Foto: Vinicius Marques ; Reprodução ; Kelly Fuzaro / GNT.
A Academia Brasileira de Cultura (ABC) anunciou o nome das novas personalidades que farão parte da instituição como ícones imortais. Dentre nomes, Liniker, Margareth Menezes, Sonia Guajajara, Alcione, Conceição Evaristo, Luana Xavier e Juma Xipaia farão parte da Academia, composta por 55 notáveis, de diversas áreas.
Nas redes sociais, Liniker celebrou a conquista. Ela vai ocupar a cadeira 51, que pertencia a Elza Soares. Ela também se tornará a primeira mulher trans a ocupar o posto na ABC. “Nunca achei que seria possível ser considerada assim, por não imaginar mesmo, por ser distante”, destacou a cantora. “No meu peito se encontra um certo silêncio preenchido por emoção, por imaginar minha trajetória até aqui, pensando em tudo o que eu já escrevi e ainda escreverei, cantarei, interpretarei, assimilarei e construirei junto à cultura brasileira“.
As cadeiras que têm como patronos Angela Maria e Machado de Assis vão receber, respectivamente, a cantora Alcione e a escritora Conceição Evaristo. A apresentadora Luana Xavier vai assumir a cadeira que tem o nome de sua avó, Chica Xavier.
Em nota, Margareth Menezes também celebrou a conquista. “É gratificante sentir que uma carreira artística longeva, de quase quarenta anos, também é reconhecida e reverenciada neste momento, em que trago comigo todas as mulheres que fortalecem e fortaleceram as expressões artísticas no Brasil, especialmente as mulheres negras”, destacou.
A Ministra dos Povos Originários, Sonia Guajajara celebrou a nomeação. “Ocuparei a cadeira de número 16 da Academia, e como patrono deste posto escolhi Paulo Paulino Guajajara, jovem liderança do nosso povo, assassinado em 2019 na defesa do território indígena Arariboia. Que seu legado também seja referência de luta e resistência para nós“, publicou. Além de Sonia, a Academia terá, ainda, a cacique Juma Xipaia, secretária de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas, na cadeira que tem como patrono Marçal de Souza, o Tupã Y.
A cerimônia de posse vai acontecer na terça-feira, 14 de novembro.
Na manhã desta segunda-feira, o presidente Lula sancionou a nova Lei de Cotas para estudantes que ingressarem nas universidades brasileiras garantindo a reserva de vagas para estudantes pretos, pardos e indígenas , egressos de escolas públicas e oriundos de famílias com renda inferior a um salário mínimo e meio per capita e estudantes com deficiência.
A sanção da nova lei aconteceu em uma cerimônia que foi transmitida ao vivo direto do Palácio do Planalto, em Brasília, no DF e contou com a presença de ministros, como Camilo Santana, da Educação, Anielle Franco, da Igualdade Racial, Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e Cidadania, Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas e Márcio Macêdo, secretário geral da presidência, além de senadores, deputados e representantes da sociedade civil.
Nas redes sociais, Anielle Franco, Ministra da Igualdade Racial, celebrou a sanção da nova lei: “É válido ressaltar que a lei de cotas do Ensino Superior é a maior política de reparação que o Estado brasileiro já produziu”, disse ela em discurso durante a cerimônia em Brasília.
O projeto que atualiza a nova Lei de Cotas após dez anos já havia sido aprovado no senado no final do mês de outubro, e com a sanção do presidente, passa a ser prorrogada por mais dez anos entre seus principais pontos estão a reserva de 50% de vagas para para negros, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência egressas de escolas públicas.
A lei inclui estudantes quilombolas em vagas destinadas às cotas, além de reduzir a renda familiar per capita para um salário mínimo. Antes, os cotistas concorriam apenas às vagas reservadas para as cotas ainda que obtivessem nota suficiente para a ampla concorrência, com a nova legislação. Agora, em primeiro lugar, serão avaliadas as notas pela ampla concorrência e depois a reserva de vagas para as cotas.
