O cantor e compositor Itamar Assumpção chega à Sala Itaú Cultural em forma de documentário. Daquele Instante em Diante, dirigido em 2011 por Rogério Velloso, será exibido nesta terça-feira (18), ás 19h.
O filme percorre a trajetória musical do artista. Para a realização da obra, o diretor garimpou imagens raras em acervos e arquivos particulares e por dois anos fez um processo intenso de entrevistas e selecionou trechos em mais de 180 horas de gravações. Ao final da sessão, Velloso conversa com público sobre o filme.
Aos poucos, o documentário revela a complexidade de Itamar Assumpção. Desde a dinâmica dos ensaios, a reinvenção constante de seu estilo, passando por apresentações antológicas como a do Festival MPB Shell, da Rede TV Globo, até as lembranças do artista no seu lado mais pessoal: sua paixão por orquídeas.
“Eu me via em diálogo constante com ele, me perguntava a todo o momento como ele gostaria de ser mostrado aqui, como ele via aquela história. Assim, ia me colocando na perspectiva do Itamar que eu fui conhecendo”, conta o diretor.
Confira aqui o trailer do filme: https://www.youtube.com/watch?v=BW29DJlXuHw.
Todo o rebuliço sobre a campanha da marca de perfume do dia dos pais, levantou várias discussões sobre famílias negras e a imagem do pai negro contemporâneo.
E esse debate não pode esfriar. E essa é uma das razões pelo qual o evento CUIDAR DE QUEM CUIDA: BATE- PAPO PATERNIDADE NEGRA é tão necessário.
Promovido pelo SESC Consolação, o bate-papo com três pais super engajados, Fernando Timba, Josimar Silveira e e Hélio Gomes, irá discutir, entre outros assuntos, como ser um pai negro em uma sociedade ainda marcadamente racista.
“O evento é aberto a pais, mas não apenas a eles. Homens em geral tem poucos espaços públicos para compartilhar sentimentos e experiências de vida fora do âmbito profissional e a paternidade acaba sendo um marco nas nossas vidas porque é um momento onde temos que cuidar de outras pessoas, algo distante do que os homens são preparados na nossa sociedade. A paternidade é uma maneira de falar das construções sociais da masculinidade”, destaca Fernando Timbaque é produtor audiovisual.
Fernando Timba
“A discussão sobre a participação dos homens na criação dos filhos acontece em um recorte muito específico onde os pais negros não são representados. É necessário que cada vez mais pais negros se juntem para falar sobre a sua paternagem e consigamos discutir sobre a premissa da realidade do negro no país”, afirma Hélio Gomes, produtor de conteúdo e idealizador do PodCast Afropai.
Hélio Gomes
“Acredito que o Akins tem grandes chances de ser um pai melhor do que eu, principalmente por poder olhar pra mim e também pra alguns outros caras pretos que estão no nosso convívio e nos ter como referência. Acredito que o ato de viver a paternidade efetivamente e poder dividir essa experiência com outras pessoas só traz ganhos tanto pra nossa quanto pras próximas gerações de pais pretos, é a construção de um imaginário positivo a respeito do homem preto”, reflete Josimar Silveira, Pedagogo e creator do Canal Família Quilombo
Josimar Silveira, Pedagogo e creator do Canal Família Quilombo
A conversa entre esses três pais negros, será moderada por mim, Silvia Nascimento.
Serviço: CUIDAR DE QUEM CUIDA: BATE- PAPO PATERNIDADE NEGRA 20/9. Quinta-feira, às 19h. Grátis (ingressos uma hora antes). Livre.
Sesc Consolação – Rua Doutor Vila Nova, 245 Local: Sala de Leitura (3º andar).
Racismo e machismo é uma questão de cultura, mas também de educação, se aprendemos a reproduzi-los, devemos aprender a exterminá-los. E como se faz isso? Reeducando nossos olhares, nossas posturas, nossos corpos e ações diante deles! É preciso treinar o olhar para começar a enxergar o racismo e o machismo presentes nas piadinhas, nas brincadeiras, nos comportamentos, nas ideias, no campo afetivo, nas instituições, nas relações, enfim no dia a dia.
