A empresária Silvana Saraiva investiu R$ 6 milhões na realização da Feafro, evento que começa amanhã, 29 de outubro e que trará a São Paulo representantes de vinte países africanos para conhecer empresas brasileiras. A dupla “Dois Africanos” será a principal atração musical da Feafro, no Expo Center Norte. Na reunião, segundo estimativas dos organizadores do evento, podem ser fechados negócios de até US$ 1,5 bilhão.
“Dois africanos” são a atração musical da FEAFRO
Organizada pela Apex, a terceira edição da feira poderá se beneficiar da desvalorização do real.“O câmbio tornou os preços mais competitivos no Brasil”, afirma Silvana. “Um dos projetos que os africanos pretendem negociar é a construção de 20 mil casas no Mali, com energia solar”, diz.
A empresária Silvana Saraiva
A FEAFRO tem como diretriz as relações entre o Brasil e os países do continente africano, pautadas no reconhecimento mútuo de potencialidades comerciais, tecnológicas e econômicas. Oferece oportunidade única às empresas e entidades que pretendam estreitar suas relações comerciais, culturais e institucionais.
Principais setores com potencial de negócios: construção e infraestruturas, energia, agronegócios, tecnologias, telecomunicações, serviços, indústria (alimentos, bebidas, móveis, eletrodomésticos, químicas, farmacêuticas e outros), investidores, empreendedores e franquias.
Serviço:
Local: Expo Center Norte
Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme
Data: de 20 a 31 de Outubro
Horário: das 13h às 20h
Link: www.feafro.com.br/
Começou ontem a maratona dos chef-mirins da versão brasileira do MasterChef Júnior. As crianças passarão pelas mais diversas provas, onde deverão mostrar suas habilidades para permanecer na disputa ao longo dos nove episódios.
“Para nossa alegria“, a comunidade negra está muito bem representada pelas cozinheiras fofíssimas Aisha e Daphne:
Daphne – 13 anos
Focada e muito segura na cozinha, ela adora o momento em que tem de finalizar o prato, pois ali enxerga o resultado do seu esforço. Começou a cozinhar aos seis anos e, atualmente, se aventura todos os dias na frente do fogão. É familiarizada com a culinária francesa, mediterrânea, brasileira e italiana. Tem habilidades com cortes de carne em geral. Seus hobbies são jogar capoeira, andar de skate, fazer ginástica rítmica e judô.
Aisha – 9 anos
Uma das crianças mais jovens do programa. Ela não tem medo de usar utensílios de adultos e a cozinha é uma verdadeira diversão para ela. Com ajuda da mãe, aprendeu a cozinhar aos cinco anos. Gosta de fazer sobremesas, mas também é ótima com carnes. Tira de letra o preparo de frutos do mar e de massas caseiras. Além de cozinhar, seus outros hobbies são jogar capoeira e andar de skate.
Confira o episódio completo do último programa:
https://www.youtube.com/watch?v=Y009j7OWhqY
Viagem para Disney
O primeiro colocado leva para casa o troféu MasterChef Júnior, uma viagem oferecida pela Decolar.com para a Disney com cinco acompanhantes, um curso de culinária, um vale compras do Carrefour de R$ 1 mil por mês durante um ano e um kit de eletrodomésticos Oster.
O segundo colocado também ganha um vale compras do Carrefour de mesmo valor por um ano.
O MasterChef Júnior vai ao ar todas as terças-feiras, às 22h30 na tela daBand com transmissão simultânea no aplicativo da emissora para smartphones.
A História do N.W.A.” (Straight Outta Compton) finalmente chega aos cinemas brasileiros amanhã, 29 de outubro.
