O clássico ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’, de Machado de Assis, se tornou um dos livros mais vendidos dos Estados Unidos após viralizar nas redes sociais. Tudo começou quando a influenciadora norte-americana Courtney Henning Novak, de 45 anos, publicou um vídeo relatando que estava obcecada pelo livro brasileiro. “Preciso ter uma conversa com o pessoal do Brasil. Por que não me avisaram antes que este é o melhor livro já escrito? O que vou fazer do resto da minha vida depois que terminá-lo?”, disse ela.
uma americana do tiktok fez um desafio de ler um clássico de cada país do mundo e pro Brasil indicaram pra ela Brás Cubas
— Lea Michele alfabetizada pelo método Paulo Freire (@ive_brussell) May 18, 2024
A edição da Penguin Classics, com tradução de Flora Thomson-DeVeaux, se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais e acabou impactando o fluxo de vendas da obra de Assis. A obra chegou ao primeiro lugar na categoria de livros mais vendidos na Amazon EUA, dentro da seção de ficção latino-americana e caribenha. “Eu não consigo nem imaginar o quão bom isso é em português. Então agora, no meio do meu projeto de ler ao redor mundo, eu tenho outra tarefa que é aprender português”, destacou Courtney.
A história de ‘Memórias Póstumas’ aborda a vida de Brás desde sua infância em uma família abastada no Rio de Janeiro até sua morte, oferecendo um retrato mordaz da sociedade brasileira do século XIX. Através de episódios variados e personagens memoráveis, Machado de Assis explora temas como a vaidade, o egoísmo e a hipocrisia da elite carioca.
A narrativa não linear e o uso frequente de digressões e comentários metafísicos contribuem para o tom cínico e bem-humorado do livro. ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’ é amplamente considerado um marco do realismo na literatura brasileira e um exemplo brilhante do estilo único e inovador de Machado de Assis.
Antigamente eu diria que pessoas negras não tinham motivos para se orgulhar de uma identidade Nerd. Quem cresceu nos anos 90 tinha poucas opções de personagens negros na TV aberta ou na cultura pop que representassem bem qualquer criança ou adolescente negro na fase escolar. Era bem pelo contrário, os que existiam reforçam os estereótipos em nós. Essa falta de representação era especialmente evidente para mim. Vocês devem lembrar daquele coitado que era o Cirilo na versão original de Carrossel ou pior, do Saci no Sítio do Pica Pau Amarelo e eu ainda tive a infelicidade de viver essa fase da adolescência na cidade do Monteiro Lobato, onde até hoje você encontra as apresentações dos textos racistas em peças teatrais nas escolas.
Pra quem nasceu nas últimas décadas, vale ressaltar que não existia internet e os conteúdos não chegavam facilmente nas comunidades negras, por isso muitos ficcionistas negros famosos como Sandra Menezes e Octavia Butler tiveram experiências significativas de SCIFI com a televisão. Mesmo com as limitações, a gente dava um jeito de se divertir e o meu era jogar RPG, porém só podia contar com revistas emprestadas e alguns livros de fantasia que encontrava na biblioteca escolar, eles eram sempre os mais clássicos possíveis para quem curte obras fantásticas: H.G. Wells, Asimov, Júlio Verne, Edgar Allan Poe… autores que acabaram formando meu imaginário. Nada era sobre meu mundo, minha realidade e minha cara, mas tinha uma coisa que me aproximava demais dos Nerds, todos eram odiados na escola.
Filmes como “A vingança dos Nerds” mostravam como todo o grupo era visto: um bando de desajustados, bobos, fãs de videogames, quadrinhos, naves espaciais, que nunca eram convidados para as festas mais descoladas da turma. Passar a adolescência com essa turma foi muito divertido. No entanto, enquanto me divertia com meus amigos nerds, não percebia que a exclusão que enfrentávamos era diferente, meus amigos espelhavam-se nos heróis das histórias, a imagem dos personagens alimentavam seus egos. O preconceito que caia sobre eles era sobre serem “excêntricos”, por mais que fossem rejeitados e tivessem seus gostos culturais criticados pela maioria, toda exclusão vivida por essa turma poderia ser apenas uma estranheza cultural, nada comparado ao racismo que atravessa inúmeras questões do dia-a-dia.
