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De TI a mestre cervejeiro: empresário negro brasileiro transforma paixão em negócio na Finlândia

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Foto: Divulgação

A chegada de Cleber Goençalvs à Finlândia, em 2007, seria apenas uma visita a um amigo, mas marcou o começo de uma trajetória inesperada, que o levou do setor de tecnologia ao universo das cervejas artesanais. Com uma década de experiência em empresas globais de TI, Cleber decidiu transformar um hobby em uma nova carreira, fundando a cervejaria CoolHead Brew. “Eu fazia cerveja em casa com um amigo, e então resolvi transformar esse passatempo em uma profissão”, relembra Cleber.

Abri a empresa em 2014, mas só consegui vender as primeiras cervejas em 2016. Foi um período de aprendizado intenso: ajustamos o negócio, contratamos um vendedor, erramos e corrigimos a rota. Cada etapa foi uma lição valiosa”, conta.

Cleber também reconhece os desafios enfrentados como empreendedor negro, especialmente em um país estrangeiro: “Assim como em qualquer lugar do mundo, nós negros estamos suscetíveis ao racismo. Já vivi experiências nesse sentido na Finlândia, mas nunca no ambiente de trabalho. A cultura de inclusão aqui é forte, embora existam desafios. Vemos, por exemplo, o que acontece com o Vini Jr. no Real Madrid. Isso só é plenamente compreendido por quem vive essa experiência fora do Brasil”, destaca.

Confira a entrevista completa:

Mundo Negro – O que te motivou a escolher a Finlândia para viver e empreender?

Cleber Gonçalves – Na realidade, eu não planejava viver na Finlândia. Vim visitar um amigo, acabei estendendo minha estadia e consegui um trabalho na área de TI, onde já atuava no Brasil. Aos poucos, fui construindo uma nova vida aqui.

MNComo foi sua experiência profissional na Finlândia antes da mudança de carreira? O que inspirou essa transição?

CG – Trabalhar aqui é bem diferente do Brasil, especialmente no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. A carga horária é mais tranquila, o que me deu mais tempo livre. No início, entrei como principiante, e o trabalho era menos intenso do que eu estava acostumado em São Paulo, onde a rotina pode ser exaustiva. Fui promovido rapidamente, mas depois de um tempo percebi que queria algo diferente. Estava cansado de ficar o dia todo em frente ao computador, sem muita interação. Nessa época, surgiram várias microcervejarias na Finlândia, e resolvi transformar meu hobby em uma profissão. 

Foto: Divulgação

MN – Quais são os principais desafios e oportunidades para profissionais negros que desejam empreender na Finlândia?

CG – O caminho para me estabelecer foi desafiador. Trabalhei com limpeza e em restaurantes enquanto estudava administração de empresas em uma universidade finlandesa. Sabia que isso poderia abrir portas, inclusive se eu decidisse voltar ao Brasil. Enfrentar o racismo também é uma realidade, mesmo em países com boas políticas de inclusão. Mas aqui, especialmente no ambiente de trabalho, vejo um esforço verdadeiro para promover diversidade. Para quem quer empreender, a Finlândia oferece muitas oportunidades de inovação, e o apoio para startups é forte.

MN – Como a diversidade contribui para o setor de cervejas artesanais?

CG – A multiculturalidade agrega muito. Começamos a CoolHead com funcionários finlandeses e logo contratamos um indiano, que trouxe novos conhecimentos para a nossa produção. Eu trouxe sabores e influências do Brasil, e essa mistura de culturas enriqueceu nossos produtos. Hoje temos uma equipe diversa que contribui com ideias únicas, o que faz a CoolHead ser uma cervejaria com identidade multicultural.

MN – Quais são seus planos para o futuro da CoolHead Brew e como pretende incentivar a diversidade?

CG – Quero que a CoolHead continue crescendo de forma sustentável. Nossa meta é expandir a produção para 500 mil litros por ano, mantendo uma equipe diversa, onde todos tenham oportunidades iguais. Pretendo fazer da CoolHead a melhor cervejaria para se trabalhar na Finlândia, com condições de trabalho justas e os melhores salários do setor. Acredito que ter uma equipe diversificada também atrai outros profissionais, inclusive negros, que se identificam com nossa filosofia de inclusão.

