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2ª Edição do Jantar Agbara reúne líderes em favor da filantropia negra e da justiça econômica para mulheres negras

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Foto: Reprodução/Freepik

No dia 4 de novembro, a Kaza Fendi, em Pinheiros, será palco da 2ª edição do Jantar Agbara: Ampliando Impacto. Com o tema central de promover a justiça econômica para mulheres negras, o evento de filantropia negra reunirá 250 convidados com o objetivo de captar recursos e valorizar o protagonismo dessas mulheres na sociedade.

A programação do evento, organizado pelo Fundo Agbara, incluirá uma experiência gastronômica com um menu afro-brasileiro elaborado pelo chef Marcelo Sampaio, além de apresentações artísticas que celebrarão a cultura negra e suas contribuições. A programação cultural pretende transformar o evento em uma verdadeira celebração da cultura e resistência das mulheres negras no Brasil.

Na primeira edição do jantar, realizada em 2023, o jantar reuniu 200 convidados e captou recursos importantes para a continuidade de suas ações, além de ter contado com uma apresentação da cantora Paula Lima. Aline Odara, diretora executiva da organização, destaca a importância do evento no calendário da filantropia brasileira: “Em sua segunda edição, nosso jantar anual se consolida como uma data essencial no calendário da filantropia brasileira, reforçando o compromisso com a garantia de direitos econômicos e sociais para mulheres negras. O evento celebra não apenas nossas conquistas, mas também a relevância e excelência do trabalho que desenvolvemos em prol da agenda de raça e gênero no Brasil, ampliando o impacto de nossas ações para o futuro”.

Nos últimos quatro anos, a organização já realizou mais de 4.000 atendimentos e ofereceu suporte financeiro direto a 317 mulheres. O fundo desenvolveu mais de 50 projetos em 25 estados brasileiros, todos voltados para o apoio às mulheres negras, que enfrentam os maiores desafios socioeconômicos no país.

Ayo Edebiri, da série ‘O Urso’, estrela clipe de Tyler, the Creator em novo single “Noid”

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Foto: Divulgação

Ayo Edebiri, estrela de O Urso e vencedora do Emmy, faz uma participação marcante no novo clipe de Tyler, the Creator, lançado junto com a faixa “Noid”. A música é parte do aguardado álbum Chromakopia, que tem lançamento previsto para 28 de outubro. No vídeo, Edebiri interpreta uma fã perturbada que corre em direção a Tyler, segurando uma arma, numa metáfora visual sobre os desafios da fama e a paranoia que pode acompanhar figuras públicas.

Na cena, Edebiri se aproxima do rapper com lágrimas nos olhos, enquanto ele canta o verso “Feel it in my aura, living between cameras and recorders” (“Sinto na minha aura, vivendo entre câmeras e gravadores”). A sequência explora o colapso emocional de uma pessoa obcecada pela imagem pública de Tyler, refletindo as tensões que ele vive entre sua identidade pessoal e a exposição midiática.

O papel de Edebiri no clipe complementa sua trajetória em ascensão. Conhecida por seu trabalho na série O Urso, na qual interpreta Sydney, uma chef talentosa, Edebiri recentemente ganhou visibilidade não apenas por sua atuação, mas também por sua estreia como diretora na terceira temporada da série. A participação em “Noid” traz à tona uma nova faceta da atriz, desta vez em um cenário que mistura música e cinema, carregado de simbolismos.

O vídeo de “Noid” utiliza elementos visuais para intensificar a mensagem da música, com Tyler fugindo de figuras invisíveis, em uma representação metafórica da pressão psicológica da fama. A presença de Ayo Edebiri amplia essa leitura, destacando a dualidade entre o artista e o público, além dos perigos e ansiedades que emergem dessa relação.