Os alunos que ingressarem nas universidades por meio de cotas também terão prioridade no recebimento do auxílio estudantil. As regras da nova Lei de Cotas também se estendem para a pós-graduação.
Outra mudança é que os Ministérios da Igualdade racial, dos Direitos Humanos e Cidadania, dos Povos Indígenas e a Secretaria Geral da Presidência da República também devem acompanhar a política de cotas, aliados ao Ministério da Educação.
O segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está gerando polêmica após estudantes denunciarem o conteúdo racista contido em uma das questões da prova, feita por mais de dois milhões de estudantes do país no último domingo, 12, e que traz uma charge com imagens estereotipadas que parecem ser uma tentativa de representação de povos originários de África.
2° dia do Enem 2023, e na prova de matemática aparece uma questão extremamente RACISTA! Na questão há uma figura com estereótipos de um povo nativo, que lembra mt como os povos africanos eram representados em charges e propagandas colonialistas/imperialistas. pic.twitter.com/ZQd5PGgaJ5
A questão, na prova dedicada à área de exatas, tinha como objetivo demonstrar como a forma de contar pode variar em diferentes culturas, mas ao fazê-lo, ilustrou a pergunta com imagens que lembram personagens estereotipados que costumavam ser representados em criações racistas, como blackface, além disso, a charge também continha balões com dizeres que referenciavam um diálogo, com palavras como “Urapum” e “Okosa”, quase um lembrete de quando povos originários eram mostrados falando “Uga buga”.
Um usuário do Twitter comparou os estereótipos contidos na questão com desenhos como “As aventuras de Tintim”, que traz imagens de povos que parecem pertencer à países africanos carregando o personagem, usando tangas com estampas que imita peles de animais, além de terem os lábios desenhados de maneira exagerada.
Imagem: Reprodução
Nem o Inep, responsável pela elaboração e aplicação da prova, e nem o Ministério da Educação se posicionaram sobre o conteúdo apontado como racista.
No Dia da Consciência Negra, 20, acontece no Brasil, a primeira Olimpíada de Afrodiversidade (OBAFRO). Gratuita e online, a prova reúne questões de História, Sociologia e Literatura focadas no tema da Afrodiversidade, contendo obras de personalidades negras, história dos povos africanos e casos contemporâneos.
A prova acontece em uma única fase e pode ser realizada por pessoas de todas as idades e em todo o país, além disso, os interessados podem se inscrever até o dia 19 de novembro através do site oficial: www.obafro.com. O resultado da prova será divulgado no dia 14 de janeiro.
A OBAFRO foi criada pela Comissão de diversidade da Prep Olimpíadas, reconhecido como o maior projeto social dedicado a olimpíadas científicas no Brasil, e para a primeira edição já conta com 7 mil inscritos e 36 escolas parceiras que inscreveram seus alunos para participar do teste.
“A participação em olimpíadas científicas tem um grande potencial de melhorar o desempenho dos alunos na escola e os temas dessas competições variam muito. Os alunos se mostraram esperançosos com os rumos que essa temática pode ter na escola. Muito pouco é falado sobre história da África, normalmente o ensino tradicional foca na história da Europa e do Brasil. Queremos mudar isso!”, explicou Millena Xavier Martins, Presidente e Fundadora da Prep Olimpíadas e uma das colaboradoras do Comitê de Diversidade Organizador da primeira edição da OBAFRO.
A Olimpíada de Afrodiversidade tem entre seus principais objetivos promover a conscientização e a promoção da igualdade racial na sociedade, criando um espaço inclusivo para discutir e entender questões relacionadas à raça e à diversidade.
Novelas, filmes, séries… no que diz respeito ao protagonismo negro nas produções brasileiras no audiovisual em 2023, eu, particularmente, começo a me sentir representada. Claro que ainda há muito o que melhorar, mas estou encerrando esse ano bem feliz com a quantidade de produções que destacaram nossa comunidade negra.
