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Ilê Aiyê busca apoio financeiro para representar a cultura negra baiana no Afropunk em Nova York

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Foto: André Frutuôso/Divulgação

O Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do mundo, conhecido por sua atuação na valorização e divulgação da cultura negra, está se preparando para se apresentar nos Estados Unidos. O grupo recebeu convites do Brazilian Cultural Center of Chicago e do Afropunk New York para se apresentar durante os eventos e lançou uma campanha de arrecadação na plataforma ‘Benfeitoria’ para conseguir comprar as passagens para levar os integrantes aos EUA.

A participação do Ilê Aiyê nesses eventos deve acontecer entre os dias 26 de agosto e 04 de setembro, com apresentações em Chicago e Nova York. Com o convite recebido das instituições norte-americanas, o bloco enxerga uma oportunidade única para levar sua mensagem e expressão cultural além das fronteiras do Brasil. A viagem incluirá participações no Afropunk, renomado festival de cultura negra em Nova York, e no African Festival, além de marcar a comemoração especial pelos 20 anos do Brazilian Cultural Center of Chicago.

No entanto, para tornar essa viagem uma realidade, o Ilê Aiyê solicita o apoio de todos na arrecadação de recursos para a compra das passagens aéreas. Atualmente, os shows do grupo são a principal fonte de financiamento para a manutenção da sua sede social e dos projetos sociais desenvolvidos pela instituição.

Nas redes sociais, o bloco fez uma publicação pedindo apoio para conseguir viabilizar a viagem de seus integrantes:

O Ilê Aiyê, sediado na comunidade do Curuzu, em Salvador, Bahia, tem como principal objetivo a valorização da cultura negra e a elevação da autoestima de negros e negras em todo o país. Por meio de um calendário repleto de eventos culturais e sócio educacionais, o Ilê Aiyê tem se destacado como um importante agente de transformação social.

Fundado em 1974, em plena ditadura militar, o Ilê Aiyê é uma referência histórica para a comunidade do Curuzu e para a população afrodescendente. Originado no bairro da Liberdade, onde se concentra um dos maiores contingentes de afrodescendentes fora do continente africano, o bloco foi pioneiro na manifestação da consciência negra, buscando expressá-la através de suas roupas, penteados trançados ou rastafári e, acima de tudo, por sua capacidade organizativa.

A musicalidade do Ilê Aiyê é marcada pelo uso dos tambores, percutidos por uma banda ou bateria, que trazem o samba duro e a batida Ijexá, originária dos candomblés. Essa influência rítmica foi fundamental para o surgimento de uma variedade de ritmos percussivos que impulsionaram a ascensão da música afro-baiana.

Os interessados em contribuir com a vaquinha devem clicar aqui.

Seleção brasileira usará uniforme todo preto em amistoso, como parte da campanha contra o racismo

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Foto: Divulgação

A seleção brasileira irá trocar o uniforme verde e amarelo por um todo preto, no amistoso contra o Guiné, dia 17 de junho, em Barcelona, na Espanha. A medida é uma ação inédita da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) contra o racismo, após os ataques racistas contra o jogador Vinicius Jr, do Real Madrid. 

A informação divulgada pelo portal UOL nesta terça-feira (6), revela que o uniforme preto será usado apenas no primeiro tempo da partida. Na volta do segundo tempo, os jogadores entrarão em campo com a camisa tradicional. 

Esta é a primeira vez que a seleção brasileira vai jogar usando camisas, shorts e meias pretas. O uniforme é da mesma linha que a Nike produziu para os goleiros na atual coleção.

Depois do jogo, algumas camisas serão enviadas pela CBF para autoridades políticas e do esporte, como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e aos presidentes de Fifa, Uefa e Conmebol. Uma camisa será assinada pelos jogadores e leiloada para reverter o dinheiro em causas antirracistas, e outra, será autografada para o museu da CBF, no Rio de Janeiro.

Outra ação como parte da campanha contra o racismo no futebol, a CBF também anunciou na segunda-feira (5), que haverá um amistoso entre a seleção brasileira com a Espanha, em março de 2024. A partida marcará o reencontro das seleções de futebol masculino, após mais de dez anos. Ainda não há data e local confirmado, mas será realizado durante a Data Fifa entre 18 e 26 de março, em um estádio espanhol.

Festival em São Paulo celebra o legado de Sueli Carneiro com documentários, oficinas e palestras

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Foto: Andre Seiti.

