Após repercussão relacionada às críticas da roqueira Pitty contra Beyoncé, agora foi a vez do ator Pedro Cardoso causar polêmica na web, após publicar um texto nas redes sociais nesta terça-feira (2), comparando a cantora pop com Tracy Chapman, famosa por músicas como “Baby Can I Hold You” e “Give Me One Reason“.

“A mim, mais me toca a arte de Tracy Chapman do que a de Beyoncé. Seria gosto… Mas a minha questão aqui é a razão de a Beyoncé ser mais consumida do que Tracy. A mesma pergunta eu posso fazer para outros pares de artistas cujas as artes eu admiro mais do que a de outros, igualmente bons artistas, e mais consumidos do que os que prefiro. E desconfio que o maior sucesso comercial das ‘Beyoncé’ frente às ‘Chapman’ se deve aquelas venderem, além de sua arte, também a sua vida pessoal”, inicia o texto.

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E completa: “Cito a própria Tracy, no Wikipédia: ‘Tenho uma vida pública, que é a do meu trabalho; e uma vida pessoal’. Hoje, há mais consumo de biografia espetacularizada de artistas do que de arte. Os jornais noticiam como fatos da cultura os namoros, os negócios, os treinos, os crimes etc e, principalmente, a vida sexual dos ditos ‘famosos’! Quase nada dizem sobre a arte deles! Mesmo porque, mais das vezes, pouca arte é produzida pelos artistas inventados pela indústria de biografias espetaculares; o que produzem é mesmo mais os escândalos de suas intimidades inventadas”. 

Pedro Cardoso ainda explica que não gosta e nem desgosta da Beyoncé, mas reforça seu incômodo com as notícias a respeito dela. “Da vida pessoal de Tracy eu nada sei; da de Beyoncé, sem que eu procure, chegam-me mil fofocas. Para fazer o sucesso comercial tal qual o de Beyoncé é preciso um empenho de promoção tão milionário quanto os milhões que se quer ganhar. A arte não se presta ao comércio tanto quanto bem mais se presta a vida sexual dos artistas. Sexo vende-se mais facilmente que poesia. Mas a demanda por fofoca sexual, há. Mas, além de haver, é, e muito, estimulada a ser insaciável”. 

Para o ator, o problema é do comércio “ganancioso”, “que não apenas atende a uma demanda psicológica natural mas a super excita artificialmente fabricando contos de fadas sexuais exuberantes de famosos. E nisso, a arte se torna um adorno secundário da vida pessoal dos artistas. A indústria que vende biografias íntimas de artistas é tão rica hoje que ela mesma produz os artistas sem arte que explora. E os artistas autênticos, e suas artes, circulam menos pelo planeta. Sem vender a vida, ‘Beyoncés’ não venderiam tanto”.

Dividindo opiniões, o comunicador Ismael Carvalho criticou o texto e a postura do artista. “Você tá falando de uma das artistas mais reservadas do mundo, com menos polêmicas. E assim, achei de péssimo tom um cara branco, colocar duas mulheres pretas nessa posição comparativa”.

Entretanto, Pedro Cardoso rebateu com outro texto polêmico. “‘Um cara branco’? Quem é um ‘cara branco’ aqui? Eu? Não sou branco nem cara. o que é ser branco? É a cor da pele ou a ideologia? Para mim, sobre o que falo, o fenótipo do exemplo, é irrelevante. Poderia ser Marisa Monte e Luiza Sonza ou Rita Lee e Madonna. A obsessão sua com a questão tão relevante dos ecos da escravidão no presente é sua; e ela te interdita o pensamento de aspectos da realidade onde ela não é dominante”.

Questionado sobre sua afirmação por não se considerar um homem branco, Pedro Cardoso ainda não se pronunciou a respeito e os comentários da publicação no Instagram foram desativados.

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