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Admiração e representatividade: Chef Thales Alves prepara virado à paulista para Gloria Groove em programa da Disney

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Foto: Reprodução

Imagina você ter a oportunidade de cozinhar com seu artista favorito porque ele gosta do seu trabalho. Esse é o caso do Chef Thales Alves, que está no programa “A Música Está Servida”, da Disney, junto com Gloria Groove. A drag queen o convidou para fazer uma releitura do Virado à Paulista no episódio que vai ao ar no dia 06 de outubro. Thales falou com o Mudo Negro sobre a experiência de ser a primeira pessoa trans em um projeto como esse.

A relação dos dois começou anos atrás, Gloria Groove foi um dos motivos que fez o chef Thales se tornar o primeiro (e único) transexual do Masterchef Profissional do mundo, em 2018. Ele fez a inscrição no último dia e, como bom fã, utilizou no vídeo da inscrição a música recém lançada “Bumbum de Ouro”, o que acabou conquistando a atenção. “Eles me falaram que eles só pararam pra ver o meu vídeo por causa da música”, comentou.

Um tempo depois do Masterchef, teve a oportunidade de conhecer sua artista favorita em uma boate em Brasília e contar sua história. Por causa desse encontro, Gloria Groove conheceu o trabalho de Thales, que acabou resultando no convite para “A Música Está Servida”.

Em “A Música Está Servida”, um artista musical se une a um chef de cozinha para preparar seu prato favorito, enquanto conversam sobre diversos assuntos, como carreira, vida pessoal e curiosidades sobre os artistas. “A experiência toda foi incrível”, disse Thales que ainda brincou que seria o primeiro príncipe trans da Disney.

Mas além de ser uma experiência muito boa de poder cozinhar para quem admira, para o consultor gastronômico sua participação foi muito representativa. “Se você for pensar num programa da Disney, tendo três episódios e um dos episódios ser comigo, sabe? Um chef de cozinha preto, fora do padrão, um cara trans, é surreal de bom. É algo que jamais passaria pela minha cabeça”, celebrou.

Mas mesmo sendo uma pessoa trans quebrando algumas barreiras, Thales ainda enxerga que há muita luta pela frente para a gastronomia começar a dar mais espaço para pessoas trans. “Ainda o espaço é muito pequeno. A gente sabe que o mercado da gastronomia é um mercado que menos exclui pessoas trans, mas mesmo assim a gente precisa de mais reconhecimento”, afirma o consultor gastronômico. “Falta reconhecerem só os talentos. As pessoas ainda ligam muito pra opinião do público. O preconceito externo faz com que os donos de restaurante não contratem pessoas trans de forma adequada”, complementou.

São Paulo e Salvador vão exibir filmes do continente africano na Mostra de Cinemas Africanos em setembro

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Foto: Fiery Film Company

No mês de setembro, São Paulo e Salvador vão receber a Mostra de Cinemas Africanos, com diversos filmes, debates, masterclasses e painéis. Em São Paulo, o festival acontece do dia 5 a 13 de setembro, no Cinesesc e no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. Em Salvador, Bahia, do dia 13 a 18 de setembro, no Glauber Rocha e Saladearte do Museu. 

O festival vai reunir 13 longas e 16 curtas de 12 países, com destaque para o cinema do Senegal e alguns títulos inéditos no Brasil. Os cineastas do Senegal Moussa Sène Absa e Alassane Diago e C.J. “Fiery” Obasi, da Nigéria, estarão presentes em algumas atividades durante a mostra. 

No Cinesesc, em SP, os ingressos para assistir os filmes vão custar R$ 24,00 (inteira), R$ 12,00 (meia) ou R$ 8,00 (credencial plena). As demais atividades serão gratuitas no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc.

Um dos destaques do festival é o cinema de Senegal. Será exibido as retrospectivas do jovem Alassane Diago e o veterano Moussa Sène Absa, que vem ao festival com o apoio da Embaixada da França no Brasil. São três longas sobre emigração e conflitos familiares do documentarista Alassane, enquanto o veterano Moussa traz a sua trilogia sobre mulheres senegalesas.

