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Shonda Rhimes vai lançar documentário sobre a história e o impacto da primeira Barbie negra

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Foto: Divulgação ; Mattel.

A cineasta Shonda Rhimes está produzindo e dirigindo um documentário sobre a história e o impacto da primeira Barbie negra, lançada pela Mattel em 1980.  Com o título de ‘Black Barbie’, a sinopse diz que o documentário vai celebrar o impacto importante que três mulheres negras da Mattel tiveram na evolução da marca Barbie como a conhecemos. 

“Através das histórias dessas pessoas carismáticas, o documentário conta a história de como a primeira Barbie Negra surgiu em 1980, examinando a importância da representação e como as bonecas podem ser cruciais para a formação da identidade e da imaginação”, diz a nota oficial.

Ainda sem data de estreia, o documentário vai ser lançado na Netflix. De acordo com o The Hollywood Reporter, a obra vai abordar ainda a forma como os debates sobre racismo permearam a famosa boneca da Mattel.

Antes de 1980, a Barbie era predominantemente representada como uma boneca branca de cabelo loiro, o que não refletia a diversidade da sociedade. A criação da ‘Black Barbie’ foi um passo importante em direção à inclusão e à diversidade. Ela desempenhou um papel fundamental na transformação da indústria de brinquedos e no incentivo de conversas sobre inclusão e igualdade.

O documentário ‘Black Barbie’ ainda não possui data de lançamento.

Terceira temporada de ‘Lupin’ conquista o primeiro lugar entre as séries mais assistidas no Brasil

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Foto: Netflix.

Desbancando grandes lançamentos, ‘Lupin‘ se tornou a série mais assistida do Brasil na Netflix nesta semana. A terceira temporada da obra que acompanha as aventuras de Assane Diop foi lançada na plataforma durante o último dia 5 de outubro. De acordo com o site FlixPatrol, ‘Lupin’ também lidera o ranking de séries da Netflix em todo o mundo.

Não é a primeira vez que a obra francesa conquista o público. Em 2021, com 76 milhões de assinantes assistindo ‘Lupin’ nos primeiros 28 dias após o lançamento, a série destronou ‘La Casa de Papel’ (65 milhões na quarta temporada) como a série não inglesa mais popular na plataforma, até então.

Lupin. Foto: Netflix.

Por mais que a narrativa da terceira temporada de ‘Lupin’ pareça repetitiva às vezes, o talento de Omar Sy consegue prender a atenção de qualquer pessoa, com os truques e histórias do ‘ladrão cavalheiro’. Sem suportar o sofrimento de viver escondido, longe da esposa e do filho, Assane decide voltar a Paris com uma proposta ousada para a família: ir embora da França e começar uma vida nova em outro país. Mas os fantasmas do passado estão sempre por perto, e o retorno de uma pessoa inesperada pode acabar com os planos dele.

Nas redes sociais, brasileiros também estão celebrando e elogiando a série francesa. “Lupin é uma das melhores séries da Netflix e Omar Sy é o homem mais carismático do mundo“, publicou uma usuária. “Lupin é uma das melhores séries dos últimos tempos mesmo. Inacreditável”, destacou outro usuário.

Retrocesso: Fim do casamento homoafetivo é aprovado em Comissão na Câmara dos Deputados; Projeto ainda será analisado por outras comissões

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Foto: Reprodução

Durante a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, que aconteceu hoje, 10, em Brasília, foi aprovado um projeto de lei que prevê a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ao todo, foram 12 votos a favor da proibição e 5 contra.

Agora, o texto deve seguir para as comissões de Direitos Humanos e de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), apresentou hoje o parecer final do texto que mantém a proibição do casamento homoafetivo, ele também propôs que seja incluído no Código Civil um trecho que defina que pessoas do mesmo sexo não podem se casar. Outro trecho estabelece que nem o poder público e nem a legislação civil podem interferir nos critérios e requisitos impostos no casamento religioso. 

O projeto original foi apresentado em 2007 pelo ex-deputado Clodovil Hernandes, que morreu em 2009. Na época, a intenção era reconhecer o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, mas a proposta foi desvirtuada e o texto sofreu alterações feitas pelo relator. 