Chef João Diamante explora conexões entre culinárias brasileira e boliviana em feira gastronômica na Bolívia

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Foto: Divulgação

O renomado Chef João Diamante será uma das grandes atrações do EXPECIAS 1º Congresso Internacional e Feira Gastronômica da Bolívia, que ocorrerá de 14 a 16 de novembro, em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. O evento reunirá chefs, especialistas e entusiastas da gastronomia para debater inovações, tendências e a valorização cultural da culinária internacional.

Diamante recebeu o convite para integrar o painel de palestrantes, onde dividirá sua vasta experiência e trajetória inspiradora com os participantes. Ele também realizará um jantar especial, no qual apresentará uma entrada emblemática e tipicamente brasileira, o bolinho de feijoada, uma criação da ilustre Chef Kátia Barbosa.

Em entrevista à Silvia Nascimento, editora-chefe do Mundo Negro, João Diamante abordou sobre as similaridade entre as culinárias do Brasil e Colômbia. “A cozinha brasileira e a boliviana compartilham semelhanças notáveis, tanto nos ingredientes quanto nas influências culturais dos povos nativos. Ambas as culinárias refletem um forte vínculo com as raízes indígenas, aproveitando produtos locais como milho, mandioca, batata e quinoa — alimentos nativos das Américas que foram cultivados e consumidos muito antes da chegada dos colonizadores europeus”, explicou. 

“Na Bolívia, a culinária indígena é especialmente presente na dieta cotidiana, com ingredientes como a quinoa, o amendoim e o ají (pimenta) sendo amplamente utilizados. No Brasil, a mandioca é fundamental e versátil, desde o Norte até o Sul, enquanto o milho e outros ingredientes americanos também fazem parte da nossa dieta básica”, completou.

“As influências dos povos nativos trazem técnicas tradicionais em ambas as cozinhas, como o uso de folhas para embalar alimentos (um exemplo é a pamonha no Brasil e o huminta na Bolívia), e a preferência por cozimentos em panela de barro. Embora cada país tenha suas receitas específicas e adaptações regionais, essas raízes indígenas comuns criam uma base compartilhada que aproxima as cozinhas brasileira e boliviana em sabor e identidade cultural”, contou. 

A participação de João Diamante no congresso destaca o reconhecimento dos organizadores pelo trabalho do chef em fortalecer e promover a culinária brasileira no cenário global. Recentemente, ele participou de um evento na Bahia ao lado da chef boliviana Marsia Taha, eleita a Melhor Chef Mulher da América Latina pelo Latin America’s 50 Best Restaurants, o que consolidou ainda mais sua trajetória internacional e o intercâmbio cultural na gastronomia.

O EXPECIAS promete ser uma ótima oportunidade de troca de conhecimentos, com a presença de chefs e pratos que celebram a diversidade gastronômica. 

Serviço:

EXPECIAS 1º Congresso Internacional e Feira Gastronômica da Bolívia

Data: 14, 15 e 16 de novembro

Local: Santa Cruz de la Sierra, Bolívia

Destaque: Palestra e participação em jantar especial com chefs locais, apresentando bolinho de feijoada

Mell Muzzillo e Marcello Melo Jr. assumem namoro publicamente: “É uma relação sólida”

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Foto: Victor Chapetta/AgNews

Novo casal apaixonado! Após muitas especulações, os atores Marcello Melo Jr. e Mell Muzzillo chegaram de mãos dadas para anunciar o relacionamento ao público, durante a pré-estreia da terceira temporada de ‘Arcanjo Renegado’, do Globoplay, na noite de terça-feira (12).

Em entrevista à revista Quem no evento realizado em um cinema na zona sul do Rio de Janeiro, a atriz confirmou que namora o artista há alguns meses. Eles contracenaram juntos no remake da novela ‘Renascer’, da TV Globo.

“As pessoas sempre têm mania de rotular tudo, e agora, sim, acho que a gente está seguro, por dizer assim. É uma relação sólida”, disse Mel sobre a decisão de esperar para anunciar o relacionamento. 

Foto: Victor Chapetta/AgNews

“A gente é muito parecido, eu tenho muita admiração. Antes de qualquer coisa é uma pessoa que eu admiro muito. Ele é incrível, um ser humano incrível, escorpiano, charmoso. Estou muito feliz de estar aqui”, contou a atriz.

Mell também revelou sua empolgação com o lançamento da série ‘Arcanjo Renegado’, estrelada por Marcello. “Eu já sou fã dessa série há muito tempo e sou fã dele há muito tempo. Está incrível, imperdível. Estou bem ansiosa para assistir com todo mundo”, disse.