A começar pela novela de sucesso ‘Vai na Fé’ com Clara Moneke, Samuel de Assis, Sheron Menezzes, Bella Campos, entre todos os outros do elenco que nos representaram de forma tão brilhante, a ponto que vimos muitos comentários de internautas que voltaram a assistir as novelas graças a esse elenco e roteiro potentes, incluindo uma representação tão simbólica e respeitosa dos povos de terreiro e dos orixás.
‘Vai na Fé’ também mostrou como a representatividade negra, além de atrair o interesse público, também é do interesse para negócios. Ela se tornou a novela com maior faturamento na história da TV Globo, ao conquistar ao todo, 15 patrocinadores e 60 ações publicitárias, ultrapassando o recorde do fenômeno de 2012, ‘Cheias de Charme’.
Foto: Divulgação/ TV Globo
Com ‘Amor Perfeito’ e ‘Terra e Paixão’, pela primeira vez a Globo exibiu todas as novelas com protagonistas negros. O feito histórico em horário nobre na TV aberta ainda ganhou destaque internacional, como no jornal britânico The Guardian.
Quanto ao cinema, em especial neste mês de novembro, estamos prestes a vivenciar um momento grandioso. ‘Ó, Pai Ó 2’, estrelado por Lázaro Ramos, estreia no dia 23. A partir deste dia, teremos três filmes nacionais com protagonismo negro. Os outros dois que já estão em cartaz, são duas cinebiografias potentes: ‘Mussum, O Filmis’, protagonizado por Ailton Graça e Yuri Marçal, e ‘Nosso Sonho’, estrelado por Juan Paiva e Lucas Penteado.
O filme sobre o humorista e sambista Mussum, lançado no dia 2 de novembro, fez história ao se tornar a maior estreia do cinema brasileiro em 2023, arrecadando cerca de R$ 640 mil, além de já ter faturado R$ 2 milhões no primeiro final de semana. Já o longa sobre a dupla Claudinho e Buchecha, ‘Nosso Sonho’, até o momento, é o filme brasileiro mais assistido do ano, somando 450 mil espectadores, segundo a última atualização da produção, divulgada no dia 31 de outubro.
Foto: Angelica Goudinho
As séries brasileiras deste ano também não ficam para trás. ‘Histórias Impossíveis‘ da TV Globo trouxe grandes reflexões negras, indígenas e LGBTQIAPN+, e no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, será exibido o último episódio, estrelado por Leandro Firmino e Neusa Borges, o especial ‘Falas Negras‘.
Nos streamings, tivemos o grande sucesso da série ‘Cangaço Novo‘ com Alice Carvalho e Thainá Duarte, original Prime Video. Além de estrear no topo no Brasil, a produção também estreou entre as 10 mais assistidas em diversos países africanos, como Angola, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali e Moçambique.
Além disso, em breve nós também teremos a oportunidade de acompanhar a série da Paramount+ ‘Anderson Spider Silva’, que contará a vida do lutador que se tornou um dos mais importantes atletas do mundo, com estreia marcada para 16 de novembro na plataforma de streaming.
Foto: Globo/Manoella Mello
Peço desculpas se não mencionei aqui alguma produção brasileira com protagonismo negro lançada neste ano, mas pela primeira vez, perdi até o fôlego ao pensar em cada uma. Claro que ainda precisamos de avanços para que haja cada vez mais produções com protagonismo negro e sem estereótipos, bastidores com profissionais do audiovisual negro, mais investimentos público ou privado no setor, mas a comprovação da representatividade com bons resultados e faturamento pode ser o caminho para que a gente alcance esses objetivos.
Quais temas são possíveis abordar durante o Mês da Consciência Negra? Durante o evento exclusivo realizado pelo Mundo Negro em parceria com o Pinterest e apoio da Sephora Brasil, realizado na tarde desta sexta-feira (10), houve um encontro especial para tratar de beleza, decoração e bem-estar.