TJ-SP nega habeas corpus a jornalista negro perseguido por Zambelli com arma de fogo em 2022

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Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido de habeas corpus ao jornalista Luan Araújo, condenado por difamação contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Araújo havia publicado um artigo crítico à parlamentar no site Diário do Centro do Mundo (DCM), e sua pena de oito meses de detenção foi convertida em prestação de serviços à comunidade. Não cabem mais recursos.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Renan Bohus, advogado de Araújo, declarou que irá recorrer às instâncias superiores. “Discordamos da decisão do Tribunal de Justiça”, afirmou. A condenação está relacionada a um artigo publicado após o episódio de 29 de outubro de 2022, véspera do segundo turno das eleições, quando Zambelli, armada com uma pistola 9mm, perseguiu Araújo pelas ruas do bairro dos Jardins, em São Paulo, após uma discussão. O segurança da deputada chegou a efetuar um disparo e foi preso pela Polícia Civil.

No texto que motivou a condenação, Araújo escreveu: “Zambelli, que diz estar com problemas, na verdade, está na crista da onda […] segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades”. O conteúdo foi considerado difamatório pela Justiça. Na decisão que negou o habeas corpus, os desembargadores do TJ-SP afirmaram que o recurso constitucional não é adequado para questionar o mérito da publicação. O tribunal ressaltou que o habeas corpus tem hipóteses restritas de uso, não podendo substituir recursos como apelações ou revisões criminais.

Zambelli, por sua vez, responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com uso de arma. Ela foi denunciada pela vice-procuradora-geral Lindôra Araújo em janeiro de 2023, que solicitou a revogação definitiva de seu porte de armas e uma indenização de R$ 100 mil por danos coletivos.

A PGR argumenta que Zambelli colocou a coletividade em risco ao sacar a arma em via pública, sem que houvesse ameaça real que justificasse a ação.

Economia Criativa: Movimento Black Money organiza hackathon em Salvador em novembro

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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Entre os dias 15 e 17 de novembro de 2024, Salvador será palco do MBM Inovahack, um hackathon promovido pelo Movimento Black Money. O evento acontecerá na sede da Secretaria de Cultura e Turismo da capital baiana e reunirá empreendedores, criadores, estudantes, desenvolvedores, designers e profissionais de marketing com mais de 16 anos. O objetivo é encontrar soluções criativas em um curto espaço de tempo, funcionando como uma maratona de desenvolvimento inovador.

Com foco na Economia Criativa, o hackathon estimulará a troca de ideias e o trabalho em equipe, desafiando os participantes a abordar problemas específicos de maneira criativa. Além disso, prêmios atraentes para os melhores projetos prometem atrair talentos em busca de destaque no mercado. O evento conta com o patrocínio do BNDES e Ambev, além do apoio do Banco do Brasil e Sebrae Bahia.

Para se inscrever na iniciativa, o candidato precisa preencher um formulário no site Movimento Black Money.O MBM Inovahack promete ser um marco no calendário de eventos de inovação, oferecendo uma plataforma para o desenvolvimento de ideias que têm o potencial de transformar diversos setores. O Inovahack MBM Salvador não só premiará os melhores projetos com mais de R$ 20 mil em dinheiro, como também impulsionará a criação de negócios com impacto social e tecnológico. 

Os participantes terão ainda a chance de concorrer a bolsas de estudo em cursos de tecnologia e inglês, ampliando suas habilidades e abrindo portas para novas oportunidades. Nina Silva, CEO do Movimento Black Money, enfatiza a relevância do evento no fortalecimento da inclusão digital: “Nosso trabalho no MBM é transformar a economia através da tecnologia e do protagonismo negro. O Inovahack é mais um passo para proporcionar acesso e visibilidade aos talentos que estão nas periferias e nas comunidades negras do Brasil.” 

Reconhecida internacionalmente por sua atuação em tecnologia e diversidade, Nina foi eleita uma das mulheres mais poderosas do Brasil pela Forbes em 2020, além de figurar em listas como BBC 100 Women e Most Powerful Women in Tech. Sua liderança no MBM tem promovido um impacto significativo no cenário de inclusão digital e inovação no país, refletindo o compromisso do movimento com a construção de um futuro mais igualitário.