Além de falar sobre seus sentimentos, a atriz também compartilhou que os dois conversam e se apoiam em relação aos trabalhos. “Todo mundo precisa de um pouco de apoio, todo mundo que é artista. E a gente poder se apoiar e dar suporte um ao outro faz total diferença”, enfatizou.

Mãe solo e ex-doméstica, candidata de 61 anos conquista primeiro lugar em vestibular exclusivo da UnB

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Foto: Reprodução/TV Globo

Aos 61 anos, Valdina Ferreira de Paiva alcançou um feito que parecia distante: ingressou na Universidade de Brasília (UnB) em primeiro lugar para o curso de Ciências Biológicas, em um vestibular inédito, exclusivo para candidatos com mais de 60 anos. Mãe solo de três filhas, que se dedicou ao trabalho como empregada doméstica desde os 11 anos, Dina, como é conhecida, encontrou na iniciativa uma oportunidade de realizar um sonho guardado por décadas.

Formada pelo programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA), ela já havia tentado o Enem diversas vezes, mas viu seu objetivo se aproximar com o novo processo seletivo. “Eu queria uma faculdade pública porque não tinha condições de arcar com uma particular. Já estava quase que guardando esse sentimento lá no fundinho do baú. Quando foi no começo do ano surgiu a oportunidade”, relata Dina, em entrevista ao Globo Repórter.

Aprovada em primeiro lugar, Dina relembra o desafio de escrever a redação e a orientação de sua filha, que a incentivou a “contar uma história com começo, meio e fim.” Com o tema sobre oportunidades e desafios na terceira idade, Dina escolheu escrever sobre sua própria trajetória, que agora quer eternizar: “Vou guardar o rascunho dessa redação para sempre”.

Seu interesse pelas Ciências Biológicas não surgiu por acaso. Em 1990, após conquistar uma vaga em concurso para o Jardim Botânico de Brasília, ela se apaixonou pelo mundo da botânica, mesmo sem formação formal na área. “Faço muita coisa na área de botânica e, agora, quero juntar com a teoria”, explica Dina, que planeja usar sua formação para inspirar outras pessoas que, como ela, encontraram obstáculos no caminho para estudar.

Determinada a se tornar exemplo para quem também passou por dificuldades, Dina afirma: “Quero que as pessoas se espelhem em mim. Se eu cheguei aqui, com todas essas dificuldades, elas também podem”.

Eventos culturais celebram o feriado da Consciência Negra nas capitais brasileiras

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Pela primeira vez na história, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, será feriado nacional em todo o Brasil. A oficialização da data representa um marco para a cultura afro-brasileira, um reconhecimento histórico das lutas e das contribuições fundamentais da população negra para o país. Em várias cidades, a data será marcada por eventos que exaltam essa resistência e refletem o combate ao racismo estrutural ainda tão presente no Brasil.

O Dia da Consciência Negra homenageia Zumbi dos Palmares, um símbolo de luta e resistência contra a escravidão e a opressão racial. Morto em 1695, Zumbi liderava o Quilombo dos Palmares, que representava um espaço de liberdade e refúgio para negros escravizados. A data foi escolhida como um tributo ao legado de Zumbi e ao papel da população negra na construção da identidade brasileira, reforçando a urgência de políticas públicas em prol da igualdade racial.

Neste ano, a programação de celebrações promete destacar a importância da história e da cultura negra em diferentes regiões do país. Com uma série de eventos culturais, educativos e de valorização da economia afro-brasileira, as capitais do Brasil se preparam para proporcionar uma experiência que vai além da comemoração – é também um convite à reflexão e ao engajamento na luta antirracista.

Confira os principais eventos que acontecerão nas capitais brasileiras:

São Paulo

  • IV Expo Internacional Dia da Consciência Negra: De 22 a 24 de novembro, a exposição celebra os griôs, guardiões da tradição oral africana, trazendo palestras, feira de empreendedores negros, exposições e shows. O evento reúne artistas, intelectuais e ativistas de diferentes áreas, reforçando a importância das raízes africanas na formação cultural do Brasil.
  • Mostra de Cinema Negro: De 18 a 20 de novembro, no Museu Afro Brasil, uma seleção de filmes dirigidos por cineastas negros será exibida, seguida de debates sobre representatividade e narrativas afro-brasileiras no cinema, proporcionando uma visão ampliada da produção audiovisual negra.