Sueli Carneiro, uma das mais proeminentes pensadoras brasileiras, será honrada com um festival dedicado ao seu legado intelectual. Intitulado ‘Festival Casa Sueli Carneiro’, o evento chega em sua segunda edição oferecendo uma variedade de atividades cuidadosamente elaboradas, com o propósito de celebrar e enaltecer as significativas contribuições de Sueli ao pensamento feminista negro. Ao longo de décadas, Sueli tem sido uma figura ativa na luta contra o racismo, o sexismo e as opressões sociais, e o festival visa reconhecer e ampliar seu impacto transformador.

A curadoria do evento é de Luanda Carneiro Jacoel, filha de Sueli e coordenadora de programação da Casa, além de Natália de Sena Carneiro, coordenadora de comunicação da instituição. Neste ano, a programação tem atividades promovidas pela Casa e projetos autogestionados. A celebração ocorrerá em diversos formatos, como leituras, mostras de documentários, oficinas, palestras e apresentações artísticas.

Foto: Divulgação.

A Casa Sueli Carneiro ocupa a construção onde Sueli viveu por 40 anos. Foi um espaço informal para inúmeros encontros entre intelectuais e ativistas do movimento negro e do movimento de mulheres negras e abriga, agora institucionalmente, expressões e linguagens orientadas pelo legado ativista-intelectual em movimento de Sueli Carneiro.

O Festival Casa Sueli Carneiro acontece do dia 22 até o dia 24 de junho com diversas ações gratuitas. Abaixo, é possível conferir detalhes sobre o planejamento do evento.

Confira abaixo a programação da Casa Sueli Carneiro:


22 de junho

Horário: 18h30

Bate-papo de lançamento do livro “Raízes e Asas: cuidar da memória para fortalecer a autonomia negra“.

Publicado pela editora Oralituras, o livro é fruto da segunda edição do curso “Fazeras de Memórias Negras”, realizado pela Casa Sueli Carneiro em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo

Local: Fundação Rosa Luxemburgo
Endereço: R. Ferreira de Araújo, 36 – Pinheiros, São Paulo

23 de junho

Horário: 17h

“Lendo Sueli Carneiro”
Encontro presencial do grupo de leitura do livro “Dispositivo de racialidade: A construção do outro como não ser como fundamento do ser

Local: Biblioteca Mário de Andrade

Endereço: R. da Consolação, 94 – República, São Paulo
Inscrições abertas aqui.

24 de junho

Horário: 11h

“Memórias Negras no Butantã” com o coletivo Cartografias Negras

A visita ao acervo pessoal de Sueli Carneiro será mediada por Ionara Lourenço, coordenadora do Acervo Sueli Carneiro.

Local de partida: Casa Sueli Carneiro, no bairro do Butantã
Inscrições abertas aqui.

24 de junho

Lançamento do documentário Bixiga: Caminhos para Saracura

Horário: 18h

A Casa Sueli Carneiro produziu o documentário Bixiga: Caminhos para Saracura, com o objetivo de retratar a luta de resistência do Quilombo do Saracura, em São Paulo, que está inserido em um importante espaço no Bixiga desde o século XIX. Os vestígios do Saracura foram encontrados durante escavações da linha 6-laranja do Metrô.

25 de junho

Horário: 10:00-12:00
Roda Literária para crianças, com Heloísa Pires de Lima

Na praça próxima à sede da Casa Sueli Carneiro, Heloísa Pires de Lima lerá para crianças dois livros de sua autoria. Heloísa compõe o Conselho Consultivo da Casa e também é a curadora das Rodas Literárias.

Local: Praça do Jardim Rizzo

Horário: 10h às 12h
Participação mediante inscrição.

Confira abaixo a programação das atividades autogestionadas:

23 de junho

Sueli Carneiro, uma vida intensamente preta.

Horário: 18h

Local: Casa das Pretas

Endereço: Rua dos Inválidos 122. Lapa. Rio de Janeiro RJ

21 de junho

Encontro Mensal de Articulação MND: Celebrando Sueli Carneiro

Horário: De 19h às 21h

Local: Via Zoom (Digital)

24 de junho

Mulheres Negras Resistem: território, raça/cor e gênero

Horário: 10h

Rede social Instagram (atividade remota): @mulheresnegrasresistemce

Link para inscrição: https://forms.gle/hqYvLWuDbFw2KvAk7

Oficina de criação de marcadores de página

Horário: 13h às 15h

Local: Sesc Campo Limpo

Endereço: R. Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel, São Paulo

Aplicação do jogo Minhas Raízes – Traçando Histórias

Horário: Das 14:00 às 17:00 hrs

Local: Corujinha Brinquedos

Endereço: Rua Sinfonia Italiana, 41 – Jd. São Bernardo, São Paulo/SP

Cardi B diz que passou a cozinhar com frequência depois que se tornou mãe: “não tive escolha”

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Foto: Rich Fury/GI for Def Jam Recordings.