“Hoje está sendo um dia histórico pra gente, trazendo um outro tom com um pouco de mais leveza, sofisticação e beleza pro Dia da Consciência Negra, no escritório da Pinterest aqui em São Paulo, numa tarde gostosa, abrindo o Mês da Consciência Negra”, disse Silvia Nascimento, CEO e Head de Conteúdo, ao iniciar o evento.
“Esse ano a gente teve a oportunidade de aproximar essa relação com o Mundo Negro. Pra gente é um prazer quando a pessoa diz: eu só entro no Pinterest pra salvar imagens. É tudo o que eu preciso saber porquê dá margem pra gente aprofundar muito conhecimento”, diz Larissa Santos, gerente de parceiros estratégicos e editores na América Latina da empresa, em bate-papo com a Silvia.
Além de trazer a sua experiência em particular até se tornar uma liderança na empresa de rede social, o bate-papo destacou as ferramentas importantes que trazem a sensação de pertencimento para a população negra, como: a opção de escolha do tom de pele entre as peles negras e a escolha dos diferentes tipos de cabelos crespos e cacheados.
Logo em seguida, os convidados foram presenteados com um turbante cada, para participarem da oficina especial com Michelle Fernandes, CEO da Boutique de Krioula.
Além das ações externas, a Sephora Brasil também tem se comprometido com a diversidade interna da equipe. Marcele Gianmarino, Gerente de Diversidade na empresa, revela que atualmente, “74% da Sephora é formada por mulheres. Em cargos de liderança, a gente está falando que 12% são pessoas negras e 33% são mulheres negras”.
Para promover uma tarde especial, a Sephora realizou uma oficina de maquiagem com o Kennedy, que deu dicas valiosas para diferentes tipos de pele negra, além de também dar diversos mimos para cada um presente.
Para encerrar o evento, o arquiteto Gabriel Rosa trouxe ainda mais leveza ao abordar as melhores dicas para decoração de casas, seja ela própria, aluga, para quem atua em home office, tem filhos, e afins. Tudo para melhorar o desempenho necessário de cada tipo de casa e pessoa.
Do início ao fim, os convidados ainda tiveram o prazer de saborear o buffet da Chef Aline Chermoula, que preparou todos os quitutes e bebidas, com muita sofisticação.
Celebridades e autoridades políticas estão se mobilizando contra mais um caso de racismo sofrido por uma criança de 7 anos na instituição de ensino Fundação Fito, localizada em Osasco, na Grande São Paulo, denunciado pelos pais Aline Gabriel e Fernando Gabriel, nas redes sociais.
Em vídeo publicado nesta sexta-feira (11), os pais deram detalhes da perseguição que vem ocorrendo com o filho desde o primeiro dia de aula na escola. “Ele tinha que ser deixado numa ala destinada às peruas escolares, que busca ele, e a professora deixou ele em uma outra recepção, praticamente na saída da escola,onde meu filho poderia ter saído pela saída principal da escola e ido embora”, relata o pai, que só soube porque o filho mais velho, que estuda na mesma escola, viu o irmão sozinho e com medo e o levou até a ala certa e segura. Depois do ocorrido, os pais relatam que foram até a coordenação e eles disseram que não iria mais se repetir.
Além da denúncia da negligência com a falta de cuidado com ele, o filho, sendo o único o aluno negro da sala, os pais detalham a omissão da professora com relação aos bullyings, exclusão dos alunos e da própria professora durante brincadeiras e atividades pedagógicas, isolamento social com consentimento da professora e coordenação. As denúncias também incluem a marginalização contra uma prima do menino da mesma escola, que ao tentar questionar a professora pelo o isolamento dele, foi acusada de assédio moral, na ausência de um responsável.
“Tudo que eu quero é uma escola que fosse boazinha comigo, que os anos fossem mais legais, que ninguém fosse falar do meu time, tudo isso acontece lá na perua, na escola, na sala. Em qualquer lugar da escola parece que acontece isso. Eu quero mudar de escola”, diz a criança para a mãe, em uma das conversas divulgadas por ela.