Em edições anteriores, o Inovahack MBM se firmou como um verdadeiro impulsionador de negócios inovadores, com startups que conquistaram investimentos e participaram de processos de aceleração. O evento se destaca como um espaço dinâmico de aprendizado, networking e impacto social, contribuindo de maneira efetiva para o fortalecimento da Economia Criativa e para a inclusão digital de jovens negros no Brasil. Ao reunir talentos de diferentes áreas, o Inovahack não apenas estimula a criatividade, mas também constrói uma rede de apoio que empodera esses jovens a transformarem suas ideias em realidade, promovendo uma mudança significativa em suas comunidades e no mercado.

SOBRE O EVENTO:

Local: Rua Portugal número 2, Comércio. Prédio do Arquivo Público Municipal de Salvador.
Nome: Inovahack MBM Salvador 2024
Data: 15 a 17 de novembro de 2024

‘Piano de Família’: filme estrelado por Samuel L. Jackson e John David Washington estreia na Netflix em novembro

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Samuel L. Jackson (Foto: Cortesia da Netflix)

Um dos filmes mais aguardados do ano, ‘Piano de Família‘, estrelado por Samuel L. Jackson (‘Django Livre’) e John David Washington (‘Infiltrado na Klan‘), estreia na plataforma da Netflix no dia 22 de novembro.

Com produção de Denzel Washington e Todd Black, o drama é uma adaptação da peça ‘A Lição de Piano’, de August Wilson, premiada com o Prêmio Pulitzer que explora a experiência afro-americana ao longo do século XX.

Michael Potts, Danielle Deadwyler, Samuel L. Jackson, John David Washington e Ray Fisher as Lymon em ‘Piano de Família’. (Foto: Cortesia da Netflix)

Dirigido pelo estreante de longas-metragens Malcolm Washington, o elenco ainda conta com outros grandes nomes como Ray Fisher, Michael Potts, Erykah Badu, Skylar Aleece Smith, Danielle Deadwyler e Corey Hawkins.

Segundo a sinopse oficial, uma guerra fermenta na casa da família Charles. No centro da discórdia, um valioso piano ameaça cortar os laços entre dois irmãos. De um lado da trincheira, está o irmão (John David Washington) que tenciona vender o instrumento em prol da fortuna da família. Do outro lado, está a irmã (Danielle Deadwyler) que não olha a meios para conservar o último resquício do legado familiar. O tio deles (Samuel L. Jackson) tenta conciliar vontades opostas, mas não consegue manter os fantasmas do passado afastados.

Ray Fisher, Malcolm Washington e John David Washington nos bastidores do filme ‘Piano de Família’ (Foto: Katia Washington/Netflix © 2024)

Denzel Washington, vencedor de dois Oscars, disse para a People no mês passado sobre o orgulho que sente de seu filho mais novo estreando como diretor de longa-metragem. “Estou feliz que as pessoas terão a chance de ver o cineasta que Malcolm é. Estou animado com nosso futuro junto com August Wilson”.

Um projeto realizado em família, o ator da trilogia ‘O Protetor’ ainda produziu o filme ao lado da filha Katia Washington e conta o filho mais velho John David Washington como um dos protagonistas da trama.

Novos objetos ligados a religiões de matriz africana são descobertos na obra da Estação 14 Bis-Saracura, em SP

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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A equipe de arqueologia que trabalha nas obras da Estação 14 Bis-Saracura, da futura Linha 6-Laranja do Metrô, no centro de São Paulo, encontrou fios de contas, conchas e uma imagem que pode representar uma divindade religiosa da cultura afro Exu. Segundo o movimento Mobiliza Saracura Vai-Vai, os novos itens podem ser do final do século XIX, e estarem relacionados ao Quilombo Saracura no bairro do Bixiga.