A relação de Cardi B com a cozinha sempre foi um desafio. Em várias ocasiões, a artista compartilhou nas redes sociais sua “falta de habilidade”, conforme suas próprias palavras, quando se trata de preparar alimentos. No entanto, parece que tudo mudou com a chegada de seus dois filhos, Kulture, com quatro anos, e Wave, prestes a completar dois anos.

Foto: Dia Dipasupil/Getty Images.

“Normalmente não sou uma pessoa que cozinha, mas agora tenho cozinhado bastante porque tenho duas filhos. Então é como se você realmente não tivesse escolha”, disse Cardi, 30, à PEOPLE. “Não importa se você é rico ou não, famoso ou não. Quando seus filhos estão com fome, eles vão dizer: ‘Eu quero, e você tem que cozinhar agora‘”.

Apesar da revelação, Cardi conta que não gosta de fazer coisas muito complicadas. “Gosto de cozinhar tacos. Gosto de cozinhar tudo o que é fácil. É isso que gosto de fazer. Odeio fazer coisas difíceis“, destacou a estrela. Cardi contou que ao longo da vida, ela não teve ninguém que pudesse ensinar a ela como cozinhar e que aprendeu sozinha. “Mas você sabe o que é tão louco? Eu gostaria que as coisas fossem um pouco mais fáceis quando eu tinha 18 anos, fui expulsa de casa e comecei a aprender a cozinhar. Agora você pode literalmente ir ao YouTube e aprender a cozinhar tudo“, disse a rapper.

Monty Williams assina contrato com o Detroit Pistons e se torna o primeiro treinador negro mais bem pago da história da NBA

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Foto: Getty Images

O treinador Monty Williams, 51, foi confirmado na última sexta-feira (02) como novo técnico do Detroit Pistons e se tornou um dos técnicos mais bem pagos na história da NBA com um salário de US$ 78,6 milhões. Ele também é o primeiro homem negro a ser o mais bem pago nos 76 anos do campeonato.

Williams comandava a equipe do Phoenix Suns, mas foi demitido após a derrota do time nas semifinais dos playoffs para o Denver Nuggets. A ida de Williams para o Pistons veio logo depois e foi confirmada pelo jornalista Adrian Wojnarowski, da ESPN. Serão seis anos de contrato e um salário anual de US$ 13,05 milhões.

Seu contrato supera o de Gregg Popovich e o coloca no topo da lista dos mais bem pagos da história da NBA e também dos esportes. 

Ele é o primeiro negro a ser o mais bem pago na NBA. Mesmo sendo um esporte reconhecido como da cultura negra, ainda há poucos treinadores negros.

“Ao discutirmos a equipe e expressarmos nossos objetivos coletivos, percebi que esta seria uma grande oportunidade para ajudar uma equipe jovem e talentosa e construir uma cultura forte aqui em Detroit. Este é obviamente um lugar especial com uma profunda história no basquete, e minha família e eu estamos ansiosos pela oportunidade de fazer parte desta cidade e organização”, disse Williams.

O Detroit Pistons atualmente está em “rebuild”, quando o time está se reconstruindo para ficar competitivo, e terminou na última posição da conferência leste. Mas Pistons tem uma das mais novas apostas de estrela da NBA, Cade Cunningham.

“Quando começamos essa busca, queríamos um líder focado em disciplina, defesa e desenvolvimento. Sua capacidade, sua experiência e sua filosofia verificam todas essas caixas. Ele tem caráter elevado e convicção elevada. Ele será um grande líder e mentor para o nosso núcleo jovem e, devido à sua carreira como jogador, também se conectará com os nossos jogadores veteranos”, comentou Troy Weaver, gerente geral do Pistons.

Monty Williams é muito respeitado na NBA e é reconhecido como um dos melhores treinadores da atualidade. Em 2022, ele ganhou o prêmio de técnico do ano. Williams também é conhecido por seu lado coach e chegou a ser apelidado de “Monty Mantra”.