Outro destaque é a exibição inédita no Brasil do filme do cineasta nigeriano C.J. Obasi, “MAMI WATA” (2023). Um drama em preto e branco que ganhou o prêmio de melhor direção de fotografia no Festival de Sundance, nos EUA. A fotografia do filme foi assinada pela  brasileira Lílis Soares.

Além dos três cineastas convidados, o festival vai receber Sakhile Gumede, da África do Sul, curador do Durban International Film Festival. Ele vem acompanhado de jovens estudantes cineastas. As realizadoras brasileiras Ariadine Zampaulo e Lílis Soares, também vão participar dos debates, masterclasses e painéis.

Xalé – As Feridas da Infância (Senegal, Costa do Marfim 2022) | Foto: Les Films du Continent

A Mostra de Cinemas Africanos foi criada na Bahia em 2018 e desde então vem passando por diversos estados brasileiros. Em 13 edições, já foram exibidos mais de 180 filmes de 30 países africanos. A edição de 2023 tem realização do Sesc São Paulo e apoio cultural da Embaixada da França no Brasil e do Projeto Paradiso Multiplica.

Tableau Ferraille (Senegal, França 1997) | Foto: ADR Productions

Para saber mais informações e a programação completa do festival em São Paulo e em Salvador é só acessar o site mostradecinemasafricanos.com

Confira a lista dos longas:

“A ovelha de Sada” (“Le mouton de Sada”, Senegal, Burkina Faso: 2023), dir.:  Pape Bouname Lopy;

“As Lágrimas da Emigração” (“Les larmes de l’émigration”, Senegal, França: 2010), dir.: Alassane Diago;

“Conhecendo meu Pai” (“Rencontrer mon père”, Gabão, Senegal, França: 2018), dir.: Alassane Diago

“Madame Brouette” (“Madame Brouette”, Senegal, França: 2002), dir.:Moussa Sène Absa

“MAMI WATA” (Nigéria: 2023), dir.: C.J. ‘Fiery’ Obasi;

“Maputo Nakuzandza” (Brasil, Moçambique: 2021), dir.: Ariadine Zampaulo

“No Cemitério do Cinema” (“Au Cimetière de la Pellicule”, França, Senegal, Guiné, Arábia Saudita: 2023), dir.: Thierno Souleymane Diallo

“O Kaftan Azul” (“The Blue Caftan”, França, Marrocos, Bélgica, Dinamarca: 2022), dir.: Maryam Touzani

“O Panteão da Alegria” (“Le Panthéon de la Joie”, Benin, França: 2023), dir.: Jean Odoutan

“O Rio não é uma Fronteira” (“Maayo wonaa keerol”, França, Senegal, Alemanha:2022), dir.:Alassane Diago

“Sira” (Burkina Faso, França, Senegal, Alemanha: 2023), dir.: Apolline Traoré

“Tableau Ferraille” (“Senegal, França: 1997), dir.: Moussa Sène Absa

“Xalé – As Feridas da Infância” (“Xalé – Les blessures de l’enfance”, Senegal, Costa do Marfim: 2022), dir.: Moussa Sène Absa

Príncipe do funk, MC Marcinho morre aos 45 anos

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Foto: Divulgação.

Neste sábado, 26 de agosto, o cantor e símbolo do funk, MC Marcinho, faleceu aos 45 anos. A informação foi confirmada pelo Hospital Copa D’Or. “Confirmamos com pesar a morte da paciente Marcio André Nepomuceno Garcia na manhã deste sábado(26), às 9h10, em decorrência da falência múltipla de órgãos. O hospital se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda”, disse a nota oficial.

O artista havia sido hospitalizado desde o dia 27 de junho devido a complicações de insuficiência cardíaca e renal, além de ter enfrentado uma grave infecção generalizada. No último dia 22 de agosto, seus familiares chegaram a pedir por doações de sangue para o artista.

