Nos últimos dias, o caso dos ex-estudantes de medicinada Unisa (Universidade Santo Amaro), no interior de São Paulo, repercutiu nas redes sociais pelo chamado “punhetaço”, durante o torneio universitário Copa Calo, que ocorreu entre abril e maio deste ano. Os vídeos começaram a viralizar só no último final de semana e a Polícia Civil de São Paulo instaurou um inquérito nesta segunda (18) para investigar o caso de importunação sexual durante o jogo feminino de vôlei entre as equipes da Unisa e da medicina de São Camilo.
Mas ainda há outro agravante para este crime que os internautas notaram nos vídeos: os universitários fizeram blackface para cometer atos obscenos, uma prática historicamente racista originada nos Estados Unidos.
“Não bastasse o ato machista e criminoso que estudantes da Unisa fizeram contra jogadoras de vôlei, eles ainda estavam pintados de preto. Esse racismo também precisa ser denunciado, junto com a misoginia. Esperamos que respondam por tamanho absurdo. Simplesmente horrendo!”, publicou adeputada federal Talíria Petrone(PSOL-RJ) nas redes sociais, nesta terça-feira (19).
“Agora não me surpreende imagens em baixa resolução que deixem dúvidas se são homens negros porque ninguém cita o fato de que são brancos pintados de preto”, também criticou hoje, a deputada estadual Monica Seixas (PSOL-SP)
Em vídeos que circulam na internet, mostram os estudantes de medicina com shorts abaixados e tocando os genitais ao lado da quadra, onde jogavam as atletas de vôlei feminino, para simular a masturbação. Só após a repercussão do caso, a Unisa decidiu expulsar todos os envolvidos neste caso, na noite de ontem.
“Ser mulher, principalmente negra, no esporte é ter que lidar com violências diárias que tentam a todo custo nos retirar desses espaços. O comportamento dos alunos que invadiram o jogo do time de vôlei feminino da Universidade Santo Amaro é uma violência que não é isolada, e precisa ter responsabilização dos autores. Somos facilmente atacadas em público, em espaços que deveriam ser seguros para nós. Precisamos também criar mecanismos eficazes para segurança e proteção para as mulheres e enfrentar a violência de gênero. Não recuaremos! O esporte feminino continuará avançando!”, escreveu.
Após mais de 20 anos do falecimento de Claudinho, o Brasil ganha a oportunidade de assistir uma das cinebiografias brasileiras mais bonitas e sensíveis sobre a dupla de funk que estourou no final dos anos 90.
O longa ‘Nosso Sonho’, mostra o íntimo de Claudinho e Buchecha, até então desconhecido pelos fãs, que dá margem para inúmeras reflexões sobre o que é ser um jovem negro, periférico, cantor de funk, dentre tantas outras camadas que envolve pertencer a uma família e uma comunidade negra brasileira.
Além da nostalgia de reviver os grandes sucessos como ‘Nosso Sonho’, ‘Rap do Salgueiro’, ‘Fico Assim sem Você’, há algo que eu gostaria de destacar, que é sobre como essa amizade era tão bonita, sem medo de ser feliz. Dois jovens negros, que desde a infância tinham muito cuidado e zelo um pelo outro. Trocavam conselhos, se abraçavam, davam boas risadas e arriscaram tudo para seguirem o sonho de serem artistas, representando o Salgueiro, em São Gonçalo (RJ).
Vinicius “Boca de 09” e Gustavo Coelho fazem Claudinho e Buchecha na infância (Foto: Divulgação)
Claudinho faleceu em 2002, em um acidente de carro. Então, não vou esconder o quão fiquei preocupada em como seria abordado o falecimento do cantor, afinal, não somos feitos só de dores. Mas esse é um filme sobre dois jovens que se superaram apesar dos desafios. Eu não finalizei o filme pensando pensando nos momentos tristes (apesar de ter chorado muito), eu terminei o filme com os aprendizados que o artista deixou sobre a importância de ter fé e alegria para viver.
Em entrevista ao Mundo Negro, o Buchecha revelou como esse jeito sempre otimista do Claudinho o influenciou na vida. “Isso foi mudando alguma coisa dentro de mim, mesmo sem eu perceber. É um antídoto, uma autodefesa que não sei explicar, mas chegou até mim e eu absorvei muito. Mudou a minha forma de crer, de ver a vida e resiliência”.
