Integrando a comitiva presidencial que viajou para países africanos como a África do Sul, Moçambique, Angola e São Tomé e Príncipe, entre os dias 21 e 27 de agosto, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco contou durante entrevista coletiva na capital de Moçambique, na quarta-feira, realizada no dia 23 de agosto, que a ativista Graça Machel deve realizar uma conferência internacional com apoio do ministério de Anielle.
A proposta envolve a participação de líderes políticos, parlamentares e ativistas do Brasil, Estados Unidos, África do Sul e Colômbia. O objetivo primordial desse encontro proposto pela ativista de direitos humanos e viúva de Nelson Mandela é refletir a criação de novas políticas públicas voltadas ao tema da igualdade racial.
Notícias Relacionadas
Verba menor para candidaturas negras faz 4,4 mil candidatos voltarem a se autodeclarar brancos em 2024
Quase um terço das cidades da Grande São Paulo terá apenas candidatos brancos à prefeitura
Anielle Franco ressaltou a relevância do Brasil estar envolvido nesse tipo de iniciativa, enfatizando a importância de aprender com nações que construíram uma trajetória marcada pela superação de desafios e pela evolução de políticas inclusivas. “Estamos em um país que tem memória. Um país que não repete seus erros”, disse a ministra.
A viagem também foi marcada pela discussão sobre educação antirracista e troca de experiências no campo educacional. A ministra revelou a iniciativa do programa “Caminhos Amefricanos”, lançado pelo Ministério da Igualdade Racial, que visa promover intercâmbios de curta duração entre professores da educação básica e estudantes de licenciatura. Essa troca de conhecimentos visa fortalecer a perspectiva antirracista na educação, promovendo um diálogo significativo e enriquecedor entre as nações do sul global.
Anielle Franco também destacou a importância do processo que antecede o intercâmbio, enfatizando o compromisso em orientar os participantes para garantir que eles estejam preparados para as experiências que estão por vir. “Essa nossa troca não começa apenas por enviar os alunos, começa bem antes. Começa com encontros, começa com reforço, de falar pra eles o que eles vão encontrar, começa com o pós, porque depois vai ter uma produção desses próprios alunos “, explicou a ministra.
Notícias Recentes
Equipe de Ludmilla afirma que não convidou Blogueirinha para realizar programa no Numanice e esclarece a situação
Geógrafa norte-americana, Ruth Gilmore, discute abolicionismo penal e capitalismo racial na Unicamp