A situação agravou-se quando o nome de Marcinho foi retirado da lista de espera para transplantes de órgãos. Isso ocorreu devido às regulamentações do Sistema Nacional de Transplantes, que estipulam que o receptor precisa apresentar condições mínimas para tolerar o procedimento cirúrgico e o subsequente enxerto do órgão. Infelizmente, MC Marcinho não atendia mais aos critérios dessa lista.

Dono de grandes hits do funk como “Glamurosa” e “Rap do Solitário”, Mc Marcinho é portador de cardiopatia e doença renal crônica e segue internado desde 27 de junho. Dias depois, ainda no hospital, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi submetido a uma cirurgia para implante de coração artificial.

Em março deste ano, o artista revelou que estava debilitado e precisou realizar uma cirurgia para substituir um marco-passo às pressas, que havia sido implantado em 2021. Na época, a equipe do Mc informou que o estado de saúde era estável e o procedimento havia sido bem sucedido. 

Visita de Cardi B e Samuel L Jackson aqueceu a economia de Gana mesmo pós a Covid-19

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No ano passado, ao visitar Gana, ela e Samuel L Jackson inauguraram uma nova onda de visitas à região. A presença dos dois foi no Ano de Retorno, evento que marcou os 400 anos escravidão.

Os números do país em 2019 são impressionantes: serviços de informação e comunicação cresceram 47% principalmente por causa do aumento no uso de dados, impulsionado pelo fluxo de convidados do período.

Restaurantes e hotéis aumentaram em 6%, o dobro do índice no ano anterior. Mesmo o coronavírus não atrapalhou os planos, visto que o fechamento do ano tem expectativa de crescimento de 1,5%, bem melhor do que o PIB negativo previsto para o Brasil neste ano.

As informações são do Bloomberg.

As informações são do Bloomberg.

Prepare a pipoca e o bolso, o cinema negro em 2020 vem com tudo

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2020 promete no que diz respeito a filmes, muitos deles voltados a continuação. Estão preparados?

Principe em NY – Estreia 12/12/2020
Ed Murphy e sua família estão de volta na continuação da saga que tem mais de 30 anos! A trama girará em torno de um filho que ele tenha feito na América e que pode ser herdeiro de Zamunda.

Bad Boys 3- Estréia 30/01/2020
Antes de velozes e furiosos havia “Bad boys” com Will Smith, lá nos anos 90 e agora eles estão de volta no ano que vem:

Queen & Slim – Estréia 04/03/2020
Um date que poderia ter sido ótimo, exceto pelo final. Em mais um filme que discute racismo e violência policial

Luta por justiça – 27/02/2020

Com Jamie Foxx e Michael B. Jordan, Luta por justiça fala sobre um homem no corredor da morte que alega ser inocente.

Ansiosos?

Brasil se sente mais negro e conhecer mais da história da África é fundamental

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Foto: Vogue USA

O Brasil se sente mais negro e a principal razão por trás disso é incrível, um maior conhecimento sobre a história da África. Nos últimos dez anos, o número de pessoas se autodenominando negras cresceu de 47,9% e para a marca de 54%; é a primeira vez que podemos dizer que negros são maioria no país.

Sabemos por que paramos aqui, a nossa contribuição para a sociedade brasileira e ao lado desta nova identidade entre nós, existe muito orgulho das raízes e um olhar para dentro da cultura brasileira. Me arrisco dizer que quanto mais nos sentimos negros, mais identidade brasileira carregamos na pele.

Na pauta da grande mídia, o continente africano ainda é marcado por notícias negativas diariamente como doenças e guerras, mas existe sim uma agenda positiva atual. Ruanda, por exemplo, é o país com maior número de mulheres em um parlamento. Enquanto o mundo discute equidade de gênero, a nação centro-oriental tem 64% de mulheres responsáveis pela legislação. Senegal, Namíbia, Seychelles e África do Sul possuem 40% de mulheres nestas cadeiras.