Lucas Koka Penteado e Juan Paiva foram feitos para esse filme. Outros dois jovens negros, periféricos e artistas, e que também são amigos. Com certeza, todas essas características, fortaleceram para uma química natural entre eles. “Essa amizade que a gente tem é real. Quando ele passava na TV ele já era meu amigo, ele só não sabia. E em 2017 ele descobre e aceita, que é o mais importante”, brinca Lucas.
Juan Paiva e Lucas Koka Penteado como Claudinho e Buchecha (Foto: Angelica Goudinho)
Mas para mergulhar nesses personagens de um filme biográfico, eles precisaram estudar muito, inclusive interpretar com a famosa língua presa do Claudinho. “Buchecha nos convidou para ir até a casa dele, tomar um café da manhã, e a partir daí, a pesquisa começou. Ele nos convidou para entrar no universo pessoal dele, junto com a família, confiou na gente. Contou vivências dos anos 80, 90, que foi enriquecedor pra gente”, contou Juan.
Assim como disse o diretor Eduardo Albergaria: “essa história já deveria ter sido contada”. E completa: “Estamos falando de 20 anos, desde a passagem do Claudinho. É uma história de representatividade, que atravessa o Brasil como um todo. Eu falei para a Tatiana Tiburcio (atriz que interpreta a Mãe do Buchecha): ‘eu não posso errar, eu preciso de ajuda’. Eu espero ter feito justiça por uma história tão importante”.
‘Nosso Sonho’ estreia no dia 21 de setembro, quinta-feira, e temos oportunidade de lotar as salas de cinema com um filme que fala de pessoas com realidades tão parecidas com as nossas e se inspirar. Como a dupla já cantava: “Nossa história vai virar cinema e a gente vai passar em Hollywood”, e deveria mesmo.
A discriminação racial com base em estilos de cabelo voltou à tona no Estado do Texas, nos Estados Unidos, com o recente caso de um estudante negro do terceiro ano da Barbers Hill High School, Darryl George, que foi suspenso por violar o código de vestimenta do distrito por conta do uso de dreadlocks. Os funcionários da escola afirmaram que o cabelo de George ultrapassava as sobrancelhas e os lóbulos das orelhas.
O caso aconteceu na semana passada e segundo a mãe de George, Darresha George, o adolescente de 17 anos usa seus dreads torcidos e amarrados no topo da cabeça. O estudante cumpriu a suspensão e planejava voltar às aulas usando o penteado de rabo de cavalo, ainda que isso resulte no jovem ser obrigado a frequentar uma escola alternativa. Na família de George, o uso de dreadlocks é uma tradição de várias gerações, com profundo significado cultural e religioso. “Nosso cabelo é onde está nossa força, são nossas raízes. Ele tem seus ancestrais presos em seus cabelos e sabe disso”, comentou Darresha.
A mãe do adolescente afirmou que Darryl cultiva seus dreads há quase 10 anos e que a família nunca havia recebido reclamações a respeito dos seus cabelos. A mãe explicou que os cabelos do filho quando estão soltos ficam pendurados acima dos ombros e que não entende como poderiam ter violado o código de vestimenta já que o jovem usava o cabelo preso. “Eu até tive uma discussão sobre a Lei CROWN com o diretor e o vice-diretor”, disse ela. “Eles disseram que o ato não cobre o comprimento do cabelo dele.”
O superintendente distrital, Greg Poole, defendeu a política do código de vestimenta, argumentando que ela é legal e ensina os alunos a se conformarem como um sacrifício que beneficia a todos. No entanto, a aplicação rigorosa dessas políticas está gerando debates e levanta questões sobre os direitos dos estudantes e a necessidade de sensibilidade cultural no ambiente escolar.
O Distrito Escolar Independente de Barbers Hill estabelece diretrizes que incluem a proibição para alunos do sexo masculino de manter cabelos que ultrapassem as sobrancelhas, lóbulos das orelhas ou a parte superior da gola de suas camisetas, conforme especificado em seu manual do aluno. Além disso, o manual diz que todos os alunos devem manter seus cabelos ‘limpos’, ‘bem-cuidados’, com um estilo geométrico e sem cores ou variações não naturais. Importante destacar que a escola não possui um código de vestimenta específico com uniformes.
