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Que tal assistir peças de teatro de negros estrangeiros que também falam a nossa língua

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A última porta - Cia. CriAr Teatro (Foto: Edson Silva)

Companhias de todos os países lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) reúnem-se em mais uma temporada de apresentações de teatro em língua portuguesa no Brasil

Acontece, de 6 a 20 de agosto de 2016, a décima edição do Circuito de Teatro em Português, que contará com apresentações de companhias teatrais de Portugal, países africanos, Ásia e Brasil, que se apresentarão em São Paulo e mais 10 cidades do Estado, realizando debates, oficinas, seminários e exposição fotográfica em uma programação inteiramente gratuita. A programação completa do Circuito, incluindo as atividades que ocorrem nas cidades do interior de SP, e as inscrições para oficinas e seminários estão disponíveis nos sites do evento.

Serão 10 Cias se apresentando e a novidade desse ano fica por conta dos espetáculos que trazem à cena textos que, além da Língua Portuguesa, se comunicam na língua materna (sua primeira língua). Quem representa o Brasil nessa empreitada sobre a língua materna é a Associação dos Artistas Cênicos do Amazonas que, através de um recorte histórico das décadas de 70 e 80, criou o espetáculo “A Estrada – O outro entre nós”.

A cerimônia de abertura do Circuito acontece no dia 06/08 (sábado) às 19h no Memorial da América Latina, com apresentação de Cias de dança do Timor Leste e Guiné-Bissau e exposição RELIGARE, da fotógrafa e designer gráfica Fabiana Dutra.

Seminários
Sobre intercâmbios de cultura

Os artistas que participam no Circuito de Teatro em Português partilham no Seminário Intercâmbio nas Artes suas experiências enquanto organizadores e beneficiários de projetos de intercâmbio teatral entre países de língua portuguesa.

O seminário contará com a presença da doutoranda Rita M. Rufino Valente, da Universidade da Califórnia (Los Angeles), que apresentará a sua pesquisa sobre festivais de teatro em países de língua oficial portuguesa, incluindo o próprio Circuito de Teatro em Português como caso de estudo.

Sobre as línguas “mães”

O objetivo de mostrar as diferentes línguas faladas nos países de língua portuguesa é compreender a lusofonia em geral como esferas pluriculturais o modo como as várias línguas-mãe de cada país interagem entre si e são expressão do modo de estar, sentir, e conhecer dos diferentes povos.
Para falar do caso brasileiro, o IPOL (Instituto de Investigação e Desenvolvimento de Política Linguística) apresentará um estudo sobre a diversidade linguística aqui no país.

Abertura (no Memorial da América Latina):

SÁBADO (06/08)
19h: Cerimônia de Abertura
Grupo de Dança Timorense (Timor Leste – Ásia)
Netos de Bandim (Guiné-Bissau – África Ocidental)
Exposição RELIGARE (Fabiana Dutra – Brasil)
Classificação indicativa: Livre

Programação (no Teatro Sérgio Cardoso):

DOMINGO (07/08)
11h: O Príncipe Feliz (40min)
Cia. Magia e Fantasia (Lisboa/Portugal)
Classificação indicativa: Livre

SEGUNDA (08/08)
20h: A Estrada – O outro entre nós (75min)
Associação dos Artistas do Amazonas (Amazonas/Brasil)
Classificação indicativa: 12 anos

TERÇA (09/08)
20h: A virada do jogo (70min)
Grupo Lareira Artes (Maputo/Moçambique – África)
Classificação indicativa: 12 anos

QUARTA (10/08)
20h: Onde o frio se demora (60min)
Narrativaensaio (Matosinhos/Portugal)
Classificação indicativa: 12 anos

QUINTA (11/08)
15h: O guloso mentiroso (50min)
Cia. Os Parodiantes da Ilha (São Tomé e Príncipe – África)
Classificação indicativa: 6 anos

QUINTA (11/08)
20h: Netos de Bandim (60min)
Netos de Bandim (Guiné-Bissau – África Ocidental)
Classificação indicativa: Livre

SEXTA (12/08)
17h: Seminário sobre as Línguas-Mães nos países lusófonos (120min)
Classificação indicativa: 12 anos

SEXTA (12/08)
20h: A última porta (55min)
Cia. Criar Teatro (Cabo Verde – África)
Classificação indicativa: 12 anos

SÁBADO (13/08)
21h: Um bico para velhos palhaços (70min)
Cia. Harém Teatro (Teresina/Brasil)
Classificação indicativa: 10 anos

DOMINGO (14/08)
19h: Laços de sangue (120min)
NET – Núcleo Experimental de Teatro (Luanda/Angola – África)
Classificação indicativa: 14 anos