 
Adolescentes que desenharam o primeiro satélite privado do continente em Capetown, África do Sul.

Por mais que os ataques terroristas do Boko Haram ocupem as notícias, sobretudo pela imensa quantidade de mortos, as guerras civis reduziram e são apenas 12 hoje. Outro fato que podemos comemorar juntos é a redução da pobreza extrema e o crescimento rápido de uma nova classe média, bastante conectada e disposta a usar a tecnologia para reduzir as desigualdades sociais.

O revolucionário aplicativo M-Pesa se enquadra perfeitamente neste quadro. O app é um serviço de pagamento móvel muito popular no Quênia. O cliente usa o dinheiro virtual em lojas de varejo que, por conseguinte, podem movimentar este valor convertido na moeda local. É tão importante para a economia que se tornou 11% do PIB do país. Já o Tuluntulu, por exemplo, é uma plataforma de conteúdo mobile adequado para baixa velocidade de internet. Ambos foram classificadas pela Interbrands como marcas valiosas.

No campo das artes, estrelas como a atriz Lupita Nyongo e Chimamanda Ngozi, autora consagrada mundialmente, fazem questão de ressaltar os aspectos positivos das suas memórias no continente. O último ritmo a ganhar o mundo foi o Azonto, nascido em Gana e que mistura música africana com House (também de origem negra, porém criado na diáspora).

Estes são apenas alguns exemplos de como um olhar mais atento pode descobrir mais sobre nossas origens e de como os nossos irmãos africanos continuam

criativos, exportadores de tendências e vencendo adversidades. A velha e moderna África, motivo de tanto orgulho hoje, só prova que estamos mais conectados do que nunca. Aqui e lá.

Ouça Azonto no Spotify:

Nadja Pereira é jornalista, community manager e fundadora da consultoriaZeroponto54, especialista em insights de consumo da classe C.

*Este artigo foi publicado originalmente no blog da agência Santa Clara.

Mulher negra e autoestima

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No último sábado eu participei de um encontro incrível no Instituto Carrefour. Centenas de mulheres negras, tão incríveis quanto eu, estiveram lá debatendo assuntos que são tão comuns a nossa gente. Eu cresci em uma casa em que a “autoestima” não foi trabalhada. Não por culpa minha, mas isto não é algo tão comum em nossa sociedade. Ao mesmo tempo, “vencer na vida” faz parte da minha personalidade porque fui muito estimulada a estudar, trabalhar e deixar um legado.

Voltando ao Coaching Time, foi um dia intenso de aprendizado e eu vou destacar algumas das frases mais emblemáticas e que toda mulher negra deve aplicar (e aprimorar) na própria vida. A maioria delas foram ditas pela Alexandra Loras, consulesa da França no Brasil, da qual eu dispenso apresentações.

Vou comentar algumas delas:

Liste 10 mulheres que te inspiram, sobretudo negras

Em minha vida, mulheres negras de sucesso sempre me inspiraram. Não falo somente de celebridades, mas quando via uma mulher negra sendo empresária ou jornalista, sempre ficava com aquela imagem na minha mente de que queria ser como elas. Acredito que não vale somente dizer quem são, mas o por que de admirá-las; ler e acompanhar sua trajetória é fundamental.

A Zim Ugochukwu, fundadora do Travel Noire, está na minha lista. Ela criou a primeira comunidade online voltada para negros que viajam. Quebrou paradigmas e sua empresa foi escolhida pela renomada Fast Company como uma das mais inovadoras do mundo. Já perdi as vezes de quanto assisti sua palestra e fiquei emocionada. Ela conta um pouco da sua história aqui, em inglês.

A insegurança é domável

Todas nós somos inseguras a tal ponto, mas a forma como lidamos com isso é que nos destaca. É só reduzimos o medo e não deixarmos que ele nos domine. A insegurança precisa nos impulsionar para um aprimoramento.