Com direção de F. Gary Gray, de “Uma Saída de Mestre” e “Código de Conduta”, o drama conta a história de cinco jovens da cidade de Compton, na California, que decidem expressar suas frustrações através da música. As rimas sinceras e as batidas graves os levaram ao início de tudo, com o nascimento do grupo mais perigoso do mundo: Niggaz Wit Attitudes, ou N.W.A. Armados com suas letras, aparência e talento genuíno, Dr. Dre, Ice Cube, Eazy-E, DJ Yella e Mc Ren enfrentam as autoridades que querem mantê-los calados e iniciam uma revolução social no final dos anos 1980. No elenco principal, “Straight Outta Compton – A História do N.W.A.” traz O‟Shea Jackson Jr., Corey Hawkins e Jason Mitchell.
Na produção, dois dos membros originais do N.W.A. – Ice Cube e Dr. Dre – são acompanhados por Tomica Woods-Wright, Matt Alvarez, Gray e Scott Bernstein.
A primeira dama americana Michele Obama, corre o país promovendo a saúde a ressaltando a importância de se valorizar a educação.
Na semana passada ela fechou uma parceria com o jogador de basquete LeBron Jame durante um evento na Universidade Akon, onde ela não poupou elogios ao atleta. “Nós na Casa Branca, amamos você e não é só por sua atuação em quadra, mas pela pessoa que você é”.
Os dois agora tocam um projeto para incentivar os jovens a continuarem os estudos e irem para faculdade. O projeto é chamado #reachhigher e pretende atender principalmente os jovens que não contam com esse incentivo em casa e tem que sozinhos lidar com a burocracias para tentar uma vaga em uma universidade. O jogador do financiará quatro anos de estudos aos alunos que de qualificarem.
A 40ª edição do SPFW, que está acontecendo em São Paulo, e que comemora os 20 anos do calendário oficial da moda brasileira termina amanhã nós selecionamos alguns looks dos negros e negras que levaram cor, estilo, beleza e atitude para o evento. As fotos são do fotógrafo Moah Buffalo.
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*fotos originalmente publicadas no site americano Afropunk.
Ninguém perguntou sobre os corpos negros ensanguentados no chão
Por Higor Faria
Durante as férias de janeiro, Paulo nasceu numa fazenda de soja no interior de Goiás. A bolsa estourou e sua mãe não teve tempo de correr para o hospital fazer a cesária como o médico havia planejado.Quem fez seu parto foi a sogra do caseiro, uma mandigueira das fortes. “A parteira que trouxe o pretinho herdeiro da soja ao mundo”, como diziam os racistas que cercavam aquele casal. E ainda emendavam num “onde já se viu?!”. Paulo cresceu, mas não muito. Foi pra capital cursar agronomia, pois aprendeu que seria o mais certo para tocar bem os negócios da família. Na faculdade, percebeu que não havia outros negros na sua turma, alguns poucos em outros semestres do seu curso e um pouquinho mais se juntasse todos de toda a universidade. O ambiente era hostil, mas dava para superar. Já havia se acostumado a ser o único negro do lugar.
No semestre que se iniciava, Paulo pegou uma matéria noturna, a primeira de sua vida acadêmica. Até pensou em não ir no primeiro dia de aula para não ter que aguentar aquela baboseira de apresentação. Cochilou e acordou atrasado, vestiu qualquer roupa, entrou no carro e foi. No caminho, percebeu que a camisa tinha espichado depois de lavada e os shorts estavam meio sujos — “Merda!”, pensou “se eu voltar pra casa não vou mais para a faculdade, o jeito é ir assim mesmo. Foda-se!”. Estacionou, desceu e se lembrou do celular que tinha ficado no porta-luvas. Voltou e, ao entrar no carro pela porta do passageiro para pegar o telefone, ouviu um disparo. Virou-se assustado, viu dois policiais mirando a arma para ele que, em seguida, gritaram “Mãos ao alto, marginal”. Paulo paralisou. Não conseguiu levantar os braços. O policial repetiu o que havia berrado e, antes que Paulo tentasse levantar as mãos, recebeu três tiros no peito. Ninguém perguntou o que Paulo fazia ali: corpo negro ensanguentado no chão.