A discriminação sofrida pelo adolescente desencadeou uma série de debates sobre a discriminação contra o cabelo de pessoas negras nas escolas e no local de trabalho, especialmente considerando a recém-promulgada Lei CROWN do estado, que entrou em vigor em 1º de setembro. A lei, cujo acrônimo significa “Criar um mundo respeitoso e aberto para cabelos naturais,” tem o objetivo de proibir a discriminação racial baseada na textura do cabelo ou penteados protetores, incluindo afros, tranças, dreadlocks, torções. O Texas é um dos 24 estados que adotaram uma versão da Lei CROWN, enquanto uma versão federal foi aprovada na Câmara dos Representantes no ano passado, mas não passou no Senado.
Os dreads têm uma significância cultural profunda, representando uma conexão com a história, a herança e até mesmo a espiritualidade. Candice Matthews, ministra nacional da política da Nova Nação dos Panteras Negras, afirmou que “Dreadlocks são percebidos como uma conexão com a sabedoria, não é uma moda passageira e não se trata de chamar atenção. O cabelo é a nossa ligação com a nossa alma, a nossa herança e a nossa ligação com Deus.”
Historicamente, tranças e outros estilos de cabelo desempenharam papéis cruciais na comunicação e identidade nas sociedades africanas, servindo para identificar a filiação tribal, estado civil e até como pistas de segurança e liberdade para aqueles que foram capturados e escravizados.
Após a abolição da escravidão, o cabelo afro-americano tornou-se uma questão política, já que os padrões de beleza eurocêntricos continuaram a perpetuar o estigma profissional e social para aqueles que não aderiam a eles. Embora a Lei dos Direitos Civis de 1964 tenha proibido a discriminação racial, os desafios persistem.
O caso de Darryl George não é o primeiro confronto do Distrito Escolar Independente de Barbers Hill com um estudante negro em relação ao código de vestimenta. Em 2020, um caso anterior envolveu um estudante que também foi instruído a cortar seus dreadlocks para continuar frequentando a escola. A determinação gerou polêmica e repercutiu nacionalmente.
Nesta terça-feira (19), o Grammy Latino anunciou os indicados a edição de 2023, que acontece no dia 16 de novembro. Entre os brasileiros indicados, estão Iza, Thiaguinho, Djavan e Planet Hemp.
A cantora Iza, que lançou recentemente seu álbum Afrodhit, foi indicada ao prêmio de “Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa” com a música ‘Fé’. As músicas ‘Da Favela Pro Asfalto’, da ÀTTØØXXÁ e Carlinhos Brown, e ‘Distopia’, do Planet Hemp e Criolo, também foram indicados a categoria. A categoria foi anunciada pela Liniker, primeira pessoa trans a ganhar um Grammy Latino no ano passado.
Ludmilla, ganhadora do Grammy de “Melhor Álbum de Samba/Pagode” do ano passado, foi a responsável por anunciar a categoria este ano. Entre os indicados, estão ‘Meu nome é Thiago André (Ao Vivo)’, do Thiaguinho, ‘Negra Ópera’, do Martinho Da Vila, e ‘Resenha do Mumu’, do Mumuzinho.
Em “Melhor Canção em Língua Portuguesa”, Djavan foi indicado ao prêmio com a música ‘Num Mundo de Paz’. Criolo também foi indicado com a música ‘Algoritmo Íntimo’, feat com Ney Matogrosso.
O artista Djavan e o grupo Planet Hemp são os únicos brasileiros indicados em mais de uma categoria. Djavan também foi indicado ao “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira” com ‘D’ e Planet Hemp ao “Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa” com ‘Jardineiros’.
Xênia França, com ‘Em Nome da Estrela’ e Hodari, com ‘Hodari’ estão entre os indicados ao “Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa”. Gaby Amarantos foi indicada ao “Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa” com ‘TecnoShow’.
A 24ª edição do Grammy Latino acontece no dia 16 de novembro pela primeira vez em Sevilha, na Espanha.
Nesta segunda-feira (18), viralizou um vídeo de um grupo de pessoas dançando ‘Blank Space’, da Taylor Swift, na Pedra do Sal, espaço considerado um dos points da comunidade negra do Rio de Janeiro e um dos principais locais de samba. O momento acabou gerando revolta e debates sobre embranquecimento nas redes sociais.
No vídeo, pessoas brancas e negras estão fazendo passinhos, famosos nos baile charmes, ao som de Taylor Swift. Para muitas pessoas, o acontecido não foi nada demais, mas para outros é mais um sinal de que espaços negros estão se embranquecendo.