“Tudo o que você quer está do outro lado do difícil. Você não vai encontrar grandeza em uma praia. Você vai encontrá-lo na luta. Para chegarmos onde queremos, você tem que lidar com esses tipos de jogos, esses momentos, a luta interna de não derrubar chutes que você derrubou antes e poder se recuperar”, disse o treinador em um dos seus “mantras”.

Nelson Piquet tem recurso negado em condenação de R$ 5 mi por declarações racistas e homofóbicas contra Lewis Hamilton

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Foto: Reprodução

O ex-piloto brasileiro Nelson Piquet, teve os recursos negados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) na decisão que o condenou a pagar R$ 5 milhões por declarações racistas direcionadas a Lewis Hamilton, além de falas homofóbicas envolvendo o inglês e os pilotos Keke e Nico Rosberg. A defesa de Piquet alegou omissão no ato judicial, mas a juíza Thaissa de Moura Guimarães afirmou que o julgador não precisa se pronunciar sobre todos os pontos mencionados, apenas aqueles relevantes para a decisão.

A polêmica em torno de Nelson Piquet começou quando um vídeo de julho de 2021, que circulou nas redes sociais e ganhou ampla repercussão, veio à tona. Nas imagens, é possível ouvir o ex-piloto utilizando um termo racista para se referir a Lewis Hamilton. Durante um comentário sobre um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen, namorado de sua filha Kelly Piquet, durante o Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra, Piquet chamou o heptacampeão de “neguinho”.

Nelson Piquet agora deve cumprir a decisão judicial e efetuar o pagamento de R$ 5 milhões como resultado de suas declarações racistas.

Relembre o caso

O Ministério Público do Distrito Federal enviou à Justiça um parecer em que pede a condenação do ex-piloto Nelson Piquet pelos comentários racistas direcionados ao piloto Lewis Hamilton durante entrevista concedida ao Canal Enerto em julho de 2021.

Na ocasião, Piquet chamou Hamilton de “neguinho” durante comentário sobre um acidente envolvendo Lewis Hamilton e Max Verstappen durante o GP de Silverstone, na Inglaterra. “O neguinho meteu o carro e não deixou. O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f*deu. Ele teve muita sorte”, disse.

Segundo informações compartilhadas pelo jornal O Globo, em seu parecer, o MP acusa Nelson Piquet de racismo e homofobia por se referir ao piloto da Mercedes como “neguinho” e por fazer insinuar que o piloto estivesse tendo relações homoafetivas para crescer na carreira. 

“Durante a malfadada entrevista, em que o réu comenta acidente ocorrido no Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra, em julho de 2021, ele refere-se múltiplas vezes a Lewis Hamilton com menosprezo, sem sequer citar o nome do piloto inglês, referindo-se a ele apenas como “neguinho”, e incorrendo também em homofobia, afirmando que ‘O ‘neguinho’ devia estar dando mais c* naquela época’, cita a petição dos autores.

O Ministério Público entende que houveram “violações aos direitos da vítima e da população negra e LGBTQIA+, considerando tanto o plano das normativas internacionais quanto nacionais”.

Além de uma ação civil pública que acusa Piquet de racismo e homofobia, a Educafro e a Aliança Nacional LGBTQIA+ pedem uma indenização de R$ 10 milhões por danos morais coletivos.

Na época em que a entrevista de Nelson Piquet veio à tona, Lewis Hamilton fez alguns tweets comentando as falas do ex-piloto. “Vamos focar em mudar de mentalidade”, iniciou. “É mais do que linguagem. Essa mentalidade arcaica precisa mudar e não tem espaço em nosso esporte. Eu fui cercado por essas atitudes a minha vida inteira. Houve muito tempo par aprender. Chegou a hora da ação”, disse Hamilton. 

Coletivo AMEM, Batekoo e Casa1 promovem 4ª edição da Parada Preta com shows e ações afirmativas em São Paulo

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Foto: Freepik

Com ações afirmativas e comemorações voltadas para os negros LGBTQIAPN+ de São Paulo, o Coletivo AMEM, junto com a Batekoo e a Casa1, promovem a 4ª edição da “Parada Preta”, que volta pela primeira vez após a pandemia do Covid-19 pelas ruas de São Paulo no mês de junho. A programação inicia-se no dia 8 de junho com a parada no Bixiga.