Léo tinha 18 anos e era vendedor de bebidas na porta das baladas, as vezes passava alguns ilícitos também para complementar a renda. As vendas até iam bem, obrigado. Ele cantava durante o esquenta que os clientes faziam na porta da festa. Isso chamava atenção da galera, animava a “playboyzada” e até rendia uns beijinhos com as “minas”. Na verdade, ele queria ser artista reconhecido e famoso, compôs uma música para cantar com Carlinhos Brown — seu ídolo que, como Léo, usa dreads, é preto e sempre tá de sandálias. Todos gostavam do som de Léo. Porém, ele não tinha tempo para se dedicar somente à música. A mãe contraiu trombose nas duas pernas e sua pensão que não era alta ia toda na prestação do lote que compraram num bairro de Salvador. Léo precisava cuidar da mãe e de duas irmãs mais novas. E isso incluía alimentação, água, luz, transporte, educação e todas essas coisas se precisa para sobreviver.
Fecharam a balada que mais rendia vendas para Léo. A “playboyzada” lhe disse que outra ia abrir num bairro classe-média não muito longe dali. Parte dos seus clientes estariam lá, rapidamente ele conquistaria outros — não tinha tanto problema. Léo estava confiante. E a noite foi boa. Lugar novo atrai muita gente. Deu pra vender bastante, só as “minas” que não olhavam para ele. “Não posso reclamar”, pensou. Quando estava juntando seu isopor e as latas de cerveja para ir embora, ele avistou uma carteira no chão. Honesto, achou melhor entregar na portaria da balada. Guardou suas coisas na carreta e, poucos antes da entrada, foi barrado por dois brutamontes que estavam na porta da balada. Mal disse para que veio e os seguranças logo avisaram que ali não era lugar de preto. Léo, que não era de aguentar racismos, começou a bater boca. Dada a diferença entre ele e os dois gigantes, a discussão beirava a mais baixa covardia e piorou quando um dos seguranças sacou a arma e atirou em Léo. A polícia demorou a aparecer e inventaram qualquer motivo ligado à legítima defesa. Estava tarde e um dos seguranças conhecia o policial: mal fizeram uma investigação. Ninguém perguntou porque Léo estava ali: corpo negro ensanguentado no chão.
É sexta-feira e, religiosamente, Isaque se veste de branco e mal sabe porque. Na verdade sabe, mas prefere fingir que não para não ser vítima de intolerância, diz que é um costume de família — o que não deixa de ser verdade. Acostumou-se a se vestir assim e descobriu que fica bem de branco. Mesmo sendo difícil mantê-las limpas (lá onde mora não tem asfalto e venta muita poeira), fazia questão das roupas brancas porque “dá um contraste legal”na pele preta. Desceu o morro ouvindo as piadas de sempre, chegou na escola e continuou ouvindo as mesmas piadas. Até o professor se arriscou num trocadilho infame, usando Cuba, mais médicos e macumba. A sorte (dos outros) é que era dia de paz. Ahhh se fosse quarta-feira, dia de dendê… Isaque já tinha dado resposta a todos. Nunca teve muita paciência mesmo.
Ele tinha 13 anos e não sabia bem o que queria ser da vida. Normal não ter ideia de profissão nessa idade. Sabia que queria ser rico e ter poder na sociedade. E estudava muito, porque disseram para ele que, quando não tem perna pra futebol e nem sabe cantar, só assim que “preto cresce na vida”. Ele não entendia bem como outras pessoas negras que não tem esses dois talentos não aparecem nos lugares de dinheiro e poder. “Será que não conseguem?”, pensou, mas não se deixava abater e logo se motivava “Serei o primeiro então”. Voltando da escola com um grupo de amigos, um coleguinha branco começou a torrar a pouca paciência de Isaque . Sabia que não deveria revidar, mas os colegas o desafiaram e ele não aceitava perder. Nunca! Foi pra cima do seu adversário e lá começaram uma briga desengonçada. Coisa de criança. Apesar de ser menor, Isaque levava a melhor na disputa. Duas senhoras viram e disseram a um guarda que estava na esquina que um negão estava batendo num menino-de-bem (leia-se branco) — aumentativo típico do racismo fofoqueiro. O policial correu e viu que o menino branco parecia muito com seu filho. Corou de raiva, vermelho feito um camarão. Gritou e a molecada correu. Cada um para um lado. O policial perseguiu Isaque e, vendo que não ia alcançar o menino que se movimentava como um raio, atirou e acertou as suas costas. Isaque urrou como um trovão e um vento forte cortou a cidade. Ninguém perguntou porque Isaque brigava: corpo negro ensanguentado no chão.