SERVIÇO:
Circuito de Teatro em Português
Local: Teatro Sérgio Cardoso (Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista – São Paulo/SP) e cidades do interior e ABC de São Paulo (Araras, Botucatu, Cubatão, Diadema, Guarujá, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José dos Campos e Votuporanga)
Abertura: 06 de agosto de 2016 (sábado) às 19h no Memorial da América Latina – Sala GABO – Portão 8 (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda – São Paulo/SP)
Espetáculos: 07 de agosto a 20 de agosto de 2016
Horário: Consultar a programação em www.circuitoteatroportugues.com.br / www.teatrosergiocardoso.org.br
Informações: www.circuitoteatroportugues.com.br / www.teatrosergiocardoso.org.br / (11) 5061-1132 / (11) 3129-9513
Inscrições para oficinas e seminários: www.spescoladeteatro.org.br/extensao-cultural-2016/
Classificação indicativa: Consultar a sinopse de cada espetáculo
Entrada franca

Dia da Mulher Negra Latino-americana e caribenha: Infância, sonhos, diversidade e TEDxSão Paulo

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Minha infância passou pela minha cabeça em quase todas as falas das palestrantes do “TEDxSão Paulo, Mulheres que Inspiram”, realizado nesse último sábado,23, no Hotel Unique com a colaboração da consulesa da França, Alexandra Loras. O evento, mundialmente famoso, por dar voz a pessoas com ideias que devem ser espalhadas, teve um formato inédito, onde mulheres negras foram a maioria das palestrantes.

De que forma o que eu ouvi, presenciei, assisti quando era criança me transformou no que eu sou?  Como a falta de diversidade, presente na fala da atriz e empresária Kenia Dias, sobre o poder da identificação e da jornalista Nadja Santos, que diz que representatividade tem que existir, com relevância, influenciou na minha autoestima?

Para Patrícia Santos de Jesus, sócia-fundadora da Empregueafro, por exemplo, o veto de seu pai ao sonho de ser médica, a tornou em uma consultora de diversidade em empresas multinacionais, realizando um trabalho pioneiro no Brasil.

Foto: Anderson de Jesus
Patrícia Santos de Jesus (Foto: Anderson Jesus)

Já  Marta Celestino, diretora de Marketing e Novos Negócios na Ebony English tinha o hábito desde bem pequena, de pegar a mochilinha e ir para estação de trem, pelo desejo de explorar outros lugares. Isso a transformou em uma observadora da diáspora e pesquisadora da cultura africana nos vários países que ela conheceu.

Livro: "Meninas Negras", de Madu Costa
Livro: “Meninas Negras”, de Madu Costa

O Hip Hop e a poesia deram a jornalista Daniela Gomes, a advogada Mayara Souza e a produtora cultural Mel Duarte, respostas para muitos dos seus questionamentos sobre raça, privilégios e violência. A escrita e a leitura, foram a válvula de escape de Stephanie Ribeiro, que presenciou durante a infância as mulheres de sua família fazerem o mesmo.

A repulsa com a sexualização do corpo infantil, tão precoce e nada subliminar, fez com que Nataly Neri, se tornasse uma das grandes vozes do feminismo negro online, usando o YouTube, como plataforma, para quebrar os estereótipos do corpo negro como fetiche.

Viviane Duarte, que recebeu, quando criança, incentivos até de vizinhas, quando empreendia vendendo os bolos de sua mãe, dedica seus conhecimentos adquiridos em um carreira bem sucedida em publicidade, à meninas que como ela, nasceram na periferia.

O racismo, tão presente na vida de nossas crianças, não é fator determinante para limitar as suas oportunidades, sobretudo quando você encontra alguém ou alguma coisa que te faça enxergar o mundo além das adversidades.

Sonhos reais

O sonho também é um privilégio. A violência, falta de instrução dos pais, preterimento por parte da escola, como aconteceu com a cientista da computação Glaucia Costa, que resistiu ao racismo dos colegas, faz com que muitos negros e negras limitem suas ambições. A Doutora em antropologia social Angela Domingues fez um importante alerta, durante sua palestra, de como podamos a criatividade e imaginação das crianças, reduzindo, por consequência a sua capacidade de imaginar e deslumbrar da possibilidade de ser o que quiser.

Eliane Dias, advogada e empresária, destacou muitos exemplos de como transformar nossos pensamentos em atitudes, para sermos o que quisermos e não termos medos de encarar as próprias escolhas.