Com o tema “O Nosso Orgulho tem Raça”, durante todo o mês do orgulho LGBTQIAPN+, a Parada Preta, uma das primeiras ”Black Prides” do Brasil, estará promovendo eventos, oficinas, rodas de conversa e muito mais. “A Parada Preta surgiu em 2017 idealizada pelo Coletivo AMEM a partir da necessidade criar espaços com protagonismo negro dentro da semana da diversidade”, disse Flip Couto, idealizador do Coletivo Amem e da Parada Preta.

No dia 8 de junho, a partir das 14h, em parceria com a Batekoo, acontece o primeiro encontro nas ruas do Bixiga, no centro de São Paulo. Um trio com shows, música, performances artísticas, dança, cultura ballroom, drag e tudo isso de graça para o público.

Já a partir do dia 12 de junho, acontece no Galpão da Casa 1, também na região do Bixiga, começarão as ações afirmativas gratuitas. Todas voltadas para o público preto.

“Assim como em outras ‘Black Prides’ pelo mundo, a Parada Preta traz a raça como pauta principal dentro da comunidade LGBTQIAPN+ atravessando discussões sobre direitos humanos, saúde e moradia. Além de promover trabalhos de artistas pretes LGBTQIAPN+ e culturas como Ballroom,  Funk e Hip Hop promovendo a representatividade negra em todos os lugares”, explica Flip.

No dia 28 de junho comemora-se o Dia Mundial do Orgulho LGBTQIAPN+. Uma data simbólica criada há mais de 50 anos para comemorar, mas também conscientizar sobre a luta e os direitos.

Desde 2017, quando a Parada Preta foi criada, muitas coisas mudaram para a comunidade negra e LGBTQIAPN+, muitos espaços foram conquistados, mas ainda está longe de ser o ideal, comenta Flip: “Nos últimos anos, artistas, coletivos e festas pretas LGBTQIAPN+ vem conquistando mais espaços e se fortalecendo enquanto comunidade gerando acolhimento e cuidados em diferentes quebradas. Mas isso é só o começo. Ainda não temos acessos aos meios de produção e os investimentos financeiros não fomentam nossas movimentações.”

Para saber mais informações sobre você pode acessar as redes sociais do Parada Preta: @paradapreta

Intelectual americana Patricia Hill Collins visita terreiro de Candomblé em evento na zona leste de São Paulo

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Foto: Aline Rocha

No último sábado, 3, o Ilê Axé Omó Nanã, terreiro de Candomblé localizado na zona leste de São Paulo, recebeu a socióloga Patricia Hill Collins para um encontro de trocas e fortalecimento da comunidade. O evento intitulado “Re-encontro ancestral: Giro epistemológico” reuniu mulheres de terreiro em um diálogo sobre histórias, projetos e a importância da presença negra na academia.

Organizado pelo GEMA-Grupo de Estudos sobre Mediação e Alteridade, liderado pela professora Melvina Araújo do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), o encontro contou com a participação do Grupo de Pesquisa Laroyê da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) da UNIFESP, campus Guarulhos, em parceria com o Instituto de Estudos e Pesquisas Ilê Axé Omó Nanã. Além disso, várias organizações negras e periféricas, com atuação política e cultural, marcaram presença, incluindo a Frente Nacional de Mulheres do Funk, Lentes Malungas, Ocupação Cultural Jeholu, Instituto Sumaúma, Quilombo Periférico, Projeto Cabaça, entre outros.

Foto: Aline Rocha

Durante todo o dia, os participantes tiveram a oportunidade de vivenciar parte dos rituais de início de atividades oferecidos a Exú, entidade do Candomblé, além de trocar experiências sobre projetos e atividades desenvolvidas pelas filhas da casa e pelas Iyalorixás das casas parceiras. A visita também incluiu um tour pela horta do terreiro e momentos de partilha de comidas típicas, conhecido como Ajeum.

Foto: Aline Rocha

A presença de Patricia Hill Collins no terreiro foi considerada um marco importante pela Iyalorixá Adriana de Nanã, que rege o espaço. Segundo ela, “levar uma pesquisadora como Patricia Hill Collins dentro de uma casa de terreiro de candomblé foi fundamental para que a relação entre a academia e as religiões de matriz africana fosse revista. Ela trocou experiências conosco, protagonistas, mulheres pretas de terreiro, numa casa majoritariamente preta e feminina, e encontrou outras potências de mulheres de terreiro. Isso representa uma quebra de paradigmas, pois a matriz africana e os terreiros são frequentemente colocados como primitivos e folclóricos, sendo tratados apenas como objetos de pesquisa, e não como uma ponte potente de desenvolvimento humano. E foi isso que apresentamos a ela”.

