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Vatapá é eleito o 16º melhor prato do mundo em ranking gastronômico

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Foto: Reprodução.

Neste ano de 2023, o Brasil ficou fora do TOP 10 de ‘melhores culinárias do mundo’. O tradicional ranking do Taste Atlas elencou as culinárias da Itália, Japão e Grécia como as três melhores do planeta, respectivamente. Apesar da enorme diversidade gastronômica, o Brasil apareceu na 12ª posição, à frente de países como Argentina (14ª), Estados Unidos (16ª) e Tailândia (17ª).

Juntamente com a classificação das melhores culinárias, o Taste Atlas também apresentou o ranking dos melhores pratos e nesse quesito, o Brasil liderou, com a Picanha em primeiro lugar. Outros 3 pratos brasileiros apareceram no TOP 100: Vatapá (16º), Escondidinho (58º) e Tutu de Feijão (93º).

Picanha

A picanha é um dos pratos mais emblemáticos da culinária brasileira, conhecido por sua suculência e sabor inconfundível. Originária da região sul do Brasil, a picanha é um corte de carne bovina retirado da parte traseira do animal, próxima à cauda. A popularidade desse corte se deve à sua generosa camada de gordura, que confere um sabor único e uma textura macia à carne.

Vatapá

O vatapá é um prato brasileiro rico em sabores e tradições, originário da culinária baiana, especificamente ligado às influências da cultura afro-brasileira. O prato tem como base o pão, geralmente amolecido em leite de coco, e uma mistura de frutos do mar, como camarões secos e, em algumas receitas, peixe. No entanto, há variações que incluem frango ou carne de vaca. O dendê, um óleo de cor avermelhada extraído do fruto da palmeira, é um ingrediente essencial que confere ao vatapá sua cor vibrante e um sabor marcante.

Escondidinho

O escondidinho é um prato cheio de sabor, que ganhou popularidade em todo o país. Sua essência reside na combinação de ingredientes simples, como purê de mandioca ou batata, com uma camada generosa de carne, geralmente carne-seca, frango desfiado ou carne moída temperada.

Tutu de feijão

O Tutu de Feijão é conhecido por sua simplicidade, sabor marcante e forte ligação com as raízes históricas e culturais do país. Este prato típico tem suas raízes na cozinha mineira, mas é apreciado em todo o Brasil, sendo uma presença constante em festas, almoços familiares e restaurantes.

O ingrediente principal do Tutu de Feijão é o feijão-preto, que é cozido até ficar macio. Em seguida, uma parte do feijão cozido é retirada e amassada, formando um purê espesso. Esse purê é então refogado com temperos tradicionais, como alho, cebola, e cheiro-verde, criando uma base saborosa. Uma característica distintiva do Tutu de Feijão é o uso de farinha de mandioca, que é adicionada ao purê de feijão.

Quem nunca conheceu um professor racista?

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Foto: Reprodução

Se a nossa educação não é para ganhar poder real, estamos sendo mal educados e enganados.

– Amos N. Wilson

Mais um ano letivo está terminando, e se analisarmos os resultados da luta antirracista, nas escolas, concluiremos que tudo continua essencialmente igual aos anos anteriores. A educação persiste insuflando a sensação de superioridade nos alunos brancos, e inferioridade nos alunos negros. O racismo é a marca da educação brasileira. As ações antirracistas nas escolas são ineficientes, não há conteúdos abordando as contribuições dos povos negros, e os professores não são preparados para lidar com as questões raciais; sem contar que muitos são racistas. Eu não conheço negros que não lembrem ao menos de um professor racista.

Os responsáveis pelas políticas de ensino não encaram o combate ao racismo como elemento fundamental para a transformação da sociedade. Não dão a mínima às estatísticas alertando as péssimas condições de vida e violências que a população negra sofre diariamente; é como se a escola tivesse um papel que não fosse a formação de sujeitos capazes de construir uma sociedade justa e acolhedora. Nos moldes atuais, a mesma apenas se preocupa em oferecer o básico do conhecimento: leitura e escrita, manipulações matemáticas. A ideia é que os estudantes possam servir de instrumento para o mercado de trabalho, e, também, prepará-los para ingressarem no nível superior. O estímulo ao pensamento crítico é ignorado, e mesmo assim, os interesses mencionados não são alcançados.

O relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou os resultados do PISA 2022. Nele, contatamos que os estudantes brasileiros tiveram rendimento preocupante em matemática, leitura e ciências. É claro que podemos elaborar críticas ao modelo de avaliação, e ao contexto do período analisado, mas não é o objetivo deste texto. O assunto é estritamente o racismo institucional e individual.

As pessoas brancas envolvidas nesse cenário, e com poder de decisão, não têm interesse no aprofundamento do debate. Elas nos oferecem um cardápio de hipocrisia objetivando a manutenção do sistema de ensino. Consequentemente, os estudantes negros terminam os estudos bastante traumatizados em função das relações violentas que ocorrem no interior do ambiente. Os casos de racismo são tratados com tamanha superficialidade que a punição é bastante barata para os alunos, funcionários e os professores racistas. As escolas apenas se mobilizam quando a reputação está em perigo.

Nem uma lei obrigando o ensino da história e cultura afro-brasileira (Lei N° 10.639) foi capaz de provocar mudanças na educação; a maioria das escolas não cumpre a determinação. Por tudo isso, eu cheguei a um ponto de nem ter mais estômago para ouvir tantas promessas de compromisso antirracista de pessoas brancas, governos e  instituições. Mas a superação não me parece utópica, depende da organização do povo negro. O nosso ponto de partida pode ser as palavras da revolucionária Assata Shakur “ninguém vai lhe dar a educação de que você precisa para derrubá-los. Ninguém vai ensinar sua verdadeira história e seus verdadeiros heróis, porque eles sabem que o conhecimento vai ajudar a libertar você.” 

Portanto, os próprios negros precisam assumir a educação das crianças, adolescentes, adultos negros; construir núcleos de ensino de cultura negra, fortalecer o povo negro com sabedoria para enfrentar radicalmente o sistema. A escola tradicional só servirá para documentar a nossa passagem. Nada mais.

Sankofa: ao usar símbolo africano, coletivo feminista e antirracista de juízas do Estado de São Paulo deve lembrar de olhar para o passado da branquitude

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Foto: Reprodução/Coletivo Sankofa


Na última sexta-feira, 8, um grupo de juízas do Estado de São Paulo formou um coletivo considerado o primeiro feminista e antirracista já criado no estado. Com o nome de Coletivo Sankofa, o grupo luta por paridade de gênero nos tribunais a partir da resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em setembro deste ano, que aprovou a criação de política de alternância de gênero no preenchimento de vagas para a segunda instância do Judiciário.

Entre as finalidades listadas no regimento interno do grupo está: “Lutar pela igualdade de gênero e de raça e demais interseccionalidades no sistema de justiça, combatendo todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres”.

Na matéria publicada pelo site Todas, da Folha de São Paulo, a foto usada para apresentar o grupo mostra que suas integrantes são majoritariamente brancas, ainda um retrato do judiciário brasileiro no quesito raça. Apesar disso, o grupo escolheu um elemento simbólico da cultura de povos africanos para nomear o coletivo, a Sankofa, que representa a volta para adquirir conhecimento do passado, a sabedoria e a busca da herança cultural dos antepassados para construir um futuro melhor.

Se apropriar de elementos bastante representativos da nossa cultura requer um compromisso com os nossos. O símbolo que remete ao passado precisa lembrar, em especial, as magistradas brancas, de que é necessário considerar o histórico escravagista de seus antepassados, que impediram muitos homens e mulheres negras de conquistar lugares de poder na nossa sociedade.

Entretanto, mais do que apontar ou tirar conclusões precipitadas sobre a formação do primeiro grupo de juízas feministas e antirracistas de São Paulo, quero aqui refletir sobre pautas importantes que essa iniciativa poderia tomar em favor da população negra e, sobretudo, das mulheres negras que vivem no Estado. Entre elas o tema do abolicionismo penal, pensando no fim do encarceramento em massa da população negra, além da aproximação com grupos de juristas negras pensando em um sistema mais representativo para a maioria da população.

E volto a um ponto importante para a reflexão das juízas: ao usarem o termo ‘antirracista’, entenderam o lugar que ocupam na sociedade enquanto mulheres brancas que estão em posição de poder em um sistema de justiça que condena negros apenas por serem negros? Vejo como fundamental que elas compreendam o papel da branquitude para fazerem as transformações necessárias para um sistema de justiça mais justo.