A mina se ofendeu pq a pedra do sal embranqueceu. Fia, isso é antes de vc. A pedra do sal é um local histórico de dor, mas de resistência cultural. Seu rolé foi só 1 exp do q vem acontecendo há anos. Mas qnd ñ tivermos + nenhum símbolo, vão perguntar como deixamos isso acontecer.
A pesquisadora Naomi Nicolau, relembrou em seu X que o local se chama “Pedra do Sal” por causa do período de escravidão em que o espaço era um ponto de descarregamento de sal. “Ressaltando que há menos de 200 anos, se o escravo deixasse cair uma saca de sal do seu Senhor, levava chibatadas e ficava exposto na pedra pra ficar de exemplo”, comentou a pesquisadora.
Para muitos, esse é mais um sinal do embranquecimento que é debatido há algum tempo. Seja a música ou a presença de diversas pessoas brancas nesses locais (que não é proibida), o acontecimento foi visto como parte de um movimento de apagamento da história de resistência desses espaços e símbolos da comunidade negra.
No domingo (17), em São Paulo, o monumento da Deolinda Madre, conhecida como Madrinha Eunice, símbolo da resistência negra e que mantém viva a história do bairro, foi desrespeitado por um evento geek. A produção do evento montou o palco encostado na escultura.
Você começa levando uns amigos e termina assim. Vendo os momentos da nossa história virando apoio de palco pic.twitter.com/AigifLNJhi
acho paia quando não usam o nome certo das coisas. ok que "embranquecimento" é um nome válido pra levantar a problemática da pedra do sal mas não é esse o nome do problema. o problema se chama GENTRIFICAÇÃO, começa na preparação do rio pra eventos mundiais e não com taylor swift
Como ficou uma das comunidades afro-americanas mais prósperas dos Estados Unidos, após um dos massacres mais terríveis desde a escravidão? É o que vai mostrar a nova série documental “Rebuilding Black Wall Street”, apresentado e produzido pelo ator Morris Chestnut, em parceria com a Oprah Winfrey Network (OWN), canal de televisão norte-americano.
Com estreia prevista em 19 de setembro, em seis episódios, a série irá exibir a resistência da comunidade negra após o Massacre de Tulsa em 1921, no Distrito de Greenwood, mais conhecido como Black Wall Street, no estado de Oklahoma.
Em Black Wall Street, muitas famílias afro-americanas se uniram para criar uma comunidade próspera, com muitas empresas, bancos, teatros e lojas de sucesso. Mas, em 31 de maio de 1921 e no dia seguinte, uma multidão destruiu aquele distrito no que foi considerado o incidente mais horrível de terrorismo racial desde a escravidão. Estima-se que 300 pessoas morreram, mais de 1.200 casas foram destruídas e pelo menos 60 empresas e edifícios comunitários foram totalmente queimados.
Apesar do passado assustador, a série irá abordar como os moradores sobreviventes lutaram diariamente para manter a memória viva, e hoje, seus descendentes, continuam a jornada para a reconstrução de Tulsa, mantendo a comunidade próspera e resiliente.
“Rebuilding Black Wall Street” estreia na OWN na sexta-feira, 29 de setembro às 21h ET/20h CST, horário de Washington, D.C. Por enquanto, não há previsão de lançamento no Brasil.
Drake lançou nesta última semana seu novo single ‘Slime You Out’, em parceria com SZA. Acontece que a imagem de divulgação da música traz Halle Berry coberta num líquido verde. Neste último domingo (17), a atriz utilizou as redes sociais para compartilhar seu descontentamento com o rapper canadense. Berry diz que ele utilizou sua imagem sem permissão.
“Ele fez com que o pessoal dele ligasse para o meu pessoal e eu disse não. Não gostei daquela imagem de slime no meu rosto associada à música dele. E ele escolheu fazer isso de qualquer maneira! Você percebe… isso é desrespeitoso. Não é legal!”, desabafou a atriz numa interação com fãs.
Apesar de possuir Halle na foto utilizada por Drake, a imagem original pertence à plataforma Getty Images. Mesmo assim, Berry não concordou com a atitude do rapper e explicou seu ponto de vista. “Porque ele me perguntou e eu disse não, é por isso. Por que perguntar se você pretende fazer o que quer fazer!? Isso foi um ‘fod*-se’ pra mim. Nada legal. Entende?”, escreveu ela no Instagram. “É uma questão de princípios e integridade. Estou muito feliz por muitos de vocês entenderem isso”.