“Têm sido encontrados muitos objetos que estão sendo associados, pela própria equipe de arqueologia, a elementos de ritos das religiões de matriz africana. São muitas conchas marinhas, mais de 200, que foram levadas para o local, cachimbos de cerâmica e madeira, três bonecos de arame associados ao orixá Exu, e, mais recentemente, um fio de contas depositado no solo junto com elementos em ferro”, explicou a moradora do Bixiga e integrante do Mobiliza Saracura Vai-Vai Luciana Araújo.

Ela afirmou que esses objetos reforçam as demandas do grupo para a preservação das estruturas construtivas, além dos artefatos associados diretamente à religiosidade, pois todos podem revelar um local de práticas religiosas, como um terreiro, por exemplo. Entretanto, ela reforçou que só será possível ter certeza se houver a devida pesquisa e preservação. 

“É possível seguir com a obra da estação e preservar os achados, como na estação Termini (em Roma), na Campo 24 de Agosto (em Portugal), a Monastiraki (em Atenas). Mas no Brasil o empreendedor só quer discutir os impactos da preservação na lucratividade”, disse.

Fotos: Mobiliza Saracura Vai-Vai

Ela lembrou ainda sobre a existência de leis que asseguram o direito à preservação do patrimônio material e imaterial e à contribuição dos grupos formadores da sociedade brasileira, especialmente tendo em vista que há registros documentais históricos de que aquele território abrigou um quilombo.

“Basta adequar o projeto da estação 14 Bis-Saracura para viabilizar a manutenção dessas estruturas, numa linha que já vai receber mais de R$ 100 milhões além do valor original do contrato em função de não terem realizado adequadamente os estudos geológicos no começo da obra. E isso não tem nada a ver com Saracura, mas com problemas em outras estações”, observou.

Para Luciana, se as pesquisas prévias não tivessem sido dispensadas, a população de São Paulo e do Bixiga não estaria vivendo um atraso na construção do metrô nem ameaças à preservação. “Poderíamos estar discutindo o ganho cultural, histórico, econômico, social e antirracista que esses achados trazem, o potencial que têm para aprendermos muito mais sobre a urbanização da cidade e do que foi o projeto de desenvolvimento paulistano”, ressaltou.

Descobertas

O sítio arqueológico foi encontrado em junho de 2022 no local onde ficava a quadra da escola de samba Vai-Vai, que deixou o Bixiga devido às obras do Metrô. Segundo o movimento Mobiliza Saracura Vai-Vai, a descoberta dos objetos arqueológicos indicam a possível existência de um templo afro-religioso antes da urbanização do local.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) afirmou em nota que todos os artefatos que vêm sendo encontrados têm sido estudados para que sejam corretamente identificados. A datação dos achados não foi confirmada por enquanto. 

“O Instituto informa que não tem medido esforços para compatibilizar a implantação das obras do metrô Saracura e as normas de preservação do patrimônio cultural brasileiro, que permitem a conservação e o estudo de relevante material arqueológico referente às memórias de populações que habitaram a região e que contribuíram para a formação histórica do país”.

Fonte: Flávia Albuquerque/Agência Brasil

Escola de agroindústria em Goiás é destaque internacional por educação inclusiva com foco socioemocional

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Uma escola mantida pela Jalles Machado, agroindústria referência no setor sucroenergético em Goianésia, interior de Goiás, vem ganhando destaque por seu impacto social e educacional. Fundada em 1996, a Escola Luiz César de Siqueira Melo oferece ensino gratuito e de qualidade para cerca de 600 crianças, misturando alunos de diversas origens socioeconômicas, incluindo filhos de funcionários da empresa e de pessoas que moram na comunidade local.