Exemplo: eu tinha uma insegurança em falar em público.

O que devo fazer? Treinar em casa sozinha e pedir a opinião dos outros sobre o meu desempenho. Se tiver segura sobre o tema, já é meio caminho andado.

Erros são ótimos professores; revise os erros do dia.

Todos os dias eu agradeço ao universo por mais 24h em minha jornada no mundo e isso falado pela Alexandra caiu como uma luva. Por que não revisar os erros do dia para não voltar a cometê-los? É muito importante não cair em um autoflagelo e sim pensar “no que posso ser melhor amanhã?”

Foque em suas qualidades e trabalhe os defeitos

Procrastinação é um hábito que eu tenho. Como trabalho com mídias sociais, as visitas constantes ao Facebook passaram a ser um problema porque eu não me concentrava. Se isto rouba meu tempo, por que continuar? O jeito foi desativar as notificações para enxergar novas formas de trabalhar. A técnica do pomodoro (de trabalhar 25 min e parar por 5 min) foi essencial para lidar com isso. Experimente.

Valor não é o próprio trabalho, valor é identidade

Descobri isso da pior forma: quando estava desempregada. Trabalho não é o centro da minha vida e sim eu mesmo. Não adianta ficar angustiada porque não o tenho. Lógico que foi bem difícil ver dívidas se acumulando no período, mas isto me faz perceber que enquanto trabalhamos não devemos deixar a nossa vida pessoal de lado. Eu fiz isso em nome de trabalho e dinheiro. Não recomendo este descuido a ninguém.

Fazer planos e manter o foco

Estava perdida quando comecei o coaching profissional com a Dani e, quase um ano depois, eu sei exatamente o que eu quero. Se você não puder ter um auxílio de um profissional, faça um exercício mental de revisitar o que te motivava. É uma excelente forma de resgatar sonhos antigos e correr atrás deles. Pra te ajudar, faça visualizações criativas e recrie na mente os seus sonhos. Vai te ajudar e muito a chegar lá. Eu tô começando a colher os frutos de já declarar pro universo o que quero pra minha vida. Estou mais otimista.

Seja a melhor versão de você mesmo

Não deixe mais nada pra depois. Se teu corpo te incomoda, coma melhor e faça exercícios. Se você precisa se qualificar, invista em cursos e não deixe pra depois. Parece que tem uma vozinha da auto sabotagem dentro da gente mandando em nosso modo de agir. Celebre mais você, faça mais coisas que gosta e se envolva menos em atividades que não te dão prazer.

A nossa revolução (e evolução) começa em nós mesmos e gritar somente raivosamente contra o mundo não resolve nada. Ao invés de ficarmos tão estressados por conta de um post racista, que tal irmos nas comunidades para aumentar a amor-próprio de nossos meninos e meninas? Muitos deles têm uma enorme dificuldade de ligar a palavra “negro” a qualidades positivas. Precisamos nos juntar para resolver os problemas das comunidades, colocando nossas diferenças de lado porque existem problemas maiores a serem resolvidos e a nossa autoestima é ainda um dos maiores.

Léo Santos viraliza com react sobre “terreiro gourmet” no RS: “a ancestralidade passa a ser comercializada”

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Fotos: Divulgação

“A casa de Oxum. A casa de axé”. A comunidade negra e tradicional de religiões de matriz africana está desde ontem, com essa frase na cabeça, após Léo Santos publicar um vídeo curioso no Instagram, relacionado ao Ilê Oxum Docô, do Babalorixá Pedro de Oxum, localizado no Rio Grande do Sul.

Em forma de sátira, o humorista fez um react com o vídeo publicado recentemente pelo perfil do terreiro. “O erro desse sacerdote é chamar um espaço gourmet desses terreiro de axé, quando na verdade parece um hotel, um espaço de estética, dentre os outros estabelecimentos que se assemelha”, disse Léo Santos em entrevista exclusiva ao Mundo Negro.