De acordo com o Deputado Federal do Rio de Janeiro, Pastor Henrique Vieira, a votação foi “um golpe”. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou que houve uma quebra de acordo: “ Havia um entendimento. A criação de um grupo de trabalho para dialogar com o relator sobre o parecer dele. Esse grupo não foi feito e ele apresentou um substitutivo ainda muito ruim e estarrecedor e não está tendo tempo para sequer discutir ou emendar o projeto”.

O deputado também ressaltou que a ‘bancada da democracia’ se retirou da sessão para deslegitimar a votação. “Vamos questionar junto à mesa diretora a legalidade da votação de hoje. Vai ter resistência jurídica e vai ter resistência política”, reforçou ele. 

A união de pessoas do mesmo sexo foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2011, o que garantiu que casais LGBT+ tenham os mesmos direitos e deveres que casais heterossexuais, ainda que o casamento não esteja assegurado por lei. 

‘A Cor Púrpura’ ganha novo trailer emocionante

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Foto: Divulgação

O filme ‘A Cor Púrpura’ ganhou novo trailer emocionante, divulgado hoje (10) pela Warner Bros. Pictures. Com imagens inéditas, é exibido trecho empolgante que revisita o clássico de 1985, em uma discussão familiar Sofia (Danielle Brooks) e Mister (Colman Domingo).

O remake, previsto para lançamento nos cinemas em dezembro deste ano, também conta com outros grandes atores, como: Halle Bailey, HER, Danielle Brooks, Taraji P. Henson, Corey Hawkins, e Ciara.

Dirigido por Blitz Bazawule e produzido por Oprah Winfrey, o longa promete ser um grande sucesso. “Não há nada que tenha sido mais importante ou vital para mim, cultural ou artisticamente, do que A Cor Púrpura. É uma base sólida de poder espiritual e emocional para mim. Cada mulher e homem, cada pessoa que já se sentiu invisibilizada e desvalorizada, esta é a sua história”, disse Winfrey anteriormente nas redes sociais.

A história de ‘A Cor Púrpura’ se desenrola no início do século XX, no sul dos Estados Unidos, e acompanha a vida de Celie, uma mulher negra que enfrenta uma série de desafios e adversidades ao longo de sua vida. O filme aborda temas poderosos, como abuso, racismo, empoderamento feminino e a jornada de autodescoberta.

“Exu não é o diabo”: Rodrigo França estreia monólogo que “desdemoniza” divindades não cristãs

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Foto: Reprodução/Divulgação

Nesta terça-feira (10), estreia em São Paulo o monólogo “Capiroto”, escrito e dirigido por Rodrigo França como forma de “desdemonizar” diversas entidades não cristãs. A estreia acontece na Sala Paschoal Carlos Magno, do Teatro Sérgio Cardoso, às 19h.

De forma bem-humorada, a peça usa o personagem “Capiroto”, para mostrar que ele não possui nenhuma semelhança com Exu e outras divindades que são constantemente relacionadas com o diabo da religião cristã.

“Eu escrevi esse espetáculo justamente para mostrar o quanto Exu não tem nada a ver com a cultura cristã. Exu não é o diabo. O diabo faz parte da cultura cristã, onde historicamente uma das estratégias de controle de povos, de invasão de terras, sempre foi demonizar divindades, primeiro colocando como divindade pagã e depois demonizando. O espetáculo ele desdemoniza  Exu e outras divindades de outras culturas. […] O diabo é da cultura branca””, comentou o dramaturgo em entrevista a Silvia Nascimento, CEO do Mundo Negro.

O papel principal é interpretado por Leandro Melo, conhecido por suas atuações em espetáculos como “Los Hermanos – Musical Pré Fabricado” (Michel Melamed), “ABBA – People Need Love” (Carlos Alberto Serpa), “Bibi, Uma Vida em Musical” (Tadeu Aguiar), “Elis, A Musical” (Dennis Carvalho) e “Dzi Croquettes” (Ciro Barcelos). “Espero que as pessoas saiam do teatro refletindo sobre a maldade que existe dentro delas. Afinal, somos todos feitos de sentimentos positivos e negativos, e precisamos lutar constantemente para nos tornarmos melhores seres humanos.”, afirmou Melo.