Todo o contexto racista afetou o estímulo e aprendizagem da criança, o que também levou a professora na insistência de que ele fosse um menino atípico, um diagnóstico já refutado pelos profissionais.
Aline e Fernanda também contam que houve uma reunião com a diretora Silvia, a vice-diretora Sueli, com a coordenadora Daniele, a professora Laís e o psicólogo Carlos. Com todo o despreparo relato pelos profissionais, nesta sexta-feira, foi anunciado o afastamento da criança.
Comovida pelo caso em que foi marcada, repercutido entre famosos, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) se pronunciou na publicação da cantora Luedji Luna. “QUE ABSURDO! Medidas serão tomadas”, afirmou.
O vereador Emerson Osasco (Rede), também se manifestou no post da mãe Aline. “Estou revoltado e me solidarizo com todo esse horror que vocês estão passando. Irei juntos com vocês cobrar medidas urgentes”.
Na manhã deste sábado (11), a mãe Aline anunciou que ela e o pai irão ao Conselho Tutelar para denunciar o racismo na escola contra o filho. Já a Fundação Fito publicou nas redes sociais uma nota de esclarecimento. Leia na íntegra:
A FUNDAÇÃO INSTITUTO TECNOLÓGICO DE OSASCO – FITO, vem a público esclarecer que está consternada com os fatos relatados em relação ao nosso aluno.
Informamos a todos que já conversamos com a família e estamos apurando todo o ocorrido.
A Fundação repudia veementemente qualquer ato de racismo ou conduta discriminatória em nossa escola, e reforça o seu compromisso em combater com todo rigor qualquer suspeita ou indício deste tipo de conduta.
Ressaltamos que trabalhamos com afinco para promover um ambiente inclusivo, acolhedor e respeitoso sempre, para todos os alunos e servidores, promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
O novo filme da franquia Jogos Vorazes, ‘A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes’ estreia no próximo dia 15 de novembro, mas as primeiras análises sobre a obra já estão chegando na internet. No longa, Viola Davis dá vida à personagem Dra. Volumnia Gaul, grande vilã responsável pela 10ª edição dos Hunger Games.
As primeiras críticas tecem elogios à Davis e apontam a performance da atriz EGOT como a melhor do filme. “Ela domina todas as cenas, uma verdadeira estrela que incorpora os elementos de Panem”, destacou a Editora do site Beyond The Trailer, Grace Randolph. “Davis conquista o cenário com uma grande vilã”, publicou o site Marshable.
“O elenco de apoio também traz seu melhor jogo, especialmente Viola Davis, que se compromete totalmente com a mentora distorcida que acredita que a humanidade, em sua essência, é sombria e depravada“, escreveu o site Polygon. “Davis engole cenário como se ela estivesse morrendo de fome no deserto há uma década”, escreveu o The Messenger.
‘A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes’ se passa muitos antes antes dos eventos da primeira saga de ‘Jogos Vorazes’, seguindo as aventuras do jovem Coriolanus (Tom Blyth). Lutando contra seus instintos tanto para o bem quanto para o mal, Snow parte em uma corrida contra o tempo para sobreviver e revelar se acabará se tornando um pássaro canoro ou uma cobra.
40% da geração Z considera a flexibilidade um fator fundamental para levar em conta ao avaliar uma oferta de emprego
A geração Z (pessoas que nasceram entre o começo dos anos 90 e o fim da primeira década do século XXI (2010) já é parte importante da força de trabalho global. Até o ano de 2025, eles serão 27% do total de trabalhadores, e ainda que muitos desejam a tão sonhada vaga em alguma grande empresa, outros preferem o caminho do empreendedorismo.
Os jovens da geração Z estão assumindo cada vez mais posições no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que os baby boomers (nascidos entre 1945 e 1964) se aposentam. E têm rompido com práticas e situações que as gerações anteriores viveram no ambiente corporativo e suportaram de forma passiva, enquanto obrigam as empresas a se ajustarem às suas prioridades.