Hoje acordei pensando o quanto é difícil ser mulher e negra neste país, o quanto nossa cultura nos subjuga e nos oprime, e o quanto somos resilientes perante as agressões cotidianas pela qual passamos. Quando ando na rua não acho normal uma mulher passar e instantaneamente o homem olhar para a bunda dela expressando desejo, seguido de palavras de baixo calão ou de “elogios” que para mim são ofensas.
Isso não é normal, e nem instintivo, muito menos natural, isso é uma cultura pela qual o homem é moldado a se comportar e atender um padrão heternormativo de ser. E se a mulher recusa tal investida, tem homem que ainda revida, acha ruim, não aceita. Encara a recusa como um ultraje; pensam que a mulher deve ser disponível para o assédio e receptiva para a prática da conquista e da caça. Homens melhorem. Está na hora de evoluir tais pensamentos e práticas.
Por outro lado, algumas pessoas medem sua autoestima pelo assédio do outro! É comum relatarem que se uma mulher passar na frente de uma construção e os homens não mexerem com ela é porque ela está acabada, arrasada, feia. Isso é extremamente agressivo; cantar uma mulher, chamar ela de gostosa ou utilizar outras expressões não são elogios, são agressões. Há um limite entre aquilo que é licito e aquilo que é ofensivo. A sociedade precisa rever certos padrões de comportamentos considerando toda as desigualdades provocadas pelas assimétricas de classe, raça e gênero.
Essa cultura de achar que mulher é disponível o tempo todo é fruto da concepção do uso e fruto do corpo feminino como uma mercadoria. Isso é concepção cotidiana da cultura do estupro. Espaço explicito das violências sofridas em decorrências dos assobios, dos olhares insistentes, dos comentários de cunho sexual, dos xingamentos, das perseguições nas ruas, dos toques e das passadinhas de mão, das encostadas nos transportes públicos, dos estupros em espaços públicos e privados, das inúmeras e mais variadas agressões até o assassinato. No lar ou na rua essa violência toma contornos desproporcionais.
Como se mulher fosse objeto a disposição do desejo masculino e heteronormativo. Considerando a mulher como sexo frágil, passivo da conquista, descartável, podendo ser trocada a qualquer momento, como uma coisa qualquer. Mulher não é objeto, para pegar, violentar, trocar, enjoar, se incomodar e substituí-la apressadamente justificando a razão em detrimento da emoção! É óbvio que mulher não é objeto, totalmente óbvio, mas extremante operante nas relações.
Pensamentos e atitudes como essas são parte da objetificação e coisificação do corpo da mulher. Quando pensamos nessa categoria de gênero em consonância com a categoria raça, percebemos o desastre colonial a qual estamos submersas, embora reagimos e ditamos nosso protagonismo, é recorrente as situações agressivas pelas quais muitas de nós experimentam, seja no trabalho, na faculdade, na igreja, na rua, no lar e em todo e qualquer lugar.
A inferiorização da mulher advinda do patriarcado e a noção da inferioridade do negro advinda do etnocentrismo racista, concepções fundantes no século 18, ainda povoam o imaginário coletivo das pessoas no século 21, e mais, ainda comunicam as representações sociais e conformam os papéis de gênero e raça que desempenham homens e mulheres, negros e negras na sociedade.
A máxima popular branca para casar, mulata para fornicar e negra para Fuder…ainda está vigente na sociedade, por mais que haja a negação desta, tal expressão se consolida no coletivo como um meme, ou melhor dizendo, como um mantra que condiciona o subconsciente levando a reprodução dessa normativa estabelecida pelo social, e totalmente acolhida como padrão de escolha afetiva e condicionante comportamental.