Por isso, existe ainda uma parcela grande dos Nerds da minha geração que tem dificuldades em se aprofundar neste tema. Até entendo essa reação, afinal eles experimentaram uma exclusão em algum momento da vida e acabam confundindo isso, pois não perceberam que reproduziam a mesma rejeição dentro da comunidade. Historicamente, a representação de personagens negros em quadrinhos, filmes, séries e jogos tem sido limitada e, muitas vezes, carregada de estereótipos negativos. Essa escassez de representatividade não apenas marginaliza as contribuições e experiências dos nerds negros, mas também perpetua uma visão de mundo estreita e homogênea. O racismo presente no mundo todo afastou criadores negros e dificultou que histórias criadas por autores da comunidade se tornassem tão populares quanto os heróis clássicos, os brancos se tornaram o “panteão canônico”, como deuses imutáveis e qualquer alteração gera uma onda de repúdio grosseira.
Acontece que hoje a identidade nerd não é mais rejeitada, ser Nerd se tornou pop, a vingança dos nerds se concretizou e isso trouxe novos desafios para a comunidade. Alguns Nerds se tornaram donos de startups, empresários, escritores famosos, atores e membros influentes do mundo do entretenimento e a experiência da exclusão na adolescência parece ter desaparecido da sua mente, alguns ficaram mais insensíveis ainda à realidade de exclusão da comunidade negra. As novas gerações consomem a cultura nerd sem ter nem noção de como era difícil se identificar assim no passado, elas se agarram aos heróis canônicos de forma mais reacionária ainda, se mobilizando na internet, criando canais no youtube e conseguindo voz e visibilidade que era impensável anteriormente. Eu vi nesse momento um grupo bem diferente daqueles que se tornaram meus amigos, não era mais adolescentes estranhos com dados e livros nas mãos, não estavam mais interessados em criar juntos e pra piorar, não apenas ignoravam as questões raciais, mas estavam se tornando reativas a elas, se tornando agressivos a qualquer menção da discussão, acusando de vitimismo e em alguns casos extremos agredindo com ofensas racistas quem apontasse a falha da visibilidade nessa cultura.
Porém a alma da cultura Nerd é acreditar na sua imaginação, as nossas maiores histórias são sobre seres que atravessam a galáxia, os universos ou enfrentaram seres medonhos em mundos aterrorizantes porque acreditavam em si e nos seus sonhos. É isso que aproxima muita gente que ainda se sente excluída da comunidade, ativistas negros, LGBTQIA+, mulheres e todos aqueles que também acreditam na fantasia. É esse poder nerd que fez nascer e crescer personagens e produtores que passaram a me representar muito, como Blade. É importante ressaltar o ativismo do ator, Wesley Snipes em causas como violência policial e racismo; os personagens do selo Milestone, entre eles o Super Choque e o ativismo dos criadores dentro da indústria dos quadrinhos. Jordan Peele e seus filmes de terror.
É por conta de todos esses criadores, atores e produtores da comunidade que hoje temos várias personagens importantes que estão fazendo muito sucesso e contribuindo pra que a cultura Nerd seja mais inclusiva e representativa. Através de suas obras, esses pioneiros estão quebrando barreiras e construindo um legado de diversidade e aceitação. Personagens como Miles Morales, Riri Williams e Nubia têm inspirado uma nova geração a ver a si mesmos como heróis, não apenas nas páginas dos quadrinhos, mas também na vida real. Diretores como Ava DuVernay e Ryan Coogler têm redefinido o que significa ser um super-herói no cinema, trazendo perspectivas autênticas. Aqui no Brasil, movimentos como a Perifacon têm crescido, mostrando o poder da comunidade Nerd periférica, e nas periferias do norte têm se fortalecido a Convenção Nerd de Cultura e Tecnologia da Amazônia, trazendo o olhar de toda cultura dessa região para dentro da cultura de nerdices.