Para França, a religião e o papel do diabo no monólogo é apenas uma forma de analisar o poder e o patriarcado. “Na verdade, escolhi evocar essa figura simbólica para explorar o poder e o patriarcado, conceitos fundamentais em nossa sociedade. O personagem-título ilustra como essas ideias são construções culturais, econômicas e sociais europeias que não eram presentes nas Américas pré-colonização ou nas nações africanas.”, explica.

A peça fica em cartaz até o dia 8 de novembro, com apresentações às terças e quartas, às 19h, no Teatro Sérgio Cardoso, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte. Os ingressos custam R$40 (inteira) e R$20(meia-entrada) e podem ser adquiridos no site.

Saúde mental da população negra: nossa tristeza vem de longe

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Foto: Freepik

Crianças e jovens negros, entre 10 e 29 anos, do sexo masculino, são os que mais sofrem com saúde mental no Brasil. Segundo os dados do Ministério da Saúde, esse grupo tem 50% mais chance de tirar a vida do que entre brancos da mesma idade. Mas por que isso ocorre?

Para além de discutir a depressão e ansiedade, algumas das doenças relacionadas a saúde mental, o psicanalista Lucas Mendes disse ao Mundo Negro sobre como o banzo aponta para uma tristeza antiga da população negra.

“100 % dá pra dizer que as pessoas pretas de hoje, especialmente as do Brasil, que é o que eu estudo, psicanálise e relações raciais no Brasil, tem um banzo introjetado. A cultura se atualizou e continua explorando a gente da mesma forma, porque o capitalismo é essencialmente racista. Não sou eu que estou dizendo isso. O Silvio Almeida [no livro] ‘Racismo Estrutural’, e inúmeros outros autores que se debruçaram sobre isso, que o capitalismo só existe se ele tiver alguém para ser explorado, e neste caso, no Brasil, o preto, a preta. É um sistema de escravização, muito mais sofisticado, subjetivo e elaborado, mas continua sendo um sistema de escravização”, explica.

Lucas também detalha como os negros na diáspora ainda são impactados negativamente pelo racismo e escravidão. “Ele deturpa a identidade, tira a herança do eu, então o racismo faz isso. Existe uma segunda etapa que é o ideal preto, que também não é identidade por si só, porque também entra numa ideia de união do negro, que é horrível, que é como ‘somos todos de África, então somos todos iguais’. Não, porque lá não são todos iguais, porque são ‘N’ povos, culturas, diversidades coletivas e individuais. Esse borramento dessas individualidades, faz com que a pessoa perca a identidade. Uma vez que você perde o eu, você fica desesperançoso de si em relação ao mundo. Tem um sistema de exploração objetivo, trabalho e subjetivo do negro, que faz com que perca energia e que tenha sentimentos de culpa, pois a cultura responsabiliza o preto por tudo o que acontece, mesmo sem ter polícia à prova disso”.

Lucas Mendes (Foto: Divulgação)

E completa: “essa combinação toda, completamente, sim, está introjetada na nossa cabeça e o banzo é um sentimento comum. O banzo tira a energia vital que poderia fazer com que o negro se insurgisse contra aquele sistema escravocrata. E uma das fontes de energia que o banzo priva é a raiva, porque ela fica voltada para dentro, é tudo contra mim: ‘eu sou o problema’, ‘eu não gosto de mim’, ‘eu me odeio’, ‘eu estou causando mal’, ‘eu estou fazendo errado’. Então essa raiva toda que poderia ser fonte de energia para solução individual ou coletiva, para sair daquele problema, ele fica privado, porque a raiva está voltada para dentro”.

O psicanalista também pontua como o banzo também se manifesta quando uma pessoa preta alcança o sucesso. “Ele não estava antes, porque, na verdade, existem locais onde a identidade deste preto ou preta é preservado, mas no sistema mais amplo, capitalista, esse lugar é periférico, ele é periferizado. Quando aquela pessoa sai daquilo, se instala o banzo, e aí, opa, ‘que porra é essa?’. Pois é, é essa herança que ficou lá dentro, esse banzo ainda existe dentro da gente e, quando a gente eventualmente vai ocupar a totalidade, eu não estou nem falando só de sucesso financeiro, mas em formas de prosperar, o banzo que estava quieto, porque ele não estava entrando em confronto com a identidade parcial, ele se estabelece, porque, quando você pega tudo, ele está lá. Essa ideia psicanalítica do banzo. Frantz Fanon falou muito sobre isso”, finaliza.