Por mais que anuncie discursos e textos contra tal padrão, percebemos que boa parte dos comportamentos afetivo-sexuais correspondem a essa máxima; e se desdobram na violência que ainda orienta a maneira de se relacionar com as mulheres negras. Por mais que se anunciem discursos e escrevam textos promissores considerando raça, classe, gênero e diversidade sexual a prática não corresponde as ideias e pensamentos. Dizendo de outro modo, tem muitas pessoas, principalmente homens escrevendo textos bonitinhos para serem lidos e discursos politicamente corretos para apreciarem, mas no privado e no seu íntimo as relações ainda continuam turvas, violentas, eurocêntricas, bem machistas e homofóbicas. Esse é o reflexo do jogo cínico e cênico performático da sociedade colonialista brasileira enraizado nas relações individuais e coletivas, objetivas e subjetivas, pessoais e interpessoais, públicas e privadas.
Apesar de ser considerado um crime e grave violação dos direitos humanos, a violência contra as mulheres ainda é muito comum, corriqueira e acontece em qualquer espaço, lugar e grupo social. A cada cinco minutos uma mulher é agredida no Brasil. Mais da metade das mulheres violentadas cotidianamente, são negras entre crianças, adolescentes e idosos. E mais de 50% dessas já sofreram algum tipo de violência física ou foram violentadas psicologicamente, assassinadas, estupradas, assediadas ou sofreram abuso verbal, físico, sexual, moral, patrimonial e emocional em público ou no privado, sem contar as mulheres que estão fora das estatísticas e que adoecem e/ou morrem em decorrência de relacionamentos abusivos oriundos de vínculos afetivos, trabalhistas, do tráfico de pessoas, cárcere privado, dentre outros, todos decorrentes das desigualdade nas relações de poder entre homens e mulheres, brancos e negros, ricos e pobres, pautados pela intersecção do racismo, do machismo, da mitologia burguesa e da desigualdade econômica. Este tipo de violência tem classe, faixa etária, gênero e cor.
Há uma cultura que informa e forma as pessoas, por vezes de maneira distorcida e comprometida com a reprodução do racismo e do machismo, seja de forma objetiva e subjetiva, individual ou coletiva, ambos são estruturas que estruturam as relações, produzindo, reproduzindo e atualizando as opressões, de maneira que se confunda nas relações com atitudes e pensamentos normais, naturais, comportamentos esperados da convenção social entre as pessoas.
Muitas vezes há uma negação dessa opressão, uma recusa a aceitar, mas somente quem sofre as consequências na pele sabe expressar aquilo que se vive. Sabe identificar o olhar de repulsa, a expressão de reprovação, a insinuação sutil, a rebeldia escancarada, o ultraje seguido de ofensas cotidianas. O pior de tudo isto é perceber o quanto somos receptivos e condizentes com essas opressões, o quanto ainda há uma solidariedade, uma cumplicidade com tais agressões e o quanto há uma recusa para refletir sobre o impacto negativo dessas estruturas, o racismo e o machismo; estruturas porta vozes da homofobia e outras discriminações correlatas.
Assim como a seguridade da mulher garantida por direitos e políticas públicas, a educação é um dos caminhos para (re)educar pessoas na perspectiva da equidade. Precisamos encarar este debate como um exercício da cidadania, dos direitos e deveres de todos, mas sobretudo, como um direito à educação, à diferença e à igualdade.
Educar para a diversidade, educar para as relações étnicas, raciais e culturais, neste sentido, é considerar a inclusão da corporeidade epistêmica, lúdica e identitária das pessoas com ou sem deficiência e suas relações homoafetivas, sexuais, religiosas, de classe e de outros pertencimentos. Educar nesta perspectiva é romper com essas estruturas historicamente construídas estabelecendo processos educativos que oportunizem tais rompimentos, revisões e transformações dessa cultura opressora. A educação não se faz sem as pessoas e se faz em qualquer lugar, seja na escola ou fora dela, mas todos, todas as pessoas precisam refletir e exercitar sobre.
Logo, discutir gênero e poder é um dever também do homem; assim como, compreender e combater o racismo deve ser compromisso também das pessoas brancas; tanto a homofobia quanto a sexualidade precisam ser pauta das discussões de pessoas heterossexuais e assexuais, sobretudo, a intolerância religiosa e a xenofobia devem ser discutidas e combatidas por todos. O protagonismo é desses grupos oprimidos, mas o diálogo deve estar entre todos, pois tais demandas são retratos das assimetrias sociais, logo é de responsabilidade de todas as pessoas desconstruir a operacionalização prática e representativa dessas discriminações.