Infelizmente, como em todas as esferas da sociedade, qualquer pessoa que fale de diversidade e esteja ativamente discutindo os espaços de representatividade, a gente vai encontrar a reação agressiva de gente insensível ou ignorante. Apesar de tudo isso ainda é possível dizer que também tenho um Orgulho Nerd, foi essa identidade que preservou meu imaginário na adolescência e permitiu que eu sonhasse o suficiente para me transformar hoje em um escritor de ficção científica reconhecido e tento contribuir para preencher também a imaginação das próximas gerações de Nerds.
A taxa de analfabetismo entre as populações preta e parda no Brasil é mais que o dobro da registrada entre os brancos, conforme revelado pelo Censo 2022. Embora tenha havido uma redução ao longo das décadas, a desigualdade racial no acesso à alfabetização persiste.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os novos dados na sexta-feira (17). No Brasil, a taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais é de 7%, o que corresponde a 11,4 milhões de brasileiros que não sabem ler e escrever um bilhete simples.
O censo aponta que o analfabetismo afeta a população de maneira desigual. Entre os pretos, 10,1% são analfabetos, enquanto entre os pardos essa taxa é de 8,8%. Já entre os brancos, a taxa é de 4,3%, menos da metade da registrada entre pretos e pardos.
Para os indígenas, a situação é ainda mais crítica, com uma taxa de analfabetismo de 16,1%, quase quatro vezes maior que a dos brancos.
Assim, dos 11,4 milhões de brasileiros analfabetos, 71,5% — ou 8,15 milhões — são pretos e pardos.
No entanto, dados históricos mostram uma redução dessas desigualdades raciais. Em 2010, a diferença entre as taxas de analfabetismo das populações branca e preta, parda e indígena era de 8,5, 7,1 e 17,4 pontos percentuais, respectivamente. Em 2022, essas diferenças caíram para 5,8, 4,5 e 11,8 pontos percentuais.
A taxa de analfabetismo entre a população branca é menor do que entre pretos, pardos e indígenas em todas as faixas etárias, inclusive entre os jovens.
Embora as gerações mais novas apresentam menores percentuais de analfabetismo, o Censo revela que a expansão educacional não beneficiou todos os grupos raciais de maneira uniforme.
Entre os jovens de 15 a 19 anos, 1,2% dos brancos não sabem ler nem escrever. Entre pretos, pardos e indígenas, as proporções são de 1,8%, 1,7% e 6,5%, respectivamente — totalizando mais de 155 mil jovens analfabetos nessa faixa etária.
As disparidades raciais se ampliam nas faixas etárias mais avançadas. Entre os maiores de 65 anos, 12,1% dos brancos são analfabetos, comparados a 33% dos pretos, 29% dos pardos e 46,2% dos indígenas.
Precisamos ter em mente que dados como estes acendem um alerta para a população negra, tais como: desigualdade econômica, exclusão social, educação para os descendentes, desenvolvimento comunitário e impacto na economia como um todo.
A educação é um direito fundamental e um pilar essencial para o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades, investir na alfabetização de pretos e pardos não só melhora as oportunidades individuais, mas também contribui para uma sociedade mais justa, próspera e inclusiva.
Estão abertas as inscrições para o Projeto Impacto 360º, uma iniciativa da rede de advogadas negras, BlackSisters in Law, do Departamento Jurídico da Uber e do SEBRAE For Startups, que vai selecionar 12 negócios liderados por pessoas negras no Brasil para receber assessoria jurídica especializada em contratos empresariais. Os empreendedores interessados podem se inscrever através do site (CLIQUE AQUI) até o dia 3 de junho.
Através do Projeto Impacto 360º, empreendedores negros terão acesso a serviços de revisão e aprimoramento de contratos, essenciais para o sucesso de seus negócios. A iniciativa também oferece treinamento especializado através do Departamento Jurídico da Uber para as integrantes da BlackSisters in Law, capacitando-as para lidar com contratos empresariais. Além disso, como parte do trabalho de conclusão do treinamento, as advogadas aplicarão seus conhecimentos em casos reais, supervisionadas pela equipe jurídica da empresa de aplicativo.