A iniciativa educacional foi premiada internacionalmente em 2023 ao receber a Certificação de Escola Farol pelo programa socioemocional “Líder em Mim”, desenvolvido pela organização norte-americana Franklin Covey Education, em parceria com a Somos Educação. Esse reconhecimento coloca a escola entre as 150 instituições de ensino certificadas no mundo, sendo a primeira em Goiás e uma das poucas no Brasil a alcançar tal feito. O programa incentiva o desenvolvimento de habilidades de liderança e competências socioemocionais, preparando os alunos para desafios da vida moderna.

A editora-chefe do Mundo Negro, Silvia Nascimento, esteve visitando algumas cidades em Goiás, a convite da Adial, participando do projeto Agro-Mill Experience II. Durante visita recente à instituição, ela conversou com o CEO do grupo, Otávio Lage Filho, que destacou a importância do prêmio recebido pela escola, que atende 600 crianças entre o maternal e o 9º ano: “Ao recebermos a Certificação Internacional de Escola Farol do Programa Socioemocional ‘Líder em Mim’, concedido pela Franklin Covey Education, tornou-se ainda mais evidente a validação de que o investimento em educação reverbera de forma a impactar a atual geração, para que no futuro estejam preparados para os enfrentamentos em sua vida enquanto profissionais, visto que usamos da autoliderança como ferramenta de empoderamento pessoal e coletivo”.

Mundo Negro – Qual foi o principal objetivo ao criar a escola, e como ela está contribuindo para a formação de profissionais qualificados no setor industrial e agroindustrial em Goiás?

Otávio Lage Filho – Nosso pai e fundador do Grupo Otávio Lage e da Jalles, Otávio Lage, foi um grande incentivador da educação. Ele acreditava que a educação é uma ferramenta que transforma. Ao criar a escola, teve como principal objetivo ofertar uma educação de qualidade aos filhos dos colaboradores para que eles, por meio do conhecimento, pudessem alcançar uma melhor qualidade de vida. Assim, no decorrer dos 28 anos de existência, a Escola Luiz César de Siqueira Melo contribui de forma direta e indireta para a formação de profissionais capacitados não só para atuarem no setor industrial e agroindustrial, mas também nas diversas profissões que os alunos decidem seguir, haja visto que a educação é uma ferramenta que possibilita a concretização dos sonhos, conforme nosso pai acreditava. Hoje, temos pessoas que trabalham nas empresas do Grupo, inclusive em cargos de gestão, que estudaram na escola. Então, é um orgulho para a nossa família esse projeto social que impacta positivamente tantas vidas por meio da educação.

MN – O grupo que visitou a escola saiu bastante emocionado ao ver a diversidade de origens entre os alunos. Gostaria de saber se sempre foi assim e como você enxerga o impacto positivo dessa diversidade no ambiente de aprendizado e no futuro dos profissionais que estão sendo formados aqui?

OLF – Desde o princípio, a Escola Luiz César de Siqueira Melo acolheu e respeitou a diversidade social, por acreditarmos que a educação deve ser ofertada de forma igualitária. Assim, nossa maior riqueza está na pluralidade e subjetividade de cada indivíduo, pois ao adentrarem os nossos portões valorizamos a essência e, por isso, temos como lema “nós honramos a grandeza que há em cada um.” Dessa forma, estimulamos para que desenvolvam habilidades e potencialidades. Nesse cenário, observa-se o grande impacto que é gerado na vida dos nossos alunos, sobretudo, após a implantação do Programa Líder em Mim, que, devido à diversidade e prática constante da liderança,  inúmeras experiências são vividas, possibilitando, assim,  que desenvolvam, na prática, valores morais como o respeito, inclusão, liberdade, tolerância, cidadania, entre outros.

MN – Como você vê o impacto de ter recebido este prêmio para a escola e para a agroindústria de Goiás? De que forma esse reconhecimento reflete o trabalho que está sendo feito na formação de futuros profissionais?