Desconfortos necessários

Obviamente o tema racismo esteve presentes em quase todas as falas das palestrantes desse edição tão especial e necessária do TEDxSãoPaulo.  A inspiradora juíza Mylene Ramos, mestre e doutora em Direito pelas Faculdades de Direito das Universidades de Columbia, em Nova Iorque e Stanford, na Califórnia, apresentou dados que mostram a importância de um sistema judiciário diverso, que represente a comunidade de forma efetiva, para que diminua o número de pessoas negras presas injustamente.

A empreendedora inspiradora Monique Evelle, do Desabafo Social também provocou o público com seus apontamentos certeiros, de como as vezes o empreendedorismo surge na vida de muitos negros e negras, por uma questão de sobrevivência.

As palestrantes brancas, presentes num evento majoritariamente formado por mulheres negras, provaram porque estavam ali. Lia Vainer Schuman mostrou que a “branquitude” está presente até entre os moradores de rua, onde brancos têm acesso aos banheiros de shoppings e ganham mais gorjetas que os negros.

Mariana Barros encerrou a grande noite, com uma fala sobre interculturalismo, nos levando a reflexão de como o mundo seria melhor, se nós uníssemos pelas nossas semelhanças ao invés de criarmos guerras por nossas diferenças.

O TEDxSãoPaulo, o das mulheres negras, foi uma experiência única que, entre várias reflexões, inquietações e questionamentos, a pergunta mais feita por todos, durante os breaks, era: porque não aconteceu antes?

ONG oferece Pós em Educação e Relações Étnico-Raciais por R$99 por mês

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A ONG Combat Social e a Empregueafro firmaram uma parceria com a Faculdades Integradas Campos Salles, na qual serão ofertadas 50 bolsas de estudos no curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Educação e Relações Étnico-Raciais, com matrícula no valor de R$180 e mensalidade 15xR$99.

Esse valor, bem abaixo do mercado é válido somente através do convênio. O início das aulas está previsto para o próximo dia 27 de agosto (Quara-feira).

A modalidade do curso é semi-presencial, os encontros acontecem em 1/2 período aos sábados. Pré-requisito: Ensino Superior Completo.

Todos os interessados deverão comparecer na sexta-feira 27 de julho no Espaço Combat Social, às 19 horas, localizado na Av. Eng. George Corbisier, 782 – Jabaquara – São Paulo que fica a 5 minutos do Metrô Jabaquara.

Outras informações serão repassadas na respectiva reunião.

Interessados podem enviar e-mail para: luiz.combatsocial@gmail.com 

Quilombinho: Produtora de Emicida e Rael patrocina colônia de férias para crianças negras

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As férias escolares são um período não só de ócio, mas de atividades esportivas e culturais. Pensando nas crianças negras e na carência de atividades afro-centradas para os pequenos, as meninas da ONG Das Pretas, de Vitória (ES), decidiram fazer algo inédito: uma colônia de férias destinada para esses pequenos afro-brasileiros. O Quilombinho acontece entre os dias 18 a 22 de julho, de forma gratuita.

“Vitória é uma das cidades mais racistas do Brasil, uma das que mais matam mulheres negras, então fizemos esse projeto pensando nas crianças negra. Precisamos trabalhar a autoestima e representatividade delas”, explica Priscila Gamas, presidente do Das Pretas.

Depois de uma grande polêmica na cidade, devido a publicação do projeto na imprensa, onde muitos capixabas acharam a proposta “racista”, o Quilombinho teve dificuldades em encontrar apoiadores para cobrir os gastos com a alimentação das crianças.

Sabendo da dedicação e dificuldades da ONG a Laboratório Fantasma,  empresa que gerencia os shows de Rael e Emicida, entrou o contato com elas e arcará com os custos da alimentação dos pequenos.

“Eles ficaram sabendo do perrengue emocional e financeiro que passamos e se prontificaram a ajudar”, explica Priscila. Elas já haviam conseguido todo o material de oficina e uniforme dos voluntarios, com a empresa de moda DoGuetto . Todos os instrutores são voluntários. “Ficamos muito emocionadas com toda essa compressão. A comunidade negra está muito unida”, comemora Priscila. A segurança das crianças será feita pela guarda municipal de Vitória.