Dione Assis, fundadora da BlackSisters in Law, ressaltou a importância do projeto: “O mercado de startups e de empreendedorismo, em geral, é um mercado muito desafiador, não só para quem empreende, mas para todo o ecossistema que faz parte desse mercado. E aí o mercado jurídico acaba sendo bastante impactado. Então, prestar serviços jurídicos para empresários e serviços jurídicos mais voltados para o negócio, como, por exemplo, analisar os contratos empresariais, acaba estando muito distante da realidade de advogadas negras hoje no Brasil”, destacou.
Para Assis, a oportunidade de integrar o projeto pode contribuir para que advogadas negras se destaquem no segmento de assessoria jurídica para empresas: “Eu acredito que a oportunidade dessa parceria com o departamento da Uber e com o Sebrae vai permitir que advogadas negras também se destaquem nesse segmento, em analisar contratos, em analisar termos de parceria, contratos de investimento para profissionais negros. Que também, por conta disso, acabam não tendo acesso a esse tipo de serviço no mercado jurídico”, concluiu.
O edital de lançamento será divulgado no dia 6 de junho, às 15h, na sede do SEBRAE em São Paulo, marcando o início de uma nova fase de apoio e desenvolvimento para a comunidade empresarial negra.
Milton Nascimento anunciou em suas redes sociais o lançamento de seu último áudio de estúdio, intitulado “Milton + esperanza”, que foi gravado em colaboração com a cantora de jazz norte-americana, Esperanza Spalding, para o dia 9 de agosto deste ano.
Em uma publicação nas redes sociais, o cantor brasileiro também anunciou o lançamento do primeiro single da parceria, ‘the music was there’, que foi ao ar no dia 15 de maio. Na legenda, o ícone da música popular brasileira escreveu que o projeto possui “participações mais do que especiais” e acrescentou que seu último álbum de estúdio “foi feito com muito amor”.
“Milton + esperanza” foi gravado no Brasil ao longo de 2023 pela dupla que mantém um laço de amizade há 15 anos. O álbum apresenta 16 faixas que celebram e reimaginam cinco dos clássicos mais queridos de Milton, canções originais recém-escritas por spalding e interpretações de canções mundialmente conhecidas, como “A Day In The Life”, dos Beatles, e “Earth Song”, de Michael Jackson, entre outras obras que exploram com carinho a música do Brasil.
As participações especiais citadas por Milton Nascimento em seu Instagram, incluem Paul Simon, Dianne Reeves, Lianne La Havas, Maria Gadú, Tim Bernardes, Carolina Shorter e Shabaka Hutchings, além de Elena Pinderhughes e a Orquestra Ouro Preto.
Em 2022, Milton Nascimento fez o último show da carreira, onde se apresentou oara um público de 60 mil pessoas no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, MG. Chamada de “A Última Sessão de Música”, a turnê que celebrou os 60 anos de carreira do músico contou com uma homenagem aos 50 anos do aclamado álbum, ‘Clube da Esquina’.
“Chegamos ao fim dessa Travessia. Sem palavras para essa despedida dos palcos. Um muito obrigado e um beijo em cada um que acompanhou ‘A Última Sessão de Música’. Um momento maravilhoso de amor entre todos nós”, declarou o cantor na época.
Alfonso Ribeiro, atualmente com 51 anos, ficou famoso por interpretar Carlton na série “Um Maluco no Pedaço” [The Fresh Prince of Bel-Air]. Em uma entrevista recente, o artista, que agora trabalha como apresentador, afirmou que a participação na série dos anos 90 acabou arruinando sua carreira.
“Interpretar Carlton em Fresh Prince tornou-se um sacrifício. Sempre disse que fazer Carlton foi a melhor e a pior coisa que me aconteceu. Foi um dos melhores papéis que tive a sorte de interpretar, mas também me impediu de atuar novamente, pois as pessoas não conseguiam me ver de outra forma. O sacrifício foi não ter mais uma carreira de ator”, disse ele em entrevista para a revista Closer Weekly.