Ainda assim, refletir sobre tal questão não deve ser o único passo. As pessoas, principalmente os homens precisam encarar essa reflexão como um exercício prático e diário para a vida toda. Encarando o racismo e o machismo como doenças sociais infecciosas de enfretamento ininterrupto. Preconceitos e discriminações decorrentes dessas categorias são as bases da violência que presenciamos a vida toda. E não haverá uma sociedade equânime, mais justa e igualitária se de fato não considerarmos as intersecções dessas e de outras categorias de análises sociais. Não se pode repetir o mesmo erro egocêntrico ao escolher somente uma categoria de análise em detrimento da outra e tentar explicar ou combater a violência ou criar políticas públicas somente por um único e exclusivo prisma idealista. Assim, como outras categorias, o Machismo, a homofobia e o racismo estruturam essa sociedade!!!
Sem dúvida, ser mulher negra neste mundo, principalmente no Brasil é acordar e ter que lidar com essa violência, mas não somente isso. Ser negra e mulher é protagonizar nossa história como todo o ônus e o bônus que ela nos proporciona, por outro lado é trazer toda nossa ancestralidade para lutar conosco não somente para sobrevivermos, mas também para vivermos com qualidade e bem-estar nessa vida. Nossa existência nos importa e muito, somos a base de constituição de nossas comunidades. E para não adoecermos neste mundo caótico, aprendemos a florescer superando os espinhos e arrancando da terra as ervas daninhas. Aprendemos a cultivar hoje para colher amanhã!
E você, quer tornar o mundo num lugar melhor? Comece reduzindo a injustiça que comete ao tratar a mulher como objeto, ao objetificar suas relações, ao ser conivente com piadinhas racistas, machista, xenófobas, intolerantes e homofobicas! Seja respeitoso! Isto não é somente obrigação, é condição sine qua nom para ser uma pessoa minimamente decente.
Saudações afro!
Por Tatiane Souza, Congadeira, Pedagoga e Pesquisadora Afro-Diaspórica.
Tatiane Souza é Congadeira do Terno de Congada Chapéus de Fitas, Pedagoga, Produtora Cultural, Professora, Mestre em Educação pela UFSCar, Doutora em Ciências Sociais pela Unesp, idealizadora e coordenadora do AKOMA – Grupo de Estudos e Pesquisas em Africanidades, Culturas, Diversidades e Memórias da Unesp/Araraquara. https://www.instagram.com/afritati/
O Programa de Iniciação Artística (PIA), por meio do GT – Culturas Negras e Periféricas realiza o encontro artístico com a comunidade da Casa de Cultura da Brasilândia, que acontece no dia 29 de setembro, das 10h às 17h, na Praça Benedita Cavalheiro, Vila Siqueira (SP).
Segundo a organização, o intuito é lançar um olhar comprometido, contundente e belo sobre a Cultura Brasileira. “Deixaremos claro que não temos como falar da nossa cultura se não falarmos e olharmos para todas as Áfricas que foram trazidas para cá“.
O encontro terá duas rodas de conversa, uma pela manhã, onde será falado sobre a infância e educação e outra a tarde, que traz o tema “Autocuidado – Um território de resistência”. Érica Malunguinho, Giselda Pere, Dona Jacira, Cristine Takuá e Natália Neris estarão presentes na roda.
Para Joice Teixeira, a importância desse encontro se dá nos pontos que cruzam as experiências de 22 artistas educadores do Programa – PIÁ – GT Culturas Negras e Periféricas, junto a 80 artistas convidados em comunhão a comunidade da Brasilândia. “Pessoas oriundas de lugares e experiências diversas conectadas em rede para gerar transformação social. Uma sociedade pluricultural, em que as crianças negras, indígenas e periféricas tenham espaço, tempo e acesso a arte. Encontrem a possibilidade de se encantar com saias que rodopiam, vozes e tambores que ecoam para não nos deixar esquecer a força e a beleza da nossa cultura afro-indígena-brasileira“, finaliza.