Essa geração tem ditado novas percepções para o mercado de trabalho, alguns empregadores reconhecem o impacto positivo desses profissionais e a sua capacidade de gerar transformações na organização, já outros acham que é uma geração difícil de trabalhar, já que muitos têm expectativas particulares que ultrapassam o que as empresas podem oferecer.
Alguns dados extraídos de um relatório da Soter Analytics, mostram que 46% das pessoas da geração Z consideram o salário o fator chave para aceitar um emprego. Nessa mesma lógica, um outro estudo feito nos EUA demonstra que uma em cada quatro pessoas da geração Z estuda e também trabalha para apoiar financeiramente seus familiares devido à crise econômica e ao aumento do custo de vida.
Dois terços dos entrevistados não têm dinheiro para pagar suas próprias necessidades básicas. E entre os que trabalham e estudam, 72% precisam de dinheiro para essas necessidades. 32% se sentem sobrecarregados por trabalho e estudo, e relatam problemas de saúde mental, enquanto 50% sacrificam o sono ou o lazer e um em cada seis terminam seus namoros.
Segundo levantamento recente do Grupo Consumoteca, 77% da geração Z latino-americana gostaria de empreender algum dia. O estudo foi realizado com dois mil jovens da Argentina, Colômbia, Brasil e México, com idades entre 17 e 24 anos e pertencentes às classes A, B e C.
E nós, pessoas negras, onde estamos neste cenário?
Sobre carreira
Segundo a Forbes, muitas pessoas da geração Z consideram que certos setores, como produção ou construção, limitam o seu potencial de carreira e, portanto, hesitam em exercer essas funções, vendo-as como um trabalho de curto prazo. Eles tendem a priorizar oportunidades que tenham planos de carreira claros para ascender a posições corporativas nos níveis gerencial e sênior. Estima-se que 74% da geração Z tenha a ambição de aprender novas habilidades e se desenvolver profissionalmente.
Mas esta geração não pode perder de vista, que o racismo estrutural, existe e reflete principalmente dentro das grandes corporações, já que somos sub-representação nos altos cargos: menos de 5%.
Uma pesquisa feita pela consultoria Talenses em parceria com o Insper, mostra que nas empresas chefiadas por homens, 95% têm um presidente branco. Os negros são 0,3% e os pardos 2,2%, nas comandadas por mulheres, são 98% de dirigentes brancas e 1,9% de negras.
A realidade pode ser muito dura, por isso, para superá-las é necessário autocuidado e persistência. Existem mecanismos para que pessoas negras driblem esses obstáculos, é importante manter a autoestima e a autoconfiança trabalhadas, já que viemos de lugares, que estas são sempre colocadas a prova.
Não desistir do cargo almejado, e estar sempre antenado, preparado e estudando alternativas para quando a oportunidade chegar, estarmos preparados afinal temos que ser duas vezes melhores, outro ponto é entender bem o lugar onde estamos atuando, a área, as pessoas, as possibilidades e criar conexões com outros profissionais negros para abrir possibilidades.
Sobre empreender
O empreendedorismo é romantizado, colocam a falsa ilusão de que empreender é libertador, mas a realidade é bem menos romântica. A maioria que empreende é mulher, à frente de negócios precários ainda não formalizados e o faz por necessidade, sendo justamente a mais atingida neste momento de crise sanitária.
Diante desse entendimento, cabe às políticas públicas e às organizações que buscam minimizar e eliminar essas situações de pobreza e de vulnerabilidade social, atuarem de forma a ampliar as oportunidades em termos de recursos e aprendizados que potencializem o universo dessas mulheres, ou seja, que favoreçam o protagonismo desse público no sentido da promoção da transformação social desejada e necessária.
Existem excludentes para as diferentes categorias de empreendedores e gênero, então não podemos analisar a Geração Z, sem recortes por exemplo muitos não tentam ou não conseguem acesso a crédito ou investimento no valor necessário para ampliar seu negócio, por falta de conhecimento ou sequer uma aprovação por uma instituição, o famoso racismo institucional.