Inovahack: Evento de Tecnologia do Movimento Black Money vai oferecer prêmios de até R$ 10 mil; inscrições estão abertas

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Foto: Freepik.

A segunda edição do Inovahack, hackathon promovido pelo Movimento Black Money, superou a meta de inscrições, alcançando 120 participantes. Ao todo, foram 150 inscrições. O evento está programado para ocorrer de 15 a 17 de dezembro na sede da SAP Brasil, em São Paulo.

A edição deste ano tem o tema ESG (Environment, Social and Governance), o Inovahack tem como objetivo promover a inclusão financeira e econômica da população negra por meio do desenvolvimento de soluções tecnológicas e inovadoras.  As inovações serão avaliadas por pessoas mentoras. As soluções que mais se destacarem receberão prêmios em dinheiro para investir em seus projetos: 1º lugar: R$10 mil reais; 2º lugar: R$7 mil reais e 3º lugar: R$3 mil reais. 

Além das trocas entre os hackers, mentores e empresas envolvidas todos os participantes ganharão uma bolsa de inglês 100% gratuita até outubro de 2024 da EF School sob apoio do Mover, Movimento pela Equidade Racial. Estamos muito felizes com a receptividade que o Inovahack recebeu”, afirma Alan Soares, co-fundador do Movimento Black Money. “O evento é uma oportunidade para a comunidade negra mostrar o seu talento e contribuir para o desenvolvimento de soluções que impactem positivamente a sociedade.”

As equipes participantes deverão desenvolver soluções que atendam aos seguintes critérios:

  • Inclusão financeira: as soluções devem contribuir para o aumento do acesso ao crédito, à educação financeira e à proteção do patrimônio da população negra.
  • Inclusão econômica: as soluções devem contribuir para o aumento da participação da população negra na economia, por meio do empreendedorismo, do acesso a oportunidades de emprego e da geração de renda.
  • Responsabilidade social e ambiental: as soluções devem contribuir para a redução das desigualdades sociais e ambientais, com foco na população negra.

As inscrições continuam abertas e podem ser feitas através deste link (CLIQUE AQUI).

Clara Moneke defende Amaury Lorenzo após ator ser atacado por vencer o’ Melhores do Ano’: “quem odeia o corpo dele também odeia o meu”

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Foto: Reprodução / TV Globo

Nesta última segunda-feira (11) aconteceu o ‘Melhores do Ano’, premiação da TV Globo que celebra os artistas que foram destaque na emissora. Uma das categorias mais comentadas foi o de ‘Artista Revelação’. O prêmio foi vencido por Amaury Lorenzo e seu trabalho como Ramiro na novela ‘Terra e Paixão’. Clara Moneke também concorria na categoria por sua atuação como Kate em ‘Vai Na Fé’.

Nesta manhã de terça-feira (12), Amaury Lorenzo informou que estava recendo ameaças e ataques. Ele desativou o perfil no Instagram após relatar o ocorrido. “Amigos e amigas, não precisa disso. Estou recebendo ameaças de morte. Ameaças de fãs de outra artista, bem triste. Que Deus possa iluminar vocês”, publicou ele, antes do perfil sair do ar.

Logo em seguida, Clara Moneke se manifestou e saiu em defesa do colega de profissão. “Acordei agora com um enxurrada de mensagens que me apavoraram. Parem de ameaçar o Amaury Lorenzo! Ele mereceu esse prêmio tanto quanto eu merecia. Eu fiquei muito feliz com a vitória de um ator preto, que vem do teatro assim como eu, que lutou pra estar onde está assim como eu. As pessoas que estão o ameaçando não são meus fãs, são criminosos. Peço que cessem agora essa onda de ódio contra uma pessoa que só merece respeito pelo trabalho incrível que vem fazendo a anos e anos“, destacou a atriz.

Clara destacou ainda que a sociedade brasileira não consegue ver uma pessoa como Amaury ‘vencer na vida’. “E o pior é que não é sobre mim, ou Amaury, ou premiação nenhuma. A verdade é que uma parte pobre da sociedade não consegue aceitar a vitória de uma pessoa como o Amaury, com os traços, a história, a identidade dele. Quem odeia o corpo dele também odeia o meu”, destacou ela.