OLF – Ao recebermos a Certificação Internacional de Escola Farol do Programa Socioemocional Líder em Mim, concedido pela Franklin Covey Education, tornou-se ainda mais evidente a validação de que o investimento em educação reverbera de forma a impactar a atual geração, para que no futuro estejam preparados para os enfrentamentos em sua vida enquanto profissionais, visto que usamos da autoliderança como ferramenta de empoderamento pessoal e coletivo.

Exonerações e racismo fragilizam a confiança entre o governo e o movimento negro

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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

As recentes polêmicas envolvendo racismo e assédio moral no Governo Federal têm colocado em evidência a fragilidade das políticas de igualdade racial e de gênero. No centro das controvérsias, o Ministério das Mulheres e o Ministério da Igualdade Racial enfrentam críticas que questionam o comprometimento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com as pautas do Movimento Negro.

No Ministério das Mulheres, as denúncias de racismo e assédio moral apontam para um ambiente de trabalho insustentável, especialmente para mulheres negras. Segundo reportagem do Alma Preta, uma servidora foi alvo de racismo em uma reunião conduzida pela secretária-executiva Maria Helena Guarezi, que teria solicitado que a funcionária Carmen Foro se sentasse porque seu cabelo crespo estaria “atrapalhando a visão”.

O incidente foi confirmado por testemunhas presentes e escancarou a deslegitimação das pautas raciais no interior da pasta. Além disso, comentários recorrentes, como “de novo isso de racismo?” e “já vem essa de mulher negra”, contribuíram para a criação de um ambiente tóxico, no qual o assédio moral se naturalizou.

O silêncio da ministra Cida Gonçalves em relação ao episódio de racismo foi interpretado como um sinal de conivência com a conduta de sua secretária-executiva. Segundo a mesma reportagem, nenhuma ação foi tomada para repreender Guarezi, apesar de a ministra ter sido informada sobre o caso. O ambiente de trabalho tornou-se ainda mais insuportável após a exoneração de Carmen Foro, que, em agosto, foi dispensada enquanto estava afastada por motivos de saúde.

Em uma gravação obtida pela reportagem do Alma Preta, Gonçalves sugeriu que as servidoras ligadas a Foro também poderiam ser exoneradas, aprofundando o clima de instabilidade e insegurança dentro do ministério. O resultado foi a saída de 59 funcionários desde o início da gestão, segundo levantamento do Diário Oficial da União, o que rendeu à pasta o apelido de “Ministério do Assédio”.

As consequências psicológicas desse ambiente foram profundas. Funcionárias relataram crises de ansiedade, burnout e afastamentos por problemas psiquiátricos, como confirmado pelos relatos ao Alma Preta. Muitas afirmaram que o tratamento dentro do ministério era mais duro do que durante o governo Bolsonaro, quando a pasta estava sob a coordenação de Damares Alves.

Paralelamente, o Ministério da Igualdade Racial também enfrenta pressões, desta vez vindas do próprio Movimento Negro. Um grupo de dez entidades enviou uma carta ao presidente Lula, criticando a gestão da ministra Anielle Franco. As críticas incluem o que consideram um “apagamento da participação social” na formulação de políticas de igualdade racial e a exclusão do Movimento Negro desses debates. A carta também menciona atrasos em temas como a ampliação das cotas raciais e a realização da 5ª Conferência Nacional de Igualdade Racial, além da falta de investimento em políticas para comunidades quilombolas.

O descontentamento foi ampliado pela demissão de Yuri Silva, ex-secretário do Sinapir, que, segundo as entidades, foi uma das lideranças mais representativas do Movimento Negro no governo. Para as organizações que assinam a carta, incluindo a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e a Coordenação Nacional de Entidades Negras, essas demissões são um reflexo do afastamento entre o governo e as demandas históricas do movimento.

Anteriormente, essa insatisfação culminou em outra manifestação significativa: representantes de 87 terreiros de candomblé enviaram uma carta ao presidente Lula, criticando a atuação de Anielle Franco e do MIR em relação às políticas para o segmento. Esta carta, que se destaca por ser a primeira crítica formal recebida pelo governo federal sobre a condução da pasta, evidencia um descontentamento que se acumula entre os grupos que representam as tradições afro-brasileiras.

