcheca, de 15 anos e número 700 no ranking juvenil, por 6/4 em ambos os sets. Durante a semana em Larnaca, ela também venceu Elena Francese, da Itália, Laura Valentine Pop, da França, e as tchecas Veronika Sekerkova e Monika Jirouskova, sem perder nenhum set.

Atualmente ocupando o 1.050º lugar no ranking juvenil mundial da ITF, com 61,5 pontos, Victoria Barros garantirá mais 60 pontos com essa vitória, o que a colocará entre as 700 melhores jogadoras do ranking até 18 anos. Para o cálculo do ranking juvenil, são levados em consideração os seis melhores resultados individuais durante um ano, além de 25% da soma das seis melhores pontuações em duplas. Nesta semana, ela chegou às quartas de final nas duplas.

Victoria já vinha se destacando no circuito de 14 anos da Tennis Europe, com três títulos de simples e quatro de duplas desde o ano passado. Um desses títulos foi conquistado na academia do ex-número 3 do mundo, Ivan Ljubicic.

Além disso, ela possui quatro títulos de simples no circuito Cosat e representou o Brasil no Sul-americano e no Mundial de 14 anos na temporada passada. A tenista, que completou 13 anos em dezembro, mudou-se para a França no início da temporada e começou a treinar na academia de Patrick Mouratoglou, ex-treinador de Serena Williams. Ela é treinada por Sliman Taghzouit, um treinador francês de 36 anos, e conta com a companhia de sua mãe, Maria Luiza, nos torneios.

Fonte: Tênis Brasil

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