Oprah revela que produtores de ‘A Cor Púrpura’ queriam Beyoncé e Rihanna no filme

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Foto: Mason Poole ; Getty Images ; Kevin Mazur.

A equipe de produção do aguardado filme “A Cor Púrpura” chegou a considerar a possibilidade de incluir Beyoncé e Rihanna no elenco da nova obra musical, porém, essa ideia ficou apenas no estágio de planejamento. A revelação foi feita por Oprah Winfrey, a produtora principal do projeto, em uma entrevista ao The Hollywood Reporter. Winfrey compartilhou que, com o aumento do orçamento do filme, diversos membros da equipe e investidores expressaram o desejo de contar com a participação das aclamadas cantoras.

“Para ser completamente honesta, se estivéssemos fazendo este filme por US$ 30 ou US$ 40 milhões, o interesse no elenco seria muito diferente“, conta Oprah. “Depois que o [orçamento do] filme passou para US$ 90 a US$ 100 milhões, todo mundo queria que trouxéssemos Beyoncé”, diz ela. “‘Você consegue Beyoncé ou Rihanna?’ Então estávamos sentados em uma sala dizendo: ‘Escute, nós amamos Beyoncé. Amamos Rihanna, mas existem outros atores que podem fazer esse trabalho.’ Eu me lembro de conversas sobre: ​​‘Gente, Beyoncé vai estar ocupada este ano’. Não foi nem uma negociação, porque não iríamos conseguir a Beyoncé.”

Oprah para o The Hollywood Reporter. Foto: Danielle Levitt.

Essa não seria a primeira participação de Rihanna ou Beyoncé num projeto cinematográfico. Em 2022, a dona do sucesso ‘Diamonds’ participou de ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ com uma a canção original ‘Lift Me Up’, que recebeu indicação ao Oscar. Em 2021, Beyoncé também recebeu indicação ao Oscar de ‘Melhor Canção Original’ por ‘Be Alive’, trilha sonora do longa ‘King Richard’. Beyoncé já atuou em filmes musicais, a exemplo do aclamado ‘Dreamgirls’, de 2006, produção em que interpretou a cantora Deena Jones.

‘A Cor Púrpura’ estreia no Brasil em janeiro de 2024. O longa é estrelado Taraji P. Henson, Danielle Brooks, Colman Domingo, Corey Hawkins, H.E.R., Halle Bailey, Aunjanue Ellis-Taylor e Fantasia Barrino.

Núcleo Amandla: Um centro de desenvolvimento de pequenos negócios e empreendedorismo negro

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Texto: Gabriel Rosa

O empreendedorismo negro no Brasil é marcado por desafios significativos que refletem não apenas obstáculos econômicos, mas também questões profundamente enraizadas na estrutura social do país. Enquanto o Brasil se esforça para promover a diversidade e a igualdade, empreendedores negros enfrentaram barreiras sistemáticas que impactaram seu acesso a recursos, oportunidades e reconhecimento. Daí nasce o “Nucleo Amandla”.

O Núcleo Amandla é um projeto inovador que visa impulsionar o empreendedorismo e promover o desenvolvimento da comunidade negra no Brasil. Este centro dinâmico é estruturado em cinco pavimentos dedicados a exposições, salas de estudo, palestras, apresentações e biblioteca. Sua missão vai além de ser apenas um edifício físico; é um local de aprendizado contínuo, crescimento pessoal e desenvolvimento de habilidades.

O projeto busca superar os desafios sistêmicos enfrentados pelos empreendedores negros, proporcionando oportunidades econômicas, fomentando o desenvolvimento de negócios locais e contribuindo para a autonomia financeira, especialmente da população de baixa renda.

Para tornar o Núcleo uma realidade, seria necessário um conjunto de recursos e apoios. Isso incluiria financiamento adequado para a construção do edifício e manutenção das atividades propostas. Além disso, seria crucial obter apoio da comunidade local, parcerias com organizações interessadas e engajamento ativo de líderes e influenciadores para garantir o sucesso e a sustentabilidade do projeto. O envolvimento e o interesse contínuo da população alvo também seriam fatores essenciais para o impacto positivo do Núcleo.