Rio de Janeiro

  • Roda de Samba no Cais do Valongo: Em 20 de novembro, no Cais do Valongo, grupos tradicionais se reúnem para celebrar a herança musical afro-brasileira em uma roda de samba que promete emocionar os participantes.
  • Exposição “África em Nós”: A partir de 18 de novembro, no Museu de Arte do Rio (MAR), a exposição explora a influência africana na cultura carioca, com peças históricas e obras de artistas contemporâneos que conectam o passado e o presente da população negra.

Brasília

  • Consciência Negra 2024: De 18 a 20 de novembro, o Museu Nacional da República será palco de shows, palestras e exposições que exaltam a cultura afro-brasileira, criando um ambiente de troca e aprendizado sobre a importância da luta negra no país.
  • Feira de Empreendedores Negros: No dia 20 de novembro, no Parque da Cidade, uma feira de empreendedores negros busca valorizar e fortalecer a economia afro-brasileira, oferecendo produtos e serviços que refletem a diversidade cultural negra.

Salvador

  • Cortejo do Ilê Aiyê: Em 20 de novembro, o bloco afro Ilê Aiyê desfila pelo Pelourinho, encantando o público com música e dança que exaltam a ancestralidade africana e a força da cultura negra baiana.
  • Seminário “Negritude e Resistência”: Nos dias 18 e 19 de novembro, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), palestras e debates trazem reflexões sobre a história da população negra no Brasil, oferecendo um espaço de troca sobre os desafios contemporâneos do movimento negro.

Belo Horizonte

  • Festival de Arte Negra (FAN): De 18 a 20 de novembro, com apresentações de teatro, música e dança, o festival destaca a arte negra, com exposições e performances que celebram a diversidade cultural afro-brasileira e sua contribuição para a cultura nacional.
  • Oficinas de Capoeira e Dança Afro: Em 20 de novembro, no Parque Municipal, oficinas gratuitas de capoeira e dança afro aproximam a comunidade dessas tradições, incentivando a participação e valorização da cultura negra local.

Fortaleza

  • Encontro de Maracatus: No dia 20 de novembro, na Praia de Iracema, grupos de maracatu realizam apresentações que remetem à tradição afro-cearense, com música e dança que celebram a resistência e a identidade negra no Ceará.
  • Seminário “Afroempreendedorismo e Inovação”: Nos dias 18 e 19 de novembro, o evento aborda desafios e oportunidades do afroempreendedorismo, com palestras sobre inovação e networking voltadas a empreendedores negros.

Porto Alegre

  • Marcha Zumbi dos Palmares: Em 20 de novembro, a tradicional marcha percorre as ruas do centro da cidade, reunindo movimentos sociais e culturais em um ato pela igualdade racial e pela visibilidade das questões enfrentadas pela população negra.
  • Feira de Cultura Afro: Nos dias 18 e 19 de novembro, no Largo Glênio Peres, a feira destaca a gastronomia, o artesanato e as expressões artísticas afro-gaúchas, em um espaço que celebra a riqueza e a diversidade da cultura negra local

Beyoncé e sua influência cultural e política se tornam tema de novo curso na Universidade de Yale em 2025

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Foto: Reprodução/@beyonceaccessbr

Intitulado ‘Beyoncé Faz História: Tradição Radical Negra, Cultura, Teoria e Política Por Meio da Música’, a cantora será tema de um novo curso na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, que será ministrada por uma professora de Estudos Afro-Americanos e Música, a partir de 2025.

A docente Daphne Brooks disse que o curso irá se concentrar no período entre o álbum homônimo da Beyoncé de 2013 e o ‘Cowboy Carter’, lançado neste ano.

Segundo o The Guardian, Brooks já havia se envolvido em uma oferta de curso semelhante em Princeton, mas com o tema mais amplo: “Mulheres Negras na Cultura da Música Popular”.

“Levaremos a sério as maneiras pelas quais o trabalho crítico, o trabalho intelectual de alguns dos nossos maiores pensadores na cultura americana ressoa com a música de Beyoncé e pensaremos sobre as maneiras pelas quais podemos aplicar suas filosofias ao trabalho dela, e como isso às vezes está em desacordo com a ‘tradição intelectual radical negra'”, disse Brooks ao jornal.

No comunicado à imprensa, a professora informou que “ao olhar para a cultura por meio de Beyoncé, ela pode nos convidar a pensar sobre até que ponto a arte pode articular o mundo em que vivemos e nutrir nossos espíritos e nos dar espaço para imaginar mundos melhores e a ética da liberdade”.