Serviço
Quilombinho – Colônia de Férias

Quando? De 18 a 22 de julho
Horário? Das 13h às 18h
Local? Museu do Negro (MUCANE) – Centro de Vitória
Entrada? Gratuita (mediante a inscrição)
Como se inscrever? Encaminhar a cópia da certidão de nascimento da criança ao Instituto Das Pretas (Rua Nestor Gomes, 174, Centro de Vitória – Próximo ao Palácio Anchieta)

 

Inscrições para o Quilombinho
Ainda não fez a inscrição?! Então corre que dá tempo.
Quem pode? Crianças de 04 a 10 anos
Quando? De 18 a 22 de julho
Horário? Das 13h às 18h
Local? Museu do Negro (MUCANE) – Centro de Vitória
Entrada? Gratuita (mediante a inscrição)
Como se inscrever? Enviar cópia da certidão de nascimento da criança ao Instituto Das Pretas (Rua Nestor Gomes, 174, Centro de Vitória – Próximo ao Palácio Anchieta) ou pelo email daspretas.org@gmail.com

Kianda: estilista de Curitiba homenageia as sereias de Angola

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Estilista : Luiz Mendonça Modelo : Luciana Carolina Pereira Fotografia : Nicelisilva Fotografia Niceli Silva Produção : Fabiano da Silva

Em mais um homenagem à cultura africana, especificamente de Angola, o estilista curitibano Luiz Renato Mendonça lança uma nova coleção inspiradas na deusa Kianda.

“Esta coleção  fala sobre mulheres negras artistas e com histórias de luta contra o racismo, o machismo e a desigualdade.Com os meus estudos sobre Angola, cheguei até a deusa Kianda que reina nos mares e na terra. Segundo a religiosidade angolana, as kiandas são sereias.”, explica Renato.

As Kiandas cantam e por este motivo, Zezé Motta, Janine Mathias, Michele Mara, Billie Holiday e Josephine Baker inspiram esta coleção. E a união de estilos opostos e a desconstrução dos mesmos, criou, de acordo com Renato, um estilo cosmopolita, sensual forte e determinado.

 

“Esta coleção marca uma nova etapa,sei que tenho inspirado muito irmão negros que gostam de moda  e carrego a missão de falar de nossa cultura nas minhas criações”, finaliza Mendonça.

Kianda de Angola
Luiz Mendonça Verão 2017.

http://luiz-mendonca3.webnode.com/
http://luizrenatomendonca.blog.uol.com.br/
www.facebook.com/nicelisilvafotografia

Estilista : Luiz Mendonça
Modelo : Luciana Carolina Pereira
Fotografia : Nicelisilva Fotografia Niceli Silva
Produção : Fabiano da Silva

Diálogos Ausentes: artistas se unem para discutir a ausência do negro no teatro

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A dramaturga e diretora Fernanda Júlia (Foto: Diney Araujo)

O Itaú Cultural dá início à segunda etapa da série de encontros Diálogos Ausentes, abrindo, em julho, inscrições para a participação de público e de artistas em debate e apresentações de projetos voltados para a reflexão da representação da cultura afro-brasileira nas artes cênicas. O primeiro da série de três encontros acontece no dia 15 de julho (sexta-feira), às 20h, no Espaço Multiúso, com a participação de Fernanda Júlia, dramaturga e diretora-fundadora do Núcleo Afro-brasileiro de Teatro de Alagoinhas – NATA, para um panorama sobre o tema. O público interessado em participar do debate deve se inscrever até 11 julho (segunda-feira), pelo site www.itaucultural.org.br. Serão disponibilizadas 100 vagas.

O Itaú Cultural dá desdobramento à série nos meses seguintes, abrindo o palco do instituto nos dias 2 de agosto (terça-feira) e 6 de setembro (terça-feira) para artistas, dramaturgos, diretores, atores e representantes de coletivos de teatro – negros e que trabalhem com questões ligadas à negritude para falarem sobre seus trabalhos à plateia do instituto. As inscrições para os artistas que quiserem se apresentar no debate de agosto e setembro já estão abertas e eles têm até 17 de julho (domingo) para se inscrever pelo site do Itaú Cultural; Para cada um dos encontros, serão sorteados dois projetos e os resultados serão divulgados em 20 de julho.

O público interessado em assistir às apresentações, no entanto, deve se inscrever para dias específicos. Para o encontro de 2 de agosto, as inscrições acontecem de 26 julho a 31 de julho, e para o de 6 de setembro, 30 agosto a 4 de setembro. Todos pelo site do instituto.

Sobre a convidada da abertura

Fernanda Júlia é dramaturga, educadora e pesquisadora da cultura africana no Brasil com ênfase nas religiões de matriz africana o Candomblé. É bacharel em Direção Teatral pela Escola de Teatro da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e mestre em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas – PPGAC-UFBA, com a dissertação Ancestralidade em cena: Candomblé e Teatro na formação de uma encenadora e diretora-fundadora do Núcleo Afro brasileiro de Teatro de Alagoinhas – NATA, criado em 1998, em Alagoinhas, na Bahia.