A cantora brasiliense Janine Mathias lançou nesta sexta-feira (14) seu primeiro disco solo, “Dendê“, com músicas autorais e canções de Leandro Lehart, Martinho da Vila, Tássia Reis e Val Andrade.
O álbum, que mistura rap, samba e elementos eletrônicos, possui 10 faixas e tem participação do rapper Rincon Sapiência na faixa-título do projeto, em videoclipe já disponível no YouTube.
Foto: Eugênia Fajardo
“Esse trabalho é fruto da minha trajetória. Musicalmente é o que em mim tudo tempera. É o óleo que azeita, fortifica, unta, apazígua e ganha outras formas, usos e significados”, ressalta a artista.
Com produção de Eduardo Brechó (Aláfia) e Renato Parmi, o projeto tem influências que vão de Lauryn Hill a Zeca Pagodinho. “Dendê” é um trabalho que aborda diversos temas, como, entre outros, a autoestima da mulher negra, como em “Pérola Negra“, e o cultivo do amor como forma de aliviar as dores em “Bom Dia“. Teve também homenagem a Elza Soares em “Na Consolação“, enquanto “Tanto Faz” fez de Janine a primeira artista a interpretar uma música composta por Tássia Reis. O disco encerra com a canção “Deixa Eu Ir à Luta“, de Leandro Lehart.
“Sambamos muito. Agora, vamos bater cabelo na boate com essa Art Popular. Quem é da minha idade sabe, exatamente, o que esse som representa“, finaliza.
Depois depois de muita espera, algumas polêmicas, mas muita ansiedade pelo resultado de meses de trabalho, a merecida homenagem cênica à Dona Ivone Lara chega aos palcos.
Foto: Priscila Prade
A pré-estreia de Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro, na quinta feira, na cidade do Rio de Janeiro, contou com a presença de muitas celebridades negras entre elas a nossa marrom Alcione.
“Estou com a alma lavada com este musical sobre Dona Ivone Lara Janeiro! Parabéns, Jô Santana e todo elenco. Muito feliz pela minha sobrinha Sylvia Nazaré por mais esse importante passo em sua carreira e por fazer parte desse espetáculo que reverencia a grande rainha do Samba!”, comemorou a sambista no Instagram.
Lázaro Ramos foi outra black celeb presente que não poupou elogios ao musical .
Com idealização de Jô Santana, pesquisa de Nilcemar Nogueira e Desirée Reis, Direção e Dramaturgia de Elísio Lopes Jr., Direção Coreográfica de Zebrinha, Direção Musical de Rildo Hora, Codireção Musical Jarbas Bittencourt, “Dona Ivone Lara – Um Sorriso Negro” é um espetáculo muito esperado e necessário para contar a história dos grandes nomes do Samba, de forma genuína e com a presença de profissionais negros envolvidos em todo o processo.
SERVIÇO Local: Teatro Carlos Gomes Estréia: 14 de Setembro Horário: Sextas e Sábados, às 19h – Domingos, às 17h Ingressos a partir de R$ 40,00(balcão) e R$ 80,00(plateia) Vendas online: ticketmais.com.br
A Reafro Campinas, em parceria com a Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), realiza o I Encontro de Afroempreendedorismo e Negócios, que acontecerá no dia 19 de setembro, na In Touch, em Barão Geraldo, na cidade de Campinas (SP). O encontro conta também com apoio de empreendedores regionais como a Rede Mulher Empreendedora (RME), Sucesso Afro, Restaurante Adunicamp, Sushizeiros, TASSA – Advogados, Luciana Oliveira – Consultoria Jurídica Empresarial e Monifa – Projetos Culturais.