Apesar da polêmica, Drake não comentou sobre o assunto. Berry voltou a mencionar que se sentiu extremamente decepcionada. “Quando as pessoas que você admira o decepcionam, você tem que ser uma pessoa melhor e seguir em frente!”, escreveu ela.
O cantor Baco Exu do Blues utilizou as redes sociais nesta segunda-feira (18) para responder às críticas que recebeu pelo show no festival Wehoo, em Pernambuco. Com uma hora de atraso, fãs relataram que Baco aparentava estar abatido e cansado durante a apresentação. “Eu não estou bem. Estou me esforçando para entregar o melhor possível para vocês, mas não estou bem”, publicou Baco. “Desculpa a todo mundo que tem carinho por mim e ama minha música. Eu vou melhorar, estou me cuidando. Espero que entendam”, completou.
eu não to bem
to me esforçando pra entregar o melhor possível pra vocês, mas não to bem
desculpa a todo mundo que tem carinho por mim e ama minha musica, eu vou melhorar, to me cuidando espero que entendam
Na internet, vídeos de Baco no festival Wehoo mostram o rapper tendo dificuldades com as letras de suas próprias canções. Apesar do desabafo do artista, ainda não se sabe o motivo exato que levou Baco a afirmar que não está se sentindo bem.
Baco Exu do Blues está sendo criticado após se apresentar no festival “WEHOO” e esquecer a letra de várias músicas, incluindo seu novo lançamento com a Luísa Sonza, “Surreal”. pic.twitter.com/zXLnXpPvRh
Nos comentários da publicação de Baco, fãs desejaram melhoras ao rapper. “Tira um tempo pra você, se cuida, se cure. Isso é muito importante, não podemos nos forçar a ficar bem para agradar os outros. Temos que ser honestos com nossa própria dor“, escreveu o influenciador Levi Kaique. “Todos nós temos problemas e ninguém sabe o que se passa na vida de baco, problemas, desavenças e afins“, escreveu outro usuário.
O ‘Prêmio Potências!’, realizado pela Mynd, anunciou sua 3ª edição para o dia 27 de novembro, em São Paulo. Neste ano, a cerimônia terá o objetivo de reconhecer as personalidades negras que se destacaram ao longo do ano de 2023. Além disso, o evento vai prestar uma homenagem à cantora Alcione.
Com mais de 50 anos de carreira, Alcione é dona de uma das maiores vozes da música brasileira e uma das maiores sambistas da história, ela já vendeu mais de oito milhões de discos em todo mundo. “Ser uma das laureadas do prêmio Potências! é uma grande honra, principalmente por se tratar de uma homenagem criada para celebrar a cultura negra e os profissionais pretos. Uma premiação que enaltece o talento e a energia de uma raça que traz nas veias a força da ancestralidade. Um evento muito bem-vindo, porque tem como principal objetivo destacar a relevância – e a beleza – da nossa cultura”, afirma Alcione.
A premiação será apresentada por Preta Gil, Thelminha, Luana Xavier, Yuri Marçal, Tia Má e João Pedrosa. Serão 16 categorias, mais diversos shows especiais.
“O Potências! vem ganhando relevância no cenário das premiações nacionais e já se transformou em um selo, que atrai muitas marcas e público que fazem questão de prestigiar a negritude. Estamos muito ansiosos para a terceira edição, que promete muitas emoções e surpresas”, disse Julio Beltrão, líder do projeto e diretor artístico do Black Squad da Mynd.
Mais informações sobre o Prêmio Potências! 2023 devem ser anunciadas em breve.
Em uma mudança significativa, a Vogue Britânica anunciou que a jornalista Chioma Nnadi,44, deve assumir o cardo de editora da revista de moda no dia 9 de outubro deste ano. O nome de Nnadi começa a ser divulgado cerca de três meses depois que a saída de Edward Enninful, 51, da função foi anunciada. Em junho, ele foi nomeado como Consultor Global da Vogue e é um dos principais nomes cotados para substituir Anna Wintour, Diretora de Conteúdo e Diretora Editorial Global da Vogue.
Foto: Evelyn Freja/The Guardian
Nnadi, que atualmente trabalha como editora do site da edição americana da revista, contou em entrevista para o The Guardian, sobre suas expectativas com relação a esse momento. Ela deve se tornar a primeira mulher negra a trabalhar como editora da revista, famosa pelas capas icônicas comandadas por seu antecessor, um homem negro que fez história. “Ainda significa algo estar na Vogue, ainda tem autoridade. [E há pressão] por causa de Edward. Ele abriu novos caminhos. É mais do que fazer parte de uma revista – faz parte da conversa cultural.”, disse ela ao jornal britânico.