A professora Doutora Ellen de Lima Souza, avaliou o evento como um “reencontro ancestral com a universidade no terreiro, uma encruzilhada pedagógica entre ensino, pesquisa e extensão mediada por valores como oralidade, corporalidade e ancestralidade. Nossa expectativa é que essa atividade seja fértil e possibilite muitas outras”.

Patricia Hill Collins é uma das precursoras do conceito de interseccionalidade, ao destacar a importância de levar em conta os diferentes sistemas de opressão que incluem raça, gênero e classe social para entender as diferentes experiências discriminatórias enfrentadas por indivíduos de acordo com o grupo social ao qual pertencem. 

Modelo Rita Carreira celebra casamento com Mohamed Deme: “nosso amor é ancestral”

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

A modelo Rita Carreira utilizou seu perfil no Instagram nesta tarde de segunda-feira (5) para celebrar seu namoro com o também modelo, Mohamed Deme. Eles se conheceram em 2016 e se casaram no Senegal em 2022. “Todos os dias nós aprendemos algo novo sobre nós, sobre a nossa relação, sobre o nosso amor. E que venham muitos e muitos anos de aprendizado ,parceria e amor”, celebrou Rita, ao compartilhar fotos do casamento.

Grande referência como modelo negra, Rita diz que acredita na força do relacionamento afrocentrado. “Eu, enquanto uma mulher fora do padrão, faço questão de exaltar a importância do amor romântico afrocentrado que estou vivenciando e reforço que duas pessoas pretas se amando plenamente é algo bem especial“, disse ela em entrevista para a Vogue no ano passado. “Sei da dificuldade de mulheres gordas se sentirem amadas e conheço a solidão da mulher negra na nossa sociedade. Espero que a minha história possa inspirar outras mulheres pretas a se enxergarem possíveis de receber carinho e afeto como merecem. Vamos juntas“.

Apesar do casamento no Senegal, Rita e Mohamed dizem que ainda desejam realizar uma grande celebração ano que vem. “Nosso amor é cura, é ancestral, é potência , é espiritualidade“, destacou a modelo, que em 2020 se tornou a primeira modelo plus size a estampar a capa da Vogue Brasil.

Clara Moneke revela que Kate, de ‘Vai Na Fé’, foi originalmente inspirada em Zendaya: “era outro tipo de mulher negra”

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Foto: Reprodução / TV Globo ; Divulgação.

A personagem Kate se tornou uma dos maiores destaques da TV brasileira ao longo dos últimos meses. A atriz Clara Moneke, responsável por interpretar a personagem em ‘Vai Na Fé’, conseguiu incorporar todo seu talento no bem sucedido folhetim da rede Globo. Neste último domingo (4), Clara foi homenageada do programa Domingão e revelou algumas curiosidades sobre sua personagem. Segundo ela, originalmente, Kate tinha sido pensada com outras referências, como a atriz Zendaya e a cantora Jorja Smith.

Quando cheguei aqui [na Globo], a prancheta da Kate era outro tipo de mulheres negras. Tinham fotos lá de referência, como a Zendaya, Jorja Smith. E as outras meninas que estavam comigo eram mulheres negras mais claras, com cabelo e eu estava careca! Aí já fiquei assim: ‘Acho que não será dessa vez’. Mas não desisti, voltei, botei minha peruca, me arrumei e deu certo”, Clara, que de início, pensou que não seria aprovada no papel.

Kate. Foto: Reprodução / TV Globo.

A atriz destacou que apesar das dúvidas, ela sempre recebeu apoio da família. Kate também pontuou a forma como sempre enxergou de forma potente sua negritude e as oportunidades que recebeu enquanto artista.  “Tenho uma família muito consciente, afirmativa em relação a negritude e a mulher e a tudo o que a gente pode ser. Mesmo sendo uma mulher negra retinta, sempre tive muita confiança em tudo o que eu fiz”, destacou ela. “Por mais que eu talvez perdesse [o papel], eu sabia que não era pra mim. Não porque eu sou ruim, mas porque não era o momento. Mas eu acho que essa confiança, essa certeza de si, é o que falta muito na gente, é o que a Kate tem muito. A gente já perde tanto na vida, é tudo tão difícil, são tantos obstáculos, então se a gente não acreditar, ninguém vai acreditar”, disse Clara.

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