Apesar da lamentação, Ribeiro celebrou os momentos de alegria que teve durante a gravação da série. “Antes de qualquer episódio, íamos ao camarim do Will Smith, onde tocávamos música, dançávamos e criávamos uma ótima energia para nos prepararmos para a série. Essas são lembranças maravilhosas de estarmos juntos”, finalizou.
Após a influenciadora Michele Abreu fazer declarações associando a tragédia climática causada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul a religiões de matriz africana, o Ministério Público de Minas Gerais fez uma denúncia contra Abreu por intolerância religiosa.
Michele Abreu também está proibida de deixar o país e de fazer novas publicações semelhantes em suas redes sociais. Em um comunicado público, a promotora de justiça Ana Bárbara Canedo Oliveira enfatizou que as declarações de Abreu não só constituíram um ato de intolerância religiosa, mas também incitaram a discriminação e o preconceito contra as religiões de matriz africana. A denúncia se baseou no artigo 20 da lei 7.716/1989, que prevê pena de um a três anos de reclusão, além de multa, para casos de prática ou incitação de discriminação ou preconceito religioso.
No dia 5 de maio, a influenciadora publicou um vídeo em suas redes sociais onde insinuou uma relação entre a presença de terreiros de religiões de matriz africana e a tragédia que assolou o estado gaúcho. “Eu não sei se vocês sabem, mas o estado do Rio Grande do Sul é um dos estados com maior número de terreiros de macumba”, afirmou. Tais afirmações geraram uma onda de indignação e críticas por parte da comunidade, levando o Ministério Público a agir.
Após a repercussão negativa do caso, Michele Abreu publicou um pedido de desculpas em suas redes sociais, alegando ter “expressado mal as palavras” e afirmando não ter tido a intenção de ofender qualquer religião. No entanto, a denúncia do Ministério Público destaca que as consequências de suas declarações foram ampliadas devido à sua influência digital, que alcança quase 32 mil seguidores.
Como medida cautelar, o Ministério Público solicitou que Abreu seja proibida de deixar o país e de fazer novas publicações relacionadas a religiões de matriz africana ou conteúdos falsos sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. A promotora Ana Bárbara Canedo Oliveira ressaltou que tais medidas visam não apenas responsabilizar Abreu por suas ações, mas também evitar a propagação de discursos que possam incitar ódio e intolerância.
Após rumores de que lutaria contra o ator Terry Crews, que publicou um vídeo desafiando Anderson Silva para sua última luta de boxe, o lutador de MMA finalmente revelou o nome de seu verdadeiro adversário. Durante o programa Fantástico, transmitido pela TV Globo, no último domingo, 19, Silva anunciou que irá enfrenta Chael Sonnen, um antigo rival, em uma luta de boxe que deve acontecer no dia 15 de junho.
Foto: Divulgação/UFC
A escolha de Chael Sonnen como oponente de Silva não é apenas significativa devido à longa rivalidade entre os dois, mas também resgata memórias de seus confrontos anteriores no octógono. Durante suas carreiras no UFC, Anderson e Sonnen se enfrentaram duas vezes, com o brasileiro saindo vitorioso em ambas as ocasiões. O confronto deste ano, será realizado sob as regras do boxe profissional e terá como palco o Komplexo Templo, em São Paulo, em um evento exclusivo para aproximadamente 600 convidados.
No último sábado, 18, Terry Crews publicou um vídeo no Instagram desafiando o lutador brasileiro: “Eu estive treinando e estou pronto. 15 de junho eu vejo você na Fight Night no Brasil”, disse. No domingo, 19, Anderson Silva afirmou em seus stories que não ia lutar contra o intérprete de ‘Julius’ na série ‘Todo Mundo Odeia o Chris’ e que seu adversário seria revelado durante o Fantástico: “Todo mundo estava na expectativa da luta ser eu e o Terry Crews, mas não vai ser. Terry é um grande amigo que eu tenho, um cara que eu tenho um carinho muito grande”, contou depois de a ação de marketing viralizar nas redes sociais.