O grupo visa colaborar com ações e novas perspectivas para o campo do afroempreendedorismo na região, com foco nas atividades em rede. Um dos objetivos é fomentar um estilo de vida que propulsiona o empoderamento do afroempreendedor, visando o crescimento e ampliação dos negócios locais, profissionalização e capacitação, acesso às informações referentes ao campo dos negócios e, principalmente a troca de saberes que contemplem a cultura negra e sua relação com a sociedade.
O evento propõe uma discussão ideológica acerca do papel do afroempreendedor, a partir dos cases de sucesso que serão apresentados ao público, por isso contará com a presença de negros e negras de sucesso, tais como: Nill Marcondes (ator brasileiro que representa atualmente o Martinho da Vila no Teatro), Jaqueline M. Souza (cineasta e roteirista) e Carlos Santos (empresário). Além dos cases, o encontro apresenta uma programação intensa e diversificada, englobando palestras no ramo do empreendedorismo e dinâmicas motivacionais.
Os interessados poderão se inscrever gratuitamente pelo site: http://www.ciespcampinas.org.br/site/agenda/eventos/2127/2018/09/encontro- de-empreendedores-e-negocios/
Depois de muitos eventos incríveis em prol da comunidade negra e sua integração com espaços acadêmicos e corporativos, por meio da campanha Sim à Igualdade Racial, o Instituto Identidades do Brasil – ID_BR lança seu primeiro E-book.
“Racismo e Injúria Racial – O que é/Como identificar/Como agir” é o título do livro digital disponibilizado gratuitamente pelo ID_Br.
Imagens do Ebook
De acordo com o Instituto, quem ler irá aprender a identificar corretamente as situações de preconceito racial, além de saber como denunciá-las.
Depois da valorização de 1300% do Bitcoin em 2017, hoje há mais investidores nessa moeda digital no Brasil do que na Bolsa de Valores. No início do ano, as corretoras que comercializam criptomoedas já tinham em seu cadastro mais de 1,4 milhão de CPFs. Esse número representa mais de duas vezes o número de pessoas físicas cadastradas na Bolsa de Valores e também o de investidores ativos do Tesouro Direto, uma das aplicações mais populares do país.
Bitcoin é considerada a primeira moeda digital mundial descentralizada, que permite transações financeiras sem intermediários. Assim, diferente de outras moedas que têm sempre um banco central por trás (como Euro, Dólar, Real, Libras), o Bitcoin é uma moeda de troca independente e tem o mesmo valor em transações de qualquer lugar do mundo.
O primeiro passo para utilizar Bitcoins é criar a sua carteira Bitcoin, cuja função básica é armazenar as moedas virtuais de forma que possam ser usadas no momento oportuno pelo proprietário.
Não importa a escala ou a razão, muitas estrelas da indústria do esporte e do entretenimento estão aos poucos dando sinais de confiança ao Bitcoin e outras moedas digitais e esperam que o ceticismo do mundo siga o seu exemplo. Entre eles, há muitas celebridades negras que já aderiram à moeda digital. Veja a seguir.
No Natal de 2013, a ex-Spice Girl e jurada do X Factor uniu-se à CloudHashing e foi a primeira representante da classe musical que aceitou que suas músicas fossem pagas com Bitcoin. “É emocionante como as novas tecnologias facilitam a nossa vida”, declarou. “O Bitcoin une os meus fãs ao redor do mundo, permitindo que todos paguem com a mesma moeda.”
Floyd Mayweather
Floyd é uma das primeiras celebridades a fechar acordo para divulgar uma criptomoeda. Sua imagem foi bastante utilizada quando estava se preparando para lutar contra Conor McGregor. O ex-boxeador trabalhou em diferentes projetos relacionados a ICOs, inclusive o de uma startup chamada Centra, que produz cartão de crédito para criptomoedas.
O rapper e compositor Nas, juntamente com seu empresário Aymen Anthony Saleh, são investidores em mais de 40 startups, incluindo a companhia de carteira digital Coinbase, e a 500 Startups, a incubadora do Vale do Silício que está acelerando as empresas Bitcoin. E eles estão apenas começando.