No vídeo em questão, a equipe apresenta o terreiro que tem mais de 39 anos de atuação em Porto Alegre. Com o site www.oxum.com.br e redes sociais, eles oferecem serviços espirituais tanto no presencial, como no virtual, e o Babalorixá divulga que já atendeu diversas estrelas ao redor do mundo. Em um vídeo antigo, Pedro de Oxum inclusive aparece no antigo programa Domingão do Faustão, da TV Globo, ensinando simpatias contra inveja. (Assista aqui)

Léo Santos, adepto do candomblé, denomina as religiões de matriz africana como da oralidade. “Quando a gente perde isso, se torna o que está se tornando, esse espaço colonizado”.

Leia a entrevista completa abaixo:

Léo, o seu último vídeo viralizou e chamou muita atenção ao que discutimos sobre a apropriação. Para quem é leigo, como você explica o que tem de errado com a apresentação deste espaço religioso?

A princípio não há nada de errado em praticar sua fé de forma individual, porém devemos parar pra pensar como está sendo praticada essa fé, com quais fontes você aprendeu. Candomblé (assim como outras religiões) tem dogmas, regras, costumes, o erro do vídeo está na organização, no reflexo europeu que eles estão trazendo para uma religião de matriz africana.

Como isso afeta negativamente na imagem dos terreiros que mantém uma tradição oral de matriz africana ao longo de todos esses anos?

A oralidade vai se esvaindo dentro dessas modernidades, a ancestralidade passa a ser comercializada, imagine se os nossos ancestrais cobrassem para passar seus ensinamentos? Hoje em dia não teríamos o candomblé, pois em sua grande maioria são pessoas que não tem condições financeiras nenhuma, ou seja, não pagariam para adquirir aprendizado. Candomblé é oralidade, candomblé é troca de palavras, o que foge disso não é mais candomblé. Computadores, notebooks, ebós virtuais, são utensílios que não fazem parte da construção do candomblé.

Não só esse caso, mas tantos outros que estão nos afastando dos nossos Deuses, cada dia mais somos colocados a um quilômetro de distância de Orixá, e assim vamos nos afastando pela ganância, pela ousadia, pela modernidade, pela falta de tradição.

Foto: Arquivo pessoal

O site levando o nome de uma orixá é desrespeitoso às entidades e aos religiosos de matriz africana?

Em partes não. O erro desse sacerdote é chamar um espaço gourmet desses de casa de candomblé, terreiro de axé, quando na verdade parece um hotel, um espaço de estética, dentre os outros estabelecimentos que se assemelham. Podem dizer que é prosperidade, mas pra mim as coisas tem limites, Orixá não é isso. Existem casas maiores, com mais condições financeiras, porém entende que tudo existe tradição, limites, tudo é uma questão de senso. Quando a gente não tem simancol, e quando a gente deixa nosso senhor de engenho gritar mais do que nossos ancestrais, nosso espaço religioso vai ficando cada vez mais a cara da Europa, ao invés da África.

No próprio site, também há um vídeo antigo em que ele aparece no programa do Faustão ensinando simpatias contra a inveja e a fofoca. O que você achou dessa atitude em TV aberta?

As pessoas que não tem responsabilidades com a sua própria ancestralidade, gostam disso, de conhecer em um programa de TV, de mostrar um candomblé, uma fé que não existe, que traz o amor em 7 dias, ensina as pessoas a ficarem obcecadas achando que todos tem inveja delas, e aí essas pessoas vivem em pró de fazer trabalhos e limpezas espirituais toda hora, e assim só vão perdendo saúde mental, em pró de uma “melhora” que não irá acontecer.