A nova editora é filha de um homem nigeriano que chegou no Reino Unido na década de 1960 para estudar e sua mãe é uma enfermeira suíço-alemã. Nnadi foi criada no centro de Londres e trabalhou em veículos independentes como a ‘Trace a Fader’, além do jornal ‘Evening Standard’. Nos Estados Unidos desde 2010, Chioma Nnadi mora em Nova Iorque e, além de trabalhar como editora do site da Vogue, a jornalista é co-apresentadora do podcast Vogue e uma das principais redatoras da revista.
Nnadi, que atualmente trabalha como editora do site da edição americana da Vogue, contou em entrevista para o The Guardian, sobre suas expectativas com relação a esse momento. Ela deve se tornar a primeira mulher negra a trabalhar como editora da Vogue Britânica, famosa pelas capas icônicas comandadas por seu antecessor, um homem negro que fez história. “Ainda significa algo estar na Vogue, ainda tem autoridade. [E há pressão] por causa de Edward. Ele abriu novos caminhos. É mais do que fazer parte de uma revista – faz parte da conversa cultural.”, disse.
Ela também ressaltou as diferenças profissionais com Enninful, que é estilista, destacando que ele se dedica mais à moda e estilo, enquanto Nnadi é escritora, mas sem deixar de reconhecer que a Vogue é uma revista de moda: “o impulso é o mesmo, independentemente de você estilizar ou escrever. Edward tinha esse instinto, apesar de sua formação ser diferente da minha. Mas a questão será sempre: como captamos o zeitgeist. É importante pensar sobre quem está contando a história e de quem é a história que estamos contando.”, acrescentou.
Edward Enninful deu as boas-vindas à sua sucessora pela nova função e afirmou estar ansioso para trabalhar com Chioma. “Bem-vindo ao novo chefe de conteúdo editorial da Vogue Britânica, @nnadibynature. Estou ansioso por trabalhar contigo bjs”, escreveu.
Após seis anos à frente da revista, Edward Enninful anunciou sua saída da Vogue Britânica no dia 2 de junho deste ano. Em um comunicado que surpreendeu o público, o então editor disse: “Estou animado em compartilhar que, a partir do próximo ano [2024], assumirei o cargo recém-nomeado de consultor editorial da Vogue britânica e consultor criativo e cultural global da Vogue, onde continuarei a contribuir para o sucesso criativo e cultural da marca Vogue. globalmente, tendo a liberdade de assumir projetos criativos mais amplos”. Enninful ainda se reportará diretamente para Anna Wintour no trabalho como consultor da Vogue Global.
O estilista nasceu em Gana, país localizado na África Ocidental, e foi para Londres aos 16 anos. Ele começou a trabalhar como editor da Vogue no país em 2017, mas já atuava na Condé Nast, empresa controladora da Vogue, há mais de 25 anos.
Ele se tornou diretor de moda da Vogue Britânica com apenas 26 anos, um momento histórico que marca a nomeação do primeiro editor negro a liderar a direção de moda de uma publicação tão importante no Reino Unido. Enninful é responsável por promover um trabalho criativo e diverso à frente da Vogue, levando “modelos de diferentes origens étnicas, idades, tamanhos e identidades de gênero” para as capas da publicação.
Ele também foi responsável por trabalhar com personalidades queridas da cultura pop como Naomi Campbell, Rihanna e Beyoncé, que lhe concederam entrevistas exclusivas e foram responsáveis por estrelar capas icônicas.
“Algo se abriu dentro de mim depois de dar à luz a minha primeira filha. A partir daquele ponto em diante, eu realmente entendi meu poder, e a maternidade tem sido a minha maior inspiração”, contou Beyoncé ao estilista ao estampar a capa de dezembro de 2020.
O estilista também foi responsável pela capa em que Naomi Campbell revela ter tido uma filha, publicada em março de 2022. A supermodel posou para revista com sua filha nos braços.
Enninful também foi responsável pela belíssima capa em que Rihanna aparece quase sem sobrancelhas e com adornos florais na cabeça, na revista publicada em setembro de 2018. Um período importante para o mundo da moda.