Ainda há a solidão, por não dominar todas as tecnologias necessárias, muitas vezes por não ter tido acesso há uma educação de qualidade, isso impacta diretamente na autoestima e não se reconhece nesse lugar de empreendedorismo.
Oportunidades para o futuro da Geração Z Negra
Reconhecer o racismo como uma parte institucional dos negócios que opera mundialmente;
Se aplicar a programas de apoio à carreira e se especializar no mercado desejado, além de participar de consultorias e assessorias pro-bono de negócios para ampliar e se conectar a rede de apoio e se fortalecer.
Nesta sexta-feira (10), a Academia de Gravação anunciou os indicados para a 66ª cerimônia do Grammy, premiação de música mais importante do mundo. O maior destaque ficou com a cantora SZA e seu aclamado disco ‘S.O.S.’, que acumulou 9 indicações ao título, incluindo ‘Álbum do Ano’ e ‘Música do Ano’. A norte-americana Victoria Monét, que se apresenta no AFROPUNK Bahia no próximo dia 18 de novembro, também foi um dos destaques, recebendo 7 indicações ao prêmio.
Além de SZA, Jon Batiste com o ‘World Music Radio’ e Janelle Monáe com o ‘The Age of Pleasure’ também concorrem ao prêmio principal de ´Álbum do Ano’. Pela primeira vez, o Grammy também apresentou a categoria de ‘Melhor Performance de Música Africana’, que incluiu o sucesso viral ‘Water’, da artista sul-africana Tyla.
Álbum do Ano
“World Music Radio,” Jon Batiste “The Record,” Boygenius “Endless Summer Vacation,” Miley Cyrus “Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd,” Lana Del Rey “The Age of Pleasure,” Janelle Monáe “Guts,” Olivia Rodrigo “Midnights,” Taylor Swift “SOS,” SZA
Gravação do Ano
“Worship,” Jon Batiste “Not Strong Enough,” Boygenius “Flowers,” Miley Cyrus “What Was I Made For?” from “Barbie,” Billie Eilish “On My Mama,” Victoria Monét “Vampire,” Olivia Rodrigo “Anti-Hero,” Taylor Swift “Kill Bill,” SZA
Música do Ano
“A&W” — Jack Antonoff, Lana Del Rey & Sam Dew, songwriters (Lana Del Rey)
“Anti-Hero” — Jack Antonoff & Taylor Swift, songwriters (Taylor Swift)
“Butterfly” — Jon Batiste & Dan Wilson, songwriters (Jon Batiste)
“Dance the Night” (From “Barbie the Album”) — Caroline Ailin, Dua Lipa, Mark Ronson & Andrew Wyatt, songwriters (Dua Lipa)
“Flowers” — Miley Cyrus, Gregory Aldae Hein & Michael Pollack, songwriters (Miley Cyrus)
“Kill Bill” — Rob Bisel, Carter Lang & Solána Rowe, songwriters (SZA)
“Vampire” — Daniel Nigro & Olivia Rodrigo, songwriters (Oliva Rodrigo)
“What Was I Made For?” [From the Motion Picture “Barbie”] — Billie Eilish O’Connell & Finneas O’Connell, songwriters (Billie Eilish)
Artista Revelação
Gracie Abrams
Fred Again
Ice Spice
Jelly Roll
Coco Jones
Noah Kahan
Victoria Monét
The War and Treaty
Melhor Álbum de R&B
“Girls Night Out,” Babyface “What I Didn’t Tell You (Deluxe),” Coco Jones “Special Occasion,” Emily King “Jaguar II,” Victoria Monét “Clear 2: Soft Life EP,” Summer Walker
Melhor Performance de Música Africana
“Amapiano,” Asake and Olamide “City Boys,” Burna Boy “Unavailable,” Davido featuring Musa Keys “Rush,” Ayra Starr “Water,” Tyla