Além disso, a arquitetura se destaca pela ênfase na biofilia e na conexão com a natureza, buscando criar um ambiente acolhedor e inovador. Inspirado pela cultura africana, o projeto faz uma homenagem à rica fauna do continente, com as zebras sendo a principal inspiração para as formas orgânicas e curvas do edifício. O nome “Amandla,” que significa força em Zulu, reflete a natureza impactante e fortalecedora do projeto.

No Núcleo Amandla, os participantes têm acesso a uma ampla gama de oportunidades, incluindo programas de empreendedorismo, desenvolvimento pessoal, atividades culturais, palestras, espaços para interação, uma biblioteca e uma ênfase na conexão com a natureza. O objetivo é proporcionar um ambiente abrangente que promova o aprendizado, o crescimento e o desenvolvimento em várias dimensões da vida dos participantes.

Marvel anuncia nova série animada sobre o universo do Pantera Negra: ‘Eyes of Wakanda’

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Foto: Divulgação

A Marvel Studios anunciou ‘Eyes of Wakanda’ (Olhos de Wakanda, traduzido em português), uma nova série de animação sobre o universo do herói Pantera Negra, com guerreiros do passado de Wakanda em destaque.

A nova série para a Disney+ vai contar a história de ‘bravos guerreiros que foram encarregados de viajar pelo mundo recuperando perigosos artefatos de vibranium’, revela a descrição oficial.

‘Eyes of Wakanda’ foi anunciada durante o evento de pré-estreia da 2ª temporada de ‘What If…?’, na noite desta segunda-feira (11) e divulgada pela ComicBook. A série estreia no streaming em 2024.

Já em ‘What If…?’, o público pode aguardar pelo retorno do Pantera Negra, que estreia na plataforma dia 22 de dezembro. Toda noite será disponibilizado um novo episódio, até completar os nove episódios da temporada.

Veja o trailer de What If…?

‘Posso usar meus superpoderes para aprender mais’, diz menino de 7 anos, morador do Complexo da Maré, que completou curso oferecido pela Universidade de Harvard

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Foto: Reprodução/Instagram

Adriano Álvaro Melo, um menino de 7 anos, residente do Complexo da Maré, ou “Super Alvinho”, como ele é conhecido, criou seu próprio jogo, depois de completar um curso on-line oferecido pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. O menino de 7 anos possui altas habilidades.

Em seu jogo, narrado em inglês – idioma que aprendeu por meio de um aplicativo – ele conta a história de um cientista extraordinário. Álvaro expressa sua motivação: “Agora posso usar meus superpoderes para aprender mais. Quero construir robôs agrícolas e realizar pesquisas para melhorar a produção e distribuição de alimentos no mundo”, contou o menino em entrevista para o jornal O Globo. Seu interesse pela agricultura despertou durante uma visita aos familiares em Santana do Manhuaçu (MG).

“Quando eu crescer, quero trabalhar tanto com agronomia quanto com robótica. A combinação dos dois pode acabar com a fome. Passar fome deve ser horrível”, compartilha Álvaro, convicto de sua missão.

Ele já acumulou 41 certificados, incluindo seis cursos agrícolas do Sebrae. Um desses cursos, com duração de 32 horas, foca no “jovem empreendedor no campo”. Seu tempo é dividido entre a programação, inglês, xadrez e robótica. Recentemente, Álvaro fez sua estreia como palestrante na Universidade Federal Fluminense (UFF), compartilhando sua inspiradora jornada durante um evento sobre Pedagogia Social.

Embora o curso de Harvard seja gratuito, o certificado de conclusão tem um custo de U$ 299, aproximadamente R$ 1,5 mil. Diante das dificuldades financeiras, Álvaro recebeu uma bolsa do programa de assistência da instituição, destinado a alunos de baixa renda. Para conquistar essa oportunidade, o jovem precisou explicar em inglês a situação financeira de sua família e como o curso contribuiria para seus objetivos de vida.

O curso, ministrado inteiramente em inglês e com duração de três semanas, não possui uma idade mínima obrigatória, embora seja recomendado para crianças com mais de 8 anos.