Como diretora, assumiu os espetáculos Macumba – Uma Gira sobre Poder (2016); Kanzuá – Nossa casa (2014); Erê (2015), indicado ao prêmio Braskem de Teatro 2016 nas categorias Melhor Espetáculo Adulto e Melhor Direção; Núcleo (2014); Adupé – Show afro performático (2013); Adupé – Show afro performático (2013); Popoesia papa criança (2012); Oyaci – A filha de Oyá (2012); Pavio curto (2011); Ogun – Deus e Homem (2010), vencedor do I Prêmio Nacional de Expressões Afro brasileira, com quem dividiu a autoria do texto com o ator Fernando Santana e Siré Obá – A festa do Rei (2009), vencedor do edital Manoel Lopes Pontes da FUNCEB (2008) e indicado em diversas categorias ao prêmio Braskem de Teatro 2010. Além destes, auxiliou na direção de diversas montagens de Luiz Marfuz, Ângelo Flávio, Bira Azevedo e de Thiago Gomes.

SERVIÇO
Diálogos Ausentes: Negro na Arte – Teatro
Abertura com Fernanda Júlia
Inscrição prévia para plateia: de 4 a 11 de julho pelo site www.itaucultural.org.br
1º Encontro em 15 de julho (sexta-feira)
Das 20h às 21h30
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: livre
Espaço Multiúso
100 lugares
Entrada gratuita
Interpretação em Libras

2º Encontro – Chamada Aberta para Artistas:
Inscrições até 17 de julho pelo site www.itaucultural.org.br
2º Encontro – Inscrição para plateia:
De 26 julho a 31 de julho pelo site www.itaucultural.org.br
Evento: dia 2 de agosto (terça-feira)
Das 20h às 21h30
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: livre
Espaço Multiúso
100 lugares
Entrada gratuita
Interpretação em Libras

3º Encontro – Chamada Aberta para Artistas:
Inscrições até 17 de julho pelo site www.itaucultural.org.br
3º Encontro – Inscrição para plateia:
De 30 agosto a 4 de setembro pelo site www.itaucultural.org.br
Evento: dia 6 de setembro (terça-feira)
Das 20h às 21h30
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: livre
Espaço Multiúso
100 lugares
Entrada gratuita
Interpretação em Libras

Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
R$ 10 pelo período de 12 horas.
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural, 3 horas: R$ 7;
4 horas: R$ 9; 5 e 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Acesso para deficientes físicos
Ar condicionado

Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1776/1777
atendimento@itaucultural.org.br

“Vou aprender a ler para ensinar meus camaradas”:Ellen Oléria discute produção textual e oralidade na matriz africana

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“Vou aprender a ler para ensinar meus camaradas” é o nome da palestra que a cantora e compositora Ellen Oléria e Poliana Martins ministram no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, no dia 16 de julho.

Expandindo a noção da oralidade como imprescindível à permanência negra no Brasil e no mundo, espalhada pelo cancioneiro popular, pelas rodas e gingas de sambas, cocos, maracatus e outros ritmos, o propósito da oficina é fornecer subsídios textuais à expressão e afirmação da autoestima pela fala e pela escrita, com inspiração na assunção proposta pelo afrofuturismo de tecnologias acessíveis e transformadoras de cotidianos.

Metodologia: compartilhamento de canções negras afrobrasileiras, textos e poemas de escritoras/es negras/os das américas e caribe para oficina de rimas e poemas, falados e escritos. Exercícios de impostação vocal e expressão corporal. Produção de textos orais e escritos a partir dos textos motivadores.

Ellen Oléria é cantora e compositora. Formada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB) atua há mais de 15 anos no cenário da música brasileira. Tem 5 discos de carreira e recentemente lançou o álbum Afrofuturista.

Poliana Martins, formada em Letras – Português pela Universidade de Brasília (UnB). Atua na área de produção cultural e formação de docentes.

Vou aprender a ler para ensinar meus camaradas

Dia 16 de julho de 2016. Sábado, das 10h às 18h.
Recomendação etária: 16 anos. Número de vagas: 20.
R$ 50,00 (inteira); R$ 25,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública); R$ 15,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).
Atividade com tradução em libras. Solicitação deve ser feita no ato da inscrição, com no mínimo dois dias de antecedência da atividade.
Informações e inscrições pelo site (sescsp.org.br/cpf) ou nas unidades do Sesc no Estado de São Paulo.