Os terreiros afirmam que a política do MIR tem sido marcada por descaso e desarticulação em relação à continuidade de programas que foram iniciados durante as gestões de Lula e Dilma Rousseff. “Investidos desta história, os terreiros que subscrevem manifestam-se com preocupação sobre a política do Ministério da Igualdade Racial para esse segmento”, ressaltam, apontando uma má vontade na retomada de políticas relevantes para os povos de terreiro.

Os representantes dos terreiros também criticam a falta de diálogo com o ministério, destacando que os terreiros de candomblé são reconhecidos como Bens Materiais e Bens Imateriais do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o que deveria garantir maior atenção e respeito às suas demandas.

Em resposta, o Ministério da Igualdade Racial afirmou que tem promovido amplas políticas com participação dos movimentos sociais, destacando a titulação de 65 territórios quilombolas, o maior número em menos de dois anos de gestão. No entanto, para as entidades, essas ações são insuficientes frente às demandas urgentes. A carta enviada ao presidente Lula é um pedido claro por correção de rumos, com a solicitação de uma mesa tripartite para garantir que as políticas raciais sigam as diretrizes esperadas pelo Movimento Negro.

Essas polêmicas expõem as contradições do governo Lula, que se comprometeu a promover a inclusão racial e de gênero, mas agora enfrenta críticas de que as ações não têm correspondido às expectativas. As denúncias de racismo e assédio moral no Ministério das Mulheres e as insatisfações com o Ministério da Igualdade Racial revelam um governo que ainda luta para harmonizar as promessas de campanha com a realidade dentro das estruturas de poder.

Os episódios destacados são mais do que simples controvérsias. Eles representam um desafio direto à credibilidade do governo perante um dos seus maiores aliados políticos: o Movimento Negro. Sem respostas concretas e medidas corretivas, o risco de uma ruptura com essa base de apoio aumenta, colocando em xeque o projeto de um governo que se autodeclara comprometido com a igualdade e a justiça social.

Kendrick Lamar fala sobre saúde mental e carreira em conversa com SZA para entrevista de capa da Harper’s Bazaar

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Foto: Quentin de Briey

Capa da nova edição da revista Harper’s Bazaar, Kendrick Lamar falou sobre sua vida pessoal e criativa em uma conversa com a cantora SZA. A entrevista, realizada em uma suíte de hotel em Santa Monica, nos EUA, abordou temas como saúde mental, espiritualidade e o poder da vulnerabilidade, revelando facetas mais íntimas do artista vencedor do Pulitzer.

Conhecido por ser um dos maiores letristas da atualidade, Lamar explorou seu processo criativo e emocional, comentando sobre a necessidade de manter uma distância entre sua persona de palco e sua verdadeira identidade. “Aprendi que não consigo me identificar com minhas performances no palco. Não consigo manter minha verdadeira identidade inteira para aquela pessoa que está no palco. Porque se eu fizesse isso, isso significaria que eu julgaria cada movimento toda vez que eu estragasse uma letra, toda vez que eu estivesse desafinado. … É muita coisa para lidar. Então eu tenho que ter uma distância entre o artista e a pessoa com quem fecho meus olhos e olho para o teto. Eu tive que desenvolver essa pele dura com uns 16, 17 anos, sem saber que não era apenas para minha carreira, mas para mim mesmo. É uma doença mental, com certeza”, comentou.

Foto: Quentin de Briey

“Para o que eu faço, certamente não há crescimento sem vulnerabilidade. Se eu tivesse entendido o poder da vulnerabilidade antes, eu poderia ter tido mais profundidade e mais alcance para os caras que estavam ao meu redor na vizinhança que estava surgindo. Você sabe, nossos pais, eles nunca tiveram essas saídas para se expressarem da maneira que queriam. Eu sempre olhei para nós como uma espécie de farol de esperança [para eles]”, disse ao lembrar como as gerações anteriores precisavam não podiam demonstrar vulnerabilidade.