Eduardo é jovem, branco e está vivo… A história dele dura mais que dois parágrafos e são usadas reticências. Mal sabe ele que tem mais oportunidades do que os jovens negros. Ninguém perguntou, mas Paulo, Léo e Isaque têm mais de chances de serem mortos do que Eduardo.
Higor Faria é preto, publicitário, estuda masculinidade negra e escreve no https://medium.com/@higorfaria
O objetivo da “Pesquisa Nacional Sobre o Perfil dos Afroempreendedores e Afroempreendedoras do Brasil” é conhecer melhor o empreendedorismo afro-brasileiro, bem como as tendências atuais dos negócios e dos empreendimentos administrados por micro e pequenos empresários negros e negras em todo o país. Participe e envie seus dados no formulário do portal do projeto.
A pesquisa é desenvolvida pelo Projeto Brasil Afroempreendedor, uma iniciativa da sociedade civil organizada – por meio do Instituto Adolpho Bauer (IAB-Curitiba) e o Coletivo de Empresários e Empreendedores Negros (Ceabra-São Paulo) – em parceria com o Sebrae Nacional.
Com um prêmio de R$21.000,00, a Secretaria do Estado da Cultura do Rio de Janeiro pretende incentivar a valorizado da cultura negra no Estado. O “Prêmio de Cultura Afro-Fluminense 2015”, premiará 32 iniciativas culturais diretamente relacionadas à temática-afrobrasileira. As inscrições das iniciativas podem ser feitas até o dia 24 de outubro no portal www.cultura.rj.gov.br/premio-afro-fluminense-2015.
A iniciativa contribuirá para a preservação da memória e do patrimônio imaterial dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana, como quilombos e terreiros, e também de grupos artístico-culturais que mantém as tradições dos afoxés, da capoeira, dos calangos, das folias de reis, do jongo etc.
O recurso total deste edital de concurso é de R$ 672.000,00 e foi disponibilizado por meio do convênio firmado entre a União, representado pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), e o Governo do Rio de Janeiro, representado pela SEC. O edital irá premiar inciativas culturais de instituições privadas sem fins lucrativos, sediadas no Estado do Rio de Janeiro, atuantes no campo da cultura fluminense há pelo menos três anos.
A grande novidade desta primeira edição é o fato de não haver contrapartida por parte das instituições, que serão avaliadas por critérios que comprovem a excelência do seu histórico como, o impacto da ação desenvolvida sobre as pessoas que estão inseridas no contexto da iniciativa cultural, o tempo de existência desta iniciativa, o reconhecimento social da atividade e a contribuição para manutenção e renovação das manifestações culturais com as quais se relaciona. Portanto, não se trata de um projeto a ser realizado pelas instituições premiadas, mas sim um prêmio em reconhecimento pelo seu histórico.
Esclarecimentos acerca do conteúdo deste Edital poderão ser obtidos através do e-mail premioafrofluminense2015@cultura.rj.gov.br e do telefone (21) 2216-8500, ramal 230 / 232, das 10h às 18h.
Com a reforma administrativa anunciada pela presidenta Dilma Rousseff na última sexta-feira (2/10), a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial passa a ser vinculada ao Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Ronaldo Barros é o titular da nova secretaria, sob a coordenação da ministra Nilma Lino Gomes.