Com o álbum “Cowboy Carter”, Beyoncé lidera com 11 indicações no Grammy 2024, incluindo Álbum do Ano, Canção do Ano e Melhor Álbum Country, elevando seu total histórico para 99 nomeações. Essa conquista reforça sua posição como uma das artistas mais influentes da indústria musical contemporânea.

Zileide Silva recebe primeiro Prêmio Glória Maria de Jornalismo na Câmara dos Deputados

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Foto: Reprodução

A Câmara dos Deputados homenageou nesta quarta-feira, 13, a jornalista Zileide Silva, da TV Globo, com o Prêmio Glória Maria de Jornalismo, concedido pela primeira vez desde sua criação em 2023. Em cerimônia no plenário da Casa, a repórter e âncora foi agraciada com a medalha do prêmio, que reconhece profissionais com destaque no jornalismo brasileiro.

O processo de escolha da premiada envolveu indicações das lideranças partidárias, com a decisão final aprovada pela Mesa Diretora da Câmara. A premiação contou com a presença de Laura Matta, filha da jornalista Glória Maria, ícone do telejornalismo nacional, cuja trajetória inspirou a criação do prêmio. “Esse prêmio é um reconhecimento ao trabalho dela. E ganhar esse prêmio me deixa orgulhosa demais”, afirmou Zileide em seu discurso.

Filha de um mestre de obras e de uma dona de casa, Zileide Silva nasceu em São Paulo, onde iniciou sua carreira jornalística em 1978. Dez anos depois, ingressou no jornalismo político e econômico, que consolidaria sua trajetória profissional. Em 1997, foi contratada pela TV Globo e designada à cobertura política em Brasília, onde acompanhou os principais acontecimentos no Congresso e no Planalto, incluindo a cobertura de todos os presidentes eleitos desde a redemocratização.

“Em um momento de ameaças à democracia, a criação deste prêmio é um símbolo importante, reconhecendo o compromisso ético e a postura equilibrada que são a base do jornalismo”, declarou Zileide.

Zileide Silva também foi correspondente internacional da TV Globo em Nova York e cobriu eventos marcantes, como os atentados de 11 de setembro de 2001. Na ocasião, anunciou ao país a responsabilização da Al Qaeda e de Osama Bin Laden pelos ataques, consolidando sua figura como “testemunha ocular da história”.

O evento, que celebrou a trajetória de Zileide e Glória Maria, teve mensagens da deputada Maria do Rosário (PT-RS) e de outros parlamentares, destacando o exemplo da premiada para novas gerações e sua relevância para o jornalismo brasileiro.

Ao longo de sua carreira, Zileide foi reconhecida por prêmios como o Comunique-se e o +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira. Ela representa, para o público e para colegas, um símbolo de ética e de perseverança no jornalismo nacional.

Erika Hilton anuncia que PEC da escala 6×1 alcançou assinaturas suficientes para tramitação na Câmara dos Deputados

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Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados
Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

Na manhã desta quarta-feira, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) anunciou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa extinguir a escala de trabalho 6×1 alcançou 200 assinaturas, superando as 171 necessárias para iniciar sua tramitação na Câmara dos Deputados. O movimento ganhou força durante a eleição de Rick Azevedo (PSOL/RJ) para vereador, onde conquistou 29 mil votos abordando esse tema como foco principal.

A PEC propõe a revisão da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para eliminar a jornada de seis dias consecutivos de trabalho seguidos por um dia de folga, prática comum em setores como comércio e serviços. Com o apoio de parlamentares de diferentes partidos, incluindo PT, PSOL, PSB, União Brasil, PSD, Progressistas, Republicanos e PL, a proposta reflete uma crescente preocupação com a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores brasileiros. A deputada Erika Hilton destacou a importância da mobilização popular e das redes sociais na obtenção das assinaturas necessárias, onde uma petição pública alcançou mais de 2.8 milhões de apoiadores.

O próximo passo é a análise da PEC pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Se aprovada, seguirá para uma comissão especial e, posteriormente, para votação no plenário. Para ser promulgada, a emenda constitucional precisa do voto favorável de 308 deputados e 49 senadores.

Em apoio a PEC, movimentos sociais e sindicatos organizam manifestações em diversas capitais brasileiras para o próximo dia 15 de novembro, feriado da independência no Brasil. As mobilizações buscam pressionar o Congresso Nacional para avançar na tramitação da PEC. No Rio de Janeiro, o ato está programado para ocorrer na Cinelândia, a partir das 10h.

Em São Paulo, manifestantes se reunirão no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, no mesmo horário. Outras capitais, como Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, também terão eventos semelhantes, todos com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da proposta e mobilizar apoio popular. A deputada Erika Hilton confirmou presença no ato de São Paulo e ressaltou a importância da participação popular.