Questionado por SZA sobre o que o motiva atualmente, Lamar responde: “Eu me realizo compartilhando minhas experiências com os jovens e permitindo que eles ouçam essas histórias e ouçam essas experiências e as alcancem. Então, para realmente responder à sua pergunta, é comunicação apenas com as pessoas em geral. E eu sinto que meu trabalho na música é apenas o começo. Eu não acho que seja meu objetivo final. Eu sei que não é meu objetivo final. A música é apenas um veículo para me levar até lá”.

A presença de Kendrick Lamar no Super Bowl de 2025 já é aguardada com ansiedade, mas é claro que, além de sua performance musical, o que o mantém relevante é sua capacidade de se reinventar e se aprofundar na complexidade de suas experiências. “A música é apenas um veículo para me levar até lá. Eu sei que não é meu objetivo final”, afirmou o rapper, sugerindo que há muito mais por vir em sua jornada artística.

50 Cent sobre polêmica com Diddy: ‘Agora está mais evidente, mas eu já falava sobre isso’

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Foto 50 Cent: Getty Images | Foto Diddy: Image Press Agency/Alamy/Alamy/Profimedia

O rapper 50 Cent voltou a defender suas críticas ao empresário Sean “Diddy” Combs em meio às recentes acusações contra o magnata do hip hop. Em entrevista à revista People no último final de semana, o artista afirmou que suas críticas a Diddy, que atualmente enfrenta acusações de tráfico sexual, extorsão e envolvimento em prostituição, não são novas. Diddy se declarou inocente das acusações, que vieram à tona em 17 de setembro, após sua prisão em um hotel de Manhattan.

50 Cent, que está produzindo um documentário sobre as acusações feitas na justiça contra Sean ‘Diddy’ Combs, argumenta que as provocações que fez ao longo dos anos, tanto em shows quanto nas redes sociais, estavam alinhadas com sua visão de longa data sobre o comportamento de Diddy. “Olha, parece que estou fazendo algumas coisas extremamente ultrajantes, mas não estou. Na verdade, sou eu apenas dizendo o que venho dizendo há 10 anos”, declarou o rapper.

A rixa entre os dois remonta a 2006, quando 50 Cent lançou a faixa diss The Bomb, na qual acusava Combs de envolvimento no assassinato do também rapper Notorious B.I.G. em 1997. Combs sempre negou as acusações. Desde então, os dois mantêm um relacionamento conturbado, exacerbado pela concorrência no mercado de vodcas que ambos representavam em diferentes marcas.

Em sua defesa, 50 Cent destacou que suas críticas sempre foram baseadas em seu desejo de se afastar dos comportamentos que ele via como problemáticos. “Agora, isso está se tornando mais evidente nas notícias com as coisas do Puffy, mas, fora isso, eu fico tipo, ‘Cara, é só a minha perspectiva, porque fiquei longe dessas coisas o tempo todo, porque esse não é meu estilo'”, acrescentou.

Após a prisão de Combs, foi anunciado que 50 Cent produzirá um documentário sobre as acusações contra o fundador da Bad Boy Records. O projeto está sendo desenvolvido pela G-Unit Film & Television, empresa de Jackson, em parceria com a diretora Alexandria Stapleton, da House of Nonfiction. A Netflix deve ser responsável por lançar a produção em sua plataforma.

“Esta é uma história com impacto humano significativo. É uma narrativa complexa que abrange décadas, não apenas as manchetes ou clipes vistos até agora”, disse Jackson em comunicado à People. “Embora as alegações sejam perturbadoras, pedimos a todos que se lembrem de que a história de Sean Combs não é a história completa do hip hop e sua cultura”, concluiu.

Um representante de Combs se recusou a comentar as declarações de 50 Cent.

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