Centro de Pesquisa e Formação – CPF Sesc
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 22h. Sábados, das 9h30 18h30.
Tel: 3254-5600

Vida dos jovens negros estará em risco durante as olímpiadas

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Cinco tiros vindo dos fuzis de soldados da Força de Pacificação da Maré, atingiram a perna do então estoquista Vitor Santiago, dentro do seu carro. Ele e seus amigos se  dirigiam rumo à comunidade Salsa e Merengue, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Todos desarmados. Ele sobreviveu, mas vive acamado aos cuidados da mãe, sem nenhuma assistência do Estado, desde quando o “incidente” aconteceu, em fevereiro de 2015.

Santiago é amigo de Bruno Rico, estudante de publicidade e ativista carioca que tenta mobilizar a comunidade negra para atos contra a violência policial. “São esses homens, os que fizeram isso como Vitor, que estarão na rua e cuidarão da segurança da Olimpíada”, alerta.  O evento esportivo acontece na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 5 a 21 de agosto.

Vitor Santiago: vítima da violência policia ( Foto: Anistia Internacional)
Vitor Santiago: vítima da violência policia ( Foto: Anistia Internacional)

A última pesquisa feita pela Anistia Internacional em 2012, mostra que dos 56 mil homicídios realizados no Brasil, 77% das vítimas era jovens, homens, negros e pobres. Em 2015 dados da ONG apontam que a cada cinco homicídios, um foi causado por policiais. Não é exagero dizer que há um extermínio da população negra periférica feitas com armas do Estado.

“Temos que parar de falar que a polícia teve uma ação desastrosa, que sempre se confunde com alguma coisa. Eles são treinados para isso. Se você olhar a cartilha da polícia, os suspeitos são negros“ argumenta Rico. Ele teme pela integridade da população negra do Rio de Janeiro durante a temporada olímpica da cidade. “Acho que vai faltar tapete para jogar tanta poeira embaixo, no caso essa poeira se converte em corpo pretos e favelados. Essa sujeira social que  a burguesia e a elite veem, é a favela, o preto, o morador de rua. A favela polui o cartão postal da cidade e tem que ser camuflada por um tapete sujo de sangue”, reflete o ativista.

“A violência não faz parte desse jogo”

“A impunidade dos casos de violência por parte do Estado no passado, alimenta ideia que isso é aceito e por isso a polícia continua matando”. Esse é o ponto de vista apresentado por Renata Neder, assessora de direitos humanos da Anistia Internacional, durante uma entrevista ao canal Futura.  Para ela, há uma falta de medidas estruturais de combate a violência policial, bem como a ausência de justiça nos casos que já aconteceram.

A Anistia Internacional está com uma campanha específica de combate a violência policial e violação dos direitos humanos durante as Olimpíadas, focando a comunidade negra da periferia.Eles querem evitar os mesmos erros que provocaram aumento no número de homicídios desde a Copa do Mundo de 2014.

A ONG está colhendo assinaturas para uma petição que exige das autoridades uma postura mais responsável sobre as violações de direitos humanos cometidos por policias.

 

Casa Afro Carioca oferece gastronomia, cinema, música e poesia

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Cena do filme Oya

 

Um espaço cantinho no Rio de Janeiro com comidinhas, cinema e música com inspiração africana e afro brasileiras. Esse é o Espaço Afro Carioca que até o dia 28 de agosto tem uma programação muito especial.

Confira:

Cinema em julho – Filmes de Zózimo Bulbul convidam novos cineastas! – Com exibições de filmes, curtas de Zózimo Bulbul abrindo a sessão, seguindo com filmes de novos cineastas, como: “Kbella”, de Yasmin Tainá (filme criado a partir da experiência que a cineasta teve ao assistir “Alma no Olho” de Zózimo Bulbul / Onã do CRUA (Coletivo Criativo de Rua – criado por um grupo de jovens do Rio de Janeiro, interessados em expressões artísticas populares).

“Jalí”, curta experimental criado pelos participantes do “Ponto de Cultura -Revisitando Zózimo Bulbul, nas trilhas do cinema negro”. Filmes de jovens cineastas africanos como OYÁ de Nosa Igbinedion, da Nigéria (o filme aborda super-heróis Orixás) e Afripédia de Teddy Goithom, da Etiópia (filme sobre moda e comportamento contemporâneo na África).

Cinema em agosto – filmes sobre a história​ do samba, personalidades negras e histórias infanto-juvenis de matriz africana. Em agosto começa o mês com histórias do samba com, espaço reservado para filmes infanto-juvenis e encerramento com “Homenagem aos Atletas Olímpicos Negros”.