Desde sua saída do UFC no final de 2020, Anderson Silva tem se dedicado ao boxe, com vitórias conta Julio César Chávez Jr. e Tito Ortiz. Além de um empate com Bruno Azeredo e uma derrota por pontos contra Jake Paul.
Foto: Portão do Não Retorno no Benin/globeholidays
O governo do Benin apresentou um projeto de lei ao seu Parlamento que poderá conceder cidadania a afrodescendentes pelo mundo, incluindo milhares de brasileiros. Essa medida, se aprovada nas próximas semanas, marcará um momento histórico nas relações entre a África e os descendentes da diáspora africana.
O Benin, um dos maiores portos de onde pessoas escravizadas foram embarcadas de África para as Américas, está buscando reconectar aqueles que foram afastados de suas terras ancestrais devido ao comércio transatlântico de escravizados. A proposta de conceder cidadania aos afrodescendentes é vista como um passo significativo na reconciliação e no reconhecimento das profundas feridas causadas pela escravização do povo negro.
O presidente do Benin, Patrice Talon, tem liderado esse movimento de reconhecimento dos crimes da escravidão e busca transformar o país em um centro de debate e reconciliação. A proposta de cidadania para afrodescendentes não apenas visa reconhecer suas raízes, mas também espera atrair investimentos e promover o desenvolvimento socioeconômico do país.
De acordo com o projeto de lei, qualquer pessoa no mundo que possua ancestrais da região da África Subsaariana, deportados fora do continente africano como parte do comércio de escravizados, pode ser elegível para obter a cidadania beninense. As condições para obtenção da cidadania incluem fornecer prova de afrodescendência através de documentos oficiais, testemunhos autenticados ou testes de DNA.
As pessoas autorizadas a obter a cidadania serão beneficiadas com um passaporte do Benin válido por três anos, adquirido por reconhecimento. No entanto, para obter a nacionalidade definitiva, os novos cidadãos serão obrigados a passar alguns dias do ano no país. É importante destacar que o reconhecimento da cidadania não dará direitos políticos aos novos cidadãos.
Gana também lidera o movimento de resgate ancestral dos descendentes de pessoas que foram escravizadas e levadas para as Américas. Recentemente, o músico Stevie Wonder recebeu o reconhecimento de cidadão ganense diretamente das mãos do presidente Nana Akufo-Addo.
A série documental “Mundo Invisível dos Gamers”, que estreou no dia 7 de maio e é transmitida às terças-feiras na HBO, lançou um olhar íntimo sobre a vida e os desafios de cinco jovens gamers brasileiros, destacando suas jornadas pessoais tanto dentro quanto fora das telas. Entre esses talentos está Sher Machado, uma mulher trans cuja história de transformação e luta pela representatividade se destaca como um farol no universo dos games.
Nascida em Nilópolis, Rio de Janeiro, Sher encontrou nos jogos de RPG uma porta de entrada para um mundo onde poderia assumir qualquer identidade, antes mesmo de se tornar quem é hoje. Decidida a transformar sua paixão em profissão, embarcou em uma jornada que começou com apenas R$ 600 e o sonho de se tornar uma referência para pessoas como ela.
Por trás dos momentos de glória nas telas, a série revela os desafios enfrentados por Sher e outros gamers, desde períodos exaustivos de trabalho até a busca por equilíbrio e conexões humanas fora do mundo virtual. Sua jornada é um lembrete poderoso de que por trás de cada avatar há uma pessoa real, com sonhos, lutas e triunfos.
A presença de Sher nas redes sociais, sob o pseudônimo @transcurecer, não apenas cativa pela sua habilidade em jogos como Valorant, mas também pela maneira como aborda questões de representatividade com humor e autenticidade. Ela almeja não apenas expandir sua base de fãs, mas também criar um espaço inclusivo e acolhedor para todos que desejam fazer parte desse universo.
Além de Sher Machado, os gamers e influenciadores Cherrygumms (Nicolle Merhy), Nativa (Patrick Natividade), Paty Landim e Kami (Gabriel Bohm) também tem suas histórias apresentadas durante a série documental, coproduzida pela Pródigo Filmes e Warner Bros. Discovery, com direção de Daniel Klajmic.