A mãe de Álvaro, Priscilla de Melo, bióloga, recorda que a suspeita de sua habilidade incomum para aprendizado surgiu quando ele tinha apenas 3 anos. Ele mesmo quis entrar em uma creche. Durante a pandemia, aos 4 anos, a criança começou a ler e escrever com a ajuda do aplicativo GraphoGame, do MEC, indicado para crianças do 1º e 2º anos do ensino fundamental.

“Percebemos que ele realmente possuía um nível de aprendizado fora do comum para sua idade e decidimos fazer um teste de altas habilidades. Na época, precisei fazer uma vaquinha porque custou R$ 3 mil, e eu não tinha condições de pagar”, explica Priscilla.

Álvaro frequenta uma escola evangélica três vezes por semana, participa de um projeto de xadrez para crianças e está matriculado em uma turma de robótica da UFRJ. Além disso, este ano, ele ingressou em um curso particular de inglês. Sem um ensino formal tradicional, ele estuda em casa usando um notebook. Ele escreveu o próprio livro sobre sua metodologia de estudos: “Disciplina única: conhecimento de mundo”.

“Procuramos soluções, mas todas as instituições educacionais que nos indicaram estavam incompletas, sempre faltava algo. Queriam oferecer uma alfabetização tradicional, enquanto meu filho precisava de recursos adicionais. Cheguei a ouvir comentários racistas. Questionaram várias vezes o teste de altas habilidades que fizemos, alegando que ele não se encaixava no perfil de uma criança com esse diagnóstico. Qual seria esse perfil? Uma criança branca? Por isso, optei por ele ingressar, por exemplo, na UFRJ em um curso destinado a adolescentes de 14 anos. Foi uma exceção. Além disso, organizo diariamente suas tarefas e reviso cada uma delas”, desabafa Priscilla.

Motorista testemunha em favor de Jonathan Majors durante julgamento por caso de agressão: “Ele não estava fazendo nada, era ela”

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Foto: Getty Images via AFP/Derek White

O site TMZ afirmou que houve uma reviravolta no caso de agressão envolvendo Jonathan Majors e Grace Jabbari, conforme depoimento recente do motorista do SUV onde o incidente ocorreu. O homem testemunhou em favor de Majors e declarou que acreditava que Grace estava agredindo o ator durante o confronto.

Jonathan Majors enfrenta acusações de agressão por supostamente atacar Grace Jabbari enquanto tentava recuperar seu telefone. No entanto, o depoimento do motorista lança uma nova luz sobre o incidente, retratando Grace como agressora, em contraste com as acusações iniciais.

Ao testemunhar na segunda-feira e usar um intérprete, o motorista relatou ter mantido o foco na estrada enquanto Jonathan e Grace se envolviam em uma briga no interior do veículo, afirmando ao júri que “teve a sensação de que a garota havia atingido o rapaz… pela maneira como ela estava lutando e pelos sons que eram audíveis.”

Além disso, o motorista relatou que Grace insistiu em ver o telefone de Jonathan, descrevendo-a como “muito irritada”. Ele afirmou: “Ele não estava fazendo nada, era ela”, indicando que Jonathan estava tentando se afastar de Grace.

Esta reviravolta contrasta com os eventos anteriores do julgamento. Na semana passada, mensagens de texto entre Jonathan e Grace foram apresentadas em tribunal, revelando uma troca de setembro de 2022 onde faziam referência a um incidente em Londres.

Nos textos, Jonathan escreveu: “Eles farão perguntas e, como não acho que você realmente nos proteja, isso pode levar a uma investigação, mesmo que você minta e eles suspeitem de algo”.

Jabbari respondeu: “Vou dizer ao médico que bati a cabeça se for. Vou esperar mais um dia, mas não consigo dormir e preciso de analgésicos mais fortes. Só isso: por que eu contaria o que realmente aconteceu quando ficou claro que eu quero estar com você.”

O motorista também testemunhou que Jonathan e Grace saíram do veículo em certo momento, continuando a discussão do lado de fora, em uma esquina de Manhattan. Ele afirmou que Majors estava “empurrando-a de volta para dentro do carro para se livrar dela”.

Ao ser questionado pela equipe jurídica de Jonathan sobre a presença de sangue no veículo, o motorista confirmou que não encontrou evidências nesse sentido.

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