“Nessa nova gestão, vamos dar continuidade ao trabalho iniciado, priorizando os eixos estabelecidos pela ministra Nilma Lino Gomes para a Seppir (juventude negra; ações afirmativas; povos e comunidades tradicionais; e internacionalização), tendo como públicos prioritários as mulheres, os jovens e comunidades tradicionais”, sinalizou o Secretário. “O Brasil é o país que mais avançou nas políticas de promoção da igualdade racial mas que tem um desafio grande pela frente. Nós temos como desafio a ampliação do reconhecimento dos nossos direitos, necessitamos de uma justiça histórica e um desenvolvimento das políticas de promoção da igualdade racial, preconizando o lema da Década Internacional dos Afrodescendentes, que é justiça, reconhecimento e desenvolvimento dos afrodescendentes. Esses eixos dão uma perspectiva do que temos para fazer nos próximos anos”, afirmou Barros.
As perspectivas de trabalho para os próximos 3 anos, de acordo com o secretário, envolve a ampliação, no plano internacional, das conquistas da população negra, seja na ratificação das Convenções A-68 e A-69 da OEA, e ampliar a participação dessa população nas universidades. “Precisamos avançar nas formas de participação da população negra em determinados espaços que ainda são restritos, como nos programas de pós-graduação das universidades, ampliar as formas de geração de emprego e renda para a população negra, equiparar o nível educacional entre brancos e negros, reverter a letalidade da juventude negra e assegurar o direito e a proteção de nossas crianças e adolescentes”, declarou Ronaldo Barros.
Sobre o Ministério da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos afirma que “agora, com a nova estrutura, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial terá a oportunidade de fazer uma articulação maior com pautas importantes”. “Vamos agir de maneira mais articulada com a luta histórica das mulheres e com a luta pelos direitos humanos. Essa unificação de pautas é importante para assegurar o princípio da democracia, pois não há democracia sem a superação do racismo, das desigualdades de gênero e sem assegurar o pleno direito humano das pessoas”, afirmou o gestor.
Desde março deste ano, Barros atuava como secretário de Políticas de Ações Afirmativas da extinta Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR).
Biografia
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia – UFBA e Mestre pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, o secretário da Igualdade Racial também é editor da Griot – Revista de Filosofia. Professor Assistente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, foi Pró-Reitor de Política Afirmativa e Assuntos Estudantis (PROPAAE – UFRB) e tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Filosofia social e política, marxismo, desenvolvimento, movimentos sociais e relações raciais.
A história dos Afro-americanos precede a emergência dos Estados Unidos como um país independente.
Por Durval Arantes – escritor do livro “O último do negro” e colunista do site Mundo Negro
Lucy Terry é autora da obra mais antiga conhecida da literatura Afro-americana, de nome “Bars Fight”. Ela escreveu este poema em 1746, após um ataque de índios locais sobre a cidade de Deefield, no Massachusetts, e ela se tornou escravizada à época da invasão.
O poema foi publicado pela primeira vez em 1854, com um dístico (estrofe em duas linhas rimadas).
A poetisa Phillis Wheatley (1753-1784) publicou a obra “Poems on Various Subjects – Poemas sobre Vários Assuntos” em 1773, três anos antes da declaração da Independência dos Estados Unidos. Ela não foi apenas a primeira Afro-americana a publicar um livro, mas também a primeira a conquistar uma reputação internacional como escritora.
Nascida no Senegal, na África, ela foi capturada e vendida ao sistema escravagista com a idade de sete anos. Trazida para a América do Norte, ela se tornou cativa de um mercador da cidade de Boston. Ao atingir a idade de dezesseis anos, ela já possuía domínio integral da língua inglesa.
A escrita de Phillis Wheatley era elogiada por muitas figuras públicas da Revolução Americana, incluindo George Washington, que lhe agradeceu por um poema escrito em homenagem dele. Algumas pessoas da elite americana desacraditavam do fato de uma mulher afrodescendente ser capaz de produzir poemas tão refinados. A poetisa teve que se defender em um tribunal para provar que ela havia escrito a sua obra. Alguns críticos citam a defesa bem sucedida de Phillis Wheatley como o primeiro reconhecimento da existência de uma literatura legitimamente Afro-americana.