Leia a entrevista completa aqui!

Fayda Belo rebate discurso de Rachel Sheherazade sobre raça: “apenas uma é alvo de exclusão”

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Fotos: Reprodução

Durante a dinâmica na noite deste domingo (8), em A Fazenda 15, a Rachel Sheherazade se defendeu das acusações de racismo da Cariúcha, mas gerou muita polêmica na web com o discurso que levanta o debate sobre o mito da democracia racial.

“Sou neta de uma mulher negra, preta como você. Pode não estar na minha pele, mas está no meu gênesis. Não tenho culpa se houve miscigenação na minha família. Aliás, ninguém tem culpa por nascer branco ou preto nesse país. Somos resultado de uma união de cores e etnia, e todos merecem igual respeito. Não estou aqui para fazer proselitismo de raça A ou B porque eu não acredito em raça, só acredito em uma só raça, a raça humana”, disse a jornalista para a funkeira.

Entretanto, a advogada Fayda Belo alerta para como esse discurso pode ser perigoso para a comunidade negra. “Alarga desigualdades que alimenta a famigerada meritocracia, e de quebra, invalida políticas afirmativas em um páis, que ainda hoje, vive sobre o mito da democracia racial, porém, inferioriza, animaliza, invisibiliza corpos negros”.

https://www.instagram.com/p/CyMrmk5NORw/

E completa: “É bem verdade que a gente vive um país extremamente pluriracial, mas também é verdade que essa miscigenação nasceu de estupros contra mulheres negras, que inclusive, até nos dias de hoje, recolhem resquícios dessa violência. Quando a gente olha pros dados, ainda em 2023, as maiores vítimas de violência sexual são as mulheres negras”.

A advogada também aponta outra problemática em relação ao discurso sobre a pluralidade de raças citadas pela Rachel. “Ainda que vivamos em um Brasil de muitas cores, apenas uma é alvo de exclusão, de segregação, e de negação de direitos. Significa dizer que não reconhecer que há uma desigualdade racial no Brasil é colaborar para que ela nunca acabe”, finaliza. 

Entenda o caso

Na semana passada, durante embate com Sheherazade, Cariúcha acusou a jornalista de proferir falas racistas. A Garota da Laje disse que a ex-SBT era preconceituosa por ter medo de contrair alguma doença após receber respingos de saliva durante uma briga, o que, na verdade, não aconteceu. Logo após o ocorrido, os representantes da jornalista também confirmaram que vão abrir processo contra a artista.

Em meio às polêmicas das acusações de racismo contra Sheherazade e falas homofóbicas contra o Lucas Souza, a apresentadora Adriana Galisteu entrou ao vivo para dizer a Cariúcha que não ocorreu o que ela estava comentando pela casa, como uma forma de alerta. Entretanto, o assunto se estendeu até a dinâmica de ontem entre os peões.

‘Tiana’: Continuação de ‘A Princesa e o Sapo’, série animada da Disney será escrita e dirigida por uma mulher negra

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Fotos: Divulgação.

‘Tiana’, a nova série animada da Disney, será escrita e dirigida por uma profissional negra. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (9) pela revista Variety. Joyce Sherri foi contratada como roteirista e diretora principal da obra, que está prevista para chegar na Disney+ no ano que vem.

O trabalho mais recente de Sherri como roteirista de televisão ocorreu na minissérie de terror da Netflix, ‘Midnight Mass’, dirigida por Mike Flanagan. A sinopse oficial de ‘Tiana’ informa que a série seguirá a personagem principal enquanto ela “parte para uma grande nova aventura como a recém-coroada Princesa da Maldônia”.

O projeto musical foi inicialmente anunciado em 2020, durante um evento para investidores da Disney. Originalmente, a série foi concebida como uma continuação do filme de animação de 2009, ‘A Princesa e o Sapo’, que trouxe a personagem Tiana à vida. Anika Noni Rose reprisará seu papel como a voz de Tiana. Embora a série estivesse originalmente programada para estrear em 2023, sua data de lançamento agora foi adiada para 2024.

Com protagonismo negro, o filme ‘A Princesa e o Sapo’ foi elogiado por sua representação diversificada, trilha sonora marcante e personagens carismáticos. A mensagem central do filme era sobre a importância de seguir seus sonhos e nunca desistir.