Festival Afrofuturismo Ano VI: Evento de inovação e diversidade explora o futuro através do saber ancestral do povo Asante, de gana

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Nos dias 29 e 30 de novembro, o Centro Histórico de Salvador se transformará em uma cidade futurista para receber o Festival Afrofuturismo Ano VI, conhecido como principal evento de diversidade, tecnologia e inovação da América Latina. A edição de 2024 promete explorar, por meio dos símbolos Adinkra, como o desenvolvimento econômico, social e cultural pode ser guiado pelos saberes africanos.

Realizado pelo Hub de inovação Vale do Dendê, o festival traz como tema “Adinkras – o código fonte da liberdade”, abordando o saber ancestral e a filosofia dos símbolos Adinkra, que emergiram do povo Asante, em Gana, como sistema de escrita e preservação de conhecimento. Cada símbolo representa um provérbio que, segundo a cultura Asante, oferece uma guia para o afrofuturo, destacando o caminho da liberdade.

Com uma programação diversificada que integra talks, palestras, rodas de conversa e apresentações culturais, o festival ocupará locais emblemáticos do Centro Histórico, incluindo a Casa Vale do Dendê, Faculdade de Medicina da Bahia, Museu Eugênio Teixeira, Casa do Olodum e outros espaços culturais, ampliando o acesso a um público que se conecta com o pensamento afrofuturista.

Além de ser parte das celebrações do Mês da Consciência Negra, o Festival Afrofuturismo é referência para inovadores e criativos no Brasil. Em 2023, o evento reuniu palestrantes de 23 países e recebeu mais de oito mil pessoas. Com a edição de 2024, Salvador reforça seu posicionamento no cenário global de inovação e criatividade, ao lado de cidades como Austin, Cannes, Lisboa e Nova Orleans.

Confira a programação

29 de novembro

Talks: Beleza e Moda, Artes Cênicas, Produção Cultural, Nova Cena Cultural da Bahia
Painéis: Ancestrais do Futuro, Influência Digital e Antirracismos, Música na Era da IA, Audiovisual Preto, Games e Diversidade, Robótica no Dia a Dia, Afrofofurismo, Empoderamento Econômico Negro

30 de novembro

Talks: Tecnologia e Grafite, Inclusão e Sociedade, Gastronomia Ancestral
Painéis: Afrofuturismo e Investimento Social, Novo Código para a Comunidade Negra, Humor Negro e Mercado, Futuro das Mídias Negras, Literatura Marginal e Afrofuturismo

Com o Festival Afrofuturismo Ano VI, Salvador se firma como um dos grandes polos globais de eventos que promovem inovação e diversidade.

Harlem retorna em janeiro com novos episódios e rostos conhecidos no Prime Video

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A série Harlem retorna ao Prime Video para sua aguardada terceira temporada no dia 23 de janeiro de 2024. As quatro protagonistas, Angie (Shoniqua Shandai), Quinn (Grace Byers), Camille (Meagan Good) e Tye (Jerrie Johnson), estão de volta em novos episódios que prometem continuar a trama carregada de dilemas pessoais e amizades fortes que marcaram as temporadas anteriores, ambas já disponíveis na plataforma de streaming.

Criada e escrita por Tracy Oliver, a série explora os desafios e as transformações vividas por essas quatro amigas que tentam conciliar o amor próprio e a realização pessoal em meio a questões de carreira, família e vida amorosa. Após o suspense que encerrou a segunda temporada, a nova fase trará novas reviravoltas nas vidas do quarteto.

Além das personagens centrais, a temporada também introduz novos rostos: Kofi Siriboe, Logan Browning, Robin Givens e Gail Bean. Siriboe será Seth, um jogador de baseball profissional que atrai uma das amigas com seu charme; Browning interpreta Portia, um amor do passado de Ian (Tyler Lepley) que volta ao Harlem; Givens assume o papel de Jacqueline, mãe de Eva, enquanto Bean vive Eva, uma capitalista de risco com laços profissionais com Tye.

A renovação da terceira temporada foi anunciada em dezembro de 2023. Harlem é ambientada em Nova Iorque e o roteiro é centrado na amizade de quatro mulheres negras que compartilham suas histórias, dramas, relacionamentos, sonhos e carreiras. A série é uma produção conjunta entre Universal Television e Amazon Studios.

Confira as imagens divulgadas:

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