Richard Sherman
Em janeiro de 2014, o jogador do Seattle Seahawks (time de futebol americano), Richard Sherman, anunciou no Facebook que sua loja online oficial começaria a aceitar pagamentos em Bitcoin, chamando-a de “a moeda do futuro”. Segundo Sherman, a decisão baseou-se em apoiar as escolhas dos torcedores para negociar com um meio de pagamento mais recente — não muito diferente do PayPal ou dos cartões de crédito tradicionais.
Em janeiro deste ano, o rapper 50 Cent confirmou que conquistou 8 milhões de dólares ao aceitar Bitcoins como forma de pagamento pelo seu álbum de 2014. O artista, também conhecido como Curtis Jackson, coletou naquele ano 700 Bitcoins o que, com a valorização da moeda digital, equivale hoje a algo entre 7 e 8,5 milhões de dólares. “Nada mal para um garoto do South Side”, afirmou o rapper.
Esses exemplos demonstram que investir em criptmoedas é uma tendência que chegou para ficar.
Uma cena de terror que prova que o diploma não nos livra do racismo. A Dra. Valéria Santos, advogada do Rio de Janeiro entra no Fórum para defender seu cliente e ao usar os recursos cabíveis por lei durante o exercício da sua profissão sai algemada, por conta da solicitação da Juíza, do Juizado Especial de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O fato aconteceu nessa segunda-feira, 10.
A policia entrou em ação porque Valéria se recusou a sair da sala de audiência antes da chegada de um representante da OAB, mesmo após a insistência da juíza. O objetivo da advogada era ter acesso à contestação de um processo de um cliente.
O caso foi filmado e o vídeo está sendo compartilhado nas redes sociais. “Não vou sair. Estou no meu direito. Estou trabalhando, não estou roubando. Tenho direito como mulher, tenho direito como negra de trabalhar”.
“Eles estão preocupados com audiência e querem atropelar a lei… Que isso? Que país é esse? E depois vocês querem reclamar de políticos que roubam se vocês que são advogados não estão respeitando a lei”, fala.
A OAB não só repudiou o caso, como foi o responsável pela liberação de Valéria que depois de algemada, foi levada a 59ª DP (Caxias) .
A pedido da própria advogada que está emocionalmente abalada, não divulgaremos imagens do flagrante de abuso.
Confira a nota de Repúdio da Frente de Juristas Negras e Negros do Rio de Janeiro
“A FEJUNN-RJ, vem a público repudiar veementemente o tratamento a que foi submetida a ilustríssima advogada, Dra. Valéria Santos, em pleno exercício da profissão.
Não há como não nos manifestarmos enquanto uma Frente que busca inserir no meio jurídico o recorte étnico racial necessário para pensar o Direito de forma ampla e igualitária. Deste modo, nos solidarizamos com a Dra. Valéria, compreendendo que à luz da história, negros e negras são tratados de maneira violenta pelo Estado. Não basta ser Doutora, operadora do Direito. O Estado de maneira eficaz ousa nos colocar no lugar o qual pretende que estejamos por todo o sempre.
O Supremo Tribunal Federal por meio da Sumula Vinculante n.º 11 regulou a utilização excepcional das algemas. No caso do fato ocorrido com a Dra. Valéria, ainda assim, em momento algum se enquadra na hipótese prevista no referido verbete, ainda mais sem a presença de um delegado da OAB.
Repudiamos o uso das algemas e o tratamento da Dra. Valéria Santos, em pleno exercício na profissão. O episódio de hoje mais uma vez demonstra a importância da FEJUNN – RJ existir. Demonstra a fragilidade que vivemos enquanto negros e negras, para além dos dados estatísticos do cárcere e da letalidade, também no exercício de nossa profissão, com o agravante pelo fato ter ocorrido no meio jurídico.
Queremos justiça, o exercício do Direito, a dignidade para alcançarmos uma sociedade livre, justa e verdadeiramente democrática.
Uma advogada, negra, foi algemada, hoje cedo, no Juizado Especial de Duque de Caxias. É que ela insistia em ter acesso à contestação de um processo de um cliente. A determinação foi dado por uma juiz leigo. A OAB-Rio interveio e ela acaba de ser solta.”