Quem é de candomblé de verdade não precisa ir para televisão ensinar simpatia, ebó, feitiço, essas coisas gente ensina pessoalmente. Por isso que candomblé é a religião da oralidade, quando a gente perde isso, se torna o que está se tornando, esse espaço colonizado, cheio de senhores de engenho querendo roubar a todo modo a nossa tradição e transformá-la em casa grande.

|ATUALIZAÇÃO : Erramos! O Ilê Oxum Docô é uma casa de Batuque e não de Candomblé, como mencionado na entrevista. Entretanto, a crítica que o Léo Santos fez é em referência à todas as religiões de matriz africana. “Independente de ser batuque, tudo que vem dos nossos ancestrais pretos, não se parece com a Europa, somos pés no chão”|.

Assessoria de MC Marcinho nega notícia sobre o falecimento do cantor: “continua vivo e em estado grave”

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Foto: Divulgação.

A assessoria de MC Marcinho desmentiu a informação do falecimento do cantor, que foi publicada pelo jornal O Dia nesta tarde de sexta-feira (25). Em nota, os representantes do artista destacaram que ele teve um piora no quadro de saúde, mas continua vivo.

“MC Marcinho continua vivo e em estado grave. Contamos com a colaboração de todos com informações verdadeiras, em respeito à família e aos fãs”, informou a assessoria. “Ele está grave, sim, a família foi chamada, sim, mas ele segue ligado aos aparelhos”.

Foto: Divulgação.

O artista foi hospitalizado no dia 27 de junho devido a complicações de insuficiência cardíaca e renal, além de ter enfrentado uma grave infecção generalizada. No último dia 22 de agosto, seus familiares chegaram a pedir por doações de sangue para o artista.

A situação agravou-se quando o nome de Marcinho foi retirado da lista de espera para transplantes de órgãos. Isso ocorreu devido às regulamentações do Sistema Nacional de Transplantes, que estipulam que o receptor precisa apresentar condições mínimas para tolerar o procedimento cirúrgico e o subsequente enxerto do órgão. Infelizmente, MC Marcinho não atendia mais aos critérios dessa lista.

Luva de Pedreiro anuncia que vai ser pai: “Cristiano Ronaldo Jr. vem aí”

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Foto: Simon Plestenjak/UOL.

O influenciador Iran Ferreira, conhecido como Luva de Pedreiro, utilizou sua página no Instagram para anunciar que vai ser pai. Sem maiores detalhes, ele contou que o seu primeiro filho se chamará Cristiano Ronaldo Jr., em referência ao consagrador futebolista português.

“Vou falar a verdade todinha, não gosto de postar nada na internet, porque é só polêmica. Pronto, falei: eu vou ser pai”, disse Luva de Pedreiro, através do stories, com a legenda “Cristiano Ronaldo Jr. vem aí” no vídeo. O influenciador, que possui mais de 20 milhões de seguidores apenas no Instagram contou que não iria revelar a novidade por agora, mas que a gestação já está no quinto mês.

“Meu filho tem cinco meses e eu nunca falei a ninguém na internet, porque é só polêmica. Era para eu falar num momento momento especial, mas o pessoal estraga as coisas das pessoas só para botar em polêmica, em mentira”, contou ele. “Me deixa em paz, eu vou ser pai, agora (a gravidez é de) cinco meses, Cristiano Ronaldo Jr. vem aí. Pronto, falei. Não era para eu falar agora, mas vou falar. Me deixa eu em paz, deixa eu viver minha vida, estou feliz. Cristiano Ronaldo Jr. vem aí e é isso que importa“.

Luva de Pedreiro é um super fã de Cristiano Ronaldo e sempre viu o jogador como uma inspiração. Ele conheceu o astro no último mês de julho. “Depois de toda dificuldade que passei, andava mais de 10km a pé para postar um vídeo e o celular não tinha memória para gravar os mesmos. E hoje, chegar onde eu cheguei é algo inacreditável. Realizei meu sonho que era conhecer CRISTIANO RONALDO, onde eu achava que seria impossível“, publicou o influenciador. “Pra galera que me acompanha, sabe que ele sempre foi minha inspiração e isso que aconteceu comigo serve de exemplo pra todos vocês, não desista dos seus sonhos”.

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