IZA e Ludmilla são as cantoras negras mais indicadas ao Prêmio Multishow 2023

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Fotos: Divulgação ; Ygor Marques.

O Prêmio Multishow anunciou nesta segunda-feira (9) os indicados à edição 2023 da premiação. Dentre destaques, a cantora IZA lidera indicações ao troféu, com 7 nomeações, seguida por Ludmilla, que recebeu 6 nomeações. As duas artistas competem aos títulos de ‘Voz do Ano’, além de ‘Artista do Ano’. Nomes como Léo Santana, Kevin O Chris, Djonga, Matuê, Xande de Pilares e Elza Soares também foram indicados.

Hit do Ano:

  • “Zona de perigo”, de Leo Santana
  • “Posturado e calmo”, de Leo Santana
  • “Chico”, Luísa Sonza
  • “Erro gostoso”, de Simone Mendes
  • “Nosso quatro”, de Ana Castela
  • “Tá Ok”, de Dennis e Kevin O Chris

Show do ano:

  • Ludmilla, com os shows Numanice e a apresentação no Rock in Rio 2022
  • BaianaSystem e Olodum, com OlodumBaiana
  • BK’ com ICARUS
  • Marisa Monte com a turnê Portas
  • Titãs com a turnê Titãs Reencontro

Voz do ano

  • Gloria Groove
  • Iza
  • Liniker
  • Ludmilla
  • Luísa Sonza
  • Marina Sena

Artista do ano

  • Ana Castela
  • Anitta
  • Iza
  • Jão
  • Ludmilla
  • Luísa Sonza

Capa do ano

  • “Afrodhit”, de Iza
  • “Escândalo íntimo”, de Luísa Sonza
  • “Icarus”, de BK’
  • “O dono do lugar”, de Djonga
  • “Super”, de Jão
  • “Vício inerente”, de Marina Sena

Este ano, o evento traz o conceito “A música mexe com o Brasil”, que vai destacar essa influência transformadora na cultura brasileira. O Prêmio Multishow 2023 chega para reforçar seu propósito de celebrar a música, reunindo grandes nomes da indústria numa noite inesquecível, repleta de emoções, surpresas e momentos marcantes.

O evento será realizado no dia 7 de novembro e contará também com transmissão simultânea no Globoplay, aberta para não-assinantes, além de conteúdos exclusivos multiplataforma, no canal e nas redes sociais.

Confira a lista completa de indicados, CLIQUE AQUI.

Entidades saem em defesa de Andrey Lemos após Ministério da Saúde exonerar diretor por dança considerada ‘inadmissível’ em evento

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Foto: Reprodução

Na noite do último sábado, o Ministério da Saúde emitiu uma nota anunciando a demissão de Andrey Lemos, diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde, do cargo após uma apresentação de funk no 1º Encontro de Mobilização para a Promoção da Saúde no Brasil ter sido considerada ‘inadequada’ para a ocasião. A saída de Andrey da pasta tem gerado uma repercussão negativa entre entidades do Movimento Negro e LGBTQIA+, que apontam que a medida foi equivocada. 

Na nota emitida pelo ministério de Nísia Trindade, o texto afirmou que a coreografia feita durante o evento vinvulado ao ministério era ‘inapropriada’: “Uma das apresentações surpreendeu pela coreografia inapropriada. O Ministério da Saúde lamenta pelo episódio isolado, que não reflete a política da Secretaria nem os propósitos do debate sobre a promoção à saúde realizado no encontro, e adotará medidas para não acontecer novamente”

Ao Mundo Negro, o escritor e linguista. professor da Universidade Federal do Sul da Bahia, Gabriel Nascimento, classificou a demissão de Lemos como um ‘equívoco’ e apontou a desproporcionalidade da punição aplicada ao ativista pelo governo em diferentes casos, principalmente quando se trata de pessoas negras. “A gente tem casos piores em todos os governos até aqui, sejam governos conservadores, sejam governos mais progressistas, mas especialmente falando dos progressistas de pessoas brancas que são poupadas até a última hora, que foram, por exemplo, os espancamentos morais, que aconteceram com vários petistas importantes, carro-chefe do Partido dos Trabalhadores entre os anos de 2005 e 2012, por exemplo, pela mídia, e muitos foram poupados até o fim pelo próprio presidente Lula. Uma dança, por mais inadequada que ela pareça ser, por mais condição que ela traga para o governo pode ser tratada no máximo como um equívoco. Não deve de maneira nenhuma colocar em risco, obviamente, o crédito, o mérito, a luta política de um militante como Andrey Lemos”, ressaltou.