Ala de Gastronomia – em julho comidinhas de culinária africana e brasileira com o Afrogourmet  sob o comando da chef Dandara Batista. Excelente oportunidade de degustar pratos da matriz África, a sugestão abre com o prato favorito e que era especialidade de Zózimo – Mafe de frango, que tem como base o amendoim, vegetais como cenoura, berinjela e quiabo também acompanham o prato, além de creme de aipim.

Em agosto, assume a chef Maria Júlia Ferreira, com o delicioso Angurmê. Prato popular conhecido em todo Brasil que ganhou requintes culinários, além do angu seu carro chefe, Maria Júlia também ofereces caldos e sobremesas de dar água na boca.

Música – intervenções musicais em vários estilos. Do samba ao soul passando pelos batuques ancestrais. Começando com Jovi, que passeia por musicas de Marquinhos de Osvaldo Cruz, Rubens Confete, representantes do Centro Cultural Cartola. E nas pick-ups os DJ JG.

Centro Afrocarioca de Cinema

Dias: de 8, 15, 22 e 29 de junho / de 5 a 26 de agosto

Dia 8 – sexta de Julho

– Alma no Olho” – de Zózimo Bulbul – Ano 1973 / Duração: 12m

Sinopse: Metáfora sobre a escravidão e a busca da liberdade através da transformação interna do ser, num jogo de imagens de inspiração concretista.

– Onã – CRUA – Coletivo Criativo de Rua – Ano 2015 / Duração: 5m

Sinopse – O filme foi realizado (do roteiro a finalização), em 72 horas utilizando cenários do Cais do Porto como a Valongo, Cemitério dos pretos novos, Pedra do Sal, Morro da Conceição e Perimetral

– Oya: Rise oh the Orishas – de Nosa Igbinedion (Nigéria) – Ano 2014 – Duração: 12m

Sinopse – Oya é uma aventura mística e conta a estória de uma jovem mulher, Adesuwa, que se transforma em uma deusa guerreira e temível, Oyá, o Orixá da mudança. Adesuwa tem a missão para manter a porta fechada entre o Orixá e a humanidade.

– Intervenção artística

Jovi Joviniano

Dia 15 – sexta  

– Alma no Olho” – de Zózimo Bulbul – Ano 1973 / Duração: 12m

Sinopse: Metáfora sobre a escravidão e a busca da liberdade através da transformação interna do ser, num jogo de imagens de inspiração concretista.

– Kbella – de Yasmin Thayná – Ano 2013 / Duração: 6m

Sinopse – O filme busca refletir sobre o lugar da mulher negra na sociedade contemporânea, os atuais padrões de beleza, sua expressão, autoimagem e identidade. Ela define: “Temos dito que é uma experiência sobre ser mulher e tornar-se negra. O filme é uma sequência de metáforas presentes no cotidiano de boa parte das mulheres negras do mundo”. Kbela tem forte inspiração em “Alma no Olho” realizado por Zózimo Bulbul..

– Intervenção Artística

Grupo Dembaia, dança e percussão africana

 

Dia 22 – sexta

– Alma no Olho – de Zózimo Bulbul – Ano 1973 / Duração: 12m

Sinopse: Metáfora sobre a escravidão e a busca da liberdade através da transformação interna do ser, num jogo de imagens de inspiração concretista.

– Jalí – de Cipriano Roncó e Quézia Pacheco – Ano 2016 / Duração: 5m

Sinopse: Curta experimental criado pelos participantes do “Ponto de Cultura

Revisitando Zózimo Bulbul, nas trilhas do cinema negro

– Quijauá – Coletivo de Mulheres participantes do: “Revisitando Zózimo Bulbul” e “Mulheres de Pedra” – Ano 2016 / Duração 6m

– Esconde-Esconde – de Don Felipe / Quadro Negro TV – Ano 2016 / Duração: 6m

Sinopse: No Brasil 56 mil pessoas são assassinadas por ano. 30 mil são jovens. Destes, 77% são negros. Baseando- se nessa estatística, este filme propõe uma reflexão sobre o extermínio do jovem negro.

 

Intervenção artística

Beto Larubia

Dia 29 – sexta 

– Alma no Olho” – de Zózimo Bulbul – De 1973 / Duração: 12m

Sinopse: Metáfora sobre a escravidão e a busca da liberdade através da transformação interna do ser, num jogo de imagens de inspiração concretista.

– Afripedia Ghana – De Teddy Goitom (África do Sul) / Ano 2014 / Duração: 30m

Sinopse – Em Accra hotspot para a produção cultural Africana. Apresenta a estrela da música franco e andogynous, Wiyaala, emocionantes motociclistas, os ‘’trickbikers’’,cujas habilidades e estilo tomaram contam dos bairros. Como o artista visual Afrogallonism que exibe performances ao ar livre destacando as questões ambientais.