“O Ministério da Saúde poderia e deveria tomar providências como tomou, os gestores sabem disso, que podem tomar, então o que foi tomado de providência foi correto que foi exatamente a providência de ter uma curadoria, que pode ser algo perigoso também, porque se tratando de eventos de pessoas LGBT, de pessoas negras em geral, essa curadoria pode ser executada a partir de um moralismo que é perigoso e que hoje derruba Andrey. Então precisamos saber em que medida essa curadoria está sendo pensada, mas Andrey poderia ter continuado no cargo com uma dada curadoria em andamento, uma curadoria que não pode ser racista, porque o racismo pode preponderar em qualquer curadoria, se seja executada, por exemplo, como algo que olhe tudo aquilo que não for é visto como branco, branco-centrado”, alertou Nascimento.

Gabriel Nascimento também criticou portais ditos progressistas que fizeram coro aos discursos que promoveram a demissão do então diretor do Ministério da Saúde: “Andrey, que é um militante histórico do movimento negro, um militante cujas causas sociais ainda foram muito claras para a gente, um militante que esteve em todas as grandes lutas das nossas gerações, pelo menos desde os seus 18 anos, um homem de axé, um homem cuja luta política, por exemplo, ajudou a estabilizar e consolidar a união de negros pela igualdade, um homem que foi responsável pela fundação e foi o primeiro presidente da União Nacional”, pontuou. “É exatamente esse moralismo que derrubou a André Lemos nesse momento. Não foi um erro de posição, não foi um erro de apresentação e eu acho que ao se juntar aos bolsonaristas, esses sites, mais à esquerda, mostram que não são alternativos. Mostram que são sites que trazem as mesmas posições racistas e completamente equivocadas pelo povo negro”.

A Coalizão Nacional LGBTI, junto ao União de Negras e Negros pela Igualdade e União Brasileira de Mulheres se posicionaram contra a demissão de Andrey Lemos, afirmando que “O trabalho desenvolvido por Andrey Lemos sempre refletiu a seriedade, responsabilidade, compromisso com o Brasil”, dizia um trecho da nota publicada no Instagram. 

O texto também aponta o discurso moralista que tem sido absorvido e divulgado por setores progressistas. “O que está posto é que existe um discurso orquestrado pelos setores de direita, que anseiam fragilizar o governo federal democraticamente eleito. Discurso este que, infelizmente, tem sido fortalecido por adesões abruptas de parcela do campo progressista. Optou-se por criminalizar uma manifestação isolada e, por associação, tenta-se deturpar a biografia de um grande brasileiro.“

Histórico de Luta no Movimento Negro e LGBTQIA+

Andrey Lemos é Mestre em Políticas Públicas em saúde pela Fiocruz. Ele coordenou o Programa Municipal de IST, Aids e Hepatites Virais, além disso, é doutorando no Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Lemos é funcionário público desde 2015, segundo informações compartilhadas pelo jornal O Globo. Segundo o jornal, em 2019, Andrey Lemos ocupou por três meses uma vaga de membro-titular no Comitê Nacional de Combate à Tortura, estrutura acoplada ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, liderado pela senadora Damares Alves. O fato também gerou confusão entre os apoiadores do presidente Lula. Mas Gabriel Nascimento explica que é comum que servidores sejam nomeados para cargos dentro do próprio governo. “Andrey é concursado do Ministério da Saúde. É provável que, como concursado do Ministério da Saúde, como todos os concursados em vários lugares, até por falta de pessoal e pela questão de gestão pública, melhor do que contratar uma pessoa para ganhar R$6.000,00, é melhor dar uns R$4.000,00, R$5.000,00 de diferença no salário de outra pessoa, não importa a ideologia dela”.

Ele é servidor da carreira de tecnologista no Ministério da Saúde e atuou nas políticas de Saúde Integral da População Negra e população LGBT, o diretor exonerado foi apoiador institucional na atenção básica junto a estados e municípios. Ele também atuou na assessoria da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos e Relações de Trabalho e a Câmara Técnica da Atenção Básica do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

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