– Dialemi – De Nadine Otsobogo (Gabão) – De 2013 / Duração: 20m

Sinopse: Uma casa à beira-mar. Um Homem, escultor que ali vive sozinho. Ele está sem inspiração. Uma tarde, ELA, uma mulher misteriosa, aparece. Ele estava esperando por ela. É um filme sobre a criatividade e sobre o amor. Sobre a inspiração que alguém desfruta. Dialemi significa “meu amor”.

– Intervenção artística

Set list especial com Dj JG

Em todos os dias, participação do Dj JG e Gastronomia Gourmet, no mês de julho com a chef Dandara Batista: com o quitute Mafê de frango, por R$ 18,00. Além de caldinho a partir de R$ 10,00.

Agenda de agosto –5, 12, 19 e 26 (sextas) e 25 (quinta)

Dia 5 – Exibição de Curta: Zona Carioca do Porto (Zózimo Bulbul)

Samba no Trem (Zózimo Bulbul). Intervenção artística: Rubens Confete

Dia 12 – Exibição de Curta: Aniceto do Império (Zózimo Bulbul) / Delegado (Clementino Junior) / Rainhas de Bateria (Jorge Coutinho). Intervenção Artística: Centro Cultural Cartola

Dia 19 – Programação Infantil com Cortejo Cultural

Horário especial: às 15h / Exibição de Curta: “Do Outro Lado de lá” (Lázaro Ramos) / “O Plano do Ano” (Rafael Cruz) e “O Tempo dos Orixás (Eliciana Nascimento). Intervenção artística com Grupo Cultural Lata Doida

Dia 25 – Exibição de Curta: O Papel e o Mar (Luis Antonio Pillar). Intervenção artística: Grande Cia de Mystérios e Novidades, pernas-de-pau em um cortejo lúdico.

Dia 26 – Exibição de Curta: Encerramento com Homenagem aos Atletas Olímpicos Negros

Chuva (Bahamas)

Bate-papo com Lica Oliveira, ex-atleta olímpica participante das Olimpíadas de Los Angeles (84) e Seul (88) e Luana Bartholo, ex-atleta olímpica participante dos Jogos de Londres (2012).

 

Serviço:
Centro Afrocarioca de Cinema 

Rua Joaquim Silva, 40 – Lapa
Tel. (21) 98159 5054
Capacidade sala de cinema: 35 lugares
No espaço Centro Afrocarioca de Cinema: 80 pessoas
Hora: As sessões começam a partir das 18h, a programação segue até às 22h.

Entrada franca
Faixa etária livre

Obama: “Todas as vidas importam, mas nesse momento os negros são os que mais morrem”

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Presidente Obama durante coletiva sobre a mortes de homens negros pela polícia

“Por causa da cor da pele, eles não estão sendo tratados da mesma forma e isso machuca”. Esse foi o lamento do presidente americano Barack Obama, durante uma coletiva para imprensa, neste última quarta-feira, 9, sobre a série de execuções cometidas contra homens negros, pela polícia nos EUA.

Em menos de três dias, quatro homens negros foram mortos. Alton Sterling and Philando Castile tiveram suas mortas registradas pelo celular e as imagens mostram que nenhum dos dois carregavam armas, e mesmo assim, policiais brancos atiraram à queima roupa. No caso de Castile, sua namorada Diamond Reynolds, filmou a cena, que também foi testemunhada por sua filha de 4 anos, que estava no banco de traz do carro, quando ele foi morto durante uma blitz. De acordo com a imprensa americana, só este ano, policiais mataram certa de 123 afro-americanos.

“Existe uma disparidade na nossa justiça criminal”, disse Obama que citou estatísticas que apontam que apesar de negros e latinos serem a minoria nos EUA, eles têm quase mais do que o dobro de chances de serem parados pela polícia quando estão dirigindo, serem revistados e até a sentença de prisão costuma ser 10% mais longa do que as dos brancos condenados pelo mesmo crime. Eles são 30% da população nacional – negros seriam 13% de acordo com o último censo de 2010- , porém compõe a metade da população carcerária.

Obama falou sobre o grupo de trabalho criado pelo governo americano, em parceria com policiais, líderes comunitários e ativistas e ressaltou que é importante que a comunidade denuncie a má conduta policial para que essas tragédias possam ser evitadas.

O presidente reconheceu o trabalho difícil dos policiais que arriscam suas vidas diariamente para proteger a população e que muitas vezes perdem a vida em atos heroicos, mas reforçou em vários momentos do seu discurso, a diferença que ocorrem na abordagem entre brancos, negros e latinos.

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